sábado, 23 de abril de 2011

Lição 6 - 2º Trimestre 2011 - DONS QUE MANIFESTAM A SABEDORIA DE DEUS. 8 de Maio de 2011


LEITURA BÍBLICA: Atos 16.16-24.
16. Certo dia, quando estávamos indo para o lugar de oração, veio ao nosso encontro uma escrava. Essa moça estava dominada por um espírito mau que adivinhava o futuro, e os seus donos ganhavam muito dinheiro com as adivinhações que ela fazia. 17. A moça começou a nos seguir, gritando assim: — Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam como vocês podem ser salvos! 18. Ela fez isso muitos dias. Por fim Paulo se aborreceu, virou-se para ela e ordenou ao espírito: — Pelo poder do nome de Jesus Cristo, eu mando que você saia desta moça! E, no mesmo instante, o espírito saiu. 19. Quando os donos da moça viram que não iam poder mais ganhar dinheiro com as adivinhações dela, agarraram Paulo e Silas e os arrastaram até a praça pública, diante das autoridades. 20. Eles os apresentaram a essas autoridades romanas e disseram: — Estes homens são judeus e estão provocando desordem na nossa cidade. 21. Estão ensinando costumes que são contra a nossa lei. Nós, que somos romanos, não podemos aceitar esses costumes. 22. Aí uma multidão se ajuntou para atacar Paulo e Silas. As autoridades mandaram que tirassem as roupas deles e os surrassem com varas. 23. Depois de baterem muito neles, as autoridades jogaram os dois na cadeia e deram ordem ao carcereiro para guardá-los com toda a segurança. 24. Depois de receber essa ordem, o carcereiro os jogou numa cela que ficava no fundo da cadeia e prendeu os pés deles entre dois blocos de madeira.

OBJETIVOS:
Relacionar os dons do Espírito Santo 1 Cor 12.8-10
Explicar o que é o dom da palavra de sabedoria, palavra de ciência e discernimento de espíritos.
Compreender a importância de estarmos atentos e munidos dos dons espirituais.

INTRODUÇÃO
O propósito do Evangelho de Cristo é demonstrar o poder e a sabedoria de Deus aos homens, conforme Paulo escreveu aos coríntios: “Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus” (1 Cor 1.24). A operosidade dos dons promove a expansão da Igreja e a fortalece, a fim de vencer as dificuldades, perseguições e oposições. Os dons são necessários ao triunfo dos cristãos sobre as adversidades do dia-a-dia.

1. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO.
Os nove dons espirituais manifestam a sabedoria e o poder de Deus. Assim como Jesus manifestou tanto o poder de Deus, 1 Cor 1.24, como a sabedoria de Deus , 1 Cor 1.24,30; Cl 2.3-7, assim também o Espírito Santo manifesta isso a nós, é chamado “O espírito de sabedoria”, Ef 1.17, e o Espírito de poder”, 2 Tm 1.7. Podemos subdividir os dons em três grupos distintos:
1. Três dons manifestam o poder de Deus por meio de ações sobrenaturais, São: “o dom da fé”, “os dons de curar” e “o dom de operação de maravilhas”, 1 Cor 12.9,10).
2. Três dons revelam a sabedoria de Deus, proporcionando um saber sobrenatural. São: o dom da “palavra de sabedoria”, o dom da “palavra de ciência” e o dom de “discernir os espíritos”, 1 Cor 12.8,10.
3. Três dons transmitem a mensagem de Deus, concedendo poder para um falar sobrenatural. Estes dons são: “o dom de profecia”, o dom de “variedade de línguas” e o dom de “interpretação de línguas”.
4. A Bíblia ainda fala de alguns dons complementares sobre os quais se faz referência em Rm 12.6-8; 1 Ped. 4.11; 1 Cor 12.28.
Mas nesta lição iremos tratar dos três que revelam a sabedoria de Deus.

2. A PALAVRA DA SABEDORIA.
A palavra da sabedoria. Por essa expressão entende-se o pronunciamento ou declaração de sabedoria. Que tipo de sabedoria? Isso se determinará melhor notando em quais sentidos se usa a palavra “sabedoria” no Novo Testamento. É aplicada à arte de interpretar sonhos e dar conselhos sábios (At 7.10); à inteligência demonstrada no esclarecer o significado de algum número ou visão misteriosa (Ap 13.18; 17.9); prudência em tratar assuntos (At 6.3); habilidade santa no trato com pessoas de fora da igreja (Col. 4.5), jeito e discrição em comunicar verdades cristãs (Col. 1.28); o conhecimento e prática dos requisitos para uma vida piedosa e reta (Tia. 1.5; 3.13, 17); o conhecimento e habilidade necessários para uma defesa eficiente da causa de Cristo (Lc 21.15); um conhecimento prático das coisas divinas e dos deveres humanos, unido ao poder de exposição concernente a essas coisas e deveres e de interpretar e aplicar a Palavra sagrada (Mt 13.54; Marc 6.2; At 6.10); a sabedoria e a instrução com que João Batista e Jesus ensinaram aos homens o plano de salvação (Mt 11.19.) Nos escritos de Paulo “a sabedoria” aplica-se a um conhecimento do plano divino, previamente escondido, de prover aos homens a salvação por meio da expiação de Cristo (1 Cor 1.30; Col. 2.3); por conseguinte, afirma-se que em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Col. 2.3); a sabedoria de Deus é manifestada na forma e execução e seus conselhos. A palavra de sabedoria, pois, parece significar habilidade ou capacidade sobrenatural para expressar conhecimento nos sentidos supramencionados.
1. Perspectiva sobrenatural para descobrir os meios divinos de cumprir a vontade de Deus em determinadas situações.
2. Poder divinamente dado à intuição espiritual apropriada para resolver os problemas.
3. Senso de direção divina.
4. Ser guiado pelo Espírito Santo para agir apropriadamente num dado conjunto de circunstâncias.
5. Conhecimento aplicado corretamente: a sabedoria funciona interativamente com o conhecimento e o discernimento.

3. A PALAVRA DA CIÊNCIA E O DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS.
A palavra da ciência. É um pronunciamento ou declaração de fatos, inspirado dum modo sobrenatural. Em quais assuntos? Um estudo do uso da palavra “ciência” nos dará a resposta. A palavra denota: o conhecimento de Deus, tal como é oferecido nos Evangelhos (2 Cor 2.14), especialmente na exposição que Paulo fez (2 Cor 10.5); o conhecimento das coisas que pertencem a Deus (Rom 11.13); inteligência e entendimento (Ef 3.19); o conhecimento da fé cristã (Rom 15.14; 1 Cor 1.5); o conhecimento mais profundo, mais perfeito e mais amplo da vida cristã, tal como pertence aos mais avançados (1 Cor 12.8; 13.2,8); o conhecimento mais elevado das coisas divinas e cristãs das quais os falsos mestres se jactam(Gloriar-se, ufanar-se, vangloriar-se) (1 Tm 6.20); sabedoria moral como se monstra numa vida reta (2 Ped. 1.5) e nas relações com os demais (1 Ped. 3.7); o conhecimento concernente às coisas divinas e aos deveres humanos (Rom 2.20; Col. 2.3).
Qual a diferença entre sabedoria e ciência? Segundo um erudito, ciência é o conhecimento profundo ou compreensão das coisas divinas, e sabedoria é o conhecimento prático ou habilidade que ordena ou regula a vida de acordo com seus princípios fundamentais. O dicionário de Thayer declara que onde “ciência” e “sabedoria” se usam juntas, a primeira parece ser o conhecimento considerado em si mesmo; a outra, o conhecimento manifestado em ação.
1. A revelação sobrenatural do plano e da vontade divina.
2. Perspicácia ou compreensão sobrenatural das circunstâncias ou de um corpo de fatos através da revelação: isto é, sem assistência de qualquer recurso humano, mas unicamente pelo auxílio divino.
3. Implica um entendimento mais profundo e avançado dos atos comunicados de Deus.
4. Envolve sabedoria moral para uma vida e relacionamentos corretos.
5. Requer compreensão objetiva com respeito às coisas divinas em deveres humanos.
6. Pode também se referir ao conhecimento de Deus ou das coisas que pertencem a Deus, como relato no evangelho.
Discernimento de Espíritos. Vimos que pode haver uma inspiração falsa, a obra de espíritos enganadores ou do espírito humano. Como se pode perceber a diferença? Pelo dom de discernimento que dá capacidade ao possuidor para determinar se o profeta está falando ou não pelo Espírito de Deus. Esse dom capacita o possuidor para “enxergar” todas as aparências exteriores e conhecer a verdadeira natureza duma inspiração. A operação do dom de discernimento pode ser examina outras provas: a doutrinária (1 João 4.1-6) e a prática (Mt 7.15-23).
A operação desse dom é ilustrada nas seguintes passagens: João 1.47-50; 2.25; 3.1-3. Essas referências indicam que o dom capacita a alguém a discernir o caráter espiritual duma pessoa. Distingue-se dom da percepção natural da natureza humana, e mui especialmente dum espírito crítico que procura falta, nos outros.
1. Poder sobrenatural para detectar o domínio dos espíritos e suas atividades.
2. Implica o poder do discernimento espiritual – revelação sobrenatural de planos e propósitos do inimigo e suas forças.

CONCLUSÃO
Quando se trata dos dons, todavia, isso nunca implica em exclusivismo. Os dons são colocados na Igreja como recursos a serem utilizados na hora da necessidade para o ministério no corpo. Isso significa que nem todo o crente terá os mesmos dons que os outros crentes. Ao contrário, o Espírito Santo é o autor e dispensador dos dons para trazer a integridade na adoração e na expressão do Reino.

Reflexão:
“O degrau do templo da sabedoria é o reconhecimento de nossa própria ignorância”. Spurgeon.
“A sabedoria consiste no uso correto do conhecimento”. Spurgeon.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

Esboço: AS ARMAS DE UM CRISTÃO. 2 Cor.10.4


2 Cor.10.4 - Porque as armas da nossa milícia(força militar de um pais) não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;
* De que exercito estes soldados pertences, e que armas estão usando contra nosso inimigo?

Ef. 6.11 - Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. As armas que Deus nos da são espirituais e provêm dEle.

1Tm. 1.18 - Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia;

Que armas são estas, que Paulo orienta Timóteo e a igreja de Coríntios a tomar posse delas?

1) Fé.
1Tes. 5.8. Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação;
Em Efésios 6.16, Ele chama de Escudo, Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.

A fé fala de confiança e de segurança. Deus é o nosso escudo, conforme Ele mesmo disse a Abraão Gn. 15.1. DEPOIS destas coisas veio à palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão.

Lembremo-nos de Abraão oferecendo o seu filho Isaque, pois ele caminhou pela fé, pois ele mesmo disse: Eu e o moço subiremos e voltaremos. Gn. 22. 4,5. Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe. E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós.

2) Oração. Fala de intercessão e suplica.
Efésios 6.18 - Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,
* Como também fala de perseverança, Rm. 12.12. Alegrai-vos na esperança, sede paciente na tribulação, perseverai na oração;
* A oração leva o homem à comunhão com Deus, como fez Enoque.
* A suplica na oração como fez Ezequias 2Rs. 20.1-3 - NAQUELES dias adoeceu Ezequias mortalmente; e o profeta Isaías, filho de Amós, veio a ele e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.
Então virou o rosto para a parede, e orou ao SENHOR, dizendo:
Ah, SENHOR! Suplico-te lembrar de que andei diante de ti em verdade, com o coração perfeito, e fiz o que era bom aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.

3) Jejum; Fala de Renúncia.
* Jesus disse: Não se expulsa senão por Jejum. Mt. 17.21 - Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.
* Moisés para receber os mandamentos, teve que ficar em jejum por 40 dias.

4) Palavra; A Bíblia Sagrada, ela é viva e poderosa.
Ef. 6.17 - Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
* É a palavra do Espírito que é a palavra de Deus.
* Fiel é a palavra, devemos proclamá-la.

5) Louvor: Fala de gratidão.
* O seu louvor estará continuamente na minha boca. Sl. 34.1 - LOUVAREI ao SENHOR em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca.

* Davi usou esta arma para afugentar o espírito mal de Saú. 1 Sam. 16.18,23 - Então respondeu um dos moços, e disse: Eis que tenho visto a um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente e vigoroso, e homem de guerra, e prudente em palavras, e de gentil presença; o SENHOR é com ele. E sucedia que, quando o espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele.

6) Jesus: Justo, Eterno, Senhor, Único e Salvador.
. Uma poderosa arma contra tudo que é mal. Is. 9.6 - Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lição 5 - 2º Trimestre 2011 A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS. 1 de Maio de 2011


LEITURA BÍBLICA: 1 Coríntios 12. 1-11.
1. Meus irmãos, quero que vocês saibam a verdade a respeito dos dons que o Espírito Santo dá. 2. Vocês sabem que, quando ainda eram pagãos, vocês eram desviados, de várias maneiras, para a adoração dos ídolos, os quais não têm vida. 3. Por isso precisam compreender que ninguém que diz “Que Jesus seja maldito!” pode estar falando pelo poder do Espírito de Deus. E que ninguém pode dizer “Jesus é Senhor”, a não ser que seja guiado pelo Espírito Santo.
4. Existem tipos diferentes de dons espirituais, mas é um só e o mesmo Espírito quem dá esses dons. 5. Existem maneiras diferentes de servir, mas o Senhor que servimos é o mesmo. 6. Há diferentes habilidades para realizar o trabalho, mas é o mesmo Deus quem dá a cada um a habilidade para fazê-lo. 7. Para o bem de todos, Deus dá a cada um alguma prova da presença do Espírito Santo. 8. Para uma pessoa o Espírito dá a mensagem de sabedoria e para outra o mesmo Espírito dá a mensagem de conhecimento. 9. Para uma pessoa o mesmo Espírito dá fé e para outra dá o poder de curar. 10. Uma pessoa recebe do Espírito poder para fazer milagres, e outra recebe o dom de anunciar a mensagem de Deus. Ainda outra pessoa recebe a capacidade para saber a diferença entre os dons que vêm do Espírito e os que não vêm dele. Para uma pessoa o Espírito dá a capacidade de falar em línguas estranhas e para outra ele dá a capacidade de interpretar o que essas línguas querem dizer. 11. Porém é um só e o mesmo Espírito quem faz tudo isso. Ele dá um dom diferente para cada pessoa, conforme ele quer.

OBJETIVOS:
Reconhecer a importância dos dons espirituais para a obra do Senhor.
Compreender que os dons espirituais e o fruto do Espírito devem caminhar juntos.
Saber os propósitos dos dons espirituais.

INTRODUÇÃO
Na dimensão do batismo com o Espírito Santo, a experiência inicial é o “falar em línguas”, chamado o “dom do Espírito” (At 2.38). Ainda que se considere “o dom” e os “dons do Espírito” a mesma coisa, são distintos. Após a regeneração, subsequentemente, pode-se receber “o dom do Espírito Santo”. Porém, “os dons do Espírito Santo” manifestam-se na vida coletiva da igreja, para sua edificação e a glória de Deus.

1. OS DONS ESPIRITUAIS.
Os dons do Espírito devem distinguir-se do dom do Espírito. Os primeiros descrevem as capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito para ministérios especiais; o segundo refere-se à concessão do Espírito aos crentes conforme é ministrado por Cristo glorificado. (At 2.33.)
Paulo fala dos dons do Espírito (“espirituais”, no original grego) num aspecto tríplice. São eles: “charismata”, ou uma variedade de dons concedidos pelo mesmo Espírito (1 Co 12.4,7); “diakonía”, ou variedade de serviços prestados na causa do mesmo Senhor, e “energemata”, ou variedades de poder do mesmo Deus que opera tudo em todos. Refere-se a todos esses aspectos como “a manifestação do Espírito”, que é dado aos homens para proveito de todos.
Definição. “Os dons espirituais são meios pelos quais o Espírito revela o poder e a sabedoria de Deus, através de instrumentos humanos, que os recebem e bem usam” , 1Cor 12.7,11).
São dons espirituais, 1 Cor 12.7,8,11. A palavra “dom” vem do grego “charisma” que significa um dom pela graça. Como o batismo com o Espírito Santo é um dom, At 2.38, também os dons espirituais são dons. Não se trata aqui de mera capacidade ou de dotes naturais de alguém, os quais tenham sido melhorados ou aperfeiçoados pela operação do Espírito Santo; não se trata de merecimento humano, mas da manifestação de um milagre; é uma coisa dada.

2. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO E A ESPIRITUALIDADE.
O significado dos dons espirituais. Duas palavras importantes:
Dom. Significa donativo, dádiva, presente. Refere-se, também, a dote ou qualidade natural; poder, virtude ou mérito. Não se trata de algo que se possa guardar e usar como bem entender. Os “dons do Espírito” não são prêmios por serviços prestados. Não dependem do nosso mérito. São concedidos gratuitamente, segundo o conhecimento e a vontade soberana do Espírito Santo.
Manifestação (1 Co 12.7). No grego, “Phanerósis”, significa tornar claro, fazer conhecido ou trazer à luz. Revela as obras que o Espírito Santo realiza, através dos cristãos.
Deus é soberano na questão de outorgar os dons; é ele quem decide quanto à classe de dom a ser outorgado. Ele pode conceder um dom sem nenhuma intervenção humana, e mesmo sem a pessoa o pedir. Mas geralmente Deus age em cooperação com o homem, e há alguma coisa que o homem pode fazer nesse caso. Que se requer daqueles que desejam os dons?
Submissão à vontade divina. A atitude deve ser, não o que eu quero, mas o que ele quer. Ás vezes queremos um dom extraordinário, e Deus pode decidir por outra coisa.
Ambição santa. “Procurai com zelo os melhores dons” (1Cor 12.31; 14.1). Muitas vezes a ambição tem conduzido as pessoas à ruina e ao prejuízo, mas isso não é razão de não a consagrarmos ao serviço de Deus.
Desejo ardente pelos dons naturalmente resultará em oração, e sempre em submissão a Deus. (1Rs 3.5-10; 2Rs 2.9,10.)
Fé alguns têm perguntado o seguinte: “Devemos esperar pelos dons?” Posto que os dons espirituais são instrumentos para a edificação da igreja, parece mais razoável começar a trabalhar para Deus e confiar nele a fim de que conceda o dom necessário para a tarefa particular. Desse modo o professor da Escola Dominical confiará em Deus para a operação dos dons necessários a um mestre; da mesma maneira o pastor, o evangelista e os leigos. Uma boa maneira de conseguir um emprego é ir preparado para trabalhar. Uma boa maneira de receber os dons espirituais é estar “na obra” de Deus, em vez de estar sentado de braços cruzados, esperando que o dom caia do céu.
Os dons espirituais e o fruto do Espírito andam juntos. Quando o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios observou que a irregularidade ali existente no uso dos dons era a falta do fruto do Espírito entre os crentes, por isso intercalou entre os capítulos 12 e 14, onde fala a respeito do uso correto dos dons, o capítulo 13, que contém ensino substancial sobre o fruto do Espírito, que é o amor, Gl 5.22. Primeiro enfatizou que o uso de qualquer dom é inútil se não houver amor, 1 Cor13.1-3. Depois escreveu as qualidade do amor, 1 Cor 13.4-8. Com isso evidenciou que foi exatamente a falta da manifestação do fruto do Espírito, isto é, do amor, que trouxe problemas no uso dos dons.

3. OS PROPÓSITOS DOS DONS ESPIRITUAIS.
São capacidades espirituais concedidas com o propósito de edificar a igreja de Deus, por meio da instrução dos crentes e para ganhar novos convertidos (Efés 4.7-13). Em 1 Cor 12.8-10, Paulo enumera nove desses dons que podem ser classificados da seguinte maneira:
1. Aqueles que concedem poder para saber sobrenaturalmente: a palavra de sabedoria, a palavra de ciência, e de discernimento.
2. Aqueles que concedem poder para agir sobrenaturalmente: fé, milagres, curas.
3. Aqueles que concedem poder para falar sobrenaturalmente: profecia, línguas, interpretação.
Esses dons são descritos como “a manifestação do Espírito”, “dada a cada um, para que for útil” (isto é, para o beneficio da igreja). Aqui temos a definição bíblica duma “manifestação” do Espírito, a saber, a operação de qualquer um dos nove dons do espírito.
A finalidade da operação dos dons na igreja. Pelo ensino do Novo testamento, vemos a grande importância que os dons espirituais representam no plano de Deus, 1 Cor 12.1. O portador de um dom não o recebe para proveito próprio ou para usá-lo quando ou como achar melhor. São dados aos membros do corpo de Cristo, para que os use conforme a direção de Jesus, que é a cabeça da Igreja, Ef 1.22; 1 Cor 12.12,27. Quando os dons são usados deste modo, o poder do Espírito se manifesta na igreja, capacitando-a a cumprir a sua alta missão em terra. Vejamos agora a finalidade dos dons e a sua manifestação nas diferentes fases da vida da igreja.
1. A Igreja é o lugar de edificação e crescimento espiritual dos crentes, Ef 4.12; Ef 2.18-22; 4.14,15. Todos os dons são para edificação da Igreja, 1 Cor 14.3,4,5,12,26, e para o aperfeiçoamento dos crentes, pois quando os dons operam manifestam-se para edificação, exortação e consolação, 1 Cor 14.3. Os dons manifestam a presença de Deus na Igreja, 1 Cor 14.25, à qual trazem abundância de alegria, Sl 16.11).
2. A Igreja é o lugar onde os ministérios espirituais têm a sua ação. 1 Cor 12.28; Ef 4.11; todos os ministérios têm, através dos dons espirituais, o seu preparo sobrenatural, 1 Cor 3.5,6; Ef 1.17-19.
3. A Igreja é o lugar onde cada crente, como sacerdote de Deus (1 Pe 2.9; Ap 1.6) tem a sua função, assim como acontece no corpo humano, 1 Cor 12.12-27. Logo após, continua escrevendo: “a uns Deus pôs na igreja, primeiro apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedade de línguas”, 1 Cor 12.28. Fica explicado que assim como o olho precisa de visão e o ouvido de audição e a mão do tato, também a cada crente, como membro do corpo de Cristo, precisa do dom de Deus, para que possa exercer aquilo que Deus tem determinado para cada um, 1 Cor 12.11; 14.26.
4. A Igreja é o instrumento principal de Deus para a evangelização do mundo. Jesus deu a ordem de evangelizar, e disse que a finalidade da vinda do Espírito Santo era receberem poder para ser testemunhas. Deus, porém proporcionou como uma preparação divina para o cumprimento desta tão grande tarefa, os dons espirituais, pelos quais Ele mesmo confirma a pregação do Evangelho. Pelos dons é manifestada uma sabedoria sobrenatural que convence o pecador, e faz com que comece a entender o sentido da palavra de Deus.

CONCLUSÃO
A faísca que fende as árvores, queima casas e mata gente, é da mesma natureza da eletricidade gerada na usina que tão eficientemente ilumina as casas e aciona as fábricas. A diferença está apenas em que a da usina é controlada. Em 1 Coríntios capítulo 12, Paulo revelou os grandiosos recursos espirituais de poder disponível para a igreja; no cap. 14 ele mostra como esse poder deve ser regulado, de modo que edifique; em lugar de destruir, a igreja. A instrução era necessária, pois uma leitura desse capítulo demostrará que a desordem havia reinado em algumas reuniões, devido à falta de conhecimento das manifestações espirituais.
Reflexão:
• O Espírito Santo renova o homem, infundindo no mesmo os hábitos ou qualidade sobrenaturais de sua graça salvífica e santificadora, tornando-o uma nova criatura.
• O Espírito Santo é o grande Diretor de oração, e somente a oração feita no Espírito é aceita e respondida. Ele examina e põe à prova os motivos de nossos pedidos. Ele sugere os assuntos de nossas petições.
• O crente tem tudo do Espírito Santo, mas o Espírito nem sempre tem tudo do crente. Sua presença é expressiva. Ele enche somente o crente que estiver vazio do egoísmo e do pecado.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.



Reflexão: Estando plenamente convicto de que Ele era poderoso para cumprir o que prometera (Rm 4.21.)


Lemos que Abraão, embora vendo o seu corpo já amortecido, não desanimou, porque não estava olhando para si, mas para o Todo-Poderoso.
Ele não vacilou ante a promessa, mas ficou firme, e não se deixou esmagar pela grandeza da bênção a ele prometida; e quanto mais as dificuldades surgiam, em vez de fraquejar, ele se fortalecia, robustecendo-se ainda mais; glorificando a Deus por sua suficiência, e estando “plenamente convicto” de que Ele era não apenas capaz, mas... abundantemente capaz, generosamente capaz, capaz com recursos ilimitados, infinitamente capaz de “cumprir o que prometerá”.
Ele é um Deus de recursos infinitos. Nós é que somos limitados. O nosso pedir, o nosso pensar e o nosso orar são muito pequenos; nossas expectações são muito limitadas. Ele quer elevar-nos a uma noção mais alta e atrair-nos a uma expectação maior e uma apropriação maior dos Seus recursos. Ah, e trataremos a Deus com descaso? Não há limite para o que podemos pedir e esperar do nosso glorioso El-Shaddai; só há uma medida dada para a Sua bênção, e é “segundo o poder que em nós opera”.
Suba à casa do tesouro das bênçãos, pela escada feita de promessas divinas. Com uma promessa, como se fosse uma chave, abra a porta das riquezas espirituais da graça e favor de Deus”.

domingo, 17 de abril de 2011

Lição 4 - 2º Trimestre 2011 ESPÍRITO SANTO – AGENTE CAPACITADOR DA OBRA DE DEUS. 24 de Abril de 2011


LEITURA BÍBLICA: Lucas 24.46-49; Atos 1.4-8.
46 e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; 47 e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. 48 Vós sois testemunhas destas coisas. 49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.
Atos 1.4-8.
4 Estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual (disse ele) de mim ouvistes. 5 Porque, na verdade, João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias.
6 Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntavam-lhe, dizendo: Senhor, é nesse tempo que restauras o reino a Israel? 7 Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade. 8 Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.

OBJETIVOS:
Conhecer a atuação do Espírito Santo na humanidade.
Compreender que não podemos viver sem a presença do Espírito Santo.
Conscientizar-se de que o Batismo com o Espírito Santo capacita o crente no serviço do Reino.

INTRODUÇÃO
O Espírito agirá como “promotor de justiça”, por assim dizer, trabalhando para conseguir uma condenação divina contra os que rejeitam a Cristo. Convencer significa levar ao conhecimento verdades que de outra maneira seriam postas em dúvida ou rejeitadas, ou provar acusações feitas contra a conduta. Os homens não sabem o que é o pecado, a justiça e o juízo; portanto, precisam ser convencidos da verdade espiritual. Por exemplo, seria inútil discutir com uma pessoa que declarasse não ver beleza alguma numa rosa, pois sua incapacidade demonstraria falta de apreciação pelo belo. Precisa ser despertado nela um sentimento de beleza; precisa ser “convencida” da beleza da flor. Da mesma maneira, a mente e a alma obscurecidas nada discernem das verdades espirituais antes de serem convencidas e despertadas pelo espírito santo.

1. O RELACIONAMENTO DO ESPÍRITO SANTO COM A HUMANIDADE.
O Espírito Santo convencerá os homens das seguintes verdades:
a) O pecado de incredulidade. Quando Pedro pregou, no dia de pentecoste, ele nada disse acerca da vida licenciosa do povo, do seu mundanismo, ou de sua cobiça; ele não entrou em detalhes sobre sua depravação para envergonhá-los. O pecado do qual os culpou, e do qual mandou que se arrependessem, foi a crucificação do Senhor da glória; o perigo do qual os avisou foi o de se recusarem a crer em Jesus.
Portanto, descrê-se o pecado da incredulidade como o pecado único, porque, nas palavras dum erudito “onde esse permanece, todos os demais pecados surgem e quando esse desaparece todos os demais desaparecem”. É o “pecado mater”, porque produz novos pecados, e por ser o pecado contra o remédio para o pecado. Assim escreve o Dr. Smeaton: “Por muito grande e perigoso que seja esse pecado, tal é a ignorância dos homens a seu respeito que sua criminalidade é inteiramente desconhecida até que seja descoberta pela influência do Espírito Santo, o Consolador. A consciência poderá convencer o homem dos pecados comuns, mas nunca do pecado da incredulidade. Jamais homem algum foi convencido da enormidade desse pecado, a não ser pelo próprio Espírito Santo”.
b) A justiça de Cristo. “Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais” (João 16.10). Jesus Cristo foi crucificado como malfeitor e impostor. Mas depois do dia de Pentecoste, o derramamento do Espírito e a realização do milagre em seu nome convenceram a milhares de judeus de que não somente ele era justo, mas também era a fonte única e o caminho da justiça. Usando Pedro, o Espírito os convenceu de que haviam crucificado o Senhor da Justiça (Atos 2.36,37), mas também ele lhes assegurou que havia perdão e salvação em seu nome (At 2.38).
c) O juízo sobre Satanás. “E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado” (João 16.11). Como se convencerão as pessoas na atualidade de que o crime será castigado? Pela descoberta do crime e seu subsequente castigo; em outras palavras, pela demonstração da justiça. A cruz foi uma demonstração da verdade de que o poder de Satanás sobre a vida dos homens foi destruído, e de que sua completa ruína foi decretada. (Heb. 2.14, 15; 1Jo 3.8; Col 2.15; Rom 16.20) Satanás tem sido julgado no sentido de que perdeu a grande causa, de modo que já não tem mais direito de reter, como escravos, os homens seus súditos. Pela sua morte Cristo resgatou todos os homens do domínio de Satanás, devendo estes aceitar sua libertação. Os homens são convencidos pelo Espírito Santo de que na verdade são livres (Jo. 8.36). Já não são súditos do tentador, já não são obrigados mais a obedecer-lhe, agora são súditos leais de Cristo, servindo-o voluntariamente no dia do seu poder. (Sal. 110.3).
Satanás alegou que lhe cabia o direito de possuir os homens que pecaram, e que o justo Juiz devia deixa-los sujeito a ele. O mediador, por outra parte, apelou para o fato de que ele, o mediador, havia levado o castigo do homem, tomando assim o seu lugar, e que, portanto, a justiça, bem como a misericórdia, exigiam que o direito de conquista fosse anulado e que o mundo fosse dado a ele, o Cristo, que era o seu segundo Adão e Senhor de todas as coisas. O veredito final divino foi contrário ao príncipe deste mundo – e ele foi julgado. Ele já não pode guardar seus bens em paz visto que Um mais poderoso o venceu. (Luc 11.21,22).

2. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE.
Regeneração. A obra criadora do Espírito sobre a alma ilustra-se pela obra criadora do Espírito de Deus no princípio sobre o corpo do homem. Voltemos à cena apresentada em Gên. 2.7. Deus tomou o pó da terra e formou um corpo. Ali jazia inanimado e quieto esse corpo. Embora já estando no mundo, e rodeado por suas belezas, esse corpo não reagia porque não tinha vida. Não via, não ouvia, não entendia. Então “Deus soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Imediatamente tomou conhecimento, vendo as belezas e ouvindo os sons do mundo ao seu redor.
Como sucedeu com o corpo, assim também sucedeu com a alma. O homem está rodeado pelo mundo espiritual e rodeado por Deus que não está longe de nenhum de nós. (At 17.27.) No entanto, o homem vive e opera como se esse mundo de Deus não existisse, em razão de estar morto espiritualmente, não podendo reagir como devia. Mas quando o mesmo Senhor que vivificou o corpo vivifica a alma. A pessoa desperta para o mundo espiritual e começa a viver a vida espiritual. Qualquer pessoa que tenha presenciado as reações dum verdadeiro convertido, conforme a experiência radical conhecida como novo nascimento, sabe que a regeneração não é meramente uma doutrina, mas uma realidade prática.
Habitação. Jo 14.17; Rm 8.9; 1Co 6.19; 2Tm 1.14; 1Jo 2.27; Col 1.27; 1Jo 3.24; Ap 3.20. Deus está sempre e necessariamente presente em toda parte; nele vivem todos os homens; nele se movem e têm seu ser. Mas a habitação interior significa que Deus está presente duma maneira nova, mantendo uma relação pessoal com o indivíduo. Esta união com Deus, que é chamada habitação, morada, é produzida realmente pela presença da Trindade completa, como se poderá ver por um exame dos textos supra citados. Considerando que o ministério especial do Espírito Santo é o de habitar no coração dos homens, a experiência é geralmente conhecida como morada do Espírito Santo. Muitos eruditos ortodoxos crêem que Deus concedeu a Adão não somente vida física e mental mas também a habitação do Espírito, a qual ele perdeu por causa do pecado. Essa perda atingiu não somente a ele mas também os seus descendentes. Essa ausência do espírito deixou o homem nas trevas e na debilidade espiritual. Quanto ao entendimento, o homem não convertido não pode compreender as coisas do Espírito de Deus 91Co 2.14). Em relação à vontade, ele não pode estar sujeito à lei de Deus (Rm 8.7); em relação à adoração, ele não pode chamar Jesus Senhor (1Co 12.3); quanto à prática, não pode agradar a Deus (Rm 8.8); quanto ao caráter, não pode produzir fruto espiritual (Jo. 15.4); e quanto à fé, ele não pode receber o Espírito de verdade(Jo 14.17). Tudo isso é devido à ausência do Espírito, ausência que deixa o homem morto espiritualmente.
Pela fé e o arrependimento o homem volta-se para Deus e torna-se regenerado. A regeneração pelo espírito envolve união com Deus e com Cristo (1Co 6.17), que é conhecida como habitação. (1Co 6.19.) Essa habitação do Espírito ou essa possessão do Espírito pelo homem é distintivo do cristão do Novo Testamento. “Vos, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9)
Santificação. Na regeneração o Espírito Santo efetua uma mudança radical na alma, concedendo-lhe um novo princípio de vida. Mas isso não significa que os filhos de Deus sejam imediatamente perfeitos. Permanece a debilidade hereditária adquirida; e ainda falta vencer o mundo, a carne e o diabo.
Uma vez que o Espírito não opera magicamente, mas duma maneira vital e progressiva, a alma é renovada gradualmente. Deve a fé fortalecer-se por meio de muitas provas; e o amor dever fortificar-se para sobreviver à dificuldade e à tentação. As seduções do pecado precisam ser vencidas; e as tendências e os hábitos devem ser corrigidos.
Se o Espírito de Deus operasse um só ato e depois se retirasse, indubitavelmente o convertido voltaria a seus antigos caminhos. Mas o Espírito continua a boa obra que começou. O Evangelho, que foi o meio do nosso novo nascimento, continua a ser o meio do nosso crescimento na vida cristã. Aqueles que nasceram pela semente incorruptível da Palavra de Deus (1Ped 1.23), devem desejar, “como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo” (1Ped 2.2). Também, o Espírito Santo age diretamente sobre a alma, produzindo essas virtudes especiais do caráter cristão conhecidas como os frutos do espírito (Gál 5.22,23). A operação do Espírito é progressiva, indo “do coração para fora, do interior para o exterior, da sede da vida para as suas manifestações, suas ações e suas palavras. Essa operação tolera no princípio muitas incompatíveis com sua natureza divina, mas logo, pouco a pouco, ataca essas falhas, uma após outra, ora estas ora aquelas, entrando nos mínimos detalhes de modo tão cabal que, não podemos escapar à influência do Espírito, um dia esse homem será perfeito, glorificado pelo Espírito, e resplandecente com a vida de Deus”.

3. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO CAPACITA-NOS A FAZER A OBRA DE DEUS.
O Espírito Santo os capacita para fazer com poder a obra de Deus. Pessoas santas precisam demostrar a santidade do Senhor em suas vidas por meio do trabalho e da convivência entre as pessoas deste mundo. Ele espera que a nossa luz resplandeça nas trevas. E isso acontece quando o mundo vê pessoas santas demonstrando a santidade de Deus no dia a dia. Não se pode entender uma pessoa “santa” trancada em uma redoma de vidro e sem ter contato com os outros. É em meio aos pecadores que os santos podem fazer a diferença.
O Senhor espera que possamos nos submeter a ele para ser capacitados a fazer a sua obra. Para cada pessoa, Ele tem uma vocação; e para essa vocação, uma forma de preparação, de capacitação. Cremos que Deus age em nossas vidas de acordo com seus propósitos. Ele preparou Moisés em seus primeiros 40 anos de vida no Egito a fim de ser um poderoso líder no deserto. Preparou Elias em Querite e em Sarepta, para depois fazer chover em uma terra assolada pela seca e fazer descer fogo do céu diante dos profetas de baal. Preparou Davi, junto das ovelhas, para ser rei em Israel. Da mesma forma, O Espírito Santo nos prepara para a chamada de Deus, de forma que estejamos sempre dependendo dEle ao longo do cumprimento de nossa vocação. E.C.
O Espírito Santo nos capacitou para um tríplice objetivo:
O primeiro objetivo da igreja. È a evangelização do mundo. Da mesma maneira que Jesus Cristo veio para buscar e salvar o perdido, assim também a extensão de seu corpo nesta era, a Igreja, deve compartilhar desse interesse (Mt 18.11).
O Segundo objetivo da igreja. É ministrar a Deus, como diz o catecismo de uma grande denominação: “A principal e mais elevada finalidade do homem consiste em glorificar a Deus e desfrutar dEle para sempre”.
E o terceiro Objetivo da Igreja. É edificar um corpo de santos (crentes dedicados), nutrindo-os a fim de que se conformem à imagem de cristo. O evangelismo é a conquista de novos convertidos; a adoração é a igreja voltada para Deus; a nutrição é desenvolvimento dos novos convertidos em santos maduros.

CONCLUSÃO
Busquemos o batismo com Espírito Santo e deixemos que Ele nos capacite-nos, enchendo os nossos corações com o amor de Deus, para que possamos ganhar muitas vidas para Cristo, pois esse é o desejo do nosso Senhor, que desprendemos das coisas que este reino nos oferece e busquemos as coisas do Reino do nosso Senhor que são eternas e nos deixemos ser levados pelo Espírito Santo que nos guiará em toda verdade, ganhando vidas para o reino de Deus.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

domingo, 3 de abril de 2011

Lição 3 - 2º Trimestre 2011 O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO. 17 de Abril de 2011


LEITURA BÍBLICA: Atos 2.1-4,7,8.
1 Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar. 2 De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados.3 Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas. 4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.
7 A multidão ficou admirada e espantada e comentava: — Estas pessoas que estão falando assim são da Galileia! 8 Como é que cada um de nós as ouvimos falar na nossa própria língua?

INTRODUÇÃO
Estamos na Dispensação do Espírito Santo, que substituiu Jesus como Paracleto. Ele veio habitar em nós e tornar viva a presença de Cristo. Sua missão é a de capacitar, moral e espiritualmente, cada um de nós, para que testemunhemos de Jesus. A sua vinda é o cumprimento do que foi anunciando pelos profetas e pelo próprio Filho de Deus (Lc 24.49; At 1.4). Ele realizaria uma obra especial na Terra, identificada como “o ministério do Espírito” (2Co 3.8).

1. O QUE NÃO É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO.
O batismo com o espírito Santo não significa a regeneração e nem tão pouco o perdão de pecados. Afirmam os antagonistas do movimento pentecostal que o batismo com o Espírito Santo é recebido no ato da conversão. Dizem que no dia de Pentecoste, não havia diferença entre os quase 120 discípulos no Cenáculo e os quase três mil que se converteram naquela ocasião. Entendem que todas aquelas pessoas, ao receberem e aceitarem a mensagem de Pedro, foram automaticamente batizadas com o Espírito Santo. É inaceitável esta interpretação. Percebe-se, facilmente, a distinção entre os dois grupos. O primeiro recebeu o “dom do Espírito” e falou em “outras línguas”, enquanto que o segundo ouviu a mensagem para o arrependimento dos pecados pregada por Pedro que falou da promessa aos que cressem: “arrependei-vos. E cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38).
O batismo com o Espírito Santo não significa a imersão no corpo de Cristo. Paulo escreveu aos Gálatas: “Pois todos vós, que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo (Gl 3.27). Esta passagem nada tem a ver com o batismo no Espírito Santo. Ser batizado em Cristo é o ato de regeneração em seu corpo, a sua Igreja. Em 1 Coríntios12.13, lemos: “Fomos batizados no corpo de Cristo pelo único Espírito”.
O ser cheio do Espírito e o ser batizado com o Espírito Santo, tem uma diferença mito grande, pois os discípulos de Cristo foram cheios do Espírito e depois começaram a falar em outras línguas.
As línguas estranhas não são articulações irracionais. É o Espírito Santo quem habilita e ensina o cristão a falar as línguas espirituais, às vezes, desconhecidas do que fala e por quem as ouve. Entretanto, não temos o direito de rejeitá-las com palavras blasfemas contra o espírito Santo. Tratar as línguas espirituais como articulações irracionais, que produzem sons estranhos, com ruídos, gritos e ecos desconexos, é o mesmo que identificar o Espírito Santo como ser irracional.

2. O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO.
É uma experiência distinta que equivale a um mergulho na fonte do Espírito. O próprio sentido da palavra “batismo” é imersão. No dia de Pentecoste, as duas experiências aconteceram quase simultaneamente. Em At 2.4, diz que, primeiro, “todos foram cheios do Espírito Santo”. Foi uma efusão espiritual. Logo a seguir, vemos uma sequencia e uma consequência da primeira experiência: “E começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. Esta foi a evidência física e audível do batismo com Espírito Santo.
A nova vida em Cristo é cheia do poder do Espírito Santo. Por isso, o crente torna-se alvo das operações do Espírito.
O fogo do batismo com o Espírito Santo. “Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo”. Este é inseparável da experiência do batismo como Espírito Santo, pois une a pessoa do Espírito à sua obra purificadora, através do fogo. Tanto o Espírito como o fogo estão intimamente ligados ao propósito do batizador, Jesus. A forma original, no grego, “em fogo”, fortalece ainda mais a relação entre o Espírito e o fogo. Vejamos a diferença entre os batismos em água e com o Espírito santo. O primeiro simboliza o arrependimento e a obra regeneradora, pois a água significa purificação, lavagem, limpeza (Ef 5.26; Tt 3.5). Por isso, o batismo em água, sob o prisma negativo, é a figura da tristeza, da humilhação do “eu carnal”. O segundo, “Em Fogo”, tem um sentido positivo na nova vida em Cristo Jesus. O fogo está intimamente ligado à obra do Espírito na vida do crente, e não contra os pecadores.

3. A EXPERIÊNCIA DE ATOS 2.

O nascimento da igreja, no ano 30 do nosso Senhor, no quinquagésimo dia após a ressurreição de Jesus e no décimo dia depois de sua ascensão ao céu. Foi o início da era do evangelho.
O Pentecoste também era chamado a festa dos Primeiros frutos e a Festa da Colheita. Portanto, que dia mais apropriado para ser escolhido como o dia dos primeiros frutos da colheita do evangelho para todas as nações!
Em João 16.7-14, Jesus tinha falado da chegada da era do Espírito Santo. É inaugurada agora na manifestação poderosa e milagrosa do Espírito Santo, com o som de um vento muito forte e com línguas de fogo que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Foi a proclamação pública inicial da ressurreição de Jesus, diante dos judeus e dos prosélitos judaicos que se dirigiam a Jerusalém para a Festa de pentecoste, provenientes de todos os países do mundo então conhecido - são citadas nominalmente 15 nações (2. 9-11). Eles ouviram os apóstolos, homens da Galiléia que nunca tinham se afastado da vizinhança da Palestina, falar-lhes nas respectivas línguas maternas. Tratava-se do cumprimento das últimas palavras de Jesus dirigidas aos apóstolos em 1.5,8 e Luc 24.49. Os apóstolos estavam sob o controle total do espírito Santo, e o Espírito falou por meio deles em línguas que eles não tinham aprendido.

CONCLUSÃO
A dificuldade para se aceitar a experiência do batismo com o Espírito Santo tem levado muitos servos de Deus a relegarem a referida experiência ao passado. Esqueceram a importância de se buscar o batismo com Espírito Santo e se deixaram levar pela indiferença, rejeitando o dom especial que Deus prometeu aos que crescem. O acontecimento do dia de Pentecoste nas vidas de quase 120 discípulos é tratado apenas como um evento histórico desnecessário à Igreja atual.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.