domingo, 28 de agosto de 2011

Lição 10 - 3º Trimestre 2011 A ATUAÇÃO SOCIAL DA IGREJA. 04 de Setembro de 2011


LEITURA BÍBLICA:

Isaias 58.6-8,10,11.
Não! Não é esse o jejum que eu quero. Eu quero que soltem aqueles que foram presos injustamente, que tirem de cima deles o peso que os faz sofrer, que ponham em liberdade os que estão sendo oprimidos, que acabem com todo tipo de escravidão. O jejum que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos, que recebam em casa os pobres que estão desabrigados, que deem roupas aos que não têm e que nunca deixem de socorrer os seus parentes. Então a luz da minha salvação brilhará como o sol, e logo vocês todos ficarão curados. O seu salvador os guiará, e a presença do Senhor Deus os protegerá por todos os lados.

Tiago 2.14-17.
Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé se ela não vier acompanhada de ações? Será que essa fé pode salvá-lo? Por exemplo, pode haver irmãos ou irmãs que precisam de roupa e que não têm nada para comer. Se vocês não lhes dão o que eles precisam para viver, não adianta dizer: “Que Deus os abençoe! Vistam agasalhos e comam bem”. Portanto, a fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta.

INTRODUÇÃO
Neste mundo, onde há tanto ricos quanto pobres, frequentemente os que têm abastança material tiram proveito dos que nada têm, explorando-os para que os seus lucros aumentem continuamente (Isaias 3.14,15; Jeremias 2.34). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados.

1. POBREZA: UMA REALIDADE SEMPRE PRESENTE.
A verdadeira adoração é mais que o ritual religioso de ir ao templo todos os dias, jejuar e ouvir a leitura das Escrituras. As pessoas se esqueceram da necessidade de terem um relacionamento vivo e real com Deus. Ainda hoje, Ele não quer que tenhamos uma atitude de aparente fidelidade, mantendo em nosso coração pecados não perdoados, continuando com o nosso estilo de vida pecaminoso. A genuína compaixão pelos oprimidos, pobres e indefesos é tão importante quanto a correta adoração e doutrina.

Não podemos ser salvos sem a fé em Cristo, mas a nossa fé não será sincera se não for estendida aos nossos semelhantes. O jejum pode ser espiritual e fisicamente benéfico, mas ajuda apenas a quem faz. Deus expressou o desejo de que o nosso jejum vá além de nosso crescimento pessoal, e revele-se através de atos de bondade, caridade, justiça e generosidade. Isto será verdadeiramente agradável a Ele, pois o jejum que Deus aprova é acompanhado de amor por Ele e por sincero cuidado pelos oprimidos. O crente deve compreender que a entrega de ofertas e dízimos à igreja não o exime da responsabilidade de dar aos pobres. Devemos ajudar os famintos com comida e fornecer roupas aos que estão necessitados.

2. QUESTÕES SOCIAIS NO ANTIGO TESTAMENTO.
Amos 5.12-14 “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejetais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis”.

O zelo de Deus pelos pobres e necessitados. Deus tem expressado de várias maneiras seu grande zelo pelos pobres, necessitados e oprimidos.

1) O Senhor Deus é o seu defensor. Ele mesmo revela ser deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl 40.17), o libertador (1Sm 2.8) e provedor (Sl 10.14).
2) Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (Dt 15.7-11). Declarou-lhe, em seguida, seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o Senhor abundantemente te abençoará na terra que o Senhor, teu Deus te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso Deus, na sua Lei, proíbe a cobrança de juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25). Se o pobre entregasse algo como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo, o credor era obrigado a devolver-lhe o penhor (uma capa ou algo assim) antes do pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este era obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos a si mesmo e à sua família (Dt 24.14,15). Durante a estação da colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados no chão para que os pobres os recolhessem (Lv 19.10; Dt 24.19-21) e mais: os cantos das searas de trigo, especialmente, deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era o mandamento divino de se cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres (Dt 15.1-6). Além disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao necessitado, simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). Deus, além de prover o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução de propriedades, o ano do jubileu, que ocorria a cada cinquenta anos. Todas as terras que tivessem mudado de dono desde o ano do Jubileu anterior teriam de ser devolvidas à família originária. E, mais importante de tudo: a justiça haveria de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber qualquer favoritismo (Êx 23.2,3.6; Dt 1.17). Desta maneira, Deus impedia que os pobres fossem explorados pelos ricos, e garantia um tratamento justo aos necessitados.

3) Infelizmente, os israelitas nem sempre observavam tais lei. Muitos ricos tiravam vantagens dos pobres, aumentando-lhes a desgraça. Em consequência de tais ações, o Senhor proferiu, através dos profetas, palavras severas de juízo contra os ricos (Is 1.21-25; Jr 17.11).

3. O NOVO TESTAMENTO E A AÇÃO SOCIAL DA IGREJA.
Quando alguém reivindica ter fé, o que ele ou ela podem ter é um consentimento intelectual, uma concordância com um conjunto de ensinos cristãos, o que como tal seria uma fé incompleta. A verdadeira fé transforma nossa conduta como também nossos pensamentos. Se as nossas vidas permanecerem inalteradas, estaremos demonstrando que não cremos verdadeiramente nas verdades em que reivindicamos crer.

No Novo testamento, Deus também ordena a seu povo que evidencie profunda solicitude pelos pobres e necessitados, especialmente pelos domésticos na fé.
1) Boa parte do ministério de Jesus foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica, dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser Jesus )Lc 4.18,19). Ele condenava durante os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25).

2) Jesus espera que seu povo contribua generosamente com os necessitados. Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres. Em mais de uma ocasião, ensinou aos que queriam seguir a se importarem com os marginalizados econômica e socialmente. As contribuições não eram consideradas opcionais. Uma das exigências de Cristo para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os irmãos e irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (Mt 25.31-46).

3) O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demostravam igualmente profunda solicitude pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e barnabé, representando a igreja em Antioquia da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta aos irmãos carentes da Judéia (At 11.28-30). Quando o concílio reuniu-se em Jerusalém, os anciãos recusaram-se a declarar a circuncisão como necessária à salvação, mas sugeriram a Paulo e aos seus companheiros “que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência” (Gl 2.10). Um dos alvos de sua terceira viagem missionária foi coletar dinheiro “para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na Galácia e em Corinto a contribuir para esta causa (1 Cor 16.1-4). Como a igreja em Corinto não contribuísse conforme se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos seus membros a respeito da ajuda aos pobres e necessitados (2Cor 8.9). Elogiou as igrejas na Macedônia por lhe terem rogado urgentemente que lhes deixasse participar da coleta (2Cor 8.1-4;9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de contribuir. Na epístola aos Romanos, ele arrola, como dom do Espírito Santo, a capacidade de se contribuir com generosidade às necessidades da obra de Deus e de seu povo (rm 12.8).

CONCLUSÃO
Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e necessitados, são os irmãos em Cristo. Jesus equiparou as dádivas repassadas aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio. A igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros. Quando o crescimento da igreja tornou impossível aos apóstolos cuidar dos necessitados de modo justo, procedeu-se a escolha de sete homens, cheios do Espírito Santo, para executar a tarefa. Paulo declara explicitamente qual deve ser o princípio da comunidade cristã: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé (Gl 6.10). Deus quer que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja igualmente entre o seu povo. Resumindo, a Bíblia não nos oferece outra alternativa senão tomarmos consciência das necessidades materiais dos que se acham ao nosso redor, especialmente de nossos irmãos em Cristo.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) ADBV. Cel. (85)8816-7122/ (85)9940-0893
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Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.




terça-feira, 23 de agosto de 2011

Lição 9 - 3º Trimestre 2011 PRESERVANDO A IDENTIDADE DA IGREJA. 28 de Agosto de 2011


LEITURA BÍBLICA:

Atos 20.25-32.
25 Eu tenho estado entre vocês, anunciando o Reino de Deus, e agora sei que vocês não vão me ver mais. 26 Por isso, com toda a certeza eu afirmo hoje que, se algum de vocês se perder, eu não sou o responsável. 27 Pois não deixei de lhes anunciar todo o plano de Deus. 28 Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho que o Espírito Santo entregou aos seus cuidados, como pastores da igreja de Deus, que ele comprou por meio do sangue do seu próprio filho. 29 Pois eu sei que, depois que eu for, aparecerão lobos ferozes no meio de vocês e eles não terão pena do rebanho. 30 E chegará o tempo em que alguns de vocês contarão mentiras, procurando levar os irmãos para o seu lado. 31 Portanto, fiquem vigiando e lembrem que durante três anos, de dia e de noite, eu, chorando, não parei de ensinar cada um de vocês. 32 E agora eu os entrego aos cuidados de Deus e da palavra da graça. Pois ele pode ajuda-los a progredir espiritualmente e pode dar-lhes as bênçãos que guarda para todo o seu povo.

INTRODUÇÃO
Paulo não fazia nada em segredo, todos os homens conheciam sua mensagem e seus métodos. Ele servia ao Senhor, não ao homem. Ele era um líder humilde, não um ditador orgulhoso. Ele sabia o que significava aguar a semente da Palavra com lágrimas. Paulo pregou todo o desígnio de Deus publicamente e de casa em casa. Ele pregou a todas as pessoas e exaltou Jesus Cristo. Esse é o padrão que o pastor de hoje deve seguir.
O ensino das Escrituras deve ser antes de tudo, ortodoxo. Todo ensino bíblico-doutrinário deve ser estritamente de acordo com a mensagem divina revelada no antigo e Novo Testamento. Tal ortodoxia cristã tem nas Sagradas Escrituras a única fonte do verdadeiro conhecimento de Deus, de suas doutrinas e da maravilhosa salvação em Cristo Jesus, pois só desta forma poderemos mostrar a sua autenticação.

1. O QUE É A IGREJA.
A verdadeira Igreja é única, como está indicado pelo uso singular da palavra em Efésios e em várias outras passagens, quando se faz referência a todos os fiéis (1 Cor 15.9; Gl 1.18,24; 1 Tm 3.15). Apesar disso, havia muitos grupos locais conhecidos como igreja naquele lugar. Onde quer que a igreja se reúna, ela existe como um todo, ela é a igreja naquele lugar. A congregação em particular representa a igreja universal, e por meio da participação na redenção de Cristo.

As características significativa de cada igreja local e da igreja universal é o seu relacionamento com Deus e com Jesus Cristo: “igrejas de Deus... em Cristo Jesus”. A Igreja é de Deus porque Ele a estabeleceu pelos atos sobrenaturais de vir à terra na Pessoa de seu Filho por meio do nascimento virginal, comprou um povo por meio do sacrifício substitutivo do seu filho, ressuscitou o filho dos mortos para promover a vida eterna, e enviou o Espírito Santo para abastecer e equipar os seus santos.

Há pelo menos oito imagens no Novo Testamento que representam a relação de Cristo com sua Igreja: 1) o pastor e as ovelhas; 2) a Videira e os ramos; 3) a Pedra Angular ou fundação e as pedras de um templo sagrado; 4) o Sumo Sacerdote e o reino de sacerdotes; 5) a Cabeça e o corpo que tem muitos membros; 6) o Noivo e a noiva; 7) O primogênito entre muitos irmãos, ou as primícias; 8) O Senhor e os servos. Estas e outras descrições revelam que a vida da Igreja, sua santidade e sua unidade estão em Cristo.

Como um corpo, um organismo vivo, a Igreja deveria crescer para a maturidade, à medida da estatura completa de Cristo. Como ajuda para esse desenvolvimento, Cristo deu alguns dons à sua Igreja, sob a forma de homens que realizariam várias tarefas. Alguns eram apóstolos, e outros eram profetas, evangelistas e pastores-doutores, para equipar os santos para a obra do ministério. Como os membros da Igreja eram batizados no Espírito Santo, cada um tinha um dom espiritual, ou mais, para edificar os outros na comunidade de crentes. Cada um deveria servir de acordo com sua chamada e com sua habilidade.

A igreja também deveria crescer no sentido de expansão. Cada crente deveria ser uma testemunha de Cristo por meio do poder do Espírito Santo, levando o evangelho a todas as criaturas, e fazendo discípulos em todas as nações.

Embora todos os crentes tivessem uma posição igual perante Cristo, o Cabeça, a Igreja organizou-se com a finalidade de assegurar seu funcionamento prático e ordenado aqui na terra. De certo modo, os apóstolos e os profetas eram sua fundação, os representantes autorizados por Jesus Cristo para completar a revelação de sua Palavra para seu povo.

O principal ministério da Igreja consistia em servir ao seu Senhor, adorá-lo como sacerdotes por meio do Espírito que habita dentro de cada um e fazer sua vontade na terra, realizando sua obra por meio do poder do seu Espírito. A presença do sobrenatural tem caracterizado a Igreja em todos os momentos.

2. A PRESERVAÇÃO DA IDENTIDADE DA IGREJA.
Devemos fielmente preservar aquilo que temos recebido da parte do Senhor. A verdadeira igreja é aquela que se mantém em tudo fiel à sã doutrina bíblica. O comportamento requerido da Igreja revela sua natureza, no sentido de que ela deve ter um comportamento digno e santo em relação ao mundo pecador. Isso porque a igreja do Deus vivo é um povo santo, separado do pecado e do mundanismo. Portanto, a Igreja é a demonstração viva e santa da verdade do evangelho. Seu papel é o de sustentar, manter e defender a verdade contra todo erro e oposição intelectual, religiosa e filosófica dos falsos mestres. A verdade foi confiada à Igreja, e todo erro e heresia devem ser refutados por ela.

A verdade no contexto de 1 Timóteo 3.15. Essa verdade do evangelho é o vastíssimo conteúdo doutrinário da fé cristã. A igreja tem a missão de viver e representar essa verdade, mas também de mantê-la e defendê-la de toda oposição que se lhe ataca.

O fundamento e as colunas desse edifício são as doutrinas bíblicas fundamentais, as quais dão sustentação a esse edifício espiritual. A igreja é edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus é a principal pedra de esquina (Ef 2.20). Paulo ilustra que a edificação da Igreja é efetuada pelos ministros do Senhor. A bíblia declara que “ninguém pode colocar outro fundamento além do que já está posto”. No texto de Efésios 4.11, vemos os edificadores que Deus tem dado à igreja, tais como “apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres”. Eles usam os matérias da doutrina cristã para construir esse edifício espiritual.

3. ALGUNS PERIGOS QUE AMEAÇAM A IGREJA.


Paulo estava preocupado com a igreja e com o futuro dela, não consigo mesmo. Ele avisou os pastores para primeiro tomarem cuidado consigo mesmos. Toda a igreja sofreria se eles fracassassem em sua jornada espiritual pessoal. Mais tarde, Paulo fez essa advertência a Timóteo (1 Tm 4.16). Depois, ele advertiu-os de que pastoreassem a igreja. Eles, como bispos, eram responsáveis por guiar, alimentar e proteger o rebanho de ataques espirituais. A igreja é tão preciosa para Cristo que ele a comprou com seu próprio sangue. Paulo advertiu os cristãos em relação a dois perigos: 1) o ataque ao rebanho por lobos de fora (v.29); e 2) os mestres pervertidos que se levantariam do rebanho (v.30). As duas coisas aconteceram na história da igreja.

Paulo deu a si mesmo como o exemplo a ser seguido pelos pastores. Ele confiou-os a Deus (isso é orar) e à Palavra (isso é pregar e ensinar), pois a oração e a Palavra edificam a igreja local (veja At 6.4). Ele advertiu-os de não serem cobiçosos. Paulo mencionou que o pastor local não precisava seguir o padrão de trabalhar para o próprio sustento, embora ele fizesse isso; veja 1 Coríntios 9. Contudo, todos os servos de Deus devem imitar a atitude abnegada que ele tinha. Os evangelhos não registram a bem-aventurança de Cristo que Paulo lembrou aos pastores: “Mais bem-aventurado é dar que receber”. Os servos cristãos devem ministrar aos outros, em vez de outros ministrarem a eles.

Há sempre duas ameaças à Igreja, uma externa e outra interna. Os ímpios são uma perigosa ameaça externa; os soberbos e os que servem somente aos seus próprios interesses são a ameaça interna.

CONCLUSÃO
É necessário que a Igreja de Cristo mantenha-se sempre vigilante e precavida contra as heresias que contestam as verdades fundamentais da fé cristã, segundo o que está escrito na Palavra de Deus. Esta é uma das cautelas para a Igreja evitar os erros doutrinários e combater as heresias sem perder a sua identidade, pois a Igreja tem sua digital registrada no sangue do cordeiro de Deus.

Glossário:
Ortodoxo: adj. Que está conforme a uma doutrina definida; p. ext., que é rígido em suas convicções.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Lição 8 - 3º Trimestre 2011 IGREJA – AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE. 14 de Agosto de 2011


LEITURA BÍBLICA:

Marcos 2.13-17.
13 E tornou a sair para o mar, e toda a multidão ia ter com ele, e ele os ensinava. 14 E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na alfândega e disse-lhe: Segue-me. E, levantando-se, o seguiu. 15 E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores, porque eram muitos e o tinham seguido. 16 E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? 17 E Jesus, tendo ouvido isso, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.
Atos 2.37-41.
37 Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? 38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. 39 Porque a promessa vos diz respeito a vós, ia vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar. 40 E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. 41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.

INTRODUÇÃO
Transformar a sociedade por meio do Evangelho é a função da Igreja como agência do Reino de Deus. E nesse particular, ela tem desenvolvido bem sua missão na recuperação de pessoas que viviam nas drogas, delinquência, idolatria, etc, e que agora foram ressocializadas, tornando-se cidadãos de bem.

1. A IGREJA E A SOCIEDADE.

Em Sociologia, uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. A sociedade é objeto de estudo comum entre as ciências sociais, especialmente a Sociologia, a História, a Antropologia e a Geografia.
Em Biologia, sociedade é um grupo de animais que vivem em conjunto, tendo algum tipo de organização e divisão de tarefas, sendo objeto de estudo da Sociobiologia. Um exemplo ótimo de sociedade são as formigas trabalhando nas colônias, cada qual com sua função.
Uma sociedade é um grupo de indivíduos que formam um sistema semi-aberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada.
A origem da palavra sociedade vem do latim societas, uma "associação amistosa com outros". Societas é derivado de socius, que significa "companheiro", e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado àquilo que é social. Está implícito no significado de sociedade que seus membros compartilham interesse ou preocupação mútuas sobre um objetivo comum. Como tal, sociedade é muitas vezes usado como sinônimo para o coletivo de cidadãos de um país governados por instituições nacionais que lidam com o bem-estar cívico.
Pessoas de várias nações unidas por tradições, crenças ou valores políticos e culturais comuns, em certas ocasiões também são chamadas de sociedades (por exemplo, Judaico-Cristã, Oriental, Ocidental etc.). Quando usado nesse contexto, o termo age como meio de comparar duas ou mais "sociedades" cujos membros representativos representam visões de mundo alternativas, competidoras e conflitantes.
Também, alguns grupos aplicam o título "sociedade" a eles mesmos, como a "Sociedade Americana de Matemática". Nos Estados Unidos, isto é mais comum no comércio, em que uma parceria entre investidores para iniciar um negócio é usualmente chamada de uma "sociedade". No Reino Unido, parcerias não são chamadas de sociedade, mas cooperativas.
Margaret Thatcher não foi a única a dizer que não existe sociedade. Ainda há um debate em andamento nos círculos antropológicos e sociológicos sobre se realmente existe uma entidade que poderíamos chamar de sociedade. Teóricos marxistas como Louis Althusser, Ernesto Laclau e Slavoj Zizek argumentam que a sociedade nada mais é do que um efeito da ideologia dominante e não deveria ser usada como um conceito sociológico.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade - acesso em 17-08-2011)

I - O QUE É UMA SOCIEDADE?
Segundo o sociólogo Pérsio Santos de Oliveira, em seu livro Introdução à Sociologia, sociedade é “uma reunião de indivíduos para um determinado fim; todo grupo ou agregado social que vive submetido às mesmas leis e cujas instituições fundamentais são determinadas por padrões culturais comuns” (Santos, 2001, p.250). Deus criou o homem um ser gregário, ou seja, tendente a se relacionar com o outro, constituindo-o em família (Gn 1.28), que definida pela socióloga Eva Lakatos, é “considerada o fundamento básico e universal das sociedades, por se encontrar em todos os agrupamentos humanos, embora variem as estruturas e o funcionamento” (Lakatos, 1999, p. 171).
II - QUAL FOI O PROJETO ORIGINAL DE DEUS PARA SOCIEDADE?
Deus, ao criar o homem, institui a família e projeta a sociedade “…enchei a terra…” (Gn 1.28b); estabelece o princípio da relação de trabalho e meios de produção “… e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15), do governo “… domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra”(Gn 1.26b); e a constituição que regeria a sociedade, a lei moral “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”(Gn 2.17). Portanto, o projeto de Deus sempre foi alcançar o homem em todos os seus aspectos (físico, emocional, social e espiritual).
O Senhor Jesus nasceu em uma família judaica (Lc 2.1-7), em uma sociedade politicamente dominada pelos romanos (Mt 2.1; Lc 2.1-3). Entretanto o evangelista Lucas registra que “E crescia Jesus em sabedoria (intelectualmente), e em estatura (fisicamente), e em graça para com Deus (espiritualmente) e os homens (socialmente).Lucas registra o que Deus realizou na vida de Jesus e tencionava realizar na vida de todos. Todas as coisas deveriam convergir para glorificação do Senhor (Rm 11.36), porém a presença do pecado desorganizou o projeto original, por isso, nos diz Paulo:
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). A cultura e as relações sociais tornaram-se vítimas da lei do pecado.
III - A IGREJA COMO AGENTE TRANSFORMADORA DEVE ASSUMIR O PAPEL DO ESTADO?
Não! Infelizmente, ao longo da história da Igreja surgiram algumas falsas analogias sobre a missão integral da Igreja e o seu papel de agente transformador da sociedade, levando alguns segmentos “considerados cristãos” a assumirem posições antibíblicas do conceito original.

2. A IGREJA E A PROTEÇÃO SOCIAL.

Evangelização e Responsa¬bilidade Social
O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano, criado por DEUS. E DEUS não o criou como uma alma sem corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma (para que pudéssemospreocupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico), nem tampouco um corpo-alma em isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele vive). Não! DEUS fez o homem um ser espiritual, físico e social. Como ser humano, o nosso próximo pode ser definido como 'um corpo-alma em sociedade'. Portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Se amamos o nosso próximo como DEUS o criou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total, o bem-estar do seu corpo, da sua alma e da sua sociedade. [...] É verdade que o Senhor JESUS ressurreto deixou a Grande Comissão para a sua Igreja: pregar, evangelizar e fazer discípulo. E esta comissão é ainda a obrigação da Igreja. Mas a comissão não invalida o mandamento, como se "amarás o teu próximo" tivesse sido substituído por "pregarás o Evangelho". Nem tampouco reinterpreta amor ao próximo em termos exclusivamente evangelísticos" (STOTT, John R. W. Cristianismo Equilibrado. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 60,61).

3. A IGREJA E A ASSISTÊNCIA À SOCIEDADE.

"Apesar de vivermos em uma sociedade pluralista, servimos a um DEUS que é soberano sobre todas as coisas, e todos os aspectos da vida pessoal e social atingirão a sua melhor forma quando refletirem o seu caráter. Todos cidadãos viverão melhor em um mundo que mais proximamente se conforme à realidade e à ordem que DEUS criou. Fazer tal argumentação prudente é uma maneira muito mais efetiva de reconstruir a cultura do que montar campanhas políticas públicas. Mudar as leis de modo a ajustá-las aos padrões bíblicos de justiça é uma tarefa crucial, claro, mas somente elas não podem transformar o coração ou mudar o comportamento. A maneira como as pessoas vivem é determinada mais por seus valores compartilhados, e isso por sua vez é mudado através de persuasão paciente e exemplo.
Quando apresentarmos a perspectiva bíblica em debate público, deveremos interpretar a verdade das Escrituras de maneira tal que atraia o senso comum. Embora acreditemos que as Escrituras sejam a revelação infalível de DEUS, não temos que tornar os nossos argumentos uma repetição de versículos bíblicos.
Por exemplo, quando defendo em câmaras estaduais que criminosos deveriam ser obrigados a pagar restituição às suas vítimas, não digo: 'Faça isso porque a Bíblia diz'. Antes, apresento a tese como uma saudável política pública. (Quase sempre, alguém me pergunta de onde veio a idéia, e então respondo: 'Vá em casa e investigue a sua Bíblia. Leia Êxodo 22 ou a história de Zaqueu no Novo Testamento'.)
Ainda assim, sempre quando escrevo sobre a necessidade de se utilizarem argumentos razoáveis em cena pública tenho certeza de que uma montanha de cartas de leitores chocados chegará, perguntando: 'Não é a Bíblia adequada para a salvação? Não nos diz a Bíblia que a Palavra de DEUS não volta vazia?' A resposta é que de fato a Palavra de DEUS é suficiente para a salvação — para a graça salvadora. Mas estamos aqui falando de graça comum — isto é, levar adiante o trabalho de DEUS de manter a criação através da promoção da justiça e retenção do mal. Para tanto, devemos traduzir a revelação de DEUS para a linguagem do mundo. Devemos ser capazes de falar ao cientista na língua da ciência, ao artista na linguagem da arte, ao político na linguagem da política" (COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E Agora, Como Viveremos? 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.54).

CONCLUSÃO
Para que a igreja seja uma verdadeira agente do reino, primeiramente ela precisa refletir sobre a sua relação com Deus, fazer disso a sua prioridade máxima, identificar-se com os seus propósitos, associar-se a ele em sua obra de restauração da criação. A igreja precisa ser teocêntrica, a começar do seu culto. Quando o culto e a vida da igreja são voltados em primeiro lugar para a satisfação de necessidades humanas, e não para a glória e o louvor de Deus, a igreja deixa de ser teocêntrica, e em assim fazendo, não pode ser agente do reino de Deus no mundo.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Lição 7 - 3º Trimestre 2011 A BELEZA DO SERVIÇO CRISTÃO. 14 de Agosto de 2011


LEITURA BÍBLICA:

João 13.12-17.
12 Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? 13 Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. 14 Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, a vós deveis também lavar os pés uns aos outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. 16 Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. 17 Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.

Atos 2.42-47.
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo nem comum. 45 Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. 46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, 47 louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

INTRODUÇÃO
Jesus lava os pés dos discípulos. A ocasião foi à contenda entre os discípulos sobre quais deles exerceriam as funções mais importantes no Reino. Tratava-se de um problema que surgiu em várias ocasiões entre eles. A despeito de Jesus declarar repetidas vezes que estava para ser crucificado, declarações que eles entenderam até o fim como parábolas ou metáforas, e não como fatos concretos, eles pareciam imaginar que a entrada triunfal, cinco dias antes, indicava que estava quase na hora de ele levantar em Jerusalém o trono de um império mundial.

No fim, Jesus precisou colocar-se de joelhos e lavar-lhes os pés. O serviço de um escravo a fim de deixar inculcado nas suas mentes que ele os vocacionara para servir, e não para mandar. A igreja sofre por causa de líderes que se deixaram consumir pela mania de grandeza! Organizações poderosas e altos cargos são criados para satisfazer as ambições mundanas e egoístas dos homens. Grandes líderes eclesiásticos, em vez de servir a Cristo com humildade, usando o nome dele para proveito próprio.

1. AS CARACTERÍSTICAS DO SERVO DE CRISTO.
Alguns dizem que o Senhor instituiu a ordenança de lavar os pés nesse episódio de lavar os pés. Entretanto, lavar os pés não era uma ordenança judaica; Jesus só queria mostrar aos discípulos que aquela era uma atitude comum.

A lavagem dos pés era uma cortesia demonstrada aos convidados de uma casa, tipicamente realizada por um servo da esposa do anfitrião, quando os convidados entravam nas casas ou quando estavam reclinados à mesa (Lc 7.44, Mc 1.7). Aqui Yeshua (Jesus) demonstra o seu ensino de Mc 10.43-44, de que o maior deve ser um servo.

Jesus não disse que eles deveriam fazer o que Ele fez, mas como ou do mesmo modo que Ele fez. Eles não precisavam de uma ordenança, e sim de alguém que fizesse o que todos sabiam que precisava ser feito, embora ninguém o tivesse feito porque não estava disposto a servir, mas a ser servido.

Jesus não estava instituindo uma ordenança aqui, mas usando uma atitude prática para dar um exemplo de amor ao Seus discípulos (Jo. 13.1). Cristo não estava sugerindo que um ritual de lava-pés fosse estabelecido, mas que Seu exemplo de humildade em sacrificar-se e em perdoar fosse seguido. Aquele que praticar essas coisas será abençoado.

Quatro razões são aqui sugeridas de por que Cristo fez isso: 1) Para que pudesse afirmar seu amor por seus discípulos, vv.1,2. 2) Para que pudesse dar exemplo de sua própria humildade e condescendência voluntárias, vv.3-5. 3) Para que pudesse lhes passar a ideia de uma lavagem espiritual, a qual é referida em sua conversa com Pedro, vv. 6-11. 4) Para que pudesse dar a eles um exemplo, vv. 12-17. E o esclarecimento dessas quatro razões levará à exposição de toda a história.

Cristo lavou os pés de seus discípulos para que pudesse dar uma prova do grande amor com o qual Ele os amou, amou-os até o fim. O fato de nosso Senhor Jesus ter “amado os seus que estavam no mundo”, amando-os “até o fim”, é estabelecido aqui como uma verdade indubitável.
Isto é verdadeiro para os discípulos que eram seus seguidores imediatos, em especial os doze. Eles eram os seus no mundo, sua família, sua escola, seus amigos íntimos. Ele não teve filhos para chamar de seus, mas adotou os discípulos, e os recebeu como se fossem seus. Ele tinha aqueles que eram seus no outro mundo, mas os deixou, durante certo tempo, para cuidar dos seus neste mundo. Esses Ele amou, chamou-os para fazer parte de sua comunhão, conversava amigavelmente com eles, sempre cuidava deles, e de seu conforto e honra. Ele permitia-lhes ficar muito à vontade com Ele, era paciente com suas fraquezas. Ele os amou até o fim, e seu amor por eles permaneceu enquanto viveu, e após sua ressurreição. Ele nunca retirou sua bondade. Embora houvesse algumas pessoas de qualidade que aderiram à sua causa, Ele nunca abandonou seus velhos amigos para abrir espaço para novos, mas continuou apegado a seus pobres pescadores. Eles eram fracos e falhos em conhecimento e graça, tolos e esquecidos, e, embora os censurasse com frequência, Ele nunca deixou de amar e de cuidar deles.

2. O SERVIÇO CRISTÃO.
Os apóstolos tinham o dever de treinar esse grande grupo e conduzi-los à comunhão com os outros cristãos. O processo se dava em quatro etapas: 1) Era ensinado aos novos convertidos que eles deveriam perseverar na doutrina dos apóstolos. A uniformidade da crença em relação à pessoa de Jesus, baseada no testemunho ocular de Seus seguidores, era essencial. 2) Os novos convertidos eram incentivados a partilhar da comunhão da Igreja. A palavra grega traduzida por comunhão significa compartilhar sua vida com outros cristãos. 3) Os novos convertidos eram incentivados a partir o pão, provavelmente, uma referência à ceia do Senhor. Alguns creem que essa é uma referência mais ampla à festa do Amor, uma refeição de comunhão da Igreja primitiva. 4) Os novos convertidos eram ensinados na disciplina da oração. As orações coletivas eram vistas como parte essencial do crescimento espiritual da Igreja.

A disposição e distribuição dos bens na Igreja primitiva eram feitas entre todos, segundo a necessidade de cada um. Quando uma carência física ou espiritual chegava ao conhecimento da Igreja, a ação era realizada, para que o problema fosse resolvido.

Os cristãos do Novo Testamento demonstravam seu amor uns para com os outros por meio da doação deles próprios como sacrifício ao Senhor. Era essa uma forma de comunismo primitivo? Definitivamente, não! O comunismo ensina que os bens ou propriedades devem ser distribuídos igualmente entre todos, para que ninguém tenha mais que o outro. Aqui, a disposição e distribuição dos bens na Igreja primitiva eram baseadas na necessidade. No comunismo, o Estado utiliza-se da força para obter o resultado desejado. Aqui, a associação entre os irmãos não era obrigatória, mas, sim, uma expressão livre de amor em favor dos que eram pobres e necessitados. O comunismo objetiva uma constante reestruturação da sociedade; aqui, a distribuição foi pontual e temporária, ou seja, até que a severa crise decorrente do grande fluxo de convertidos em Jerusalém fosse resolvida. Perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. Eles se faziam presentes na comunidade e não se isolavam.

3. A MISSÃO DA IGREJA NESTE MUNDO.
Como um corpo, um organismo vivo, a Igreja deveria crescer para a maturidade, “à medida da estatura completa de Cristo” (Ef.4.13). Como ajuda para esse desenvolvimento, Cristo deu alguns dons à sua Igreja, sob a forma de homens que realizariam várias tarefas. Alguns eram apóstolos, e outros eram profetas, evangelistas e pastores-doutores, para equipar os santos para a obra do ministério (Ef. 4.11,12). Como os membros da Igreja eram batizados no Espírito Santo, cada um tinha um dom espiritual, ou mais, para edificar os outros na comunidade de crentes (1 Cor 12.4-13). Cada um deveria servir de acordo com sua chamada e com sua habilidade (1 Ped 4.10,11).

A Igreja também deveria crescer no sentido de expansão. Cada crente deveria ser uma testemunha de Cristo por meio do poder do Espírito Santo (At.1.8), levando o evangelho a todas as criaturas, e fazendo discípulos em todas as nações (Mc 16.15)

Embora todos os crentes tivessem uma posição igual perante Cristo, o cabeça, a Igreja organizou-se com a finalidade de assegurar seu funcionamento prático e ordenado aqui na terra. De certo modo, os apóstolos e os profetas eram sua fundação (Ef. 2.20), os representantes autorizados por Jesus Cristo para completar a revelação de sua Palavra para seu povo.

Qualquer que fosse a função na qual cada crente servisse, é importante observar que ele era escolhido e então guiado e capacitado pelo Espírito, pois o principal ministério da Igreja consistia em servir ao Senhor, adorá-lo como sacerdotes por meio do Espírito que habita dentro de cada um e fazer sua vontade na terra, realizando sua obra por meio do poder do seu Espírito.

CONCLUSÃO
Deus nos ajude a por em prática os exemplos que Cristo nos deu, e cumprir a missão que Ele colocou em nossos corações, fazendo assim, obedeceremos aos seus ensinamentos e cumpriremos a grande missão da Igreja. “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.

Glossário:
Portentoso - Que tem caráter de portento; raro, extraordinário.
Contemplação - Ação de contemplar: contemplação dos astros. Concentração do espírito sobre assuntos intelectuais ou religiosos; meditação: viver na contemplação.
Indubitável - De que não se pode duvidar; certo.
Condescendência - Ação de condescender. Qualidade de quem é condescendente. Ceder por complacência ou bondade; transigir: condescender aos desejos de alguém.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) ADBV. Cel. 8816.7122.
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Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.