domingo, 25 de setembro de 2011

Lição 1 - 4º Trimestre 2011 QUANDO A CRISE MOSTRA A SUA FACE. 2 de Outubro de 2011

Neemias, integridade e coragem em tempos de crise.

LEITURA BÍBLICA:

Neemias 1.1-7.
Esta é a história de Neemias, filho de Hacalias. No mês de quisleu, no ano vinte do reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia, eu, que me chamo Neemias, estava em Susã, a capital do país. Hanani, um dos meus irmãos, chegou de Judá com um grupo de outros judeus. Então eu pedi notícias da cidade de Jerusalém e dos judeus que haviam voltado do cativeiro na Babilônia. Eles me contaram que aqueles que não tinham morrido e haviam voltado para a província de Judá estavam passando por grandes dificuldades. Contaram também que os estrangeiros que moravam ali por perto os desprezavam. Disseram, finalmente, que as muralhas de Jerusalém ainda estavam caídas e que os portões que haviam sido queimados ainda não tinham sido consertados. Quando ouvi isso, eu me sentei e chorei. Durante alguns dias, eu fiquei chorando e não comi nada. E fiz a Deus esta oração. Ó Senhor, Deus do céu, tu és grande, e nós te tememos! Tu és fiel e guardas a tua aliança com aqueles que te amam e obedecem aos teus mandamentos. Olha para mim, ó Deus, e ouve as orações que faço dia e noite em favor dos teus servos, o povo de israel. Eu confesso que nós, o povo de Israel, temos pecado. Os meus antepassados e eu temos pecado. Com os nossos atos, temos pecado contra ti e não temos obedecido aos teus mandamentos. Não temos obedecido às leis que nos deste por meio de Moisés.

INTRODUÇÃO
O livro de Neemias registra a restauração de Jerusalém sob a liderança de Neemias. Sua história narra que os judeus que estavam regressando demonstravam letargia espiritual e dura indiferença em relação a Deus e o problema perdurou, já que o livro de Malaquias denuncia Israel pelas mesmas atitudes. Foi preciso que um líder como Neemias, determinado e temente ao Senhor, motivasse esse grupo a agir de acordo com as promessas divinas e, assim, a reconstruir os muros de Jerusalém.

Quando Neemias foi para Jerusalém em 444 a.C., Esdras já estava ali havia 14 anos. Mas Esdras era um sacerdote, quem ensinava religião ao povo. Neemias, entretanto, veio como governador civil, com autoridade da parte do rei da Pérsia para reconstruir os muros de Jerusalém e fazer dela uma cidade fortificada, tal como tinha sido. A essa altura, os judeus já estavam de volta à pátria havia quase cem anos, mas pouco progresso haviam feito além de reconstruir o Templo – aliás, bastante insignificante, isso porque, todas as vezes que começavam a levantar os muros, seus vizinhos mais poderosos os faziam parar por meio de intimidação ou com ordens obtidas da corte persa por meio de intrigas.

1. A CRISE EM JERUSALÉM.
Hanani, irmão de Neemias (Ne 7.2), tinha visitado Jerusalém e retornado para Susã. Essa viagem, que abrangeu quase 1.600 km só de ida, teria levado, pelo menos, quatro meses. Esdras e sua caravana levaram quatro meses na viagem de ida e volta da Babilônia para Jerusalém. A vida era difícil para o povo em Jerusalém, em grande parte, devido às condições do muro da cidade. No antigo Oriente Médio, o muro de uma cidade fornecia proteção aos habitantes e, conforme criam, era um sinal da proteção do deus (ou deuses) cultuado (s) por aquele povo. Logo, o estado arruinado do muro de Jerusalém envergonhava o nome de Deus. Neemias estava profundamente abalado; afinal, sem muro, Jerusalém ficava vulnerável a ataques. As riquezas do tesouro do templo (Ed 8.15-36), por exemplo, seria uma tentação para os inimigos de Israel.

As notícias eram desoladoras: os que ficaram na terra sofriam vergonha, os muros estavam derrubados, e os portões, queimados. A cidade, em vez de ser de louvor e glória, era de vergonha e desgraça.

O estado lamentável em que se encontrava Jerusalém era consequência direta do decreto de Artaxerxes de que a construção devia cessar (Ed. 4.7-23). Portanto, Neemias arriscou sua própria vida para defender uma cidade que, segundo as informações repassadas ao rei, era um ninho de rebeldes. Mesmo ao deixar sua tristeza transparecer na presença do rei, ele estava se arriscando.

Curiosidade bíblica: A cidade de Susã. Ficava a cerca de 240 km ao norte do Golfo Persa, atualmente o Irã. A fortaleza, ou o palácio real fortificado, foi construído sobre uma acrópole. A cidade servia como uma residência de inverno para os monarcas da Pérsia. Susã é formosa também na história bíblica como o lugar no qual Daniel recebeu a visão do carneiro e do bode (Dn 8.2) e como o lar de Mordecai e Ester (Et 1.2).

2. O CHAMADO DE NEEMIAS.
Neemias era um homem de oração, patriotismo, ação, coragem e perseverança, um homem prático, um organizador e líder, um homem de coragem e determinação com vastos recursos espirituais ao seu dispor. Orar era sempre primeiro ímpeto que sentia diante dos problemas. Dedicou quatro meses à oração (de dezembro a abril; Ne 1.1 e 2.1) antes de fazer seu pedido ao rei.

Neemias era copeiro do rei Artaxerxes, um oficial importante, de confiança. Artaxerxes I era rei da Pérsia (464-423 a.C). Era filho de Xerxes e, portanto, enteado da rainha Ester, a judia.

Ester tornou-se rainha da Pérsia cerca de sessenta anos depois de os judeus terem regressado para Jerusalém. Esse fato forçosamente deu aos judeus muito prestígio na corte da Pérsia. É bem provável que, quando tanto Esdras como Neemias foram a Jerusalém, Ester ainda vivesse e fosse uma personagem influente no palácio. Nossa opinião é que foi graças a Ester que Artaxerxes teve benevolência para com os judeus e se interessou pela reconstrução de Jerusalém.

Neemias (um judeu), como copeiro do rei, tinha uma posição alta no corte. Ele era próximo do rei e tinha a confiança deste. Contudo, Neemias não esquecera o seu povo, pois ele pediu, com ansiedade, notícias de Jerusalém a seu irmão. Leia Salmos 122 e 137.5-6. Oh, que os santos de hoje tenham o mesmo interesse por sua Jerusalém celestial!

A missão de Neemias nasceu a partir de seu conhecimento da Lei e de sua conscientização de que a destruição de Jerusalém havia acontecido por causa do juízo de Deus sobre os pecados do povo (Ne 1.5-8). Ao mesmo tempo, ele sabia que o Altíssimo estava disposto a perdoar os seus pecados e a restabelecer os israelitas na terra (Ne 1.9). Então, Neemias decidiu encarregar-se da reconstrução da cidade de acordo com as promessas divinas e começou a desenvolver uma estratégia com esse objetivo (Ne 1.10,11).

Neemias não criou senso de missões do nada ou firmado em seus próprios interesses. Ele respondeu às notícias sobre a situação de Jerusalém com lágrimas, oração, jejum e humildade, buscando a vontade do Senhor (Ne 1.4). Ao preparar-se para estar diante do rei, ele, provavelmente, não sabia ao certo o que deveria dizer ou fazer; apenas sabia que precisava ir a Jerusalém. Ele também não poderia ter noção de tudo o que encontraria quando chegasse à cidade arruinada. A pesar disso, convencido de que o Todo-poderoso queria que a Cidade Santa fosse restaurada, Neemias deu um passo à frente como agente de transformação, e sua liderança provou ser estratégica.

3. A INTERCESSÃO DE NEEMIAS.
De imediato, Neemias sofreu por sua cidade. O fato de ele estar há mais de 1,1 mil quilômetros de distância não fazia diferença, como também não importava que ele desfrutasse de luxo e prestígio no palácio do rei. Ele disse: “A situação em que a cidade se encontra não é minha culpa”. Imediatamente, seu coração foi tocado, e ele queria fazer alguma coisa para salvar sua cidade. Ele chorou e orou durante meses, para que Deus o orientasse.

Esse livro mostra que Neemias era um homem de oração. O livro inicia e termina com oração. O versículo 6 afirma que ele orou dia e noite de tão ansioso que estava pela cidade. Observe que Neemias confessa seus pecados e os do povo. Ele também lembra o Senhor de sua promessa graciosa (vv8-9) e, a seguir, oferece-se para ser o servo do Senhor que faria alguma coisa a respeito da situação de Jerusalém. “ Eis-me aqui, envia-me a mim!” O versículo 11 mostra que ele tinha coragem de pedir servos ao Senhor, outros judeus que pudessem ajuda-lo na tarefa.

Neemias esperou, durante quatro meses, o tempo de Deus para abordar o rei. Isaías 28.16 afirma: ”Aquele que crer não foge”. Na verdade, a fé e a paciência andam juntas (Hb 6.12). Contudo, Neemias tinha o plano que o Senhor lhe dera em mente, e sabia exatamente o que fazer quando chegasse o momento certo. Como o Senhor Jesus Cristo (Jo 6.5-6).

Ninguém devia aparecer diante do rei com tristezas ou más notícias (Ester 4.1-2), mas o pesar do coração de Neemias revela-se em sua face. Ele era um homem que sofria, e o rei percebeu seu sofrimento. Não fosse pela providência de Deus, essa tristeza poderia causar a morte de Neemias. Este, antes de contar seu pesar a Artaxerxes, foi rapidamente ao trono de graça em oração. Depois, contou ao rei tudo que tinha no coração. Ele sabia que Deus abriria o caminho para ele (Pv 21.1). Neemias já concebera todos os detalhes de seu plano e pôde dar ao rei uma previsão de tempo necessário (v.6) e a lista de materiais que precisaria para realizar essa tarefa (vv 7-8). A mão poderosa (1.10) e boa (2.8) de Deus faz o impossível!

CONCLUSÃO
Quando Neemias chegou a Jerusalém (provavelmente em 445 a.C.), ele percebeu que nada poderia ser feito para reconstruir a cidade e torna-la segura enquanto os muros não fossem reconstruídos. Embora tenha enfrentado forte oposição dos samaritanos e dos judeus libertários que se ressentiam com o novo governador, ele completou os muros em 52 dias com a ajuda de judeus fiéis e os guardas a postos nos portões.

Enquanto os muros eram construídos, Neemias determinou leis que deram estabilidade à terrível situação economia e, com o conselho de Esdras, decretou uma legislação que aumentou em muito o padrão moral a comunidade. A fim de aumentar a pequena população da cidade, ele ordenou que um em cada dez judeus em Judá fosse viver em Jerusalém.

Glossário:
Letargia. Medicina, estado soporífero de indiferença; sonolência; entorpecimento; modorra; sono artificial provocado por meio de sugestão (hipnose) ou medicamento (narcose).
Acrópole. A parte mais elevada das cidades gregas, que servia de cidadela.
Libertários. Partidário da liberdade absoluta, da anarquia: teorias libertárias.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.



domingo, 18 de setembro de 2011

Lição 13 - 3º Trimestre 2011 A PLENITUDE DO REINO DE DEUS. 25 de Setembro de 2011


LEITURA BÍBLICA:

Isaías 11.1-9.
Virá um descendente do rei Davi, filho de Jessé, que será como um ramo que brota de um toco, como um broto que surge das raízes. O Espírito do Senhor estará sobre ele e lhe dará sabedoria e conhecimento, capacidade e poder. Ele temerá o Senhor, conhecerá a sua vontade terá prazer em obedecer-lhe. Ele não julgará pela aparência, nem decidirá somente por ouvir dizer. Mas com justiça julgará os necessitados e defenderá os direitos dos pobres. As suas palavras serão como uma vara para castigar o país, e com o seu sopro ele matará os maus. Com justiça e com honestidade, ele governará o seu povo.

Lobos e ovelhas viverão em paz, leopardos e cabritinhos descansarão juntos. Bezerros e leões comerão uns com os outros, e crianças pequenas os guiarão. Vacas e ursas pastarão juntas, e os filhotes descansarão no mesmo lugar; os leões comerão capim como os bois. Criancinhas brincarão perto de cobras e não serão pecadas, mesmo que enfiem a mão nas suas covas. Em Sião, o monte sagrado, não acontecerá nada de mau ou perigoso, pois a terra ficará cheia do conhecimento da glória do Senhor assim como as águas enchem o mar.

INTRODUÇÃO
Isaías, depois de predizer a ruína do exército assírio, mais uma vez volta os olhos repentinamente para o futuro muito distante e nos oferece um dos quadros mais gloriosos, em todas as Escrituras, do mundo vindouro. Um mundo sem guerras, governo por Rei justo e benévolo da descendência, composto dos remidos de todas as nações, junto com o remanescente restaurado de Judá. Não sabemos se tal coisa poderá um dia acontecer no nosso mundo de carne e de sangue ou se acontecerá nas eras “além do véu”. Mas que esses tempos chegarão, fica tão claro como o amanhecer. O mesmo assunto é retomado em 25.6. O capítulo 12 é um cântico de louvor pelo dia do triunfo, um hino que Deus colocou na boca de Isaías e que pertence ao hinário do céu, que todos nós cantaremos ao chegar ali, quando tiverem desaparecido todos os elementos de discórdia.

1. A PLENITUDE DO REINO: UMA BENDITA ESPERANÇA.
Plenitude – O termo grego pleroma, traduzido por “plenitude”, aquilo que enche ou preenche, isto é, que completa, e aquilo que é levado a ficar completo.
Em Rm 13.10 descreve o amor como o pleroma (completação) da lei. Isso tem sido reputado como a soma total das prescrições e exigências da lei: porém, é bem possível que o significado correto, neste caso, seja “cumprimento”. O amor, tal qual o Senhor Jesus, é o fim da lei (Rm 10.4; Gl 5.14) visto que leva a lei à sua completa realização e ao seu término completo e perfeito, no sentido Mt 5.17; 26.56; Mc 1.15.

Em Jesus Cristo, vemos o testemunho mais fundamental do reino de Deus. Este estava personificado em Jesus, conforme vemos no seu ministério e milagres. Sua vida, morte e ressurreição garantem-nos que, quando Ele vier de novo, esmagará a soberba que tem destruído a harmonia entre as nações bem como entre as pessoas. Em Jesus, vemos o poder de Deus que um dia neutralizará o governo humano e encherá o mundo com um reino de justiça. O reino, ou governo de Deus, através da vida e ministério de Jesus revelou poder para destruir o domínio sufocante que o pecado tem sobre a humanidade. Essa é a base da missão global da Igreja na era presente.

A proclamação feita por Jesus das boas-novas do Reino deve ser entendida em termos da aliança com Abraão, cujas condições declaravam o propósito de Deus: abençoar a todos os povos da terra (Gn 12.3). Jesus não deixou dúvidas quanto ao Reino de Deus já ter entrado na história, embora sua derradeira consumação ainda esteja no futuro (Mt 24.14). Porque esse reino já esta manifestado à destra do trono do Pai, onde Jesus está agora exaltado, e intercede por nós e de onde tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis (At 2.33).

O reino e a igreja. O reino é dessa maneira relacionado com a história da igreja e do mundo igualmente. Existe certa conexão entre o reino e a igreja, mas não são coisas idênticas, nem mesmo na era presente. O reino é a totalidade da atividade remidora de Deus, em Cristo, neste mundo; a igreja é a assembleia daqueles que pertencem a Jesus Cristo. Talvez pudéssemos falar em termos de dois círculos concêntricos, dos quais a igreja é o menor e o reino é o maior, enquanto Cristo é o centro de ambos. Essa relação entre a igreja e o reino pode ser formulada de todas as maneiras. A igreja é a assembleias daqueles que aceitaram o evangelho do reino mediante a fé, que participam da salvação do reino, salvação essa que inclui o perdão de pecados, e a adoção por parte de Deus, a presença do Espírito Santo no íntimo, a posse da vida eterna. São também aqueles em cuja vida o reino toma forma visível, a luz do mundo, o sal da terra; aqueles que tomaram sobre si mesmos o jugo do reino, os quais vivem conforme os mandamentos de seu rei e dele aprende (Mt 11.28-30). A igreja, como órgão do reino, é exortada a confessar a Jesus como o Cristo, à tarefa missionária da pregação do evangelho ao mundo. E é igualmente a comunidade daqueles que aguardam a vinda do reino em glória, os servos que receberam de seu Senhor os talentos na expectativa de sua volta.

2. O REINO DE DEUS: UMA SUBLIME REALIDADE.
Aspectos do Reino. Existem dois aspectos do reino: presente e futuro.
1. Presente. A fase invisível presente é apresentada nos Evangelhos no chamado ao arrependimento feito por João Batista e por Cristo, no ensino de Cristo sobre a santificação como um aspecto da vida cristã, como, por exemplo, no sermão da montanha, e na revelação dos mistérios do reino, particularmente do início, crescimento e desenvolvimento ocultos do reino durante a Era do Evangelho até a sua manifestação aberta no Milênio. Passagens nas epístolas revelam que o governo de Deus na terra hoje é eficaz somente entre aqueles que foram libertos das trevas e transferidos para o reino de seu filho. O reino existe no presente onde os cristãos estão vivendo em sujeitação à vontade de Deus, onde o seu poder está produzindo vidas transformadas.

O reino de Deus não é uma questão de conseguir o que se quer comer e beber, mas uma questão de conduta íntegra, de se ter paz e harmonia com outros crentes, e alegria inspirada pelo Espírito Santo. Paulo estava aparentemente se opondo às idéias materialistas que os judeus de seus dias possuíam com respeito ao esperado reino messiânico.

2. Futuro. O aspecto visível futuro do reino, quando o Messias reinará sobre a terra a partir de Jerusalém, é predito em muitas passagens do AT. Os judeus estavam esperando este reino visível. As parábolas do reino foram dadas para revelar o mistério de que o reino deve primeiro desenvolver espiritualmente e discretamente na Era do Evangelho. Mas isto não era suficiente! Em sua última visita a Jerusalém, Cristo proferiu a parábola das minas para ensinar que o futuro reino terreno ainda estava distante, pois “cuidavam que logo se havia de manifestar o Reino de Deus”. (Lc 19.11).

A última pergunta feita pelos discípulos do Senhor dizia respeito ao aspecto futuro do reino: “Senhor restaurarás tu neste tempo o reino a Israel”? (At 1.6). Cristo não lhes disse que não haveria um reino terreno ou a restauração do reino a Israel. Uma vez que ele não disse antes e nem nesta última reunião que mudasse seu conceito e convicção no que diz respeito ao reino milenial do filho de Davi sobre o seu povo, evidentemente eles estavam corretos sobre a natureza do reino, mesmo que ainda estivessem confusos sobre quando ele viria.

3. A CONSUMAÇÃO FINAL DO REINO DE DEUS.
O milênio é o maravilhoso reinado de Cristo na terra por mil anos. Essa época é ansiosamente esperada pelo povo israelita (Mt 19.27,28). Jesus não lhes tirou a esperança. Apenas não lhes revelou o tempo do cumprimento.

Será um tempo de justiça. O milênio será o tempo do reinado de Cristo com os Seus santos aqui na terra para fazer a Sua bendita justiça (Sl 96.13). Durante esse período, toda oposição a Deus será neutralizada por Jesus Cristo (1 Cor 15.24-28).

O milênio preparará a terra para o estabelecimento do reino eterno conforme o pacto feito com Davi (Sl 89.35-37; Lc 1.32,33).

Será a última época divinamente ordenada para a provação aqui na terra e terminará em juízo (Mt 25.31-46). Pela última vez o homem estará sendo posto à prova, sob condições as mais favoráveis possíveis, quando o tempo de duro trabalho termina em descanso e galardão (2 Ts 1.6,7); quando o sofrimento dá lugar à glória (Rm 8.17,18); quando a cegueira espiritual e o castigo terminam em restauração e conversão (Rm 11.25-27); quando a servidão da criação termina na sua libertação e na manifestação dos filhos de Deus (Gn 3.17; Rm 8.19-21). Findará aqui na terra toda e qualquer supremacia e predominância de nações, com exceção de Israel, porque Jesus reinará sobre toda a terra. Seu reino será universal (Zc. 14.9; Sl 72.8; Ap 11.15).

Acontecerá a restauração do trono judaico que Deus prometeu a Davi (2Sm 7.12,13,16) e que foi falado à Maria pelo anjo Gabriel (Lc 1.32,33). Nesse tempo, os judeus possuirão toda a terra da Palestina, conforme promessa feira (Gn 15.18; 17.8). A Palestina e os judeus serão exaltados, e os lugares devastados, reedificados (Dn 28.1,2; Ez 36.33-36). Jerusalém será a capital do reino (Jr 3.17), isto é, a sede do governo mundial. De lá, sairão às leis, ordens e diretrizes religiosas e civis para todo mundo.

Será uma época de abundância. Haverá abundância de viveres (Sl 72.16; Jl3.18,19; Zc 8.12) e de água.

O reino vegetal florescerá. As lavouras crescerão. As árvores frutificarão, haverá fertilidade na terra (Is 55.13). Por essa razão haverá abundância de saúde (Is 33.24; 35.5,6).

No reino animal, também serão notadas grandes mudanças. A ferocidade será removida. Os animais não mais atacarão (Is 11.6-8). Comerão ervas como no princípio da criação (Gn 1.30).

A vida humana será prolongada como no princípio. Isso será o resultado de mudanças climáticas, da redução do efeito do pecado, melhor nutrição, melhores condições para se viver.

Então, haverá restauração e regeneração em toda a face da terra (Is 65.17-25).

CONCLUSÃO
Com a vinda de Cristo em todo o Seu esplendor, a maldição que pesa sobre a criação de Deus e a vem destruindo, será totalmente removida. A perseguição a Israel e as suas aflições cessarão, e as promessas feitas a Abraão serão fielmente cumpridas. Em lugar do instável governo do homem e do seu inevitável fracasso, será instaurado o governo firme daquele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Será, então, um tempo de refrigério.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev Junior França)
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Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.





terça-feira, 13 de setembro de 2011

Lição 12 - 3º Trimestre 2011 A INTEGRIDADE DA DOUTRINA CRISTÃ. 18 de Setembro de 2011


LEITURA BÍBLICA:

2 Timóteo 3.14-17.
Quanto a você, continue firme nas verdades que aprendeu e em que creu de todo o coração. Você sabe quem foram os seus mestres na fé cristã. E, desde menino, você conhece as Escrituras Sagradas, as quais lhe podem dar a sabedoria que leva à salvação, por meio da fé em Cristo Jesus. Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver. E isso para que o servo de Deus esteja completamente preparado e pronto para fazer todo tipo de boas ações.

Tito 2.1,7,10.
Mas você, Tito, ensine o que está de acordo com a doutrina verdadeira. Você mesmo deve ser, em tudo, um exemplo de boa conduta. Seja sincero e sério quando estiver ensinando. Nem roubem os seus donos! Pelo contrário, que eles mostrem que são sempre bons e fiéis em tudo o que fazem. Desse modo, por causa das coisas que eles fizerem, todos falarão bem da doutrina a respeito de Deus, o nosso Salvador.

INTRODUÇÃO
Vivemos num mundo que necessita de cristãos e de igrejas realmente imitadores do caráter de Cristo. Nós cristãos devemos permanecer fiéis à Palavra de Deus. A única resposta para as mentiras de Satanás é a verdade do Senhor. Os discípulos de Satanás serão derrotados, se todo pastor e todo professor de Escola Dominical ensinar a Palavra do Senhor, e toda igreja local se voltar para a Palavra de Deus.

1. A DOUTRINA BÍBLICA E O HOMEM.
Esses versículos resumem o relacionamento de Timóteo com a Bíblia. Esse relacionamento começou quando, em criança, aprendeu o Antigo Testamento com a mãe e a avó. Elas deram-lhe convicção e entendimento espiritual, não ensinaram apenas os fatos bíblicos. Timóteo conhecia por si mesmo a verdade da Palavra, e não dependia de outros para preservá-la para ele. A Palavra deu-lhe fé (Rm 10.17), e a fé em Cristo trouxe a salvação. Os versículos 16-17 são grandes testemunhos da origem e do caráter divinos da Bíblia. Algumas pessoas dizem: “A Bíblia registra apenas as palavras de Deus”, ou: “A Bíblia foi inspirada da mesma forma que Shakespeare também o foi”. Paulo não concordaria com essas afirmações. A Bíblia é a Palavra inspirada do Senhor. A palavra “inspirada” significa “sopro de Deus – cheia do sopro de Deus”. O Espírito do Senhor capacitou os homens do Senhor a escrever a Palavra dEle (2Pe 1.20-21), pois seu Espírito é o “sopro” dEle (Jo 3.1-8; Ez 37.1-14). Embora homens, como Shakespeare, tenham inspiração literária de primeira qualidade, eles não escrevem as palavras do Senhor. “Toda a Escritura” significa que toda palavra de Deus é inspirada.

Qual é o propósito da Bíblia? A salvação, claro, é seu propósito primeiro (v.15), mas ela também objetiva o viver cristão. A Palavra é útil para o ensino (doutrina), para a repreensão (condenação), para a correção (estabelecer o que é certo) e para a educação (disciplina).

Ela capacita os filhos do Senhor a tornarem-se homens e mulheres maduros nas coisas de Deus. “Perfeitos” (v.17) significa “maduro”, não “sem pecado”. E “perfeitamente habilitado” significa “totalmente equipado” (vv16-17). Portanto, a Bíblia transforma a criança, do versículo 15, em uma pessoa madura em Cristo e habilita os santos para ser servos. A melhor forma de o cristão se capacitar para servir a Deus é estudar e praticar a Palavra, apesar de também ser algo proveitoso fazer cursos de estudo e aprender a metodologia de ministério. Os livros de estudo mostram-nos como fazer, mas a Bíblia motiva-nos e dá-nos poder para viver o que aprendemos.

É interessante a comparação entre os usos da Bíblia e a ordem das epístolas: ensino (Romanos); repreensão (1 e 2 Coríntios); correção (Gálatas); educação na justiça (Efésios e Colossenses). Hoje, a coisa de que as igrejas e os cristãos mais precisam é voltar-se para a Bíblia. Os impostores satânicos assumiram o comando, e, se as igrejas não se voltarem para a Palavra de Deus, milhões de pecadores perdidos irão para o inferno, pois serão desviados pelas mentiras religiosas.

2. RESISTÊNCIA À SÃ DOUTRINA.
A igreja tem a responsabilidade de salvaguardar a verdadeira e original doutrina bíblica que se acha nas Escrituras, e transmite-la aos fiéis, sem transigência nem corrupção. Fica subentendida, assim, a necessidade do ensino bíblico na igreja.

1) A Bíblia menciona as seguintes razões para o ensino bíblico, ou teológico, quer no lar, na igreja ou na escola: transmitir o evangelho de Cristo a crentes fiéis, para que conheçam, guardem, e ensinem a verdadeira fé bíblica e a santidade de vida; demonstrar aos estudantes a necessidade primacial de “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”, e dar-lhes os meios pelos quais possam defendê-la contra todas as teologias falsas. Guiar os estudantes ao crescimento contínuo no caráter mediante “a doutrina que é segundo a piedade”. Preparar os estudantes para fortalecer outros crentes, e leva-los à maturidade espiritual de modo que juntos possam refletir a imagem de Cristo no lar, na igreja local e no corpo de Cristo em geral. Levar os estudantes a uma compreensão e experiência mais profunda do reino de Deus na terra e seu conflito contra o poder de satanás.

Motivar os estudantes através das verdades eternas do evangelho, a dedicar-se sem reservas à evangelização dos perdidos e à pregação do evangelho a todas as nações no poder do Espírito Santo. Aprofundar a experiência que os estudantes Têm do amor de Cristo, da comunhão pessoal com Ele e do dom do Espírito Santo, exortando-os a seguir a orientação do Espírito Santo que neles habita, a leva-los ao batismo no Espírito Santo, ensinando-os a orar, a jejuar e a adorar, enquanto aguardam o bendito aparecimento de Jesus Cristo com o fervor espiritual dos santos.
2) Esses propósitos do ensino bíblico deixam claro que ele deve ser administrado somente por aqueles que em tudo são leais às Escrituras como a Palavra de Deus plenamente inspirada, bem como ao Espírito Santo e seu ministério de verdade, de justiça e de poder.

3) Note-se que o autêntico ensino bíblico enfatiza um viver santo, e não apenas ter uma mera compreensão das verdades ou fatos bíblicos. As grandes verdades reveladas nas Escrituras são verdades redentoras e não acadêmicas; são questões que envolvem a vida ou morte, exigem uma resposta e decisão pessoal, tanto do mestre quanto do discípulo.

3. ATITUDES EM RELAÇÃO À SÃ DOUTRINA.
Vivemos num mundo que necessita de cristãos e de igrejas realmente imitadores do caráter de Cristo. Mas, conforme certa pesquisa publicada nos Estados Unidos, chegou-se à conclusão deprimente de que "existe pouca diferença, na estatística, entre práticas éticas dos religiosos e a dos não-religiosos". HUGHES publicou em seu livro Disciplinas do Homem Cristão, na página 115, 5a. Edição (CPAD), a lamentável notícia:

"Doug Sherman e William Hendricks, em seu livro Keeping Your Ethical Edge Sharp ("Como Manter Afiada a Espada da Ética"), observam que, nas estatísticas do Instituto GALLUP, 43 por cento de não-frequentadores de igrejas admitem que furtam material do escritório, contra 37 por cento dos frequentadores. Dezessete por cento dos não-frequentadores usam o telefone da empresa para interurbanos pessoais, mas 13 por cento daqueles que participam do louvor agem dessa forma."
O livro Disciplinas do Homem Cristão, na página 116, menciona o que crentes têm feito, pondo em cheque a sua integridade para com Deus:
Falsificam sua declaração de imposto de renda.
Cometem plágio/colam;
Subornam a fim de conseguir uma licença para construir;
Ignoram as especificações de construção;
Copiam programas de computador ilegalmente;
Roubam tempo;
Praticam o 'furto telefônico';
Dizem aos outros o que estes gostariam de ouvir;
Obedecem apenas às leis que lhes interessam, seletivamente.
Certamente, a Bíblia não corrobora com estas atitudes. Precisamos de que as igrejas invistam tempo na educação e no discipulado de seus membros. O "jeitinho brasileiro" parece justificar tais atos de quem não é íntegro para com Deus.

Algumas páginas do livro de R. KENT HUGHES, Diz: Enquanto as seitas ensinam que seus membros não se envolvem nessas práticas porque as pessoas entraram para seus movimentos, as denominações cristãs fazem vista-grossa, em sua grande maioria, a tais práticas que refletem a falta de integridade cristã. Enquanto as seitas ostentam sua clientela robotizada a não praticarem tais atos em troca de uma possível salvação, as denominações cristãs se acomodaram na doutrina da certeza da salvação, sempre confiando de que o salvo cresce em integridade naturalmente pela ação do Espírito Santo. Certamente, o Espírito Santo age, mas a igreja e cada cristão precisam fazer a sua parte.

A falta de integridade revela o caráter do pseudocrístão, ou pelo menos do cristão que precisa rever conceitos. Suja a consciência de qualquer cristão. Atrapalha o desenvolvimento de uma intimidade com Deus. Gera outras atitudes errôneas. Com esses estigmas, nenhum cristão será maluco de evangelizar, pois ele não viverá o que prega.

Não pretendo generalizar. Todos nós erramos. Mas a integridade é uma questão tão antiga quanto a história humana, pois desde o Éden ela esteve sob ataque. Os não-íntegros colhem com o tempo a desgraça e as consequências de seus atos, quer no corpo, quer no espírito. Mas os que andam em integridade para com Deus andam em segurança. - Provérbios 10:9.

Creio que todos os cristãos, inclusive eu, precisamos nos perguntar: Onde preciso melhorar meu caráter para que Deus se alegre com minha integridade? Por exemplo, sugiro reflexões sobre perguntas do tipo: Costumo falar a verdade, e somente a verdade? Se for pastor, como lido com o dinheiro da igreja? Se estiver atravessando uma situação financeira ruim e, por isso, devo dinheiro a instituições ou pessoas, tenho feito o que posso para resolver a situação? Se não posso, pelo menos procuro demonstrar interesse aos credores em quitar as dívidas assim que possível? Se for casado, será que meu cônjuge me considera íntegro para com ele? Se tiver um trabalho, será que meus colegas e o próprio patrão me encaram como uma pessoa de confiança? Como meus irmãos em Cristo me definem: Pessoa de palavras dúbias, ou que expressam convicção e que são confirmadas por atitudes condizentes com tal convicção? Precisamos acorda e viver o que pregamos para que o nome de Deus seja glorificado.

Glossário
Pseudocrístão - Aquele cuja religião não é rigorosamente a cristã. 2 Cristão que não cumpre as suas obrigações religiosas.
Estigmas - Censurar, condenar: estigmatizar o vício.

CONCLUSÃO
Que sejamos imitadores, para a glória do Deus - Pai, Filho e Espírito Santo - de Jó, que proferiu as seguintes palavras: "Nunca afastarei de mim a minha integridade". - Jó 27:5. E Paulo orientando a Tito disse que sua vida pessoal é um aspecto essencial ao seu ensino. Mais pessoas aprendem com nossos atos diários do que com o que dizemos. Sendo assim, devemos tomar cuidado extremo para nossa vida estar alinhada a nossas crenças.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev Junior França)
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Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Lição 11 - 3º Trimestre 2011 A INFLUÊNCIA CULTURAL DA IGREJA. 11 de Setembro de 2011


LEITURA BÍBLICA:

Gênesis 1.26-30
Aí ele disse: Agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão conosco. Eles terão poder sobre os peixes, sobre as aves, sobre os animais domésticos e selvagens e sobre os animais que se arrastam pelo chão. Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher e os abençoou, dizendo: Tenham muitos e muitos filhos; espalhem-se por toda a terra e a dominem. E tenham poder sobre os peixes do mar, sobre as aves que voam no ar e sobre os animais que se arrastam pelo chão. Para vocês se alimentarem, eu lhes dou todas as plantas que produzem sementes e todas as árvores que dão frutas. Mas, para todos os animais selvagens, para as aves e para os animais que se arrastam pelo chão, dou capim e verduras como alimento.

INTRODUÇÃO
Deus criou Adão e Eva à imagem dele próprio. A bênção divina que Deus impetrou sobre o homem e a mulher igualmente era que prosperassem e se multiplicassem de tal maneira que enchessem a terra e exercessem domínio (mordomia) sobre toda a criação. O Reino universal de Deus é refletido no domínio que ele comissiona a humanidade a exercer sobre toda a criação terrestre, Em certo sentido, Deus criou a terra como centro de treinamento para os seres humanos, no qual ele nos está preparando para nosso destino eterno, quando governaremos e reinaremos com Cristo sobre o Universo inteiro (2 Tm 2.12; Ap 3.21). Precisamos Levar a sério a transformação cultural da sociedade por meio da prática da Palavra de Deus.

1. A CULTURA ANTES E APÓS A QUEDA.
No limiar da Criação, a terra é sem forma, vazia, escura e não desenvolvida. Então, cumprindo uma série de etapas, Deus estabelece as características básicas da criação: Luz e escuridão, terra e mar acima e abaixo do firmamento, e assim por diante. Depois, todavia, Deus muda sua estratégia.

Até o sexto dia, Deus fez todo o trabalho da criação diretamente. Mas agora cria os primeiros seres humanos e os ordena a levar adiante de onde deixou: eles deveriam refletir sua imagem e exercer domínio sobre toda a criação. Daí em diante, o desenvolvimento da criação seria primeiramente social e cultural: seria o trabalho dos homens, enquanto obedecessem os mandamentos de Deus para povoar e subjugar a terra.

Algumas vezes chamada de “comissão cultural” ou mandato cultural, a ordem de Deus é a culminação de suas obras na criação. A cortina foi erguida no palco, e o diretor dá às personagens a deixa inicial no drama da história. Embora tudo o que Deus criou tenha sido considerado “muito bom”, a tarefa de explorar e desenvolver os poderes e potenciais da criação, a tarefa de construir uma civilização, Ele atribui aos portadores de sua imagem. Em sendo frutíferos deveriam preenche-la ainda mais; ao subjuga-la deveriam desenvolvê-la ainda mais.

A mesma ordem ainda nos diz respeito hoje. A pesar de a queda ter introduzido o pecado e o mal na história humana, ela não apagou o mandato cultural. As gerações desde Adão e Eva ainda têm filhos, constroem famílias e se espalham sobre a terra. Elas ainda criam animais e semeiam nos campos. Ainda constroem cidades e governos.

O pecado introduz um poder destrutivo na ordem da criação de Deus, mas não destruí aquela ordem. Quando somos redimidos, não somos apenas libertados das motivações pecaminosas que nos dirigem, mas também restaurados para cumprir o propósito original, para fazer aquilo para qual fomos criados: edificar sociedades e criar culturas e, assim, restaurar a ordem criada.

"Nos primeiros seis dias da narrativa de Gênesis, DEUS forma e enche o universo físico. [...] DEUS cria o primeiro casal humano para ter domínio sobre a terra e governá-la em seu nome. O texto deixa claro que os seres humanos não são governantes supremos, livres para fazer tudo que desejarem. Seu domínio é uma autoridade dele¬gada - eles são representantes do Governador Supremo, chamados para refletir seu cuidado santo e amoroso para com a criação. Eles têm de "cultivar" (palavra que tem o mesmo radical que "cultura") a terra (Gn 2.15, ARA). O modo como expressamos a imagem de DEUS pode ser demonstrado pela nossa criatividade e maneira de construir culturas. Este era o propósito de DEUS quando criou o ser humano, e até hoje continua sendo seu pro¬pósito para nós. O plano original de DEUS não foi cancelado pela queda. O pecado corrompeu cada aspecto da natureza humana, mas não nos fez menos que humanos. Não so¬mos animais. Ainda refletimos "por espelho" (1 Co 1 3.12), "obscuramen¬te" (ARA), nossa natureza original como portadores da imagem de DEUS. [...] Gênesis nos fala de nossa verdadeira natureza, das coisas que não podemos deixar de fazer, do modo como DEUS criou cada ser hu-mano com um fim específico. Nosso propósito é precisamente cumprir nossa natureza dada por DEUS”.

2. EXEMPLOS BÍBLICOS DE RELACIONAMENTO CULTURAL.
As Escrituras nos mostram que Deus dispensou a todo ser humano uma graça comum que permite que o homem realize coisas boas e conheça a verdade, apesar de estar totalmente contaminado pelo pecado (Mateus 5.45; Atos 14.15-17).

As Escrituras relatam exemplos de pessoas que conheciam muito bem a cultura da sua época, mas que permaneceram fiéis a Deus e foram muito importantes na História da Salvação.
José do Egito, era um hebreu de uma família que tinha uma aliança com Deus, selada pela fé, passada de geração em geração. Foi vendido por seus irmãos como escravo para uma caravana de ismaelitas que rumou numa rota comercial para o Egito. Tornou-se escravo do comandante da guarda do Faraó, o homem mais poderoso do seu tempo. Por conta de uma mentira foi preso, mas de prisão Deus o colocou como segundo homem do Egito.

A influência da cultura na vida de José é notada no seguinte:
1) José tinha um bom conhecimento econômico e administrativo e demonstrou isso por saber exatamente o que deveria ser feito para contornar os sete anos de escassez no Egito (Gênesis 41.33-44, especialmente 41.38-40).
2) O aprendizado e domínio da língua egípcia. Ele se dirigiu primeiramente aos seus irmãos através de um tradutor (Gênesis 42.23).
3) Seguindo a prática cultural dos egípcios, José ordenou que o corpo do seu pai fosse embalsamado para ser levado a Canaã (Gênesis 50.1-3).
4) Este embalsamamento é emblemático, porque está ligado ao cumprimento da promessa da aliança que Deus fizera com aquela família.
5) Jacó queria ser sepultado no lugar onde seu pai fora sepultado, porque aquela família de peregrinos um dia receberia a sua herança do Senhor, tendo no sepultamento naquela herança um cumprimento parcial daquilo que Deus um dia faria plenamente.
(6) O embalsamento proporcionava a conservação do corpo necessária para poder enterrar o corpo do patriarca na terra que Deus lhe tinha dado por herança imarcescível.

Daniel também foi tirado do seu lar pela terrível conquista na nação de Judá pelo poderoso império babilônico, liderado por Nabucodonosor. De acordo com o decreto daquele rei pagão, deveriam ser trazidos jovens para serem eunucos na corte do rei que tivessem as seguintes qualificações:
1) De linhagem e da nobreza;
2) Sem nenhum defeito e de boa aparência;
3) Instruídos em sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento;
4) Capazes de assistirem no palácio do rei.

A estes jovens, além desta exigência prévia de cultura, deveriam ser ensinadas “a cultura e a língua dos caldeus”, a cultura da nação pagã e inimiga. É provável que a palavra traduzida pela nossa palavra “cultura” no capítulo 1 de Daniel signifique a cultura escrita ou a literatura dos caldeus. Esta palavra foi traduzida pela palavra livro na maioria das vezes em que ocorre no Antigo Testamento.

Daniel e seus amigos foram dotados por Deus com o conhecimento e a prudência em toda literatura e sabedoria (Daniel 1.17). Isto quer dizer que ele tinha conteúdo cultural e sabia usar aquele conhecimento com equilíbrio e sabedoria. Lembramos que aquela cultura incluía também os escritos dos caldeus.

Nabucodonosor, que era um homem notável, achou-os 10 vezes mais doutos que seus adivinhadores e astrólogos, conhecidos no mundo antigo pelo seu conhecimento (Daniel 1.20).
Apesar deste conhecimento cultural, Daniel não permitiu que o conhecimento da literatura e da língua dos caldeus abalasse sua fé. Daniel não compartilhou da mesma culinária dos caldeus por motivos óbvios: os caldeus não seguiam as restrições alimentares que os judeus seguiam como um sinal da aliança que tinham com Deus e ofereciam sua comida aos deuses que haviam seduzido o povo de Israel (Daniel 1.8).

Indo para o Novo Testamento, temos o exemplo do apóstolo Paulo. Ele também foi um cristão que entrou em contato com a cultura do seu tempo, mas não resvalou no caminho no manter firmes suas convicções. Teve a educação de um rabino que inclui mais do que os escritos do Antigo Testamento, inclui também os escritos dos rabinos que produziram muita literatura no período intertestamentário.

Paulo conhecia a língua grega por seus escritos, o aramaico por ter sido criado em Jerusalém, e o hebraico por discursar em sua defesa diante dos judeus que queriam matá-lo, por acharem que ele profanava o Templo. Seus escritos revelam conhecimentos razoáveis em variadas áreas da cultura. Paulo ilustrou a vida cristã usando o mundo dos esportes, do atletismo (1 Coríntios 9.24-27); Ilustrou a objetividade no culto com a música da flauta, da cítara e da trombeta (1 Coríntios 14.7-8); Falou do nosso fortalecimento espiritual pelos itens da armadura romana (Efésios 6.10-18); Falou da nossa salvação nos termos de um universo escravocrata (Romanos 7.6); Paulo podia levar os princípios eternos da revelação especial que ele recebia a sua prática, porque conhecia bem os costumes judaicos em que ele fora criado, bem como os costumes dos povos helênicos e helenizados que ele estava evangelizando (1 Coríntios 11.1-16); Paulo chegou a citar poetas conhecidos das pessoas do seu tempo para manter algum tipo de contato e apresentar assim o evangelho (Atos 17.28), para demonstrar um princípio ético (1 Coríntios 15.33) e, noutra ocasião, mostrar o conceito das pessoas a respeito de um dos povos que ele estava ajudando a evangelizar (Tito 1.12). Apesar deste conhecimento cultural, o apóstolo Paulo não negociava com a cultura de sua época se esta prejudicasse a Palavra que ele pregava. Para Paulo, o meio de salvação dos perdidos era a pregação do evangelho. Paulo rejeitou a retórica grega entre os gregos para que a fé daqueles irmãos não repousasse sobre a sabedoria humana, mas sobre o poder de Deus (1 Coríntios 2.1-5).

O mais sublime de todos os exemplos foi deixado para o final. [Louvado seja o Santo Cordeiro de Deus, que vive e reina para todo o sempre! Amém!] O Senhor Jesus é o melhor exemplo de fiel ao Pai, que entrou em profundo contato com sua cultura, mas que não se rendeu a ela para ir de encontro aos princípios da Palavra de Deus.

Aos doze anos de idade, Jesus já tinha condições de conversar com os doutores da lei. Encarando o fato de que Jesus deixou o uso de seu atributo de onisciência na sua humilhação e só predizia o futuro através do poder do Espírito Santo, isto quer dizer que Jesus já tinha profundo contato com as Escrituras e com a literatura rabínica dos seus dias, estando a par dos assuntos mais atuais. Ele se dedicou ao estudo da sua cultura com atenção e qualidade.

No decorrer de sua vida, Jesus esteve presente em atividades culturais. Jesus esteve presente em casamentos, funerais, banquetes, nas sinagogas, nas festas dos judeus em Jerusalém e em um julgamento. Jesus não se exclui de citar uma cantiga de roda para ilustrar a atitude de uma geração incrédula que tinha diante de si todos os sinais dos tempos, mas não respondia positivamente a estes sinais (Lucas 7.32).

Jesus era capaz de ensinar contando histórias que tinham muita relação com o cotidiano e a vivência cultural das pessoas a quem ele pregava. Parábolas como a do semeador, da ovelha perdida, do filho pródigo, do grão de mostarda, do juiz iníquo, dos talentos, das virgens, etc., demonstram o profundo conhecimento cultural que o Senhor possuía. Ele não somente citava costumes culturais, mas também os aplicava precisamente às verdades eternas que ele queria ensinar.

Jesus conhecia profundamente os erros dos seus opositores. Ele era capaz de, numa pregação, alistar os erros da falsa religião judaica de seus dias e apontar o cerne de seus problemas espirituais.

Jesus era imbatível no debate. Ele tinha condições de desconsertar qualquer pessoa que com malícia lhe fizesse uma pergunta para enredá-lo em suas falsas conjecturas e armadilhas. Jesus era capaz de, usando uma simples moeda, desmontar uma teia de enganos que o prenderia para entregá-lo ou aos romanos ou a um dos partidos dos judeus.

Ao conhecer a cultura em que viveu, Jesus não se afastou da verdade, pelo contrário, tornou-se um eficientíssimo porta-voz desta verdade, aplicada às pessoas do seu povo e dos seus dias.
Apesar de conhecer sua cultura, Jesus não se dobrou ao racismo do seu povo, ao legalismo daquela religião, ao desprezo das crianças e mulheres da sociedade patriarcal, às conveniências do elitismo social, aos apelos dos revolucionários e aos confortos dos reacionários. Jesus, na sua razão mais superficial, foi crucificado por não atender aos requerimentos culturais que judeus e gregos exigiam para o seu respectivo Messias e Cristo.

3. EVANGELHO, IGREJA E CULTURA.
A igreja não pode se furtar ao fato de que precisa influenciar culturalmente a sociedade. E isso não é pecado, como pensam algumas pessoas, nem tem a ver com a Igreja se misturando ao mundo em suas práticas. A ideia de ela exercer uma influência cultural na sociedade em geral tem a ver com a capacidade do Evangelho de atingir todas as camadas sociais por meio daqueles que estejam transmitindo a mensagem de forma dinâmica em cada um desses segmentos.
Há pessoas na Igreja que entendem como necessária uma separação cultural entre a comunidade cristã e a sociedade. De fato, compreendemos que as práticas da Igreja e as do mundo são opostas entre si a partir de sua natureza. A Igreja é a agência do Reino de Deus na Terra, transmitindo a mensagem do Evangelho e tornando Jesus conhecido por palavras e vida, ao passo que o mundo é o campo de atuação de Satanás, onde vidas são destruídas, e as pessoas levadas a viver uma existência sem Deus, ou duvidando dEle. Por isso, a Igreja precisa se organizar para que o Evangelho faça a diferença de forma profunda neste mundo. Não precisamos esperar pelo milênio para ver isso acontecer.

Bíblia diz que, quando a cultura contradiz a verdade revelada, ela deve ser combatida; a Bíblia diz também que, quando um costume cultural grifa um princípio eterno, este costume cultural é recomendado; a Bíblia diz, igualmente, que tudo foi criado por Deus, sendo essencialmente e originalmente bom, mas que o pecado contaminou a criação e que Deus dispensa sua graça aos homens para que eles realizem algo de bom neste mundo; a Bíblia relata exemplos de pessoas que tinham muito conhecimento da cultura em que estavam inseridas e permaneceram fiéis a Deus, sendo muito importantes na História da Salvação. Assim, que conclusões nós podemos tirar disso tudo?
Que conclusões nós podemos tirar dessas informações bíblicas?
Apesar de a cultura estar contaminada pelo pecado, ela pode ser uma fonte da verdade, à medida que não contradiz os dados bíblicos, não deturpa a razão e se aplica a esfera certa da vida humana.
A cultura só pode ser uma fonte de verdade, porque Deus é soberano, Ele é verdadeiro, seu plano é imutável e perfeito, e Deus decidiu, por sua graça, derramar gotas de verdade que molharão os seres humanos envolvidos com a cultura, através da revelação divina na criação, na consciência e na providência.

CONCLUSÃO
O obreiro cristão tem obrigação de conhecer bem a cultura contemporânea para que realize bem a sua tarefa pastoral. Não é possível combater um erro doutrinário, filosófico, ideológico ou comportamental com honestidade sem conhecer suas afirmações principais, seus principais proponentes, seu desenvolvimento histórico e suas manifestações atuais.

Podemos nos precaver com mais sabedoria do erro, quando nós conhecemos mais objetivamente a cultura que nos cerca. É provável que muitos pastores que condenam, em suas pregações, em seu alinhamento denominacional e em sua postura diante de diversas manifestações culturais, certas idéias, estejam em algum ponto do seu ministério incorrendo nos mesmos ou em erros ainda maiores por simples falta de leitura e de formação cultural.
Frequentemente uma conclusão ética dependerá de um conhecimento cultural que vai além do conhecimento bíblico. O pastor deve aprender a extrair os princípios eternos das Escrituras e a adquirir informações da cultura em que vive e, a partir de uma harmonização daqueles dados, concluir se esta idéia, posição ou prática atual é correta ou errada, dando a supremacia devida às Escrituras.

Concluímos que fumar é errado, por exemplo, não somente porque a Bíblia declara que algo que nos domina é errado nem somente porque a Bíblia afirma que a devemos cuidar do nosso corpo enquanto santuário do Espírito Santo, mas também porque a cultura nos informa que o tabagismo é uma atividade que cria dependência e causa muitos danos à saúde. A informação do eterno princípio bíblico, somada a informação que a cultura nos dá, resultará em uma regra moral prática que pode nos fazer viver de modo agradável a Deus. Um pastor que possua conhecimento cultural poderá orientar, aconselhar e interagir melhor com seu rebanho que tem se achado cada vez mais letrado e exposto aos benefícios e malefícios da cultura contemporânea. Um pastor atualizado com a cultura contemporânea poderá dialogar com seu rebanho de modo mais objetivo, mostrando-lhe os caminhos perigosos da vida hodierna, nas diversas áreas da cultura.

Glossário:
Reacionários: Que ou aquele que defende princípios ultraconservadores, contrários à evolução política, ou social.
Cerne: Camada concêntrica de uma árvore cortada transversalmente: o número de cernes serve para que se conheça a idade de uma árvore. Bras. Parte intacta da madeira queimada.
Elitismo: Sistema que favorece os melhores elementos de um grupo em detrimento da massa; política que visa à formação de uma elite.
Proponentes: Que ou aquele que propõe, que apresenta uma proposta.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.