quarta-feira, 30 de maio de 2012

Lição 11 - 2º Trimestre 2012 O EVANGELHO DO REINO NO IMPÉRIO DO MAL. 10 de Junho de 2012




LEITURA BÍBLICA: 
Apocalipse 14.1-7
Depois olhei e vi o cordeiro em pé no monte Sião. Com ele estavam cento e quarenta e quatro mil pessoas que tinham o nome dele e o nome do Pai dele escritos na testa delas. Então ouvi uma voz do céu, que parecia o barulho de uma grande cachoeira ou o som de um forte trovão. A voz que ouvi era como a música de harpistas tocando as suas harpas. O cento e quarenta e quatro mil estavam diante do trono, e dos quatro seres vivos, e dos líderes e cantavam uma nova canção, que somente eles podiam aprender. De toda a humanidade eles eram os únicos que tinham sido comprados por Deus. Eram os que se conservaram puros porque não haviam tido relações com mulheres. Seguem o Cordeiro aonde ele vai. Entre todos os seres humanos eles foram comprados e foram os primeiros a serem oferecidos a Deus e ao Cordeiro. Eles nunca mentiram, nem cometeram nenhuma falta. Então vi outro anjo voando muito alto, com uma mensagem eterna do evangelho para anunciar aos povos da terra, a todas as raças, tribos, línguas e nações. Ele disse com voz forte: Temam a Deus e louvem a sua glória, pois já chegou a hora de Deus julgar a humanidade. Adorem aquele que fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas!
  
INTRODUÇÃO
Há discórdia em relação a esse monte Sião ser um ponto de referência celestial (Hb 12.22,23) ou o monte físico. Parece mais provável que se trata de um cenário terrestre, um retrato do reino vindouro. O fato de, no versículo 2, João ouvir “uma voz do céu” sugere que ele está na terra. O “novo cântico” dá a entender que eles vivem uma nova experiência, ou seja, que passaram pela tribulação e, agora, reinam com Cristo. Todavia, mesmo que essa seja uma cena celestial, ela antecipa a vinda do reino para a terra. O versículo 3 indica que a igreja (anciões) reinará, na terra, com Cristo.

1. A PALAVRA DE DEUS APÓS O ARREBATAMENTO.
O evangelho é a boa nova de que Jesus Cristo morreu na cruz de Gólgota pelo pecado do mundo e que aquele que aceita isso pessoalmente na fé, é justificado pela ressurreição de Jesus Cristo. Esse é o chamado “evangelho de Deus” (Rm 1.1) e “evangelho e Cristo” (2 Cor 10.14). Trata-se também do “evangelho da graça de Deus” (At 20.24), porque salva os que são malditos pela lei. Além disso, a Escritura fala também do “evangelho da glória” (1 Tm 1.11) e do “evangelho da vossa salvação” (Ef 1.13).
Mas a boa nova é também o “evangelho do reino”. O próprio Senhor Jesus pregou o evangelho do reino, antes de ir para Gólgota: “Percorria Jesus a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino” (Mt 4.23). O evangelho do reino é a mensagem de que Deus vai estabelecer nesta terra o reino do Cristo, do Filho de Davi, como cumprimento da aliança com Davi. Por isso João Batista anunciava: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3.2). Essa maravilhosa mensagem já era anunciada no Antigo Testamento, por exemplo, em Isaías 9.5-6. Mas especialmente, como já dissemos, ela foi anunciada pelo próprio Senhor Jesus: “E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 9.35). Se naquele tempo todo o Israel se tivesse convertido, o reino dos céus teria sido estabelecido na terra e o Messias teria iniciado seu reinado. 

Aqui em Apocalipse 14.6 temos agora o “evangelho eterno”. Esse é o anúncio do juízo divino sobre todo o mal que é feito durante a Grande Tribulação. Mas ao mesmo tempo trata-se também de uma boa nova para os crentes que então estiverem sofrendo: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (v.12).

A palavra “evangelho” engloba, portanto, diferentes resultados da boa nova. Mas o fato de que Deus fez anunciar tanto a boa nova do evangelho da graça, além do evangelho do reino futuro e do evangelho do juízo divino, não significa que existe mais que um evangelho da salvação. Pois a graça é o fundamento de todas as dispensações, e em todas as circunstâncias é o único caminho para a salvação do pecador. Chama a atenção que não está escrito que o anjo que voa pelo meio do céu prega “o” evangelho eterno, mas “um evangelho eterno”. Poderia-se também dizer: um evangelho do único evangelho da graça de Deus em Jesus Cristo.

2. A PROCLAMAÇÃO DOS MÁRTIRES.
João vê uma grande multidão de pessoas no céu depois de estarem completos os sete anos da Grande Tribulação. Um dos anciões no céu revela a João a identidade das multidões e o modo como chegaram ao céu: “Estes são os que vieram da grande tribulação, pois no capítulo 6 diz que muitos martirizados durante a Tribulação lavaram suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (v.14). A grande multidão, finalmente em segurança na casa do Pai, é a resposta ao clamor dos mártires referidos no quinto selo.

Existe diferença de opinião entre os estudiosos da Bíblia quanto ao serem os 144 mil e a grande multidão dois grupos separados ou mesmíssimo grupo sob aspectos diferentes. Parece que “Israel” no versículo 4 foram um contraste com “todas as nações” no versículo 9 e que “Israel” se refere aos cristãos judeus, ao passo que o versículo 9 se refere a cristãos “de todas as nações, tribos, povos e línguas”. Muitos acreditam que os 144 mil selados por Deus e protegidos durante a Tribulação eram os evangelistas desse período. Mediante os esforços deles, grande multidões dentre os povos aceitaram a Cristo e morreram como mártires durante a Tribulação. São esses que João vê no céu. 

3. A PROCLAMAÇÃO DOS 144 MIL.
Quem são os 144 mil? São provavelmente os mesmos citados em 7.4. Conforme consideração anterior, a maioria dos intérpretes acredita que são os eleitos de Israel (mais provavelmente judeus) selados por Deus no meio do período dos sete anos de Tribulação. São as “primícias” (v.4), em contraste com a “colheita” geral (v.15,16). Podem ser referidos como primícias porque foram os primeiros a ser salvos durante a Tribulação. Outros acreditam que isso confirma que eles são judeus, a noiva de Deus, as primícias, de modo semelhante à igreja, que é noiva de Cristo.

No início desse capítulo vemos o Cordeiro (Cristo) em pé no monte Sião. Com ele estão os 144 mil. O monte Sião é outro nome de Jerusalém. Existem muitas passagens na Bíblia, especialmente nos salmos, que designam Sião como o lugar escolhido por Deus na terra: “O Senhor escolheu Sião, com o desejo de fazê-la sua habitação”: “Este será o meu lugar de descanso para sempre...” (Sl 132.13,14). Embora essa seja a única referência a Sião no Apocalipse, parece confirmar várias passagens do AT que sugerem que Jerusalém será o centro do Reino terrestre de Cristo na sua Segunda Vinda (Is. 2.3,4; Sl 48.2).

As expressões “não se macularam com mulheres” e “castos” (v.4) devem ser vistas no sentido espiritual, não no físico. Nessa época, o pecado dos habitantes da terra será a prostituição espiritual (Ap 14.8; Tg 4.4). Esses crentes judeus, marcados com o nome do Pai, não com o da besta, serão separados, do ponto de vista espiritual, e totalmente dedicados a Cristo. Eles seguem o Cordeiro, em vez de adorar a besta. Eles se tornarão o núcleo do reino judeus, as “primícias” da colheita futura.

4. A PROCLAMAÇÃO DAS DUAS TESTEMUNHAS.
No capítulo 11 de apocalipse versículos de 3-13, declara que as duas testemunhas profetizam em pano de saco durante o mesmo período em que a Cidade Santa será pisoteada pelas nações (1 260 dias, ou 42 semanas, ou três anos e meio). São identificadas como “as duas oliveiras e os dois candelabros”. Trata-se de uma referência a Zacarias 4.1-14, onde é explicado que o candelabro é o templo de Deus e as oliveiras representam o Espírito, por meio de quem Zorobabel, da família messiânica, concluiria a obra do templo que, havia muitos anos, estava em ruínas. 

Quem são as duas testemunhas? São muitas as respostas, mas nenhuma delas está isenta de dificuldades. Alguns diriam Pedro e Paulo, cujos corpos jaziam, naqueles tempos, na cidade de Roma. Outros entendem que são a igreja verdadeira, que dará testemunho de Cristo no decurso de toda a era cristã. O intérprete futurista acredita, geralmente, que serão duas pessoas literais que voltarão à terra e testificarão com poder sobrenatural nos dias do Anticristo. Existe bastante especulação a respeito da identidade dessas testemunhas. As teorias mais comuns sugerem Elias e Enoque ou Elias e Moisés. Em Malaquias 3.1 e 4.5, vemos uma profecia específica segundo o qual Elias será enviado “antes do grande e terrível dia do Senhor”. Em certo sentido, isso foi cumprido em João Batista (Mt 11.13,14), mas é possível que ainda exista outro cumprimento, no futuro. É interessante, notas que Elias não passou pela morte física, mas foi levado ao céu num redemoinho (2Rs 2). Elias era um profeta de Israel. Muitos acreditam que Moisés seria a outra testemunha. Ele apareceu com Elias durante a Transfiguração (Mt 17.1-8) aprovando assim com testemunha a nova aliança em Cristo. Seu corpo foi protegido por Deus (Jd 9). Enoque também é lembrado porque, de modo semelhante a Elias, não morreu, mas foi levado por deus. 

Embora a identidade das testemunhas seja questão não esclarecida no presente momento, um dia será desvendado. O âmago da questão é que Deus providenciará testemunhas (profetas) que falarão em nome, mesmo durante o período mais terrível da história humana.

Deus protegerá de forma sobrenatural as testemunhas durante os 1 260 dias (três anos e meio) durante os quais profetizarão. Muitos as odiarão e rejeitarão suas mensagens de advertência. Os que procurarem lhes causar dano serão devorados por fogo proveniente da boca das próprias testemunhas. As testemunhas também terão poder para provocar uma seca (como Elias), bem como para transformar água em sangue e dar início a qualquer tipo de praga (como Moisés).

Depois dos três anos e mio, “a besta” que vem do abismo os atacará e matará na mesma cidade onde Cristo foi crucificado. Essa é a primeira vez que a besta é mencionada no Apocalipse, e fica claro que é um ser demoníaco. 

Os cardáveis das testemunhas ficarão jogados na rua principal durante três dias e meio, e “gente de todos os povos, tribos, línguas e nações comtemplarão os seus caldáveis e não permitirão que sejam sepultados”. As comunicações globais de hoje facilmente possibilitarão a qualquer pessoa no mundo inteiro ver os cadáveres das testemunhas. Haverá até mesmo pessoas celebrando a morte delas. 

Depois dos três dias e meio (note a semelhança com o período que Cristo passou no túmulo), Deus lhe dará o sopro da vida. A ressurreição delas aterrorizará o mundo inteiro. Pouco depois de voltar à vida, serão chamadas para subir ao céu e subirão numa nuvem enquanto o mundo observa. Em seguida, haverá um terremoto violento que matará 7 mil pessoas. 

5. A PRCLAMAÇÃO DO ANJO.
Hoje, Deus usa pessoas para transmitir sua mensagem, mas ele também usará anjos no último período do julgamento. O termo “evangelho eterno” apresenta Deus como o Criador, não como Salvador, e adverte que o julgamento está chegando. É um chamado para que o homem tema e glorifique a Deus, em vez da besta e de Satanás. A sugestão é que serão salvos todos os que honrarem ao Senhor. Infelizmente, os homens adoram e servem à criatura, não ao Criador (Rm 1.25). Esse é o chamado final do Senhor para um mundo iludido por Satanás. 

Os 144 mil eram as primícias. Aqui o quadro simboliza a evangelização geral do mundo inteiro. A arma do Cordeiro ao comandar seu exército contra a besta é a pregação do simples evangelho. Para alguns, essa figura representa o evangelho sendo levado aos gentios depois de ter sido pregado a Israel. Para outros, tipifica a era das missões mundiais moderna, antes da queda da “Babilônia”, proclamada no versículo seguinte. Para outros, ainda, é o aviso de o Reino milenar de Cristo está próximo.

De qualquer forma, o anjo está avisando aos habitantes da terra sobre um tipo de última chamada, para os que ainda precisam se arrepender, de que Cristo virá sem demora. 

CONCLUSÃO
Quero na minha conclusão deste tema frisar que não concordo com a opinião do pastor Donald Stamps, comentarista da Bíblia pentecostal, onde relata que “após o arrebatamento da igreja o Espírito Santo será afastado”. ... “O espírito Santo, todavia, agirá na terra durante a tribulação, convertendo-as a Cristo e dando-lhes poder”, deixando assim alguns versículos para meditação e base no que ele relata do Espírito Santo (Ap 7.9,14; 14.6,7). Entendo que o Espírito Santo subirá com a igreja, conforme 2 Ts 2.7, e que o evangelho eterno que é a palavra de Deus converterá muitos a Cristo.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev. Junior França) 
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros. 

domingo, 27 de maio de 2012

Lição 10 - 2º Trimestre 2012 O GOVERNO DO ANTICRISTO. 03 de Junho de 2012




LEITURA BÍBLICA: 
Apocalipse 13.1-9.
Depois vi um monstro que subia do mar. Ele tinha dez chifres e sete cabeças, uma coroa em cada um dos chifres e nomes, que eram blasfêmias, escritos nas cabeças. O monstro que vi parecia um leopardo; os seus pés eram como os de um urso, e a sua boca era como a de um leão. E ao monstro o dragão deu o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Uma das cabeças do monstro parecia que tinha recebido um golpe mortal, mas a ferida havia sarado. O mundo inteiro ficou admirado e seguiu o monstro. Todos adoravam o dragão porque ele tinha dado a sua autoridade ao monstro. Eles adoravam também o monstro, dizendo: Quem é tão forte como o monstro? Quem pode lutar contra ele? Foi permitido ao monstro se gabar da sua autoridade e dizer blasfêmias contra Deus. E ele recebeu autoridade par agir durante quarenta e dois meses. Ele começou a blasfemar contra Deus, contra o seu nome, contra o lugar onde ele mora e contra todos os que vivem no céu. Foi permitido que ele lutasse contra o povo de Deus e o vencesse. E também recebeu autoridade sobre todas as tribos, nações, línguas e raças. Todos os que vivem na terra o adorarão, menos aqueles que , desde antes da criação do mundo, têm o nome escrito no Livro da Vida, o qual pertence ao Cordeiro, que foi morto. Portanto, se vocês quiserem ouvir, escutem bem.

INTRODUÇÃO
O dragão vermelho no capítulo 12 é claramente Satanás. O capítulo 13 apresenta duas bestas por meio das quais Satanás estabelece o controle sobre os povos da terra. A primeira besta parece ser uma personagem política, a segunda, uma personagem religiosa. Ambas recebem poder e orientação de Satanás, o grande enganador e imitador. 

1. QUEM É O ANTICRISTO.
O apóstolo Paulo teve de lidar com falsos mestres que diziam que o Dia do Senhor já havia chegado (2Ts 2.2). Os crentes tessalonicenses estavam desconcertados e assustados, porque, pelo visto, esses mestres negavam a volta literal de Jesus e a “nossa reunião com ele” no Arrebatamento (1Ts 2.1). Obviamente, não estavam mais se consolando uns aos outros, como Paulo lhe havia ordenado (1Ts 4.18; 5.11). Por isso, Paulo declarou que aquele dia não viria sem que antes viesse a apostasia e se manifestasse “o homem da iniquidade, o filho da perdição” (2Ts 2.3). Ou seja, a apostasia e a manifestação do Anticristo seriam os primeiros eventos a acontecer no Dia do Senhor. Tais acontecimentos não sucederiam até que “o mistério da injustiça” não fosse mais detido (2Ts 2.6,7). Uma vez que nada disso havia acontecido, os tessalonicenses não estavam no Dia do Senhor e, portanto, ainda poderiam encorajar uns aos outros com a firme esperança de serem arrebatados para o encontro com o Senhor nos ares.

O versículo 1 declara: “Vi emergir do mar uma besta – Satanás 12.17”. O mar representa as nações 17.15, como também a areia do mar 20.8. Satanás chama seu “super-homem” das nações e revela o verdadeiro caráter dele ao mundo. Até esse momento, o anticristo atuava pacificamente, fazia o papel de amigo de Israel. Três anos e meio atrás, ele fez um pacto com os judeus Dn. 9.27, em que prometeu protegê-los da federação europeia, que sob seu controle. Agora, esse governante mundial está para revelar seu verdadeiro caráter satânico. 17.10-12 em relação às cabeças, aos chifres e aos diademas. 

De forma semelhante à da profecia de Daniel 7, usam-se três animais para descrever a besta. As bestas retratam quatro impérios sucessivos: babilônico (o leão), medo-persa (o urso), grego (o leopardo) e o império do anticristo (a terrível quarta besta). O “pequeno chifre” de Daniel 7.8 é a besta de Apocalipse 13, o anticristo. Observe que João viu os animais na ordem inversa, já que olhava para trás, e Daniel, para frente. Em outras palavras, o reino da besta será a continuação desses reinos, o império Romano revivificado.

A primeira besta, saída do mar, é geralmente considerada o Anticristo. O mar é frequentemente usado como símbolo da multidão dos habitantes da terra. Talvez se trate de um indício de que o Anticristo seja um político que tenha conseguido sua ascensão à fama usual, assim como têm feito muitos outros no decorrer da história. A primeira besta era “semelhante” a um leopardo, mas tinha pés como os de urso e boca como a de leão. Essa descrição é semelhante à dos três primeiros dos quatro animais de Daniel (Dn 7.3-6). Entretanto, a besta do Apocalipse parece assemelhar-se à quarta besta em Daniel, que retém, em certa medida, as características de seus antecessores. Por ser empregado o termo “besta”, é fácil imaginar que sua aparência física é muito estranha e animalesca. Entretanto, a semelhança com o leopardo, o urso e o leão possivelmente descreve características não-físicas, tais como ser um caçador astuto, alguém que sabe se camuflar no seu maio-ambiente.

2. O APARECIMENTO DO ANTICRISTO.
A besta será morta e ressuscitada. As passagens 11.7 e 18.8 relatam que a besta emerge do abismo, o que, sem dúvida, sugere ressurreição. Alguns pensam que ela é Judas ressuscitado. A besta e Judas são chamados de “o filho da perdição” (Jo 17.12; 2 Ts 2.3); João 6.7 chama Judas de “diabo”. Seja quem for, a besta é o super-homem de Satanás, sua imitação de Cristo. O mundo todo admirará a besta e adorará Satanás (v.4), algo que ele sempre almejou. 

A partir desse ponto, a besta torna-se o líder da federação europeia e trabalha em cooperação estreita com a igreja mundana (Ap 17). Ele fingirá obedecer aos sistemas religiosos apóstatas  usará isso para favorecer suas conquistas. Por volta do meio do período da tribulação, o Egito e a Rússia invadirão a Palestina (Ez 37-38), forçando a besta a proteger os judeus. Quando a besta chega a Israel, pensa que Deus derrotou a Rússia e decide conquistar Israel. Nesse ponto, ela destruirá a igreja apóstata (a meretriz de Ap 17) e instituir-se-á como o governante e o deus do mundo. Satanás deu-lhe poder para fazer prodígios; 2Ts 2 afirma que Deus permitirá que brote no mundo descrente a “operação do erro”. As pessoas não aceitam Cristo, a Verdade, mas recebem o anticristo, a mentira. 

A besta blasfemará a igreja no céu e perseguirá os remanescentes judeus crente na terra. Como vimos em Apocalipse 11, nesse ponto ela também matará as duas testemunhas, cujos corpos, após três dias e meio, serão levantados da morte. 

3. O SUSTENTO DO GOVERNO DO ANTICRISTO.
Vemos a trindade satânica (vv.19-20). Satanás imita o Pai, a besta é a imitação do Filho e Salvador, e o falso profeta pretende ser o Espírito. A segunda besta vem “da terra”, provavelmente Israel. É provável que seja um judeu. Daniel 9.6 informa que a besta terá cidadania romana, todavia ela pode ser, como Paulo, um judeu romano. No entanto, o anticristo precisará de um associado para ajuda-lo a conquistar o mundo. Este será o falso profeta. Ele tem “chifres, parecendo cordeiro”, o que sugere paz e cordialidade, porém não há diademas (autoridade) nos chifres. Satanás dá-lhe o mesmo poder da primeira besta, contudo a tarefa do falso profeta é glorificar a besta e fazer com que o mundo a siga e a adore. Daniel 3 apresenta uma situação semelhante. 

O falso profeta copiará os milagres das duas testemunhas ao fazer descer fogo do céu (11.5; 13.13). Esse evento cumpre as profecias de Paulo, registrada em 2Ts 2;9, e Cristo, relatada em Mateus 24.24. O falso profeta ordena que se faça a imagem da besta. Isso é o “abominável da desolação”, relatado em Mateus 24.15; em Daniel 11.45 e em 2Ts 2.4. Nessa época, a besta terá sua imagem erigida no templo restaurado de Jerusalém. Essa imagem ganhará vida! Ela falará e maravilhará o mundo. A imagem falará coisas esplêndidas e blasfemará contra o céu. 

4. A PLATAFORMA DE GOVERNO DO ANTICRISTO.
O falso profeta não tem o objetivo único de conseguir a ampla adoração da besta. Ele também estabelecerá o controle econômico mundial. Os seguidores da besta terão sua marca na fronte ou na mão direita, da mesma forma que os 144.000 judeus terão a marca do Pai na fonte (14.1). Essa marca permite que os seguidores da besta possam comprar e vender coisas, e quem não tiver a marca (o nome dela) sofrerá muito; veja 20.4. A essa altura, Satanás terá tudo que sempre quis: a adoração e o controle do mundo. A única coisa desfavorável é que Cristo reina no céu e, um dia, estabelecerá seu reino sobre a terra. Satanás desafogará sua fúria sobre os santos de Deus que não estão na terra, já que não pode tocar em Cristo e nos santos do céu. 

Assumirá grande poder político (Dn 7.8,25), comercial (Dn 8.25; Ap 13.16, 17) e religioso (Ap 17.1-15). Ele será anti-Deus e Anti-Cristo, e perseguirá os cristãos numa tentativa de extinguir o Cristianismo. (Dn 7.25; 8.24; Ap 13.7,15). Sabendo que os homens desejam ter alguma religião, ele estabelecerá um culto baseado na divindade do homem e na supremacia do Estado. Como personificação desse Estado, ele exigirá o culto do povo, e formará um sacerdócio para fazer cumprir e promulgar esse culto. (2Ts 2.9,10; Ap 13.12-15).

O anticristo levará ao extremo as doutrina da supremacia do Estado, a qual ensina que o governo é o supremo poder, em torno do qual tudo, incluindo a própria consciência do homem, tem que lhe estar subordinado. Visto que não existe poder ou lei mais elevados do que o Estado, segundo eles, Deus e sua lei precisam ser abolidos para se prestar culto ao Estado. 

CONCLUSÃO
O anticristo se assentará “no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2Ts 2.4). Em outras palavras, é mais provável que ele não venha a se declarar anticristo. Será o último de todos os falsos cristos, mas poderá ou não reivindicar para si o título de Cristo, embora eventualmente alegue ser Deus. É possível que declare que Moisés, Confúcio, Buda, Jesus, Maomé e outros foram todos seus precursores e que ele é “aquele que havia de vir” (Mt 11.3).

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França) 
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Lição 9 - 2º Trimestre 2012 LAODICEIA, UMA IGREJA MORNA. 27 de Maio de 2012




LEITURA BÍBLICA: 
Apocalipse 3.14-22.
Ao anjo da igreja de Laodicéia escreva o seguinte: Esta é a mensagem do amém, da testemunha fiel e verdadeira, daquele por meio de quem Deus criou todas as coisas. Eu sei o que vocês têm feito. Sei que não são nem frios nem quentes. Como gostaria que fossem uma coisa ou outra! Mas, porque são apenas mornos, nem frios nem quentes, vou logo vomitá-los da minha boca. Vocês dizem: Somos ricos, estamos bem de vida e temos tudo o que precisamos. Mas não sabem que são miseráveis, infelizes, pobres, nus e cegos. Portanto aconselho que comprem de mim ouro puro para que sejam, de fato, ricos. E comprem roupas brancas para se vestir e cobrir a sua nudez vergonhosa. Comprem também colírio para os olhos a fim de que possam ver. Eu corrijo e castigo todos os que amo. Portanto, levem as coisas a sério e se arrependam. Escutem! Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos. Aos que conseguirem a vitória eu darei o direito de se sentarem ao lado do meu trono, assim como eu consegui a vitória e agora estou sentado ao lado do trono do meu Pai. Portanto, se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o espírito de Deus diz às igrejas. 

INTRODUÇÃO
A igreja de Laodicéia era uma igreja morna. Seus membros eram materialmente prósperos, mas Deus lhes disse que os enxergava como espiritualmente miseráveis, dignos de compaixão, pobres, cegos e nus. 

1. A CIDADE DE LAODICÉIA.
Laodicéia tem data de fundação ignorada; sabe-se, no entanto, haver existido anteriormente com os nomes de Diosópolis e de Roas, e que teve o último nome mudado para Laodicéia por Antígono II, da Síria, em homenagem à sua esposa Laódice, após reedifica-la em cerca de 261-247ma.C.

Era uma cidade das principais da Frígia Pacaliana, na Ásia Menor, situada ao sul de Colossos e de Hierápolis, próximo aos rios Lico e Meander, de que o Lico é tributário. Era uma cidade muito próspera, com forte comércio, motivo porque, afirmam os historiadores, era ela um importante centro bancário da época. Devido à fertilidade do vale em que se encontrava situada, a cidade tinha abundancia de todos os produtos do campo, de modo a bastar-se a si mesma. Por este motivo, ela se tornava indiferente às realidades espirituais, a semelhança de Sodoma, nos seus tempos, Gn 13.10; Ez 16.49.

Laodicéia possuía um hospital, onde se diz que clinicava e atendia o famoso médico Cláudio Galeno, natural de Pérgamo, que ministrava a seus clientes o lendário “pó da Frígia” que servia de medicamento oftálmico. 

Era ao mesmo tempo uma cidade industrial na região, que se ocupava de manufatura de vestes de lã, produto este que obtinha dos campos vizinhos, ricos em criação de ovelhas.  A única coisa de que Laodicéia se ressentia, era de água potável, não existente em seus campos, motivo porque a água ali servida provinha duma distância de cerca de cinco milhas, através dum sistema de aqueduto que fazia com que a água chegasse ali morna e, portanto, intragável ao paladar dos estranhos ali aportados. 

Atualmente, nada mais existe naquele local que relembre a antiga Laodicéia, senão algumas poucas e ligeiras, absolutamente inexpressíveis aparências de ruínas daquela que foi a orgulhosa Laodicéia; e, das sete cidades da Província Romana da Ásia, constantes de Ap 2 e 3, é esta a mais destruída e que não deixou de si lembranças, senão algumas reminiscências escritas. Ali nada mais vimos que nos chamasse a atenção além de pequenos caramujos aquáticos, como se ali nunca houvesse existido uma cidade, e sim como havendo sido uma região ocupada por águas. Nas vizinhanças existe outra cidade denominada Eski Hissar, que nada tem a ver com a velha e desaparecida Laodicéia, que até mesmo materialmente foi vomitada do seu lugar, Lv 18.25,28. 

2. A IDENTIFICAÇÃO DE JESUS.
O senhor se revela a Laodicéia de forma tríplice:
Primeiro: Estas coisas diz o amém (v.14). Aqui é a primeira vez que ele se revela como Amém personificado. Em 2 Cor 1.20 está escrito: Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio. Ele é o Amém. Entre ele e a sua palavra não há um abismo: Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou tendo falado, não o cumprirá? (Nm 23.19). Ele é o Amém em pessoa, o “assim seja” (Significado literal de amém). Ai daquele que tira algo daquilo que ele diz! Esse fere a sua pessoa. Toda crítica da Palavra de Deus é duvidar da pessoa do Senhor Jesus Cristo. 

Em segundo lugar, ele diz que é “a testemunha fiel e verdadeira” (v.14). Enquanto como Amém em pessoa ele é a promessa dada, ele até ainda confirmou sua promessa com juramento. Pôs “amém” também significa juramento. Ele jurou por si mesmo. Isso está escrito em Heb. 6.13,17. Assim ele é a testemunha fiel e verdadeira. Oh, que Deus fiel! Ele mesmo entregou-se por nós! O Amém que ele personifica, o juramento, que ele mesmo cumpriu na cruz do Gólgota pelo derramamento do seu sangue, deve despertar a Laodicéia morna. Ele quer alcançar e comover os corações!

Em terceiro lugar, ele se revela como “princípio da criação de Deus”. Em Colossenses 1.15 Jesus Cristo é chamado o “primogênito de toda a criação”. Isso se refere à primeira criação. Ele é a origem o princípio de todas as criações de Deus, como está descrito tão magistralmente em João 1.3: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. Mas isso se refere também à sua ressurreição. Ele é o primogênito da nova criação, da nova vida. Que enorme contraste há entre o seu ser e a igreja à qual fala agora! A descrição da situação da última igreja e o chamado ao arrependimento verdadeiro é um resumo dos anteriores apelos ao arrependimento. 



3. A SITUAÇÃO ESPIRITUAL DA IGREJA DE LAODICEIA.
O cristianismo chegou a Laodicéia por intermédio de Epáfras. Cl 4.12,13 e tudo indica que Paulo não haja estado ali, Cl 1.2, mesmo assim escreveu uma epístola a esta igreja, Cl 4.16, cujo paradeiro se desconhece, embora haja quem creia que, devido à carta aos Efésios não ter destinatário constante do texto original, tenha sido esta a carta que ele escreveu aos laodicences.

Na carta endereçada a esta igreja, Jesus se manifesta como o amém, palavra hebraica que significa digno de fé, por ser firme e verdadeiro, 2Co 1.20, a Testemunha Fiel e Verdadeira, Ap 3.14, Mt 18.20; Fp 4.5, Princípio da Criação de Deus, Jo 1.13; Cl 2.11-19. Portanto ela era indesculpável em sua condição. 

O grande mal da igreja em Laodicéia era ser morna na fé, Ap 3.15,16, consequência da abastança em que vivia, Ap 3.17, que a tornava orgulhosa, soberba de si mesma, Pv 16.17-19, chegando ao extremo de se jactar de que nada lhe fazia falta, Ap 3.17; no entanto, espiritualmente, ela era “infeliz, miserável, pobre, cega e nua”, Ap 3.17. 

A mensagem do Cristo elevado a Laodicéia revela a raiz mais profunda da culpa e dos problemas da igreja, aos quais ela sucumbirá, se permanecer na impenitência: segurança própria, justiça própria, satisfação própria. Os crentes em Laodicéia eram pessoas de posses, eles viviam no bem-estar.  Paulo travou uma luta especial pelos crentes de Laodicéia. Sobre isso ele escreve na Epístola aos Colossenses: “Gostaria, pois, que saibais quão grande luta venho mantendo por vós, pelo laodicences e por quantos não me viram face a face; para que os seus corações sejam confortados, vinculados juntamente em amor, e tenham toda riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo” (Cl2.1-2). Ele sabia: os crentes em Laodicéia estão afastando-se do primeiro amor; eles não têm mais uma relação viva com o Senhor. Como isso lhe deve ter doído! Pois se tratava da situação do coração dos crentes. (Cl 4.16). 

Eles ganhavam muito e eram avarentos quando se tratava da causa do Senhor. Por outro lado: eles eram aproveitadores religiosos; ricos em conhecimento, mas avarentos na transmissão da mensagem; eles não tinham zelo missionário. 

Segundo Flávio Josefo, havia em Laodicéia uma poderosa e numerosa colônia judaica, e nada se diz na carta dirigida a esta igreja, sobre perseguição de qualquer natureza. Isto nos faz crer que o sincretismo com a pomposa denominação de ecumenismo, estava ali em plena evidência, de modo a fazer com que a igreja laodicense perdesse o sabor do sal e o valor da luz, Mt 5.13-16. Deste modo havia perfeita harmonia entre judeus, pagãos e cristãos em Laodicéia. 

4. COMO REAVIVAR UMA IGREJA MORNA.
 Por este motivo, cremos, esta igreja profética representa a Igreja Universal ecumênica moderna, que não mais se interessa pela evangelização nem por missões, porque para ela todas as religiões são boas e têm seu lado positivo, pois ela propaga que Jesus nunca foi, não é, e jamais será Deus; não salvou, não salva e jamais salvará a ninguém, tudo quanto há de valor real para tal igreja é viver-se aqui na terra em harmonia uns com os outro, porque, enfim, “todos vão para o mesmo lugar”, Ec 3.20. Para tal igreja a Bíblia deixou de ter o valor a ela atribuído pelos escritores sagrados, conforme descrito em Jo 17.17., 2 Tm 3.14-17; 2Pe 1.19,21. 

A posição daquela igreja é a mesma que se observa praticamente em meio a todas as denominações cristãs modernas, onde há aqueles que sempre estão pugnando por ecumenismo – cultos ecumênicos, reuniões ecumênicas, aos quais tudo é válido em matéria de religião, e não há nada que rejeitar, pois afirmam: “todos os homens são filhos de Deus, não importando o modo como nele creiam, pois tudo dará no mesmo”. Esta posição os leva a um completo indiferentismo às realidades espirituais cristão-bíblicas, e os torna mornos, assumindo posição estranha ao verdadeiro cristianismo que é uma posição definida: é o que é! Mt 7.21; Jo 6.38-40; Rm 12.1,2. 

A mensagem de Cristo a esta igreja é a mesma, de certo modo, constante de Is 55.1, posto que era pobre, miserável, não tinha com que comprar o próprio resgate, Sl 49.7,8; Mc 8.36-38, ela devia comprar “sem dinheiro e sem preço”, do próprio Cristo, ouro para se enriquecer, 2 Co 8.9; 1 Pe 1.7, vestes para cobrir a vergonha de sua nudez, Is 12.2,3; 61.10; Ap 19.8, e colírio para curar a cegueira espiritual de que estava sofrendo, Ap 3.18.

O caminho a ser seguido por esta igreja e por quantas estivessem espiritualmente mornas, era e é o caminho de volta a Deus e à simplicidade da fé, começando pelo arrependimento, Ap 3.19; 1Jo 1.9.  Deste modo, Cristo poderia voltar a entrar em seu coração e restaurar a comunhão com ela, Ap 3.20. Ele quer fazer hoje o mesmo a favor de todos os mornos espiritualmente! Se ela assim procedesse, ser-lhe-ia restaurado o direito de sentar-se com Cristo em seu trono, do mesmo modo que Ele vencera e se sentara, após a ressurreição, com seu Pai, no seu trono, Ap 20.4, amém. 

CONCLUSÃO
“O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho” Ap.21.7. Não é possível dizer algo mais elevado, pois essa é a completa identificação com o Filho de Deus em glória!! Por isso não hesita mais tempo para pagar o preço, a fim de te tornares um vencedor em atos e na verdade! Então herdarás tudo; serás um filho, uma filha de Deus e ele será te Pai por toda a Eternidade. 

GLOSSÁRIO
Oftálmico: Relativo aos olhos. Remédio para a oftalmia.
Aqueduto: Canal subterrâneo ou fora do solo, para conduzir água de um lugar para outro.
Reminiscências: Recordação vaga e quase apagada. Coisa, expressão de que a pessoa se lembra inconscientemente; lembrança indecisa: reminiscência de leituras.
Jactar: Gloriar-se, ufanar-se, vangloriar-se: A verdadeira sabedoria não se jacta.
Sincretismo: Sistema filosófico ou religioso que tende a fundir numa só várias doutrinas diferentes; ecletismo.
Ecumenismo: Tendência à universalidade da união; em particular, à união de todas as igrejas cristãs numa única igreja universal.
Pugnando: Pelejar, lutar, combater. / Defender: sempre pugnei por meus direitos.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França) 
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros. 


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Lição 8 - 2º Trimestre 2012 FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO. 20 de Maio de 2012



LEITURA BÍBLICA: 
Apocalipse 3.7-13
Ao anjo da igreja de Filadélfia escreva o seguinte: Esta é a mensagem daquele que é santo e verdadeiro. Ele tem a chave que pertencia ao rei Davi; quando ele abre, ninguém fecha, e quando ele fecha, ninguém abre. Eu sei o que vocês estão fazendo. Sei que têm pouca força. Vocês têm seguido os meus ensinamentos e têm sido fiéis a mim. Eu abri diante de vocês uma porta que ninguém pode fechar. Escutem! Quanto àquela agente que pertence a Satanás, aqueles mentirosos que afirmam que são judeus, mas não são, eu farei com que eles venham e caiam de joelhos diante de vocês. E todos eles saberão que eu amo vocês. Vocês têm obedecido à minha ordem para aguentar o sofrimento com paciência, e por isso eu os protegerei no templo da aflição que virá sobre o mundo inteiro para pôr à prova os povos da terra. Eu venho logo. Guardem o que vocês têm, para que ninguém roube de vocês o prêmio da vitória. A pessoa que conseguir a vitória, eu farei com que ela seja uma coluna no templo do meu Deus, e essa pessoa nunca mais sairá dali. E escreverei nela o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que virá do céu, da parte do meu Deus. E também escreverei nela o meu novo nome. Portanto, se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o Espírito de Deus diz às igrejas. 

INTRODUÇÃO
A igreja de Filadélfia era humilde, porém fiel, que se satisfazia em seguir o modelo de Cristo vivendo numa sociedade pagã e corrupta. O nome “Filadélfia” significa “amor fraternal”. Amava a Palavra de Deus e estava firme no intuito de guarda-la. Eram cristãos grandemente amados pelo Senhor, pois ele não lhes fala uma única palavra de repreensão.

1. FILADÉLFIA, A CIDADE DO AMOR FRATERNAL.
Filadélfia era uma cidade do reino da Lídia, situada próximo à fronteira da Frígia, nas faldas do Monte Tmolus, numa região sujeita a frequentes terremotos na Ásia Menor. Ela foi fundada pelo rei Átalos II, de Pérgamo, também conhecido por Àtalo filadelfo, cerca dos anos 159-138 a.C., que constituiu rei sobre ela a seu próprio irmão Êumenes, ato que denominou a cidade, posto que Filadélfia é um nome grego composto de FILÈO- amor e ADELFÒS – irmão, significando, portanto, amor fraternal. 

Filadélfia estava localizada numa região à entrada do largo vale Hermus, cortado pelo rio Coamis, à margem da grande Estrada Comercial Romana, que a ligava ás outras cidades do país e ao Mar Egeu, através dos portos de Éfeso e Esmirna, e distava apenas cerca de 28 e meia milhas de Sardes, localizada ao sudoeste.

No ano 133 a.C., Êumenes II, de Pérgamo, antes de morrer, transferiu seus domínios ao governo do Império Romano, incluindo Filadélfia, que no ano 17 a.D., foi vítima de arrasador terremoto, ficando praticamente destruída, sendo reconstruída graças à generosidade de Tibério César. Em gratidão, de modo voluntário, os cristãos filadelfos mudaram o nome da cidade para Nova Cesaréia, nome este substituído para o de Flávia, por determinação de Vespasiano.

A última conquista a que foi submetida Filadélfia, foi a turca, que teve lugar no ano 1302 a.D., sob o comando de Bajazer I, que a dominou após sofrer demorada resistência militar. Atualmente existe com o nome turco de Alah Sher, significando cidade de bonita, devido à sua localização sobre um terreno ligeiramente ondulado ao sopé do Monte Tmolus, com pequena população, em nada semelhante à cidade bíblica de que nos ocupamos. 
Por consequência de novos terremotos, cujas datas ignoramos tudo o que resta da antiga Filadélfia em Alah Sher, é uma coluna solitária que certamente pertenceu a uma construção notável da antiga cidade, a julgar por seu tipo e estilo.

Dizem os historiadores turcos que uma das atuais mesquitas muçulmanas existentes em Alah Sher, foi edificada sobre as ruínas do templo em que se reunia a própria igreja existente na cidade, quando a carta constante de Ap 3.1-13 ali chegou, coisa que não afirmamos nem negamos, devido à carência de fontes históricas, insuspeitas, sobre o assunto. 

Filadélfia, que o saibamos, nunca foi uma cidade-fortaleza; portanto, sua força defensiva sempre foi pequena, constituída talvez dum pequeno destacamento militar, integrado por decididos e intimoratos soldados que ofereceram aos turcos severa resistência, somente cedendo à superioridade inimiga, a muito custo. 

A igreja em Filadélfia, ao mesmo tempo que a de Esmirna, e pelos mesmos motivos, teve muitos de seus membros martirizados; e cremos, um dos poderes opressores existentes em ambas as cidades, era a colônia judaica, denominada nesta carta de sinagoga de Satanás. Que de braços dados com os pagãos e com as autoridades imperiais, se levantava sempre contra os fracos e indefesos cristãos. Estes, mesmo assim, não se deixavam intimidar e venceram o mundo e o diabo, morrendo por amor a Cristo, firmes na fé e na verdade que criam. 

Em Filadélfia, também imperou o culto a Ártemis, a Diana dos efésios, At 19.34, a Apolo, o deus sol, a Esculápio, o deus da medicina e por extensão, em consequência da ocupação romana, também ali era praticado o culto ao Imperador, coisa levada aonde quer que fosse a águia Romana.

Desde que toda a Ásia ouviu o Evangelho, segundo At 19.10, quando Paulo esteve por dois anos completos em atividade evangelística em Éfeso, sendo Filadélfia cidade integrante da referida Província, é lógico e natural crer-se que ali chegou o cristianismo nesse tempo, a saber, cerca dos anos 54 a 56 a.D.

2. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA.
A carta dirigida a esta igreja é a segunda que não insere repreensões nem censuras e sim aprovação, estímulo, encorajamento e exortação a manter aquilo que até ali tinham obtido em Cristo, Ap 3.11.
Jesus se apresenta a ela dizendo-se “o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fechará...” Ap 3.7. Cremos que o Santo, refere-se Àquele que é Deus, Lv 11.44,45; 1 Ped 1.13-21, e, portanto, o Todo-Poderoso, Gn17.1; Mt 28.18. O Verdadeiro, é aquele que nunca falhou e cujas promessas são semelhantes a Ele: fiéis e verdadeiras, Jo 14,6; 17.17; 1 Jo 5.20; e, portanto, a igreja em Filadélfia não se devia acovardar a qualquer ameaça ou mesmo ataques do inimigo, pois aquele que nela estava é maior do que o inimigo, por mais poderoso que este seja, 1 Jo 4.4. Por Chave de Davi, entendemos o domínio, o poder real que Jesus tem, Lc 1.32,33; Ap 5.5. Os fiéis cristãos filadelfos estavam bem preparados, Rm 12.9,10. 

Jesus pôs ante esta igreja “uma porta aberta a que ninguém poderia fechar.” Representando a Igreja renascida do século XVI aos nossos dias, que saibamos, só a igreja do I século a.D., teve tantas oportunidades e uma porta tão aberta à evangelização! O Diabo tem feito o que lhe tem sido possível através das ciências, das artes, da política, da força bruta da carne e do mundo, para fechar a porta que Jesus abriu ante a sua igreja fiel, mas ela permanece aberta hoje, mais do que nunca antes, quando 98% da população da terra podem ler a Bíblia em vernáculo, quando a Bíblia foi lida até da lua em transmissão para a terra através da televisão; e quando até aqueles países isolados pelas chamadas “cortinas de ferro”, “cortinas de bambu” e “cortinas de cana de açúcar”; quando os países dominados por religiões extremistas da Ásia, como o budismo e o islamismo, onde não pode penetrar um missionário; no entanto, estão recebendo várias vezes ao dia a mensagem de fé do cristianismo libertador, através do rádio e da televisão. Sim, a porta permanece e permanecerá aberta enquanto a Igreja fiel cumpre a sua missão na terra, e deste modo espera Aquele que abriu a porta e vai fechá-la então. Só Ele e mais ninguém a poderá fechar!

3. UMA IGREJA AMOROSA, PACIENTE E CONFESSANTE.
Aquela tinha pouca força, porém mantinha o testemunho: nunca foi tão verdadeira esta afirmativa como em nossos dias! Haja vista, por exemplo, o movimento pentecostal, que praticamente em todos os países, milita entre o povo menos aquinhoado com as riquezas e os lustres culturais e políticos hodiernos; e, no entanto, em menos de um século de história, já tem arrolados mais de cinquenta milhões de membros, praticamente em todos os países do orbe, sem contar os milhões que mantêm fielmente o testemunho de Cristo e da verdade revelada, sem se desviarem para qualquer extremo, Ap 22.16-18. Permanecem vigilantes, ensinando toda a doutrina do modo como a receberam através do Novo Testamento. Mt 28.19,20. De modo característico, aquela igreja vem desfraldando a bandeira do Evangelho puro aos povos, países, línguas e tribos, a saber, a todos os povos da terra, desde o século XVIII aos nossos dias, quando se tem desenvolvido o maior movimento missionário na história da Igreja na terra.

4. FILADÉLFIA NOS ÚLTIMOS DIAS.
O nome “Filadélfia” significa “amor fraternal”, portanto sabemos de imediato que lidamos com pessoas salvas e que amam umas às outras e ao Senhor. Essa representa a igreja missionária dos últimos dias. As igrejas da Idade Média fizeram muito pouco para propagar o evangelho por outras terras, a não ser por esporádicos empreendimentos missionários. Elas gastaram mais tempo em guerras religiosas e no jogo político com os governantes civis. As igrejas não precisam ser grandes ou fortes (v.8) para ter a fé e o amor necessários para atravessar a porta de serviço que Cristo abriu à frente delas. A “chave de Davi” (v.7) refere-se à autoridade dele como Filho de Davi; veja Isaías 22.22, que apresenta a chave como um símbolo de autoridade. E importante que a igreja esteja vigilante e pronta para aproveitar as oportunidades que Deus lhe apresenta, pois as portas se abrem e se fecham o tempo todo ao redor do mundo. Ninguém pode interferir quando Cristo abre ou fecha uma porta. 

Essa igreja sofre oposição da igreja falsa (sinagoga de Satanás), os impostores. Esses falsos irmãos afirmam ser a igreja e opõem-se ao ministério do povo de Deus, mas Cristo promete fazê-los prostrar-se.  A igreja falsa tem popularidade, influência e dinheiro; todavia, um dia, se curvará diante dos verdadeiros santos de Deus que levam a verdade ao mundo.

O versículo 10 é uma das declarações mais vigorosas de que a igreja não passará pelo período da tribulação. Os verdadeiros crentes de hoje fazem parte da igreja de Filadélfia e não passarão pelos sete anos de terrível julgamento sobre a terra. Veja também 1 Tess. 5.8-9. O próprio texto de Apocalipse é outra prova disso, pois não menciona a igreja até 22.16. Apocalipse 22.20 apresenta uma oração que não poderíamos fazer se o período de tribulação fosse anterior ao arrebatamento da igreja. 
  
CONCLUSÃO
Filadélfia é a atual cidade de Alacehir, na Turquia. Essa carta, como a carta de Esmirna, não contém palavras de censura. A julgar por essas cartas, não são as igrejas maiores, nem as mais impressionantes ou mais prestigiosas, que gozam necessariamente de melhor saúde espiritual. Cristo abre a porta para o trabalho eficaz (v.8 e 1Cor 16.9), não àqueles que são fortes, mas àqueles que são fiéis. 

Glossário:
Faldas: abas de montanha, serra ou monte; encostas.
Vernáculo: Próprio de um país ou de uma nação; pátrio, nacional: língua vernácula.
Intimoratos: Que não assume atitudes por medo ou excesso de escrúpulos; tímido; medroso.
Aquinhoado: Que recebeu o seu quinhão. Favorecido em uma partilha ou sorteio: ser bem, mal aquinhoado.
Orbe: Globo; mundo; redondeza; esfera. Corpo celeste.


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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.