sábado, 28 de maio de 2011

Lição 10 - 2º Trimestre 2011 ASSEMBLEIA DE DEUS 100 ANOS DE PENTECOSTES. 05 de Junho de 2011


LEITURA BÍBLICA: 1 Coríntios 3.6-11
6. Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. 7. Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. 8. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho. 9. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. 10. Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. 11. Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO
Nos primeiros cinquenta anos do século dezoito, as igrejas da Inglaterra, a oficial e a dissidente, entraram em decadência. Os cultos formalistas, dominados por uma cresça intelectual, mas sem poder moral sobre o povo. A Inglaterra foi despertada dessa condição, por um grupo de pregadores sinceros dirigidos pelos irmãos João e Carlos Wesley e Jorge Whitefiel. Os seguidores de Wesley foram chamados “metodistas”.
Surgiram os batistas pouco depois da reforma, na Suíça, e espalharam-se rapidamente no norte da Alemanha e na Holanda. No princípio foram chamados anabatistas, porque batizavam novamente aqueles que haviam sido batizados na infância. Na Inglaterra, a princípio, estavam unidos com os congregacionais, mas pouco a pouco se tornaram um corpo independente e viajaram para a América do norte, onde, através das atividades com Roger Williams, espalharam-se rapidamente por todo o continente.
Depois da Reforma iniciada por Martinho Lutero, as igrejas nacionais que se organizaram na Alemanha e nos países escandinavos tornaram o nome de luteranas.

1. O CHAMADO MISSIONÁRIO DOS PIONEIROS.
A chamada. Isto ocorreu durante o verão de 1910, num sábado à tarde, quando Gunnar Vingren e Daniel Berg visitavam o irmão Olaf Adolfo Ulldin. O Senhor usou tão poderosamente este servo de Deus, que lhes transmitiu uma revelação do Senhor para partirem como missionários ao Brasil, mais precisamente ao Pará. O lugar indicado por Deus era-lhe totalmente desconhecido. Localizado no mapa o distante Norte do Brasil, cheios de ânimo e determinação, começaram a preparar-se para sua nova missão.
O pastor Gideon Ulldin, filho de Adolfo Ulldin, quando da sua visita ao Brasil por ocasião do jubileu de ouro das Assembleias de Deus (1961), descreveu como se deu a revelação de Deus que trouxe os pioneiros à nossa terra:
Foi na casa de meus pais, na cidade de South Bem, estado de Indiana (EUA), no ano de 1910, que os irmãos Gunnar Vingren e Daniel Berg receberam a sua chamada para o Brasil. Esses irmãos durante várias semanas hospedaram-se em nossa casa, e oravam constantemente ao Senhor para Ele os guiar quanto ao lugar onde deveriam dedicar suas vidas.
Certo dia, meu pai, Olaf Ulldin, que era um simples pintor de casas, contudo um homem de oração, fazia um trabalho na cozinha de nossa casa, quando repentinamente veio sobre ele o Espírito do Senhor. Ele ajoelhou-se e logo a família fez o mesmo, como também os hóspedes Gunnar Vingren e Daniel Berg.
Eu, um menino de onze anos nesse tempo, ouvi meu pai falar em profecia a esses jovens pastores: “Ireis ao Pará. O seguinte é um hino que ouvireis quando ali chegares”. Meu pai então cantou em língua estranha (realmente em Português, língua que não conhecia sendo nascido na Suécia) um hino que mais tarde os missionários puderam identificar. “Tudo isso foi debaixo da unção e da inspiração do Espírito Santo.” Detalhes: o mapa do Pará, tipo de alimento dos paraenses, sua língua, a data da viagem. Tudo confirmado! Ao obedecerem à comissão que lhes fora confiada, credenciaram-se às bênçãos dos céus e ao galardão pelas almas ganhas no Brasil. Assim, eles trouxeram a mensagem pentecostal para o País, chegando a Belém no dia 19 de Novembro de 1910.

2. A FUNDAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL.
As Assembleias de Deus: criada em 1911 em Belém, pelos missionários batistas Daniel Berg e Gunnar Vingren, vindo de Michigan-EUA. Dali ela irradiou a obra pentecostal a todas as regiões do Brasil, vindo a corresponder, a partir de 1960, a 70% no quadro do evangelismo nacional. As Assembleias de Deus congregaram 50 por cento dos evangélicos brasileiros. Dezenas de milhares de membros das igrejas conservadoras (batistas, presbiterianas, metodistas e outras) buscam atualmente o batismo com Espírito Santo e experimentam um avivamento sem precedentes.
Enquanto as denominações tradicionais em sua maioria estacionam ou decrescem em número de fiéis e de templos, os pentecostais inclusos os avivados ou neopentecostais (como são conhecidos os não integrantes das Assembléia de Deus) crescem em todos os sentidos. As igrejas que crêem nos dons espirituais, e os buscam, constroem dezenas e dezenas de templos.

Primeiro batismo no Espírito Santo. Ao alvorecer do dia 08 de Junho de 1911, a irmã Celina Albuquerque, orando em sua casa, juntamente com outros irmãos, teve o privilégio de ser a primeira evangélica brasileira a receber o cumprimento da promessa, falando em línguas, tal qual os primitivos cristãos no dia de Pentecostes. No dia seguinte, a irmã Maria de Nazaré de Araújo foi também batizada com Espírito Santo.

Desligamento. A direção da Igreja Batista, ao tomar conhecimento do ocorrido, não aceitou o que estava acontecendo com os membros da mesma. Havia necessidade de uma tomada de posição. Como ponto de partida, houve convocação da igreja para uma reunião extraordinária, realizada em 13 de junho de 1911.
Nessa ocasião, usou da palavra o irmão Raimundo Nobre, fazendo a proposição para que os que estivessem de acordo com a nova “seita” se levantassem. Em seus diários, Gunnar Vingren e Daniel Berg contam que 18 irmãos se levantaram. Não havendo transigência, os mesmos foram afastados da igreja.

Unidade resgatada. No ano de 2006, quase 100 anos depois da saída do grupo que abraçou a causa pentecostal, aprouve a Deus unir os líderes da Igreja Batista e da Assembléia de Deus em Belém para perspectiva da unidade cristã. O pastor Elias Teodoro da Silva da Primeira Igreja Batista do Pará, e o pastor Samuel Câmara, presidente da Assembléia de Deus em Belém, se uniram em oração e comunhão para demonstrar que o fato ocorrido em 1911 deve servir de marco histórico abençoador e não um divisor de águas.

Primeiro homem batizado no Espírito Santo. O primeiro homem a receber o batismo com Espírito Santo, segundo consta nos registros históricos da igreja, foi o irmão Manoel Francisco Dudu. Ele era paraibano, mas morou cerca de 17 anos no Pará, onde aceitou a Cristo numa Igreja Presbiteriana, nos idos de 1907.
Depois de haver sido batizado nas águas, ele retornou à sua terra natal, em 17 de dezembro de 1914, sendo o primeiro crente e o primeiro evangelista na Paraíba, onde levou muitas pessoas ao conhecimento de Jesus.

3. DO NORTE PARA O BRASIL.
Dentro da região Norte, começamos com a Primeira Igreja Assembléia de Deus do Brasil, a de Belém, Pará.
Essa igreja, como poucas, teve o privilégio de receber em seu seio os pioneiros do movimento pentecostal no Brasil, missionários que dedicaram todo o seu tempo e talento na obra de Deus entre os famintos de pão espiritual. Em 18 de junho de 1911, nascia a Assembléia de Deus em Belém. No seu primeiro culto, realizado naquele dia, estavam presentes 19 pessoas que haviam chegado da Igreja Batista, de onde foram excluídas por receberem o batismo com Espírito Santo. Para seu primeiro pastor foi aclamado o sueco Gunnar Vingren e, para seu auxiliar, Daniel Berg.
Daniel Berg executava o serviço de distribuição das Sagradas Escrituras e evangelizava dentro e fora de Belém.
No interior do Pará. Depois de estar fixada em Belém, a Assembléia de Deus começou a preocupar-se com o interior do Estado, muito precisava ser feito nas pequenas cidades que ainda não havia recebido o Evangelho. O primeiro homem a sair da capital, levando as boas-novas, foi Daniel Berg, em 1912. Na oportunidade, levou consigo Novos Testamentos e Evangelhos; seu primeiro alvo foi a cidade de Bragança, onde não havia trabalho evangélico. Pouco tempo depois, os fiéis já somavam um bom número e, em 1917, Bragança fundou sua primeira Igreja Assembléia de Deus, cujo pastor era Isidoro Filho. Em 1975, esta igreja, já pastoreada por Afonso Menhinho Reis, contava com 3.935 fiéis, entre membros e congregados, frutos da primeira semente lançada há 63 anos passados.
Daniel Berg evangelizou muitas cidades, mostrando que tinha uma chamada toda especial para ganhar vidas para o Reino de Deus. Este homem era colportor, e um grande evangelista, pois proclamou o Reino do Senhor Jesus a muitos, por isso vemos os resultados naquele estado que acolheram estes dois grandes missionários.

Amazonas. Severino Moreno de Araújo foi quem levou a mensagem pentecostal mais para o Norte. A Assembléia de Deus em Manaus foi organizada a primeiro de janeiro de 1918, tendo como pastor o missionário Samuel Nystrom.

Acre. Em Rio Branco, o trabalho das Assembleias de Deus teve início na residência do evangélico Luiz Firmino Câmara, membro da AD em Natal, RN. A Assembléia de Deus iniciou como igreja no dia 24 de janeiro de 1944, tendo como pastor Francisco Vaz Neto de Porto Velho.

Rondônia. Foi fundada a AD no dia 28 de fevereiro de 1922, seu pastor foi o missionário Paul John Aenis da América do Norte.

Amapá. Em 1916, Macapá era uma pequena cidade, de pouco mais de mil habitantes, apesar de ser a mais importante da região. Poucas pessoas se aperceberam de que, no dia 26 de junho, chegava ali um colportor, com as malas cheias de Bíblias, folhetos e evangelhos. Somente alguns dias depois a cidade tomou conhecimento da presença do evangelista, porque tomara-lhe os livros e os queimaram em praça pública. Foi apedrejado e lhe roubaram os livros, destruindo-os posteriormente. Em 1917 foi fixada uma congregação.
Roraima. Foi fundada a AD no dia 09 de setembro de 1946.

Região Nordeste. Maranhão, AD foi fundada em 1921, por Clímaco Bueno Aza.

Ceará. O primeiro arauto a levar a mensagem pentecostal ao Ceará foi uma humilde senhora, cujo coração ardia de zelo pela causa de Deus. Recebendo a mensagem em Belém do Pará, desejou logo que seus parentes, que viviam na terra de Iracema, também conhecessem as boas novas de salvação: seu nome – Maria Nazaré – merece ser registrado na história. Em 1914, deixou a cidade de Belém com destino à Serra de Uruburetama, Ceará.

Rio Grande do Norte. A Assembléia de Deus na capital potiguar foi fundada em 1918, quando o pastor Adriano Nobre batizou, nas águas do rio Potengi, os novos convertidos ali existentes. Atendendo ao crescimento do trabalho, a Igreja em Belém enviou José Morais como responsável pela obra pentecostal em todo o estado. Em 1930, no mês de julho, tendo já como pastor, Francisco Gonzaga, a Igreja em Natal hospedou a Primeira Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Entre outras decisões tomadas, destaca-se a unificação dos Jornais Boa Semente e Som Alegre, dando lugar ao Mensageiro da Paz.
A Assembléia de Deus tem crescido de uma forma grandiosa por todo território nacional, é atualmente a maior igreja evangélica do Brasil, e está fartamente disseminada por todos os estados da federação.

CONCLUSÃO
O crescimento singular não se deve propriamente aos esforços dos seus membros (embora estes sejam esforçados), mas à ação direta do Espírito Santo de Deus. No espaço de quase 100 anos apenas, aconteceu esse milagre: o Brasil, de norte a sul, de leste a Oeste, encheu-se de pentecostais. Fenômeno igual não consta ocorrido em outros países no tempo presente.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) ADBV. Cel. 8884.4401/8616.7122
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Lição 9 - 2º Trimestre 2011 A PUREZA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL. 29 de Maio de 2011


LEITURA BÍBLICA: Atos 2.1-4,14-17
1. Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2. e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 3. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 14. Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. 15. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. 16. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: 17. E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;

INTRODUÇÃO
Israel é descrito como uma igreja no sentido de ser uma nação chamada dentre as outras nações a ser um povo de servos de Deus. (Atos 7.38.) Quando o Antigo Testamento foi traduzido para grego, à palavra “congregação” (de Israel) foi traduzida “ekklesis” ou “igreja”. Israel, pois, era congregação ou a igreja de Jeová. Depois de a igreja judaica o ter rejeitado, Cristo predisse a fundação duma nova congregação ou igreja, uma instituição divina que continuaria sua obra na terra (Mat. 16.18). Essa é a igreja de Cristo, que veio a ter existência no dia de Pentecoste.

1. A ORIGEM DO PENTECOSTES CRISTÃO.
A igreja de Cristo veio a existir, como igreja, no dia de Pentecoste, quando foi consagrada pela unção do Espírito. Assim como o tabernáculo foi construído e depois consagrado pela descida da glória divina (ex. 40.34), assim os primeiros membros da igreja foram congregados no cenáculo e consagrados como igreja pela descida do Espírito Santo. É muito provável que os cristãos primitivos vissem nesse evento o retorno da “Shekinah” (a glória manifesta no tabernáculo e no templo) que, havia muito, partira do templo e cuja ausência era lamentada por alguns rabinos.
Davi juntou os materiais para a construção do templo, mas a construção foi feita por seu sucessor, Salomão. Da mesma maneira, Jesus, durante seu ministério terrenal, havia juntado os materiais da sua igreja, por assim dizer, mas o edifício foi erigido por seu sucessor, o Espírito Santo. Realmente, essa obra foi feita pelo Espírito, operando mediante os apóstolos que lançaram os fundamentos e edificaram a igreja por sua pregação, ensino e organização. Portanto, a igreja é descrita como sendo “edificados sobre o fundamento dos apóstolos...” (Efes. 2.2)
2. A TRAJETORIA DO PENTECOSTALISMO.
Durante os dias que se seguiram ao Pentecoste , os crentes praticamente não tinham nenhuma organização, e por algum tempo faziam os cultos em suas casas e observavam as horas de oração no templo (Atos 2.46.) Isso foi completado pelo ensino e comunhão apostólico. Ao crescer numericamente a igreja, a organização originou-se das seguintes causas: primeira, oficiais da igreja foram escolhidos para resolver as emergências que surgiam, como, por exemplo, em Atos 6.1-5; segunda, a possessão de dons espirituais separava certos indivíduos para a obra do ministério.
As primeiras igrejas eram democráticas em seu governo – circunstância natural em uma comunidade onde o dom do Espírito Santo estava disponível a todos, e onde toda e qualquer pessoa podia ser dotada de dons para um ministério especial. É verdade que os apóstolos e anciãos presidiam às reuniões de negócios e à seleção dos oficias; mas tudo se fez em cooperação com a igreja. (Atos 6.3-6; 1522; 1 Cor 16.3; 2 Cor 8.19; Fil. 2.25.)
Pelo que se lê em Atos 14.23 e Tito 1.5, poderá entender-se que Paulo e Barnabé nomearam anciãos sem consultar a igreja; mas historiadores eclesiásticos de responsabilidade afirmam que eles os “nomearam” da maneira usual pelo voto dos membros da igreja.
Vemos claramente que no Novo Testamento não há apoio para fusão das igrejas em uma “máquina eclesiástica” governada por uma hierarquia.
Nos dias primitivos não havia nenhum governo centralizado abrangendo toda a igreja. Cada igreja local era autônoma e administrava seus próprios negócios com liberdade. Naturalmente os “Doze Apóstolos” eram muito respeitados por causa de suas relações com Cristo, e exerciam certa autoridade. Atos 15. Paulo exercia certa supervisão sobre as igrejas gentílicas; entretanto, essa autoridade era puramente espiritual, e não uma autoridade oficial tal como se outorga numa organização.
Embora que cada igreja fosse independente da outra, quanto à jurisdição, as igrejas do Novo Testamento mantinham relações cooperativas umas com as outras. (Rom. 15.26, 27; 2Cor 8.19; Gal. 2.10; Rom. 15.1; 3 João 8.)
Nos séculos primitivos as igrejas locais, embora nunca lhes faltasse o sentimento de pertencerem a um só corpo, eram comunidades independentes e com governo próprio, que mantinham relações umas com as outras, não por uma organização política que as reunisse todas elas, mas por uma comunhão fraternal mediante visitas de delegados, intercâmbio de cartas, e alguma assistência recíproca indefinida na escolha e consagração de pastores.

3. O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO.
No princípio, praticamente todos os membros da igreja eram verdadeiramente regenerados. “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (Atos 2.47). Entrar na igreja não era uma questão de unir-se a uma organização, mas de tornar-se membro de Cristo, assim como o ramo é enxertado na árvore. No transcurso do tempo, entretanto, conforme a igreja aumentou em número e em popularidade, o batismo nas águas e a catequese tomaram o lugar da conversão. O resultado foi um influxo na igreja de grande número de pessoas que não eram cristãs de coração. E desde então, essa tem sido mais ou menos a condição da cristandade. Assim como nos tempos do Antigo Testamento havia um Israel dentro dum Israel, israelitas de verdade, bem como israelitas nominais, assim também no transcurso da história da igreja vemos uma igreja, dentro da igreja, cristãos verdadeiros no meio de cristãos apenas de nome.
Portanto, devemos distinguir entre a igreja invisível, composta dos verdadeiros cristãos de todas as denominações, e a igreja visível, constituída de todos os que professam ser cristãos - a primeira, composta daqueles cujo nomes estão escritos no céu; a segunda, compreendendo aqueles cujos nomes estão registrados no rol de membros das igrejas. Nota-se a distinção em Mateus 13, onde o Senhor fala dos “mistérios do reino dos céus” – expressão essa que corresponde à designação geral “cristandade”. As parábolas nesse capítulo esboçam a história espiritual da cristandade entre o primeiro e o segundo advento de Cristo, e nelas aprendemos que haverá uma mistura de bons e maus na igreja, até a vinda do Senhor, quando a igreja será purificada e se fará separação entre o genuíno e o falso. (Mat. 13.36-43, 47-49) O apóstolo Paulo expressa a mesma verdade quando compara a igreja a uma casa na qual há muitos vasos, uns para honra e outros para desonra. (2 Tm 2.19-21).
É a igreja sinônimo do reino de Deus? Que a igreja seja uma fase do reino entende-se pelo ensino de Mat. 16.18,19, pelas parábolas em Mat. 13, e pela descrição de Paulo da obra cristã como sendo parte do reino de Deus (Col. 4.11). Sendo “o reino dos céus” uma expressão extensa, podemos descrever a igreja como uma parte do reino. William Evans assim escreveu: “A igreja pode ser considerada como uma parte do reino de Deus, assim como o Estado de Illinois é parte dos Estados Unidos”. A igreja prega a mensagem que trata do novo nascimento do homem, pelo qual se obtém entrada no reino de Deus (João 3.3-5; 1 Ped. 1.23).

CONCLUSÃO
A igreja é “a luz do mundo”, que afasta a ignorância moral: é o “sal da terra”, que a preserva da corrupção moral. A igreja deve ensinar aos homens como viver bem, e a maneira de se preparar para morte. Deve proclamar o plano de Deus para regularizar todas as esferas da vida e sua atividade. Contra as tendências para a corrupção da sociedade, deve ela levantar a sua voz de admoestação. Em todos os pontos de perigo deve colocar uma luz como sinal de perigo.

Dicionário:
Catequese (Explicação metódica da doutrina cristã, por meio de perguntas e respostas)
Influxo Ato ou efeito de influir.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Lição 8 - 2º Trimestre 2011 O GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL. 22 de Maio de 2011


LEITURA BÍBLICA: 1 Cor 14.26-33,39,40
26. Portanto, meus irmãos, o que é que deve ser feito? Quando vocês se reúnem na igreja, um irmão tem um hino para cantar; outro, alguma coisa para ensinar; outro, uma revelação de Deus; outro, uma mensagem em línguas estranhas; e ainda outro, a interpretação dessa mensagem. Que tudo seja feito para o crescimento espiritual da igreja. 27. Se algum de vocês falar em línguas estranhas, então que apenas dois ou três falem, um depois do outro, e que alguém interprete o que está sendo dito. 28. Mas, se não houver ninguém que possa interpretar, então fiquem calados e falem somente consigo mesmos e com Deus. 29. No caso de dois ou três receberem a mensagem de Deus, estes devem falar, e os outros que pensem bem no que eles estão dizendo. 30. Se uma outra pessoa que estiver ali sentada receber a mensagem de Deus, quem estiver falando deve se calar. 31. Vocês todos podem anunciar a mensagem de Deus, um de cada vez, para que todos aprendam e fiquem animados. 32. Quem fala deve controlar o dom de anunciar a mensagem de Deus, 33. pois Deus não quer que nós vivamos em desordem e sim em paz. Como em todas as igrejas do povo de Deus, 39. Assim, meus irmãos, procurem sempre anunciar a mensagem de Deus, mas não proíbam que se fale em línguas estranhas. 40. Portanto, façam tudo com decência e ordem.

OBJETIVOS:
Aceitar os ensinos do apóstolo Paulo para que haja ordem no culto;
Reconhecer os resultados da verdadeira adoração;
Entender que a Igreja é lugar santo e precisa ser considerado com tal.

INTRODUÇÃO
Paulo apresenta aos coríntios um exemplo de como deveria ser conduzida a reunião de uma igreja local. Se cada um de vós trouxer para o culto à habilidade especial que Deus vos deu e tudo for feito para edificação, a igreja como um todo será beneficiada.
A Igreja é o lugar da verdadeira adoração coletiva no mundo, e os crentes reunidos para cultuar a Deus formam um corpo de adoração. E, assim como o Corpo de Cristo é formado pelos membros, o culto cristão é formado por vários elementos.

1. ADORAÇÃO E CULTO.
O culto público, segundo o historiador Robert Hasting Nichols, era “realizado pelo povo conforme o Espírito movesse as pessoas”. Citamos um trecho dos escritos desse historiador: Oravam a Deus e davam testemunhos e instruções espirituais. Cantavam os Salmos e também os hinos cristãos, os quais começaram a ser escritos no primeiro século. Eram lidas e explicadas as Escrituras do Antigo Testamento, e havia leitura ou recitação decorada dos relatos das palavras e dos atos de Jesus. Quando os apóstolos enviavam cartas às igrejas, a exemplo das Epístolas do Novo Testamento, essas também eram lidas.
Esse singelo culto podia ser interrompido a qualquer momento pela manifestação do Espírito na forma de profecia, línguas e interpretações, ou por alguma iluminação inspirada sobre as Escrituras. Essa característica da adoração primitiva é reconhecida por todos os estudantes sérios da história da igreja, não importando sua filiação denominacional ou escola de pensamento.
Pela leitura de 1 Cor 14.24, 25 sabemos que essa adoração inspirada pelo Espírito era um meio poderosos de atrair e evangelizar os não-convertidos.
O culto particular. Lemos que os primeiros cristãos perseveraram no “partir do pão” (Atos 2.42). Descrevem essas palavras uma refeição comum ou a celebração da Ceia do Senhor? Talvez ambas. É possível que houvesse acontecido o seguinte: no princípio a comunhão dos discípulos entre si era tão unida e vital que tomavam suas refeições em comum. Ao sentarem-se à mesa para pedir a bênção de Deus sobre o alimento, vinha-lhes à lembrança a última Páscoa de Cristo, e assim essa bênção sobre o alimento espontaneamente se estendia em culto de adoração. Dessa forma, em muitos casos, é difícil dizer-se os discípulos faziam uma refeição comum ou participavam da Comunhão. A vida e a adoração a Deus estavam intimamente relacionadas naqueles dias!
Porém muito cedo os dois atos, o partir do pão e a Ceia do Senhor, foram distinguidos, de forma que o segundo se tornou a ordem do culto: em determinado dia os cristãos reuniam-se para comer uma refeição sagrada de comunhão, conhecida como a festa de Amor, a qual era uma refeição alegre e sagrada, simbolizando o amor fraternal. Todos traziam provisões e delas participavam todos em comum. Em 1 Cor 11.21,22 Paulo censura o egoísmo daqueles que comiam seus alimentos sem distribuí-los entre os pobres. Ao terminar a Festa de Amor, celebrava-se a Ceia do Senhor. Na igreja de Corinto alguns se embriagavam durante o “Ágape” e participavam do sacramento nessa condição indigna. Mais tarde, no primeiro século, a Ceia do Senhor foi separada do “Ágape” e celebrada na manhã do Dia do Senhor.
Padrões de Adoração: Visto que os cristãos primitivos adoravam juntos, estabeleceram padrões de adoração que diferiam muito dos cultos da sinagoga. Não temos um quadro claro da adoração cristã primitiva até 150 d.C., Justino Mártir descreveu a adoração da igreja primitiva como cultos realizados aos domingo, o primeiro dia da semana. Chamavam-no de “o Dia do Senhor” porque foi o dia em que Cristo ressurgiu dos mortos. Os primeiros cristãos reuniam-se no templo em Jerusalém, nas sinagogas, ou nos lares (At 2.46; 13.14-16; 20.7-8). Onde os cristãos eram perseguidos, reuniam-se em lugares secretos como as catacumbas (túmulos subterrâneos) de Roma.

2. COMPOSIÇÃO DO CULTO PENTECOSTAL.
Certa vez, o Senhor Jesus, ao chegar ao Templo, encontrou vários homens que foram até ali para tratar de negócios. Jesus indignou-se com a atitude daquelas pessoas e colocou-as para fora, “Dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de adoração” (Lc 19.46). Eles estavam desonrando aquele lugar que havia sido preparado para adoração ao Senhor. Jesus exige reverência e adoração na Igreja. Pois este é o lugar em que Ele manifesta o Seu poder e as Suas bênçãos. Deus escolheu este lugar, para em reunião, o Seu povo prestar-lhe a devida adoração.
Ordem do Culto: Geralmente o culto era uma ocasião de louvor, oração e pregação. As pessoas que aceitavam a Cristo eram batizadas, seguindo o exemplo do próprio Senhor. Os adoradores participavam dos cânticos, dos testemunhos ou de palavras de exortação (1 Co14.26).
A oração. É um instrumento poderoso para a obtenção de bênçãos e vitórias. Ela se transforma em ato de adoração quando acompanhada de ação de graças (Cl 4.2). No culto cristão, pode ser de várias formas e tipos; e o tempo de cada uma pode variar conforme o propósito e a necessidade.
A música também faz parte da adoração a Deus, na terra e no céu (2 Cor 5.13; Ap 5.9). No culto da Igreja primitiva, eram cantados “salmos, e hinos e cânticos espirituais” (Cl 3.16).
É provável que os crentes judeus cantassem os salmos em suas reuniões, nos primeiros tempos da Igreja. O hino que Jesus e os discípulos cantaram após a Última ceia foi provavelmente um salmo (Mt 26.30).
A música, sem dúvida, é inseparável do culto cristão, e pode-se dizer que é uma parte mais bela da adoração no que diz respeito à participação humana. Os hinos podem ser cantados por toda a igreja, por grupos especiais (conjuntos, corais, quartetos etc.) ou por outros cantores individuais.
A leitura e exposição da palavra. Tudo que se faz em um culto é centralizado na palavra de Deus. A nossa oração deve ser de acordo com a Palavra (Jo 15.7). Os nossos hinos devem expressar as verdades bíblicas (Cl 3.16). A nossa oferta também é regida pela palavra (Mt 5.23,24). Enfim tudo que diz respeito à vida cristã tem o tempero das Sagradas Escrituras. Mas é na leitura e na exposição da Palavra que temos uma relação mais direta com as verdades divinas.
A oferta. Também adoramos a Deus com os nossos dízimos e ofertas (Pe 3.9). Na honra ao Senhor, cabe o mesmo tipo de reverência que é obrigatória na adoração. O dízimo tem íntima ligação com a Casa de Deus (Ml 3.10). Por esse motivo, trazer o dízimo à igreja consiste em um ato de adoração.
Há quem ache estranho o dinheiro fazer parte da adoração, mas os textos citados acima mostram que os bens matérias podem se tornar meios de adoração. O próprio Deus afirma: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.8). Nos tempos do Antigo Testamento, objetos de prata e de ouro eram consagrados ao Senhor, tanto no Tabernáculo quanto no Templo (Js 6.19; 2 Sm 8.11).

3. MODISMOS LITÚRGICOS.
Os modismos e desvios doutrinários constituem grandes desafios para a igreja destes últimos dias, por contrariarem os princípios doutrinários esposados nas Sagradas Escrituras. É dever de todo crente sincero e temente a Deus, preservar a sã doutrina.
A guarda do sábado. Certos "mestres" ensinam que os cristãos devem guardar o sábado. Essa prática é uma forma de retorno ao judaísmo. A guarda do sábado é um "concerto perpétuo" somente para Israel (Ex 31:14-17; Lv 23:31-32; Ez 20:12-13, 20). Lembremos que Paulo exortou os crentes da Galácia sobre o perigo das práticas judaizantes na igreja (Gl 1:6-9; 3:1-3).
O ritual da circuncisão. Em Atos dos Apóstolos, lemos que os cristãos judeus tentaram coagir os cristãos gentios a circuncidarem-se, conforme a lei de Moisés. Segundo diziam, a salvação dependia, exclusivamente, desse ato litúrgico (At 15:1). Condicionavam a salvação em Cristo à observação dos rituais mosaicos, considerados nulos pelo Novo Testamento (Hb 8:13; 9:15-17; Mt 9:16-17).
Festas de Israel. Certas igrejas são ensinadas a celebrar as festas dos Tabernáculos (Lv 23:34; Dt 16:13), da Colheita (Ex 23:16; Ex 34:22) e da Páscoa. Tais celebrações, juntamente com outras quatro mencionadas na Bíblia, eram consideradas sagradas e específicas do povo judeu. A igreja não precisa festejar a páscoa judaica, uma vez que Cristo é a nossa páscoa (I Co 5:7). Ela deve, sim, celebrar a Ceia do Senhor, que é uma festa genuinamente cristã, e que comemora o Novo Pacto inaugurado com o sangue de Jesus (I Cor 11:20, 25; At 2:42).
O evangelho da prosperidade material. Os adeptos deste ensino acreditam que todo crente deve ser rico e jamais adoecer. Caso contrário, o cristão está em pecado ou não tem fé. Vejamos alguns desses ensinos:
Autoridade espiritual. Essa falsa doutrina afirma que o crente tem autoridade espiritual porque é a própria encarnação de Deus, assim como Jesus o foi. Os proponentes desse ensino chegam ao absurdo de dizer que o cristão não tem um "deus" dentro dele, mas ele mesmo é "um Deus". Todavia, aprendemos com a Bíblia que a autoridade que Deus concede a seus servos deriva-se de sua Palavra, e não daquilo que os homens ensinam à parte dela.
"Pobreza é maldição". Assim como a riqueza nem sempre é uma bênção (Mt 19:23; Pv 30:9), pobreza não é maldição (Mt 26:11; Mc 14:7; Dt 15:11; Jo 12:8). Segundo as Escrituras, os que desejam ser ricos caem em tentação, laço e muitas concupiscências (I Tm 6:6-10). Todavia, devemos ser ricos de boas obras (I Tm 6:18-19), pois Deus escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino (Tg 2:5).
Confissão positiva. Segundo os teólogos da prosperidade, se um crente disser que no prazo de um mês conseguirá um carro zero, isso terá de acontecer. Afirmam que para ser curado é só dizer que não aceita a doença. De acordo com essa falsa doutrina, o cristão nunca deve orar pedindo que se faça a vontade de Deus. No entanto, devemos seguir o exemplo de Jesus (Lc 22:42).
A verdadeira prosperidade. Não há problema em ser próspero. Na Bíblia, há várias promessas de prosperidade e saúde. Além disso, precisamos ter muito cuidado para não trocarmos a teologia da prosperidade pela teologia da pobreza. Ambas são nocivas à vida espiritual. Vejamos algumas formas de prosperidade mencionadas na Bíblia:
A prosperidade espiritual. A prosperidade espiritual deve vir em primeiro lugar (Sl 112:3; Sl 73:23-28). Entre outras preciosas bênçãos, inclui: a salvação em Cristo; o batismo no Espírito Santo; o nome escrito no Livro da Vida e a herança com Cristo (Rm 8:17; Ef 1:3).
Prosperidade em tudo. As bênçãos materiais prometidas a Israel no Antigo Testamento estavam condicionadas à obediência a Palavra de Deus (Dt 28:1-14), e não à "confissão positiva". Da mesma forma, o Senhor tem prometido muitas bênçãos à Igreja, porém, todas elas dependem de nossa submissão às Sagradas Escrituras (Sl 1:1-3; Dt 29:29). Isso não significa, necessariamente, que o cristão enfermo e que passe por necessidades materiais seja infiel a Deus, pois a prosperidade não se restringe aos valores terrestres e passageiros, mas contempla principalmente os valores eternos (Sl 37:5; Pv 30:7-9).
INOVAÇÕES E MODISMOS MINISTERIAIS
A síndrome do "carro novo" (II Sm 6:1-3). Ao trazer a Arca do Senhor para Jerusalém, Davi não atentou para um detalhe importante: nada poderia ser modificado ou inovado em relação ao modo de lidar com aquele objeto sagrado. A despeito disso, a Arca foi colocada sobre um carro de bois em vez de ser conduzida nos ombros dos sacerdotes. Por que essa atitude, aparentemente normal, não teve a aprovação de Deus? II SAMUEL 6:1-3 3 E puseram a arca de Deus em um carro novo, e a levaram da casa de Abinadabe, que está em Gibeá; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo.
A Arca fora conduzida por pessoas não autorizadas. Os que transportavam a Arca do Senhor não eram divinamente chamados para esse ofício (Num 1: 47-52; Num 4:1-49). Eleazar, filho de Abinadabe, é que havia sido separado para esse ministério (I Sm 7:1b).
A Arca fora conduzida de forma errada. De acordo com a orientação divina, a Arca deveria ser transportada pelos levitas (Ex 25:14; Dt 31:25; Js 3:3), e não por meio de carros puxados por bois. Aquele carro de bois não deveria fazer parte do cortejo sagrado (II Sm 6:6-7).
O ministério modernizado. Hoje, em muitos lugares, há aqueles que pregam o evangelho, utilizando-se de "carros de bois", inserindo inovações e modismos contrários aos ensinos da Palavra de Deus. Tais pessoas têm até boas intenções. Todavia, o que elas realmente desejam é adequar o evangelho à cultura secular. Às vezes, não percebem que estão misturando o sagrado com o profano. Devemos obedecer aos mandamentos das Escrituras de modo irrestrito, sem as muletas da inovação e dos modismos.
INOVAÇÕES LITÚRGICAS
O evangelho do entretenimento. O evangelho de Cristo não é entretenimento carnal, mas o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1:16). O "evangelho do entretenimento" exalta o homem e não a Deus. Prega-se o evangelho, mas sem as suas exigências; ensina a graça, mas sem a cruz de Cristo (Sl 93:5).
A liturgia no culto a Deus. Através dos salmos de adoração a Deus aprendemos que a liturgia deve ser reverente e santa. Assevera-nos o salmista: "Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra" (Sl 96:9; I Cr 16:29; Sl 29:2).
É necessário discernir em que direção estamos caminhando. A Bíblia fala de dois caminhos, o da bênção e o da maldição (Dt 11:26), e de duas portas, a estreita e a larga (Mt 7:13). Cuidado com as inovações, pois o que a igreja de Cristo realmente necessita é de uma constante renovação no poder do Espírito Santo.

CONCLUSÃO
Deus deve ser adorado; podemos adorá-lo individual ou coletivamente. A adoração coletiva, na igreja, compõe-se de vários elementos. A oração acompanhada de ação de graças, transforma-se em adoração. Também faz parte do culto cristão a oração pelos enfermos, por problemas diversos e pelos novos convertidos. A música cantada e/ ou instrumental é uma bela forma de louvar a Deus. Na leitura e na exposição da Palavra, temos contato mais direto com as verdades divinas, não importando o método pelo qual ela nos seja apresentadas. Também adoramos a Deus com os nossos dízimos e ofertas, e o cumprimento dessa obrigação resulta em benefícios para a igreja e em bênçãos para nós. A reverência e a ordem são a marca do culto cristão, pois estamos na presença de Deus, e Ele não aprecia confusão. Podemos demostrar a nossa devoção com gestos, levantando as mãos ou prostrando-nos diante de Deus. Os dons espirituais enriquecem a nossa adoração, mas tudo deve ser feito de forma ordeira.

Reflexão:
Parece que, atualmente, em algumas igrejas, um espírito de conformismo e, até mesmo, de desleixo tem se apossado de um bom número de crentes. Esses são levados a se portarem de maneira inadequada na igreja. Alguns passam o culto todo conversando, sem dar a mínima atenção ao que o pastor ministra, outros mastigam o tempo todo e outros ainda parecem que estão apenas presentes de corpo na igreja.
Há também aqueles que, em nome de uma santidade fora do comum, passam o culto todo dando glórias e amém em alta voz por tudo. Nem sequer ouvem a Palavra para dela se alimentar.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) ADBV. Cel. 8884.4401/8616.7122
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Lição 7 - 2º Trimestre 2011 - OS DONS DE PODER. 15 de Maio de 2011



LEITURA BÍBLICA: Atos 8.5-8; 1 Cor 12.4-10
Atos 8.5-8: 5. Filipe foi até a capital da Samaria e anunciava Cristo às pessoas dali, 6. e as multidões ouviam com atenção o que ele dizia. Todos o escutavam e viam os milagres que ele fazia. 7. Os espíritos maus, gritando, saíam de muitas pessoas, e muitos coxos e paralíticos eram curados. 8. E assim o povo daquela cidade ficou muito alegre.
1 Cor 12.4-10: {4}4. Existem tipos diferentes de dons espirituais, mas é um só e o mesmo Espírito quem dá esses dons. 5. Existem maneiras diferentes de servir, mas o Senhor que servimos é o mesmo. 6. Há diferentes habilidades para realizar o trabalho, mas é o mesmo Deus quem dá a cada um a habilidade para fazê-lo. 7. Para o bem de todos, Deus dá a cada um alguma prova da presença do Espírito Santo. 8. Para uma pessoa o Espírito dá a mensagem de sabedoria e para outra o mesmo Espírito dá a mensagem de conhecimento. 9. Para uma pessoa o mesmo Espírito dá fé e para outra dá o poder de curar. 10. Uma pessoa recebe do Espírito poder para fazer milagres, e outra recebe o dom de anunciar a mensagem de Deus. Ainda outra pessoa recebe a capacidade para saber a diferença entre os dons que vêm do Espírito e os que não vêm dele. Para uma pessoa o Espírito dá a capacidade de falar em línguas estranhas e para outra ele dá a capacidade de interpretar o que essas línguas querem dizer.

OBJETIVOS:
Conhecer os dons de poder.
Explicar o que representa cada dom.
Saber que os dons são necessários para a edificação do Corpo de Cristo.

INTRODUÇÃO
Dons. A palavra usada para dons, pela primeira vez, contrasta com pneumatikon de 1 Cor 12.1. Charismata se refere a dons da graça de Deus em cada cristãos, por meio dos quais Deus pode fortalecer Seu povo. Diversidade aparece nos versículos 4,5 e 6 sob a forma da mesma palavra grega. Observe a diversidade na obra da Trindade. No versículo 4, o Espírito distribui cada um deles ao cristãos (1 Cor 12.11). No versículo 5, o filho de Deus determina ao cristão o modo específico como o dom é manifestado no corpo (1 Cor 12.12-27). No versículo 6, o Pai provê a força ao cristão no exercício do dom(1 Cor 12.28). Deus opera Sua vontade por meio de Seu povo de muitas maneiras.
Ninguém foi colocado no corpo para ser igual a outro membro nem exercera mesma função. O Espírito é o mesmo... o Senhor é o mesmo... o mesmo Deus. Embora as pessoas recebam dons diferentes do altíssimo, Deus e Sua obra estão unidos. Sejam quais forem os dons que diversas pessoas tenham ou não, o único Deus opera todas essas coisas (v.11).

1. O DOM DA FÉ.
Assim como o dom da palavra da sabedoria comanda os dons de revelação, a profecia os dons de elocução, o dom de fé comanda os dons de curar e operação de milagres, que constituem o grupo denominado “Dons de Poder”.
O dom da fé, entre outras coisas, é um tipo especial que comanda a ação dos dons de curar e de milagres e maravilhas. Ele implica na capacitação espiritual e sobrenatural que conduz o cristão a confiar em Deus, a fim de realizar proezas em nome do Senhor.
A “fé especial”. Esta deve distinguir-se da fé salvadora e da confiança em Deus, sem a qual é impossível agradar-lhe (Heb 11.6). É certo que a fé salvadora é descrita como um dom (Efés 2.8), mas nesta passagem a palavra “dom” é usada em oposição às “obras”, enquanto em 1 Cor 12.9 a palavra usada significa uma dotação especial do poder do Espírito. Que é o dom de fé? Donald Gee descreve-o da seguinte maneira: ... uma qualidade de fé, às vezes chamada por nossos teólogos antigos, a “fé miraculosa”. Parece vir sobre alguns dos servos de Deus em tempos de crise e oportunidades especiais duma maneira tão poderosa, que são elevados fora do reino da fé natural e comum em Deus, de forma que têm uma certeza posta em suas almas que os faz triunfar sobre tudo... possivelmente essa mesma qualidade de fé é o pensamento de nosso Senhor quando disse em Marcos 11.22: “Tende a fé de Deus”. Era uma fé desta qualidade especial de fé que ele podia dizer, que um grão dela podia remover uma montanha (Mat. 17.20). Um pouco dessa fé divina, que é um atributo do Todo-poderoso, posto na alma do homem – que milagre pode produzir! Exemplos da operação do dom em 1 Rs 18.33-35; At 3.4.

2. OS DONS DE CURAR.
Dizer que uma pessoa tenha os dons (note-se o plural, talvez referindo-se a uma variedade de curas) significa que são usados por Deus duma maneira sobrenatural para dar saúde aos enfermos por meio da oração. Parece ser um dom-sinal, de valor especial ao evangelista para atrair o povo ao Evangelho. (Atos 8.6,7; 28.8-10.) Não se deve entender que quem possui esse dom (ou pessoa possuída por esse dom) tenha o poder de curar a todos; deve dar-se lugar à soberania de Deus e à atitude e condição espiritual do enfermo. O próprio Cristo foi limitado em sua capacidade de operar milagres por causa da incredulidade do povo (Mat. 13.58).
A pessoa enferma não depende inteiramente de quem possua o dom. Todos os crentes em geral, e os anciãos da igreja em particular, estão dotados de poder para orar pelos enfermos. (Mar. 16.18; Tg 5.14.) Por isso mesmo, o poder para curar é muito desejado, em virtude de ser um sinal eloquente na confirmação da mensagem do evangelho, como também em razão da verdadeira simpatia cristã para com os sofredores e o desejo de proporcionar-lhes alívio.
À semelhança de todos os outros, este dom está na dependência da sabedoria de Deus.
Há diversidade de opiniões a respeito da forma plural usada para o dom de curar. Acham alguns que a expressão “dons de curar” tem a ver com as diferentes doenças ou que algumas pessoas podem ser usadas para curar certas doenças e outras não. Pessoalmente, julgamos mais correto admitir que “dons de curar” tem relação com as diferentes maneiras como apraz a Deus curar qualquer tipo de enfermidade ou doença, usando qualquer pessoa. Há casos em que a cura é instantânea, visível e espetacular. Há também os casos de cura em que sintomas da doença não desaparecem imediatamente, embora a pessoa atingida pelo dom de Deus esteja segura da cura pela operação divina.
Temos também ouvido de pessoas que sofriam de enfermidades crônicas, que oraram ou pediram oração para serem curadas e só alguns dias depois se aperceberam de que estavam livres da enfermidade. Por outro lado, o fenômeno da cura divina se tem manifestado muitas vezes em pessoas que não aceitaram Cristo com Salvador.
Assim, não nos parece evidente que “dons de curar” signifique dons, em diferentes pessoas, para curar diferentes doenças.
Os dons de curar. Dos dons de poder, a cura estabelece a continuidade do ministério terreno de Jesus. Ele sarou a muitos e ordenou a seus discípulos: “Curai os enfermos” (Mt 10.8). Nos primórdios da Igreja, esta experiência era constante no ministério dos discípulos. O Espírito Santo concedeu-lhes os dons espirituais, que confirmaram e fortaleceram a vida cristã.
Notemos que o texto se refere a “dons de curar” (1 Cor 12.9). Os termos gregos para dons e curar são “Charismata” e “Iamaton”. Por isso, a expressão bíblica é “dons de curar”. Por estar no plural, não deixa dúvidas de que se trata de “dons especiais para casos específicos”. O apóstolo Tiago afirma: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará, e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5.14,115).
Entendemos, aqui, que a fé opera, aliada ao caso específico de cura daquela enfermidade.
Como operam os dons de curar? Alguns teólogos modernos afirmam que a “medicina é o cumprimento das promessas divinas”. Outros ainda dizem que a “medicina é a expressão da compaixão de Cristo neste mundo, na atualidade”. É óbvio que discordamos destes pensamentos! Afirmamos que a medicina tem o seu lugar na experiência humana e a Bíblia aceita o seu papel.
1. A cura divina manifesta-se pelo ato da fé (Mc 9.23). O autêntico cristão possui a autoridade de orar por um enfermo e repreender a enfermidade em nome de Jesus. Não precisa, necessariamente, ter um dos dons de curar, porque a manifestação deles está implícita no ministério específico. A fé no poder de Cristo é fundamental para o cumprimento da missão de pregar o Evangelho a toda à criatura (Mc 16.15). Acreditamos que, se levarmos um pecador arrependido aos pés de Cristo, para receber o perdão dos pecados e a purificação pelo sangue do Cordeiro, o milagre do novo nascimento acontecerá. Por que não admitimos também que Jesus, além de salvar a alma, liberta o corpo das enfermidades? Ele próprio disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10.10), que significa saúde física e espiritual.
2. A cura divina revela-se através dos dons específicos de cura. A Igreja é a expressão de Cristo, pois ela é o seu corpo dinâmico na Terra (1Cor 12.12,27). Os dons espirituais são concedidos para que se manifestem nas vidas dos cristãos. O apóstolo Pedro declara que a Noiva de Cristo é participante da natureza divina (2 Pe 1.4). Por isso, Jesus revela-se por meio de seu corpo místico, a Igreja. Quando pregamos a Cristo, expulsamos os demônios, oramos e impomos as mãos sobre os enfermos, o fazemos em nome do filho de Deus. Os dons de curar são especiais para a libertação de vários tipos de enfermidade. Eles atuam em prol da saúde do povo de Deus e da conversão dos que não conhecem a Cristo.

3. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS.
Existem três termos gregos identificados com o “dom de milagres”: ”Dunamis”, que significa poder, sem o qual não haveria milagres; “Teras”, cujo significado é maravilhas, e corresponde ao que é assombroso e admirável; “Semeion”, que quer dizer sinais. Portanto, “maravilhas e sinais” estão na mesma dimensão de milagres. O apóstolo Pedro, em seu primeiro discurso no dia de Pentecoste, disse: “Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis” (At 2.22).
O que entendemos por milagres? Harold Horton afirma: “É uma intervenção sobrenatural no curso comum da natureza; uma suspensão temporária da ordem da natureza segundo o que conhecemos... È um ato soberano do Espírito de Deus, independente de leis ou sistemas... Deus não está atado sequer por suas próprias leis ou sistemas... Falar de Deus como se Ele estivesse circunscrito por leis de sua própria feitura seria reduzi-lo ao plano de criatura e diminuir a verdadeira essência de seus atributos eternos”. Alguns exemplos: a abertura do Mar Vermelho (Êx 14.13-22); o toque da vara de Moisés na rocha de Horebe (Êx 17.5-7); o dia longo de Josué (Js 10.12-14); a ressurreição da filha de Jairo; do filho da viúva de Naim; de Lázaro; a multiplicação dos pães; a tempestade acalmada por ordem de Jesus; a ressurreição de Dorcas. Os milagres operados são provas visíveis de um poder invisível.

CONCLUSÃO
As três categorias enumeradas nestes versículos sobre a trindade mostram a ampla diversidade, apesar da unidade essencial, na manifestação do Espírito. A unidade não torna o Espírito uniforme. O Espírito Santo não é um poder impessoal, e seus dons não provêm de uma fonte humana; é a obra de Deus. Os dons vem do dom maior, O Espírito Santo; os ministérios são modelados pelo principal ministro, Cristo (o Senhor); e as obras do Espírito provêm do artífice-chefe, Deus, o Pai.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.