sábado, 28 de abril de 2012

Lição 7 - 2º Trimestre 2012 SARDES, A IGREJA MORTA. 13 de Maio de 2012



LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 3.1-6
Ao anjo da igreja de Sardes escreva o seguinte: Esta é a mensagem daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Eu sei o que vocês estão fazendo. Vocês dizem que estão vivos, mas, de fato, estão mortos. Acordem e fortaleçam aquilo que ainda está vivo, antes que morra completamente; pois sei que o que vocês fizeram não está ainda de acordo com aquilo que o meu Deus exige. Portanto, lembrem do que aprenderam e ouviram. Obedeçam e se arrependam. Se não acordarem, eu os atacarei de surpresa, como um ladrão, e vocês não ficarão sabendo nem mesmo a hora da minha vinda. Mas alguns de vocês de Sardes têm conservando limpas as suas roupas. Vocês andarão comigo vestidos de roupas brancas, pois merecem esta honra. Aqueles que conseguirem a vitória serão vestidos de branco, e eu não tirarei o nome dessas pessoas do livro da vida. Eu declararei abertamente, na presença do meu Pai e dos seus anjos, que elas pertencem a mim. Portanto, se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o Espírito de Deus diz às igrejas.

INTRODUÇÃO
Sardes era uma igreja morta que só nominalmente tinha vida, embora existissem uns poucos que não contaminaram suas vestes. A semelhante igreja, Cristo apresentou-se como o Poderoso que tem os sete espíritos de Deus e pode remover do Livro da Vida no céu os membros impuros. Existem pessoas, em todas as espécies de igreja hoje, denominadas cristãs, mas não sabem o que significa ser uma nova criatura em Cristo Jesus, Talvez seja por isso que milhares de pessoas estejam deixando as igrejas mortas nos dias de hoje e voltando às que se baseiam na Bíblia, que pregam o evangelho e que estão vivificadas com o Espírito de Cristo.

1. A IGREJA EM SARDES.
Sardes era cidade existente desde o século XIII a.C., e era Capital do reino de Lídia, que foi o maior poder encontrado pelos gregos em sua missão conquistadora, durante a colonização da Ásia Menor. Estava situada 50 milhas ao nordeste de Esmirna e 30 milhas ao noroeste de Filadélfia, na falda meridional do Monte Tmolus, à margem oriental do rio Pactolus, numa fertilíssima região da Ásia Menor. Sua acrópole, que sempre compreendia a parte mais alta da cidade antiga daquela região, coroava um monte de aproximadamente 300 m de altura, dando-lhe um aspecto de rara beleza urbanística.

Dos monarcas que dominaram em Sardes, o mais notável de todos é Creso, que se distinguiu de seus antecessores pela fabulosa riqueza que possuía parte da qual era oriunda do ouro de aluvião encontrado nas areias do rio Pactolus que bordejava a cidade.

O reino de Creso caiu em poder de Ciro, rei da Pérsia, em 546 a.C., que tomou a cidade de Sardes e transformou o reino numa satrapia da Pérsia, para onde foi transportada toda a riqueza de Creso.

Em 499 a.C., houve a invasão macedônia do reino da Pérsia. Em 334 a.C. Sardes foi oficialmente conquistada por Alexandre, o Grande, em consequência de sua vitória sobre os persas na batalha de Grânico.

Em 214 a.C., Antíoco, o Grande, a conquistou e saqueou; mas, já em 190 a.C., os romanos a conquistaram na Batalha de Magnésia e a tornaram numa das  cidades que integravam a Província Romana da Ásia.

Em 17 a.D., ela foi destruída por um terremoto, quando o Imperador Tibério, num ato de generosidade, dispensou todos os impostos devidos pelos cidadãos sardenses ao Império, a fim de eles reconstruírem a cidade, o que foi feito. Atualmente, porém, ali existe sob o poder dos turcos, a mais das ruínas da antiga cidade, apenas uma pequena aldeia, denominada KALESSI, em nada comparável à cidade do passado.

A vida religiosa dos sardenses girava principalmente em torno de Ártemis, melhor conhecida por Diana dos efésios, At 19.28 e de Zeus, propalado pelos sacerdotes pagãos de deus salvador. Diz a história que um templo dedicado a Zeus foi erigido sobre as ruínas do palácio de Creso, o extinto e fabuloso rei de Sardes; templo este, localizado ao lado do templo dedicado a Ártemis, ali anteriormente existente. Ao mesmo tempo, como era comum em seus dias, os sacerdotes adoravam a Cíbile e a vários outros deuses da mitologia grega e por suposto, também adoravam ao Imperador romano, resultado da ocupação de Sardes por Roma, que era um rito exportado de Roma, com a Águia Romana, a todos os países conquistados.

De acordo com o livro das Antiguidades judaicas, de Flávio Josefo, historiador judeus do primeiro século a.D., havia em Sardes uma colônia judaica que, à semelhança de outras existentes noutros lugares, dedicava-se a atividades comerciais e financeiras, o que lhe assegurava, de certo modo, grande influência ante a sociedade ambiente e os poderes políticos.

2. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA.
A igreja em Sardes encontrava-se numa posição insustentável, semelhante àquela da população israelita quando do reinado de Acabe e Jezabel, conforme denunciada pelo profeta Elias em 1Rs 18.21; pois, enquanto os israelitas coxeavam entre dois pensamentos, a saber, entre Jeová e Baal, a igreja em Sardes tinha o nome de que estava espiritualmente viva, quando em verdade estava espiritualmente morta, Ap 3.1. A ela, por este motivo, Jesus se apresenta possuindo os sete Espíritos de Deus, a saber, a plenitude da espiritualidade perfeita e santa; e, portanto, em condições ideias para perscrutar as profundezas do coração de cada membro daquela igreja, Ap 3.1; 1Cr 2.10.

Deste modo, estava também à altura para exortá-la à vigilância, afirmando-lhe: Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Esta igreja devia de imediato consolidar o restante de seus membros que estavam para morrer. Isto significa que nem tudo estava perdido, porque nem todos os membros da igreja estavam completamente mortos. Ainda havia um restante que não estava cem por cento conformado com as más obras da igreja e talvez fosse isto o que lhe dava a aparência de vida. Este restante ainda poderia ser recuperado mediante um sincero arrependimento, a fim de estarem vigilantes, aguardando o momento da visitação celestial, Apo 3.2-3; Mc 13.32-37.

Sim, havia em Sardes umas pessoas que não se haviam contaminado com as más obras da igreja, e por este motivo receberam a promessa de andar com Cristo, vestidos de vestiduras brancas, por serem dignas disto, Apo 3.5; e, se eles de fato se tornassem vencedores, a mais dessas vestimentas desejáveis, teriam também seus nomes permanentes no rol dos escolhidos inscritos no Livro da Vida do Cordeiro, e seriam por Jesus confessados como seus seguidores perante Deus e seus anjos, apo 3.5,6.

Cremos que a igreja em Sardes representa a Igreja Universal com sua liturgia, com seus clericalismos tradicionais idólatra, que lhe dão aparência de vida espiritual, mas realmente representam morte. Essa igreja vem existindo desde os fins do terceiro século a.D. e ainda perdura atualmente, com diferentes nomes no mundo; havendo sido de certo modo sacudida pela Reforma Protestante do século XVI, continua sendo sacudida pela pregação do Cristo vivo, mediante a mensagem evangélica proclamada por fiéis testemunhas de Cristo, desde então aos nossos dias. Ela ainda permanece dormindo o sono da letargia idolatria, e agora esforçando-se oficialmente por atrair os modernistas ao seu seio, mediante um ecumenismo diabólico, sem base bíblica. Os argumentos que evoca em favor de sua pretensão, consiste em textos isolados, em que não se pode basear uma doutrina bíblica, pois a única possibilidade de comunhão fraternal está em Cristo e não nos sortilégios duma organização de caráter mundial.

3. A DOENÇA E A MORTE DE UMA IGREJA.
O corpo dessa carta. Nela podemos observar que, ao passo que nas outras cartas Cristo começa com o elogio do que é bom nas igrejas, e depois prossegue para lhes dizer o que está faltando, aqui (e na carta a Laodicéia) Ele começa:

Com uma repreensão, e uma repreensão muito séria: “Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto”. A hipocrisia, é um declínio lamentável na religião, são os pecados de que essa igreja é acusada, por alguém que a conhecia bem, como também conhecia todas as suas obras. 1) Essa igreja tinha obtido uma grande reputação; tinha um nome, e um nome muito honroso, como igreja florescente, um nome de religião viva, de pureza de doutrina, de unidade entre os membros, de uniformidade na adoração, decência e ordem. Não lemos de nenhuma divisão infeliz entre eles. Tudo parecia bem, ao menos no que concerne à observação dos homens. 2) Essa igreja na verdade não era o que aparentava  na sua reputação. Tinham o nome de que estavam vivos, mas estavam mortos; havia uma forma de piedade, mas não o poder, um nome para viver, mas não o princípio da vida. Se não havia uma privação total de vida, mesmo assim havia um grande entorpecimento na sua alma e nos seus cultos, um grande entorpecimento do espírito dos seus ministros, e um grande entorpecimento nas suas ministrações, nas suas orações, nas suas pregações, nas suas conversas, e um grande entorpecimento no povo para ouvir, em oração, e em conversas; o pouco que ainda havia de vida entre eles estava, por assim dizer, expirando, prestes a morrer.

O nosso Senhor prossegue em dar a essa igreja em degeneração o melhor dos conselhos: “Sê vigilante e confirma o restante...”. 1) Ele os aconselha a redobrarem a guarda. A causa de seu entorpecimento pecaminoso e de seu declínio era que tinham baixado a guarda. Sempre que baixamos a guarda, perdemos terreno, e por isso precisamos voltar novamente à vigilância contra o pecado, e Satanás, e contra tudo que é destrutivo para a vida e o poder da piedade. 2) Ele os aconselha a fortalecer as coisas que restaram, e que estão prestes a morrer. Alguns entendem isso como uma referência a pessoas; há alguns que haviam mantido a sua integridade, mas estavam em perigo de entrar em declínio com os outros. E difícil manter-nos à altura da vida e do poder da piedade quando vemos um entorpecimento e um declínio gerias prevalecendo à nossa volta. Ou pode ser entendido acerca de práticas, como as seguintes: “... não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus”, não estão à altura; há algo que falta nelas; há a casca, mas não o cerne; há o esqueleto, mas não a alma, a sombra, mas não a substância. Está faltando a coisa interior, suas obras são ocas e vazias; as orações não estão repletas de desejos santos, as esmolas e boas ações não estão repletas de verdadeira caridade; os cultos não estão repletos de devoção adequada da alma a Deus; não há afeições interiores correspondentes a atos e expressões exteriores. Agora, quando falta algo ao espírito, a forma não pode subsistir por muito tempo.

CONCLUSÃO
A exigência de atenção universal conclui a mensagem. Toda palavra de Deus merece atenção dos homens; aquilo que talvez pareça mais particularmente dirigido a um grupo de pessoas tem algo em si que é instrutivo a todos.

Glossário:
Falda - Sopé, abas de montanha, serra ou monte; encostas.
Acrópole - A parte mais elevada das cidades gregas, que servia de cidadela.
Satrapia - Cargo, governo, dignidade de um sátrapa.
Perscrutar - Indagar, investigar, averiguar minuciosamente, penetrar, escrutar.
Clericalismos - Conjunto de opiniões favoráveis à intervenção do clero nos negócios públicos e privados; sistema de apoio incondicional ao clero.
Letargia - Espécie de sonolência mórbida profunda, contínua, sem febre nem infecção: cair em letargia.
Sortilégios - Malefício ou artimanhas de feiticeiro: recorrer aos sortilégios da macumba. / Trama, combinação, maquinação.
Entorpecimento - Ação ou efeito de entorpecer; torpor. Paralisia momentânea duma parte do corpo.
Gerias - Administrar, governar, dirigir, regular. / Administrar por conta própria ou de outrem: gerir a propriedade da família.
Cerne - Camada concêntrica de uma árvore cortada transversalmente: o número de cernes serve para que se conheça a idade de uma árvore.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) - Celular: 8616.7122(Oi), 9940.0893(Tim), 55*97*2635(Nextel)
E-mail, Orkut e MSN: junior.franca1@hotmail.com
Twitter:  http://twitter.com/#!/Juniorfranca2
Blog: http://joseaugustodefranca.blogspot.com/
Face book: www.facebook.com/profile.php?id=100001877051805

Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.


sábado, 21 de abril de 2012

Lição 6 - 2º Trimestre 2012 TIATIRA, A IGREJA TOLERANTE. 06 de Maio de 2012



LEITURA BÍBLICA: 
Apocalipse 2.18-25
Ao anjo da igreja de Tiatira escreva o seguinte: Esta é a mensagem do filho de Deus, que tem olhos que brilham como o fogo e pés brilhantes como o bronze polido. Eu sei o que vocês estão fazendo. Sei que têm amor, são fiéis, trabalham e aguentam o sofrimento com paciência. Eu sei que vocês estão fazendo mais agora do que no princípio. Porém tenho contra vocês uma coisa: é que toleram Jezabel, aquela mulher que diz que é profetisa. Ela leva os meus servos para o mau caminho, ensinando-os a cometer imoralidade sexual e a comerem alimentos que foram oferecidos aos ídolos. Eu lhe dei tempo para abandonar os seus pecados, porém ela não quer deixar a imoralidade. Portanto, eu a jogarei numa cama, onde ela e os que com ela cometem adultério sofrerão horrivelmente. Farei isso agora, a não ser que eles se arrependam das coisas que fizeram junto com ela. Matarei os seguidores dela, e então todas as igrejas saberão que eu sou aquele que conhece os pensamentos e os desejos de todos. Eu pagarei a cada um de vocês de acordo com o que tiver feito. Porém aí em Tiatira o resto de vocês não seguiu esse mau ensinamento. Vocês não aprenderam o que alguns chamam de os segredos profundos de Satanás. Afirmo que não porei mais nenhuma carga sobre vocês. Mas, até que eu venha, guardem bem aquilo que vocês têm. 

INTRODUÇÃO
A igreja de Tiatira era uma igreja de meios-termos. Os membros possuíam algumas boas qualidades. Eram notáveis por seu “amor, a sua fé, o seu serviço e a sua perseverança”. Estavam aumentando seu zelo, “fazendo mais agora do que no princípio” (v.19), a situação inversa de Éfeso, que estava abandonado o primeiro amor (2.4). Mas, assim como Pérgamo, toleravam os falsos mestres, só que a situação era pior, pois toleravam Jezabel entre eles.

1. A IGREJA EM TIATIRA.
Das sete cartas constantes de Ap. 2 e 3, a destinada à igreja em Tiatira é a mais longa, no entanto, é esta a cidade sobre que menos sabemos e, portanto, pouco podemos escrever a seu respeito.

Tiatira era uma cidade da Lídia, localizada na fronteira com a Mísia, fundada após a morte de Alexandre, o grande, por Seleuco Nicanor, da Síria, em cerca de 301 e 281 a.C. Ela foi originalmente conhecida pelos nomes de Pelópia e depois Euópia, mudando-lhe Seleuco o nome para Tiatira de modo definitivo; há quem afirme que este nome significa “Torre Thia”. Está atualmente reduzida à pequena vila denominada Akissar, próximo às antigas ruínas da cidade original. 

Dizem os historiadores que sua fundação por Seleuco, teve fins militares defensivos, havendo sido por muito tempo uma fortaleza dos domínios do reino de Pérgamo, e como tal passou ao domínio romano.

Era localizada no vale entre o Monte Horno e o rio Caico, entre as cidades de Pérgamo e Sardes, à margem da estrada Comercial Romana; como tal, veio a ser uma das cidades constituintes da Província Romana da Ásia.

Tiatira era religiosamente dominada pela idolatria pagã em torno da adoração a Apolo Tirinas, que com este nome representava o sol. Outros deuses pagãos eram igualmente adorados, à semelhança do que acontecia nas demais cidades da região; e, de modo idêntico, também adoravam ali ao Imperador romano, por efeito da ocupação militar de Tiatira pelo Império Romano.

Era aquela uma cidade industrial da época, que se ocupava da extração de certa substância de cor rubra, obtida da raiz duma planta denominada garancina, e também da fabricação de roupas e manufatura de objetos de bronze. O livro do Atos nos fala duma mulher de nome Lídia, que era vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, At 16.11-15, que se converteu em Filipos. Talvez essa senhora fosse representante da indústria tintureira e manufatureira de sua cidade natal, Tiatira. Dizem os historiadores também haver existido ali uma indústria metalúrgica.

Admite-se por indução arqueológica e inferência histórica, que nas antigas cidades daquela região, havia sempre grande entrosamento da idolatria ambiente com a vida comercial e industrial; portanto, é provável que em Tiatira esta prática estivesse em evidencia e que haja causado sérios problemas à igreja ali existente, no tocante aos seus membros, que estavam vinculado às classes operárias locais e, portanto, associados às agremiações que presidiam sobre essas classes. E o que se infere dalgumas palavras constantes da carta dirigida a esta igreja, especialmente a frase “bronze polido” e da prática da prostituição e da comida de ofertas aos ídolos. 

2. A IDENTIFICAÇÃO DO DESTINATÁRIO.
E normal admitir-se que o cristianismo chegou a Tiatira como consequência do frutífero ministério de Paulo em Éfeso, quando de sua terceira viagem missionária se demorou ali dois anos, dando oportunidade a toda a Província Romana da Ásia ouvir o Evangelho, At 19.10. 

À igreja em Tiatira Jesus se apresenta como “o Filho de Deus”, portador da perfeita onisciência, pois tinha “os olhos semelhantes à chama de fogo” e também como Juiz capaz de exercer pleno julgamento, pois tinha “pés como bronze polido e reluzente”, Ap 2.18, significando que nada lhe era oculto das práticas más existentes naquela igreja, Hb 4.13.

 O seu título geral é Filho de Deus, isto é, o eterno e unigênito Filho de Deus, o que denota que ele tem a mesma natureza do Pai, mas com uma maneira distinta e subordinada de subsidência. A descrição que temos dele aqui está em dois aspectos: 

1) Que os seus olhos são como chama de fogo, significando o seu relacionamento agudo, penetrante e perfeito, a percepção profunda de todas as pessoas e coisas, ... aquele que sonda as mentes e os corações (v.23), e vai fazer com que toda as igrejas saibam que Ele o faz.

 2) Que os seus pés são como latão reluzentes, que as emanações da sua providência são constantes, tremendas e totalmente puras e santas. Assim como Ele julga com sabedoria perfeita, assim Ele age com força e firmeza perfeitas. 

3. UMA IGREJA RICA EM OBRAS.
A natureza honrada e o elogio que Cristo faz a essa igreja, ministério e povo; e isso foi feito por alguém que não era desconhecido deles, mas bem familiarizado com eles e com os princípios segundo os quais eles procediam. Agora nessa igreja Cristo faz menção honrosa: 

1) Da sua caridade, seja a mais geral de fazer o bem a todos os homens, seja a mais específica, de fazer o bem à casa da fé; não há religião sem caridade. 

2) Do seu serviço, o seu ministério; isso diz respeito principalmente aos obreiros da igreja, que tinham trabalhado na palavra e na doutrina.  

3) Da sua fé, que era a graça que estimulava todo o resto, tanto sua caridade quanto seu serviço. 

4) Da sua paciência; pois os que são os mais caridosos aos outros, os mais diligentes no seu lugar e mais fiéis, precisam esperar deparar com o que vai exercer a sua paciência. 

5) Da sua frutificação crescente: sua últimas obras são melhores do que as primeiras. Isso é um aspecto exercente; enquanto outros tinham deixado o seu primeiro amor; e perdido o seu primeiro zelo, estes estavam se tornando mais sábios e melhores. Deveria ser a ambição e o sincero desejo de todos os cristãos que as suas últimas obras fossem as melhores, que fossem melhores a cada dia, e as melhores no final. 

Havia em Tiatira algumas coisas boas e de imenso valor: amor, fé, serviço, perseverança, de certo modo mais expressivos do que noutras igrejas da região, Ap 2.19. Mas, de parceria com tal operosidade, havia coisas verdadeiramente condenáveis. 

A igreja de Tiatira estava contaminada pelo mal, mas Cristo destacou primeiro o que podia ser elogiado nela: fé, a paciência e as obras de alguns cristãos fiéis. 

As tuas últimas obras são mais do que as primeiras. Quanto mais se levantavam dificuldades, mais ardentes era a fé e mais abundante o trabalho dos fiéis a Deus. 

Ali estava em plena atividade, de modo iníquo e ostensivo, como procedera sua congênere do reino de Israel, 1 Rs 21.25, certa mulher a quem devido à sua diabólica atuação na igreja, o Espírito Santo, pelo apóstolo João, a denominou de Jezabel, Ap 2.20-23. 

4. JEZABEL, E AS PROFUNDEZAS DE SATANÁS.
Tiatira era famosa pelo magnífico templo de Artêmis (outro nome da deusa Diana). Pensa-se que Jezabel tenha sido uma devota notável de Diana, com qualidades de liderança e seguidores entre as pessoas influentes da cidade que, atraída à causa crescente do cristianismo, filiou-se à igreja, mas insistia no direito de ensinar e praticar a licenciosidade, alegando receber inspiração para tais ensinos. 

Era chamada “Jezabel” porque, da mesma maneira que a outra Jezabel, a diabólica esposa de Acabe, introduzira em Israel as abominações do culto a Astarte (1 Rs 16), ela também introduzira na igreja cristã as mesmas práticas vis. 

Nem todos os pastores em Tiatira aceitavam os ensinos dela. Mas, querendo ser tolerantes e imaginando que ela talvez fosse um auxílio importante na conquista da cidade para o nome de Cristo, eles a acolheram no ministério. Com isso, o Senhor se desagradou muito. E, numa repreensão pungente, apresentou-se como aquele “cujos olhos são como chama de fogo e os pés como bronze reluzente” (v.18). Nenhuma leviandade seria tolerada na igreja!

Os profundos segredos de Satanás (v.24). Essa é a terceira menção a Satanás  nas sete cartas. Em Esmirna, Satanás estava por trás do encarceramento dos cristãos (2.9,10). Em Pérgamo, “o trono de Satanás”, ele perseguia a igreja e a corrompia internamente por meio de falsas doutrinas (2.13,14). Na presente carta, os ensinos de Jezabel foram chamados “os profundos segredos de Satanás” (v.24). Posteriormente, é mencionado como inimigo da igreja de Filadélfia (3.9).

Deus, por sua grande misericórdia, deu aos seguidores dos ensinos de Jezabel “tempo para que se arrependessem”. Mas ninguém estava disposto a isso, e seu castigo seria o sofrimento e a morte de seus filhos. 

A estrela da manhã (v.28). “Aquele que vencer” é prometida a “estrela da manhã”. O próprio Jesus é a Estrela da Manhã (22.16). Uma das profecias mais antigas do Messias chama-o “estrela” (Nm 24.17). Os que resistirem a Satanás não terão outras cargas impostas sobre si. Esses crentes fiéis receberam ordem para aguentar com firmeza até Cristo voltar. E pela fidelidade, e não pelos meios-termos, que a igreja alcança a posição de liderança genuína. 

CONCLUSÃO
Os olhos de fogo e os pés de bronze vêem e julgam, mas essa igreja perversa não se arrepende. A igreja tinha obras, serviço e perseverança, mas estava cheia de pecado. A falsa profetisa da igreja usava doutrinas falsas para seduzir (enganar) o povo de Deus. Ela deu-lhes licença para pecar (2 Pe 2 e Jd). A tragédia é que, embora Deus lhe dê oportunidade, ela não se arrepende. Nunca é tarde para a igreja se arrepender e voltar ao Senhor, porém devemos estar atentos para não perder as oportunidades oferecidas por Deus.  

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França) 
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) - Celular: 8616.7122(Oi), 9940.0893(Tim), 55*97*2635(Nextel)
E-mail, Orkut e MSN: junior.franca1@hotmail.com  
Twitter:  http://twitter.com/#!/Juniorfranca2
Blog: http://joseaugustodefranca.blogspot.com/ 
Face book: www.facebook.com/profile.php?id=100001877051805

Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros. 


domingo, 15 de abril de 2012

Lição 5 - 2º Trimestre 2012 PÉRGAMO, A IGREJA CASADA COM O MUNDO. 29 de Abril de 2012


LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 2.12-17
Ao anjo da igreja de Pérgamo escreva o seguinte: Esta é a mensagem daquele que tem a espada afiada dos dois lados. Eu sei que vocês moram aí onde está o trono de Satanás. Vocês são fiéis e não abandonaram a fé que têm em mim, até mesmo quando Antipas, minha testemunha fiel, foi morto aí em Pérgamo, onde Satanás mora. Mas tenho algumas coisas contra vocês: há entre vocês alguns que seguem o ensinamento de Balaão, que mostrou a Balaque como fazer com que o povo de Israel pecasse, dizendo que os israelitas deviam comer alimentos oferecidos aos ídolos e cometer imoralidades. Assim também estão entre vocês alguns que seguem os ensinamentos dos nicolaítas. Arrependam-se! Se não, eu logo irei até aí e, com a espada que sai da minha boca, lutarei contra essa gente. Portanto, se vocês Têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o Espírito de Deus diz às igrejas. Aos que conseguirem a vitória eu darei do maná escondido. E a cada um deles darei uma pedra branca, na qual está escrito um nome novo que ninguém conhece a não ser quem o recebe.

INTRODUÇÃO
A igreja de Pérgamo era fiel ao nome de Cristo até o ponto do martírio (v.13), mas tolerava os falsos mestres – provavelmente do mesmo tipo que atuava em Éfeso. Parece, entretanto, que enquanto em Éfeso os pastores, resistiram solidamente aos falsos mestres, em Pérgamo os pastores, sem pessoalmente sustentar falsos ensinos, toleravam em suas fileiras que os aceitavam. Os falsos ensinos proclamavam o direito de os cristãos participarem das imoralidades pagãs. O Senhor, embora elogiasse a igreja pela fidelidade ao nome, não deixou de se apresentar como “aquele que tem a espada afiada de dois gumes”. Seria melhor os membros se precaverem – o Senhor não se agrada da igreja que tolera a licenciosidade.

1. PÉRGAMO, O TRONO DE SATANÁS.
A semelhança doutras cidades antigas da região, a fundação de Pérgamo está infectada de lendas, motivo por que se torna difícil alguém estabelecer datas e outras circunstâncias interessantes a seu respeito. Sabe-se, porém, com certeza histórica, que ela existia em evidência desde quatrocentos anos a.C. e perdurou outros quatrocentos anos depois de Cristo.

Era localizada no reino da Mísia, três milhas ao norte do rio Caicos e vinte milhares distantes do mar Egeu. Era a mais importante cidade da Mísia, devendo ter em seus tempos áureos uma população de cerca de cento e sessenta mil habitantes que, à semelhança dos residentes nas cidades vizinhas, viviam entregues à mais vil idolatria pagã, e ao mesmo tempo brilhavam na prática das artes, das letras e da medicina da época.

Há uma lenda que afirma que no VII século a.C., após Alexandre, o Grande, seu general Lisímaco usou Pérgamo como fortaleza, e ali confiou a guarda dum tesouro de 90.000 talentos do valor monetário da época a um general denominado Filetairos, que logo após a morte de Lisímaco autoproclamou-se governador da cidade, tornando Pérgamo a capital de seu reino, em 283 a.C.

A histórica sucessão dos governadores do reino de Pérgamo apresenta a seguinte ordem: Filetairos governou nos anos 283-263 a.C., Êumenes I, nos anos 263-241 a.C., Atalos I, nos anos 241-197 a.C., Êumenes II, nos anos 197-160 a.C., Atalos II, nos anos 160-139 a.C. e Atalos III, nos anos 139-133 a.C.

Havia uma política de boa vizinhança entre o reino de Pérgamo e o Império Romano; e, antes de sua morte, ocorrida em 133 a.C., Atalos III transferiu seus domínios ao poder do império Romano, que reduziu Pérgamo a uma das cidades de sua Província da Ásia; porém, foi nesta época de sua história que a cidade experimentou o seu período áureo.

Afirmam alguns historiadores que o sistema e o uso de pergaminhos para a escrita, originou-se em Pérgamo, de quem herdou o nome. Ignoramos ser isto verdadeiro; sabemos, porém, que o pergaminho de peles de animais foi aperfeiçoado de tal modo, a ser a melhor produção de gênero, razão pela qual, afirmam os historiadores, o rei Êumenes II organizou em Pérgamo uma famosa biblioteca, que chegou a catalogar duzentos mil famosos volumes em sua época. Essa biblioteca, após cair Pérgamo em poder dos romanos, foi doada por Antônio, no ano 133 a.C., à sua amante Cleópatra, rainha do Egito, que fez transportar para Alexandria e ali foi destruída por ordem do Califa Omar, em 640 A.D.

O paganismo dominava inteiramente a cidade de Pérgamo, em torno a adoração de Athenas Polias, que era a deusa da guerra; a Zeus, considerado o salvador do mundo; a Baco, o deus do vinho, que ali tinha o apelido de Dionísio; a Hera, a mulher de Zeus, que era a deusa do casamento, e a Esculápio, o deus da medicina.

Com o advento do domínio romano, veio a introdução da adoração ao Imperador, havendo ali, ainda hoje, as ruínas do templo em homenagem a Trajano, somando assim ao paganismo aborígene, mais este rito importado de Roma.

A medicina em Pérgamo tornou-se notável nos tempos áureos da cidade, sendo ali erigido com o nome de Asclépion, um dos maiores e mais famosos hospitais da época, que atraía à cidade muitas pessoas, entre as quais grandes vultos da política, como o próprio César romano.

O tratamento terapêutico no Asclépion era feito à base da fisioterapia, ervas medicinais reconhecidas, massagens, sedativo mediante o uso da música, exercícios físicos e também várias superstições, entre as quais os choques nervosos, que, na falta da eletricidade, eram usadas duas serpentes postas em frente uma a outra, localizadas num túnel chamado sagrado, em posições, entre as quais o enfermo era levado a passar sem saber da presença das serpentes; e, ao vê-los, dava-se o choque através de susto... Não sendo médico, ignoramos o valor de tal prática com efeitos terapêuticos! Julguem-na as autoridades hodiernas.

De qualquer forma, era tão grande a eficiência do tratamento terapêutico feito no Asclépion, que sua diretoria mandou esculpir sobre o portão principal de entrada, a seguinte lenda: “EM NOME DOS DEUSES, A MORTE NÃO PODE ENTRAR AQUI”. Isto evidencia duas coisas 1) A confiança que tinham nos meios empregados no tratamento de seus clientes; e 2) A superstição idolátrica ali reinante, que lhes dava a crer que toda a sua eficiência era fruto do poder dos deuses.

O símbolo ou emblema do Asclépion, era uma taça com um laço de fitas ladeado por dois ramos de oliveira e duas serpentes. Devido o Apocalipse denominar o Diabo de “velha serpente”, Ap. 12.9, cremos, como inferência a Gn 3.1-5, 13-15, e como creu também alguns teólogos, que as frases “trono de Satanás” e “onde Satanás habita”, constantes da carta dirigida a esta igreja, Ap 2.19, referem-se a este símbolo; porém, cremos que o “mundo inteiro jaz no maligno”, 1 Jo 5.19, que ele é o dominador deste mundo de trevas, Ef 6.12; Jo 14.30, motivos por que também cremos que estas frases se referem mais precisamente a toda a abjeto de idolatria ali praticada, que roubava a glória somente a Deus, atribuindo-a a ídolos e a homens, Is 42.8, coisa que sempre foi o mais ardente desejo de Satanás, Ez 28.12-16; Is 14.12-15; Lc 4.5-7.

Cremos que o cristianismo chegou a Pérgamo como fruto do ministério de Paulo em Éfeso, At 19.10, em sua terceira viagem missionária; e que aquelas tão propagadas falsas doutrinas de Balão e dos nicolaítas, chegaram ali de modo tão insinuantes, a se inocularem na vida daquela igreja cristã primitiva.

2. A ESPADA DE DOIS GUMES.
Pérgamo era considerada como a sede do poder do mal, porque, no culto imperial o poder dado por Deus pertencente ao estado havia sido empregado na adoração blasfema de um homem. A adoração do imperador fora transformada na pedra de toque da lealdade cívica, pelo que o crente fiel, ainda que leal em extremo à autoridade secular do estado era estigmatizado de traidor.

Jesus se apresenta a esta igreja portando a espada de dois gumes, Ap 2.12, simbolizando a autoridade. O duplo gume significa a autoridade absoluta em todas as direções, Mt 28.18, em contraposição à idolatria ambiente e os desvios doutrinários que era apenas coisas aparentes e destituídas de autoridade ou poder, Ef 6.17; Hb 4.12; Jr 23.28; 2Tm 2.15.

A igreja em Pérgamo estava infestada de homens de mente corrompida, que faziam o que podiam para corromper tanto a fé como os costumes da igreja; e Cristo, estando determinado a lutar contra eles pela espada da sua palavra, assume o título daquele que tem a aguda espada de dois fios. 1) A palavra de Deus é uma espada; é uma arma tanto defensiva quanto ofensiva, isto é, na mão de Deus, capaz de destruir tanto o pecado quanto o pecador. 2) E uma espada afiada. Nenhum coração é tão duro que não possa ser ferido por ela, nenhum nó está amarrado tão firmemente que ela não possa cortar; consegue separar alma e espírito, isto é, alma daqueles hábitos pecaminosos que por costume se tornaram mais uma alma, ou parecem essenciais a ela. 3) E uma espada de dois fios; ela se volta e corta nos dois sentidos. Existe o fio da lei contra os transgressores dessa dispensação, e o fio do evangelho contra os desdenhadores dessa dispensação; há um fio que faz uma ferida e há um fio que abre uma ferida de pústula para a sua cura. Não há como escapar do fio dessa espada: se você se volta para a direita, ela tem um fio desse lado; se você se volta para a esquerda, você cai sobre o fio da espada desse lado; ela se volta para todos os lados.

3. O DESTINATÁRIO.
A igreja em Pérgamo é exortada ao arrependimento, em razão do lugar que dera em seu seio às heréticas doutrinas de Balaão e dos nicolaítas. Há, porém, uma tríplice promessa para esta igreja, desde que ela, aceitando, se curvasse à condição do arrependimento de suas más obras: 1) Ser alimentada do maná escondido; 2) Receber uma pedrinha branca; e 3) Ter um novo nome. Desde que o maná descrito em Êx 16.33-34, era um tipo de Cristo, que é o verdadeiro pão do céu, Jo 6.47-68, os fiéis vencedores se alimentarão dele por toda a eternidade.

Dizem alguns Teólogos que a “pedrinha branca” alude a uma antiga prática judicial da época de João: quando o Juiz condenava a alguém, dava-lhe uma pedrinha preta, com o termo da sentença nela descrito; e, quando impronunciava alguém, dava-lhe uma pedrinha branca, com o termo da justificação nela inscrito. Quanto ao novo nome, cremos aludir ao costume judaico, que sempre significava mudança para melhor, Gn 17.5.

Cremos que a igreja em Pérgamo representa a Igreja Universal no período compreendido pelos séculos IV ao VI a.D., com as inovações e desvios da sã doutrina de que foi vítima, em razão dos falsos doutrinadores daquela época.

Com respeito a quem foi Antipas, de acordo com Ap 2.13, ele foi um dos milhões de fiéis mártires cristãos, que à semelhança de Paulo, não tiveram suas vidas por preciosas, contanto que cumprissem a missão de que estavam incumbidos por Deus, At 20.22-24, selando assim, com o próprio sangue, a preciosa fé que tinham em Deus. Muitos desses mártires, verdadeiros heróis da fé, estão incluídos na galeria dos anônimos entre os homens, porém seus nomes estão constando do livro da vida do cordeiro, Lc 10.20; Ap 13.8.

De Antipas, porém, sabemos através do livro antigo intitulado “Atos de Antipas”, haver ele sido pastor da igreja em Pérgamo, cujo martírio foi simplesmente desumano no sentido amplo do termo: meteram-no na barriga dum touro de bronze com plena vida e saúde e colocaram aquele touro no fogo até enrubrecer; e, deste modo atroz, ele, fiel até à morte, foi juntar-se aos milhões que aguardam o dia da ressurreição para serem glorificados com a igreja triunfante, Hb 11.39-40.

4. AS HERESIAS DE PÉRGAMO.
Balaão foi um profeta mercenário que levou o povo de Israel ao pecado em troca de riquezas e de prestígio. Ele encorajou Israel a adorar ídolos pagãos e incentiva a prostituição. A igreja de Pérgamo casara-se com o mundo a fim de conseguir vantagens mundanas.

Os ensinos de Balaão (v.14) Em Números 25, lemos como os israelitas se entregaram à imoralidade sexual com as mulheres moabitas, e Números 31.16 declara que isso foi resultado do conselho dado por Balaão aos moabitas. Por isso, em Pérgamo, os devotos das práticas pagãs, que tinham se infiltrado nas fileiras dos cristãos e que os aconselhavam a participar dos vícios sexuais do culto pagão, eram cognominados com o nome de Balaão. Segundo parece, tinham um número impressionante de seguidores.

Os nicolaítas estavam dentro da igreja primitiva, procurando planta no meio da igreja o paganismo, a fim de permitir que os cristãos participassem sem embaraço em algumas das atividades sociais e religiosas da sociedade íntima na qual se encontrava. E possível que o termo “nicolaítas” seja uma forma helenizada do termo hebraico Balaão, sendo assim, uma alegoria; nesse caso a orientação da seita seria semelhante à do corruptor de Israel. Nesse caso os nicolaítas devem ser identificados com grupos atacados por Pedro (2 Pe 2.15), Judas (11) e João (Ap 2.14 e, possivelmente, 2.20-23), por advogarem no seio da igreja a frouxidão dos pagãos. Referências nos escritos de Irineu, Clemente e Tertuliano, sugerem que o grupo se cristalizou numa seita de gnósticos que pode ser acompanhada até o ano 200 d.C.

Há quem afirme que a doutrina de Balaão, Ap. 2.14, favorecia o incesto e o jugo desigual, 2 Co 6.14-18; Num 25, e que a doutrina dos nicolaítas, a mais disto, ensinava a licitude das práticas condenadas pelo primeiro Concílio Cristão realizado em Jerusalém, considerando natural e portanto inofensivo e lícito o comer coisas sacrificadas aos ídolos e a fornicação, por ser o sexo uma coisa criada pelo próprio Deus e, portanto, inteiramente despedido de maldade e o seu uso em geral, Gn 2.18; 1Co 10.19-21; At 15.23-29.

CONCLUSÃO
Os crentes em Pérgamo estavam envolvidos com festividades pagãs, nas quais eles comiam alimentos sacrificados aos ídolos e cometiam imoralidade sexual (Ap 2.14). A promessa de Jesus, então, é destinada aos que se recusavam a aceitar tais convites e a participar dessas festas. Para esses, haveria um banquete melhor no céu.

O maná escondido também sugere uma comunhão especial com Jesus. Aos vencedores é prometido o alimento sobrenatural na condição ressurreta para capacitá-los efetivamente à função de corregentes no Reino de Cristo.


Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) - Celular: 8616.7122(Oi), 9940.0893(Tim), 55*97*2635(Nextel)
E-mail, Orkut e MSN: junior.franca1@hotmail.com
Twitter: http://twitter.com/#!/Juniorfranca2
Blog: http://joseaugustodefranca.blogspot.com/
Face book: www.facebook.com/profile.php?id=100001877051805

Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

sábado, 7 de abril de 2012

Lição 4 - 2º Trimestre 2012 ESMIRNA, A IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR. 22 de Abril de 2012


LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 2.8-11
Ao anjo da igreja de Esmirna escreva o seguinte: Esta é a mensagem daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver. Eu sei o que vocês estão sofrendo. Sei que são pobres, mas, de fato, são ricos. Sei como aqueles que afirmam que são judeus, mas não são, falam mal de vocês. Eles são um grupo que pertence a Satanás. Não tenham medo do que vocês vão sofrer. Escutem! O Diabo vai pôr na prisão alguns de vocês para que sejam provados e sofram durante dez dias. Sejam fiéis, mesmo que tenham de morrer; e, como prêmio da vitória, eu lhes darei a vida. Portanto, se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o Espírito de Deus diz às igrejas. “Aqueles que conseguirem a vitória não sofrerão o castigo da segunda morte”.

INTRODUÇÃO
A Esmirna, a igreja sofredora, Cristo não transmite por João nenhuma palavra de crítica, mas só de consolo amoroso. A igreja de Esmirna era composta de pobres, não podendo se comparar em nada à igreja de Éfeso, quanto ao número de membros ou seu prestígio. Eram pobres, porém ricos (v.9). Por outras palavras, sua pregação fiel do evangelho atraiu contra eles muita perseguição e tribulação. Seguiu-se, por isso, a pobreza material. Jesus lhes dá a certeza de que grandes riquezas estão armazenadas para eles no céu. De modo surpreendente, a igreja em Esmirna cresceu e floresceu durante esse período de perseguição horrenda. Esse “bom fruto” é evidência nítida de que Deus estava presente e atuante nas boas obras deles.

1. ESMIRNA, UMA IGREJA MÁRTIR.
Esmirna era um porto importante no litoral oeste da Ásia Menor, com um ancoradouro bem protegido, e o terminal natural de uma grande rota comercial que subia para o interior pelo vale do rio Hermo. Era rival de Éfeso e se orgulhava de ser a cidade natal do grande poeta grego Homero, autor da Ilíada e da Odisseia.

Esmirna fora destruída pelos lídios em 627 a.C., e durante três séculos era pouco mais que uma aldeia. Foi fundada de novo em meados do século iv a.C. e rapidamente se tornou a cidade principal da Ásia.

Um perigo em comum, a agressão por parte de Antíoco Magno da Síria, dera origem à união entre Roma e Esmirna no fim do século III a. C. em 26 a.C., Esmirna apelou a esse tratado quando enviou uma petição a Tibério, no sentido de a comunidade ter permissão para edificar um templo da Ásia em homenagem ao imperador (o primeiro tinha sido construído em Pérgamo).

Esmirna era famosa pela ciência, pela medicina e pela majestade de seus edifícios. Apolônio de Tiana se refere à sua “coroa de pórticos”, um círculo de belos prédios públicos que coroavam o cume do monte Pago como diadema; daí a referência de João à coroa em Apocalipse 2.10. Policarpo, o bispo de Esmirna martirizado em 155 d.C., foi discípulo de João.

Assemelhando-se às demais cidades da época e da região, Esmirna era um centro pagão, vivendo em torno da adoração a Cibele, que era a padroeira local e era crida como esposa do deus Saturno e mãe dos deuses Júpiter e Plutão. Concomitantemente, ali eram adoradores Ceres, a deusa da fertilidade, Héros, o deus do amor sexual e por motivo da conquista romana, infalivelmente, também era adorado o Imperador.

Em face de tal idolatria pagã, percebe-se facilmente que o puro cristianismo primitivo, encontrou ali um ambiente que lhe era inteiramente adverso; portanto, tinha que ser alvo de grande oposição da parte daqueles que praticavam a imoralidade em geral, com base nos diversos cultos pagãos dominantes.

Esmirna hoje esta cidade se chama Izmir, e é um movimentado porto na costa oeste da Turquia. As mais importantes ruínas que remontam ao período romano são as do fórum (a praça principal da cidade). Foi em Esmirna que o já idoso bispo Policarpo, por volta de 155 d.C, acabou sendo martirizado.

A pequena igreja de Esmirna era materialmente pobre, mas rica em tudo que realmente importa. As palavras de Jesus para essa igreja eram apenas de incentivo, ou seja, não há nenhuma crítica. Ele pôs um limite precioso ao sofrimento deles e lhes reservou o dom da vida. Eles não serão condenados no juízo.

E possível que sendo Esmirna uma das onze cidades constituintes da Iônia na época da introdução do Evangelho na Europa, quando ela estava incorporada à Província Romana da Ásia, o Evangelho haja chegado ali como consequência do ministério de Paulo em Éfeso, At 19.10, em sua terceira viagem missionária. Elas eram cidades vizinhas, não distando mais de 40 milhas uma da outra e ligadas entre si pela grande e importante estrada comercial romana.

Atualmente, quase não há cristianismo em Esmirna, posto que a maioria absoluta da população, em cerca 99%, é constituída de muçulmanos e o restante é dividido entre cristãos, judeus e outros. Normalmente, o cristianismo ali, como em toda a Turquia, é praticado a portas fechadas, porque a liberdade religiosa, para quem não é muçulmano, só existe na letra da Constituição, e é legalmente proibida a evangelização e a catequese religiosa entre os muçulmanos, de toda e qualquer maneira.

2. APRESENTAÇÃO DO MISSIVISTA.
No conjunto das sete, Esmirna é a primeira que não sofre nenhuma repreensão e sim recebe estímulo a se manter fiel até à morte, mesmo no fragor da “tribulação de dez dias” que lhe sobreviria, Ap 2.8-11. Aliás, há quem interprete “dez dias” como sendo dez períodos de tribulação, ocorridos e patrocinados pelo Império Romano de parceria com os fanáticos pagãos, de braços dados com os judeus farisaicos da dispersão, que se opunham ao cristianismo em todos os lugares do Império.

Na carta redigida a esta igreja, Jesus se apresenta como o fundamento ideal, inamovível: “Eu sou o primeiro e o ultimo”, Ap. 2.8. Sobre este fundamento insubstituível, por ser inigualável, os fiéis da igreja em Esmirna estavam edificando o edifício de sua fé cristã, 1 Cor 3.10, motivo por que nada tinham a temer no presente nem quanto ao futuro, porque Ele é o eterno vencedor, Rm 1.4, cuja promessa de assistência é inviolável, Jo 16.33, e só vencerão aqueles que permanecerem e forem achados nele, Ap 17.14.

Aqui temos a razão de ser da exortação à fidelidade: “Sê fiel até A morte”, Ap 2.10. Sim, porque é relativamente fácil ser fiel quando tudo está pacífico e bonançoso; mas, quando se tem que suportar uma “tribulação de dez dias”, a situação muda de figura... e é aqui que Jesus requer dos seus servos “que cada um deles seja achado fiel”, 1 cor 4.1,2. Daí ser necessária a fidelidade, porque só provamos que “ nos temos tornado participantes de Cristo, se fato guardamos firmes até o fim a confiança que desde o princípio tivemos”, Hb 3.12-14, a saber, quando perseverarmos firmes até à morte física.

3. AS CONDIÇÕES DA IGREJA EM ESMIRNA.
Observe como cada descrição de Cristo volta ao retrato de 1.13-16 e refere-se a uma necessidade especial da igreja específica. Cristo lembra a igreja de Esmirna de seu sofrimento, morte e ressurreição porque ela é perseguida (2.8). Esmirna significa “amargo” e relaciona-se com a palavra “mirra”. A pessoa pensa no aroma liberado por causa da pesada perseguição. A igreja sempre é mais pura e aromática quando passa por períodos de sofrimento.

Cristo não critica essa igreja. Os santos eram fiéis, apesar do sofrimento. Eles pensavam ser pobres, mas eram ricos, em contraste com a laodicense, que pensava ser rica e era pobre (3.17). Os falsos cristãos (da “sinagoga de Satanás; Jo 8.44; Fp 3.2) blasfemavam (caluniavam) os santos. Satanás está por trás de toda perseguição, mesmo a realizada em nome da religião. Cristo avisa-os de que terão mais perseguição pela frente; talvez os “dez dias” (v.10) refiram-se às dez grandes perseguições que a igreja sofreu nos séculos iniciais de sua existência. Satanás vem como leão e tenta devorar (1 Pe 5.8), mas a perseguição apenas fortalece a igreja.

O inimigo matará o corpo, porém os santos não precisam temer a segunda morte, que é o inferno (20.14; 21.8). Os que nasceram duas vezes morrerão apenas uma vez. Aqueles que nasceram apenas uma vez morrerão duas vezes.

Há quem afirme que foi na “tribulação de dez dias”, aludida nesta carta, movida à igreja pelo império Romano, instigado pelo fanatismo pagão e pelo farisaísmo judeus, que morreu em Esmirna o piedoso Policarpo, pastor da igreja ali, de quem se diz que o Asiarca que presidia o julgamento ofereceu-lhe clemência, que ele rejeitou heroicamente.

Diz a história que ele tinha então 86 anos de idade, e mesmo assim havia deslocado de Esmirna a Roma, a fim de dirimir uma questão existente entre a igreja oriental e ocidental, no tocante à celebração da Ceia do Senhor. Ao regressar dessa viagem, estava sendo celebrada em Esmirna a temporada de jogos esportivos, que sempre se revestia de feição religiosa. Então, tais jogos estavam sendo assistidos pelo proconsul Statius Quadratus e presididos pelo Asiarca Filipe de Tralles, quando, por causa de sua fidelidade a Cristo, morreram martirizados muitos membros das igrejas de Filadélfia e Esmirna, entre os quais Policarpo.

Era a tradição local, quando celebravam esse festival, os súditos do Império serem levados a proferir um voto de fidelidade idólatra a Roma, na pessoa do Imperador, declarando: “Somente César é senhor”, que em linguagem direta significava somente César é deus. E claro que os cristãos se negavam a fazer tal afirmação, porque ela implicava em adoração a César. Aqueles que se negavam a fazer tal afirmativa eram declarados ateus. E provável que a colônia judaica local se prestasse a fazer tal afirmativa, à luz do que está escrito em Jo 19.14,15, onde se diz que os judeus da época declaram “Não temos rei senão César”. Fazendo tal declaração, eles hipocritamente, iam passando despercebidos aos pagãos e às autoridades do Império; porem, aos cristãos, era impossível fazer do mesmo modo.

Dizem os historiadores que a multidão pagã, desvairada pelo fanatismo, clamara: “Fora os ateus!” “Procuremos a Policarpo e o julgaremos!” Diz à história que ele neste mesmo dia estava num povoado fora de Esmirna, onde o foram buscar. Ao ser apresentado ao tribunal, vendo-o o Asiarca, em sua ancianidade justa e piedosa, foi movido de compaixão, convidou-o a declarar fidelidade a César que seria indultado, o que ele recusou. Novamente dirigiu-se a ele o Asiarca suplicando-lhe: “Nega a Cristo e te libertaremos”. Ao que ele respondeu: Há 86 anos que O sirvo, Ele nunca me foi infiel em nada, como O hei de negar? Jamais negarei a meu Salvador!” Então a multidão enfurecida exclamou: “Lança-o às feras!” Mas, o Asiarca compadecido e admirado da firmeza e convicções do velho pastor, recursou-se lança-lo às feras, e deu por encerrada aquela seção de julgamento. Porém, no dia seguinte, mesmo sem ser sentenciado oficialmente, a turba endiabrada o levou à fogueira; e diz a história que ele com passos firmes e resolutos entrou na fogueira e deste modo rendeu seu espírito justo e fiel ao seu amado Jesus, deixando-nos assim um exemplo de fidelidade a toda prova, fazendo com que seu pequeno rebanho se compenetrasse do valor daquele estímulo do Salvador: “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida” .

A carta à igreja em Esmirna apresenta um interessante paradoxo relativo àquela igreja: ela era pobre, cremos, à semelhança de Jesus e seus apóstolos, 2Cor. 6.10; 8.9, que nos enriqueceram com o exemplo de sua fé inabalável, Tg 2.5, mediante a riqueza das boas obras, frutos dessa fé positiva, 1Tm 6.18 e da esperança revigorada pelo poder do Espírito Santo, Rm 15.13. Portanto, mesmo pobre, ela era rica! Ap 2.9.

Deste modo, em contraposição à perecível “coroa de Esmirna”, 1 Cor 9.24-27, os vencedores espirituais não sofrerão o “dano da segunda morte” Ap 20.11-15, ao contrário, portarão a incorruptível “coroa da vida”, Ap. 2.10.

CONCLUSÃO
Cremos que a igreja em Esmirna representa a Igreja Universal no período do ano 60 ao III Século a.D. e por extensão, representa também a Igreja em todos os tempos de crise e perseguições que envolvem martírio e , portanto, requer uma firmeza na fé, semelhante à do velho Pastor Policarpo e daqueles que a sua semelhança selaram a fé com o próprio sangue.

Os cristãos em Esmirna foram alvo da artilharia pesada do diabo nas prisões: tentados, intensamente perseguidos, atribulados, vítimas do ódio e da fúria do inimigo.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) - Celular: 8616.7122(Oi), 9940.0893(Tim), 55*97*2635(Nextel)
E-mail, Orkut e MSN: junior.franca1@hotmail.com
Twitter: http://twitter.com/#!/Juniorfranca2
Blog: http://joseaugustodefranca.blogspot.com/
Face book: www.facebook.com/profile.php?id=100001877051805

Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.



terça-feira, 3 de abril de 2012

Lição 3 - 2º Trimestre 2012 ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO. 15 de Abril de 2012


LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 2.1-7
Ao anjo da igreja de Éfeso escreva o seguinte: Esta é a mensagem daquele que está segurando as sete estrelas na mão direita e que anda no meio dos sete candelabros de ouro. Eu sei o que vocês têm feito. Sei que trabalharam muito e aguentaram o sofrimento com paciência. Sei que vocês não podem suportar pessoas más e sei que puseram à prova os que dizem que são apóstolos, mas não são, e assim vocês descobriram que eles são mentirosos. Vocês aguentaram a situação com paciência e sofreram por minha causa, sem desanimarem. Porém tenho uma coisa contra vocês; é que agora vocês não me amam como me amavam no princípio. Lembrem do quanto vocês caíram! Arrependem-se dos seus pecados e façam o que faziam no princípio. Se não se arrependerem, eu virei e tirarei o candelabro de vocês do seu lugar. Mas. Mas vocês têm a seu favor isto: odeiam o que os nicolaítas fazem, como eu também odeio. Portanto, se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o Espírito de Deus diz às igrejas. Aos que conseguirem a vitória eu darei o direito de comerem da fruta da árvore da vida, que cresce no jardim de Deus.

INTRODUÇÃO
O mistério que envolve a igreja de Éfeso foi o abandono do primeiro amor. A igreja não “perdeu” o amor, ela simplesmente deixou de praticá-lo. Ela foi censurada pelo Senhor e foi exortada a voltar a praticar as primeiras obras. Não podemos deixar de trabalhar. Este é o nosso tempo. (Rm 13.10-14). Praticando as primeiras obras em amor Ágape, amor divino, puro, verdadeiro, que liberta, recebe, perdoa, edifica e abençoa, a igreja cresce, amadurece, tornando-se fortalecida para realizar a obra de Deus, exaltando a pessoa bendita do Senhor Jesus (At 2.42-45).

1. ÉFESO, UMA IGREJA SINGULAR.
Éfeso era uma cidade com quase 250 mil habitantes. Era uma verdadeira metrópole e o centro comercial da Ásia Menor. O templo de Ártemis em Éfeso era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Ali, 40 anos antes, Paulo realizara sua obra mais bem-sucedida. Tantas pessoas se converteram a Cristo que, quase da noite para o dia, a igreja se tornou uma influência mais poderosas na cidade e não demorou para se tornar uma das igrejas mais famosas do mundo inteiro. Veio a ser a igreja-mãe da Ásia Menor.

Especula-se ter sido ali que Timóteo, depois da morte de Paulo, gastou a maior parte de seu tempo e foi martirizado, durante o governo de Domiciano, na mesma perseguição que exilou João em Patmos.

João passou a velhice em Éfeso e, se já não era um pastor ativo, devido à idade, continuou, por certo, como o último apóstolo de Cristo ainda com vida, uma influência dominante entre os pastores. Enquanto estava em Éfeso, João escreveu seu Evangelho, três cartas, e possivelmente o Apocalipse (depois de seu regresso de Patmos).

Três das cartas de Paulo dizem respeito a Éfeso: Efésios e 1 e 2 Timóteo. Talvez as duas cartas de Pedro e a de Judas tiveram sua origem naquela região.

Éfeso, quase a meio-caminho entre Jerusalém e Roma, era o centro geográfico do Império Romano. E, ainda estando João com vida, tornara-se o centro geográfico e numérico da população cristã mundial.

Cerca de dez anos depois da morte de João, o imperador Trajano enviou Plínio à região da Ásia Menor a fim de investigar se os cristãos deviam ser perseguidos. Plínio mandou um relatório para Trajano, dizendo que os cristãos se tornaram tão numerosos que os templos pagãos estavam quase totalmente desertos.

Em muitas cidades da região, as igrejas cristãs abrigavam elementos importantes e influentes da população, e Éfeso tornou-se sua igreja principal.

Passou-se 65 anos desde o Pentecoste, o aniversário da igreja de Jerusalém. A igreja, em todos os lugares, experimentara o crescimento fenomenal. Entretanto, sinais de corrupção começavam a aparecer e foi essa, conforme pensamos uma das coisas que tornaram necessário o Apocalipse.

2. O PROBLEMA DE ÉFESO.
Aquele que tem as sete estrelas em sua mão direita (v.1). As sete estrelas são o emblema de seu poder. Talvez essa figura de linguagem visasse ser uma advertência sugestiva de que a igreja estava se orgulhando demasiadamente do próprio prestígio, e se gloriasse nas coisas que pouco proveito tinham para sua verdadeira missão.

Os falsos apóstolos (v.2). Estes, segundo parece, eram homens que alegavam ter conhecido a Cristo e recebido da parte dele autorização para seus ensinos, no esforço para harmonizar a permissividade imoral da adoração idolátrica com fé cristã.

Você abandonou o seu primeiro amor (v.4,5). Essa era a falha deles. Esfriara-se o zelo que antes tiveram por Cristo. Já não o amavam como antes. Tornaram-se indiferentes, menos animados, mas não mornos como a igreja de Laodicéia. Encaminhavam-se, porém, àquela direção. Receberam uma repreensão fustigante e uma advertência para que se arrependessem (v.5), senão, Jesus “tiraria o seu candelabro do lugar dele”. Foi mesmo removido. O sítio arqueológico de Éfeso agora está abandonado.

Os nicolaítas (v.6) eram uma seita que promovia a licenciosidade como o modo correto de viver. Esses falsos mestres tinham provocado muitos problemas na igreja. Os pastores efésios, segundo parece, tinham resistido juntos, de modo paciente e sólido, aos ensinos deles e por isso foram louvados (v.2,3).

A árvore da vida (v.7). Os que vencessem a sedução dos falsos ensinos e das tentações naturais à permissividade carnal e à vida mundana fácil tinham a promessa do acesso à árvore da vida.

Embora a igreja de Éfeso tenha perecido como instituição, a promessa do acesso à árvore da vida ainda é válida para os membros individuais de qualquer igreja, se vencerem.

A árvore da vida é mencionada pela primeira vez como uma árvore especial no jardim do Éden (Gn 3.2,22,25). Essa árvore aparece de novo em Apocalipse 22.2 como uma árvore que produz frutos perpétuos, bons para a saúde.

3. VOLTANDO AO PRIMEIRO AMOR
Éfeso: a igreja que voltou (2.1-7). Essa passagem exalta as mãos e os pés de Cristo: ele conserva as estrelas (os mensageiros das igrejas) e anda em meio às igrejas em julgamento (candeeiros). Ele inicia com Éfeso, a cidade mais próxima de Patmos e grande centro comercial. O imperador libertara Éfeso, e esta recebeu o título de “metrópole suprema da Ásia”. Sua construção mais importante era o grande templo de Diana, Ele tinha 129,5 metros de comprimento por 67 de largura e 18 de altura, com grandes portas duplas e 127 pilares de mármore, alguns cobertos com ouro. A adoração a Diana era a “imoralidade religiosa” em seu pior aspecto. Leia Atos 19-20.

A igreja efésia tinha obras, trabalho e paciência, mas faltava-lhe amor por Cristo. Em contraste a isso, a igreja tessalonicense foi recomendada pela “operosidade da sua fé, pela abnegação do seu amor e pela firmeza da sua esperança” (1 Ts 1.3). O que conta não é o que fazemos para Cristo, mas o motivo e o incentivo que nos impulsionam. A igreja efésia era ativa e tinha padrões espirituais elevados. Seus membros não suportavam “homens maus” e não escutavam os falsos mestres. O trabalho fora difícil, mas eles não esmoreceram. Do ponto de vista humano, era uma igreja bem-sucedida sob todos os aspectos. Algumas igrejas ativas de hoje, com sua programação intensa e seus trabalhadores fatigados, se encaixam nessa descrição.

Todavia, o Homem que estava no meio das igrejas viu o que faltava à igreja efésia: ela abandonara (não perdera) seu primeiro amor (Jr. 2.2). A igreja local é casada com Cristo (2 Cor. 11.2), e sempre há o risco do amor esfriar. Ás vezes, ficamos, como Marta, tão ocupados com o trabalho para Cristo que não temos tempo para amá-lo (Lc 10.38-42). Cristo preocupa-se mais com o que fazemos com ele do que com o que fazemos por ele. O trabalho não substitui o amor. A igreja efésia era bem-sucedida para o público, mas falhara para Cristo.

4. LEMBRANDO-SE DO PRIMEIRO AMOR
Ele aconselha-a: “Lembra-te [...], arrepende-te e volta à prática das primeiras obras” (v.5). Se voltarmos ao nosso primeiro amor, repetiremos nossas primeiras obras, aquelas obras de amor que marcaram nosso primeiro encontro com Cristo. O candeeiro da igreja será removido, se ela não voltar à condição de coração correta. A igreja local deve brilhar como uma luz no mundo. A luz se apaga sem amor verdadeiro por Cristo.

Jesus elogia essa igreja por odiar as obras dos nicolaítas. ““O nome grego “Nicolau” significa” conquistar o povo”. Ele se refere ao desenvolvimento da classe sacerdotal (clerical) na igreja que deixa de lado os crentes comuns. Ao mesmo tempo em que deve haver liderança pastoral na igreja, não deve haver distinção entre “clérigos” e “leigos”, em que os primeiros assumem ares arrogantes e dominam os últimos.

CONCLUSÃO
Éfeso era uma igreja que se ocupava com o trabalho do Senhor, mas não tinha amor sincero por Ele. Programa sem paixão. Essa é a igreja ocupada que tem estatísticas excelentes, todavia desvia-se da devoção sincera a Cristo.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) - Celular: 8616.7122(Oi), 9940.0893(Tim), 55*97*2635(Nextel)
E-mail, Orkut e MSN: junior.franca1@hotmail.com
Twitter: http://twitter.com/#!/Juniorfranca2
Blog: http://joseaugustodefranca.blogspot.com/
Face book: www.facebook.com/profile.php?id=100001877051805

Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.