LEITURA BÍBLICA:
Coríntios 15.51-57
Escutem bem este
segredo: nem todos vamos morrer, mas todos nós vamos ser transformados, num
instante, num abrir e fechar de olhos, quando tocar a última trombeta. Ela
tocará, os mortos serão transformados. Pois este corpo mortal precisa ser
vestir com o que é mortal; este corpo que vai morrer precisa se vestir com o
que não pode morrer. Assim, quando este corpo que morre se vestir com o que não
pode morrer, então acontecerá o que as Escrituras Sagradas dizem: A morte está
destruída! A vitória é completa! Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está,
ó morte, o seu poder de ferir? O que dá à morte o poder de ferir é o pecado, e
o que dá ao pecado o poder de ferir é a lei. Mas agradeçamos a Deus, que nos dá
a vitória por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!
INTRODUÇÃO
O cristão não sofre o
aguilhão da morte, porque Cristo retirou esse aguilhão. Não há vitória na sepultura, pois Cristo, um dia,
esvaziará as sepulturas e, em poder, ressuscitará os seus. Como os gregos
deviam sentir-se desesperançados quando pensavam na morte! As inscrições nos
túmulos gregos e romanos antigos mostram que o maior inimigo deles era a morte,
e que não viam esperança além do túmulo. Em Cristo, temos vida e esperança!
1. O QUE É A MORTE
No grego a palavra
morte é thanatos que quer dizer separação. A morte separa as partes materiais e
imateriais do ser humano. A matéria volta ao pó e a parte imaterial separa-se e
vai ao mundo dos mortos, o Sheol-Hades, onde jaz no estado intermediário entre
a morte e a ressurreição (Mt 10.28; Lc 12.4; Ec 12.7; Gn 2.7).
Ela rompe as
relações naturais da vida material. Não há como relacionar-se com as pessoas
depois que morrem. A ideia de comunicação com pessoas que já morreram é uma
fraude diabólica.
Ela distingue o
temporal do eterno na vida humana. Toda criatura humana não pode fugir do seu
destino eterno: salvação ou perdição (Mt 10.28).
A morte como o
salário do pecado (Rm 6.23). O pecado, no contexto desse versículo, é
representado pela figura de um cruel feitor de escravos que dá a morte como
pagamento. O salário requerido pelo pecado é merecidamente a morte. Como
pagamento, a morte não aniquila o pecador. A verdade que a Bíblia nos comunica
é que a morte não é a simples cessação da existência física, mas é uma
consequência dolorosa pela prática do pecado, seu pagamento, a sua justa
retribuição. Quando morre, o pecador, está ceifando na forma de corrupção
aquilo que plantou na forma de pecado (Gl 6.7,8; 2Cor 5.10). Portanto, a morte
física é o primeiro efeito externo e visível da ação do pecado (Gn 2.17; 1Cor
15.21; Tg 1.15).
O homem vive inevitavelmente
dentro da esfera da morte e não pode fugir da condenação. Somente quem tem a
Cristo e aceitou está fora dessa esfera. Só em Cristo o homem consegue
salvar-se do poder da morte eterna. Tiago mostra-nos uma relação entre o pecado
e a morte, quando diz: Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela
sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à
luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte, Tg 1.14,15. O pecado,
portanto, frutifica e gera a morte. A
resposta única, clara, evidente e independente de quaisquer idéias filosóficas
a respeito da morte é a Palavra de Deus revelada e pronunciada através de
Cristo Jesus no Calvário (Hb1.1). Cristo é a última palavra e a única solução
para o problema do pecado e a crueldade da morte (Rm 5.17).
2. A VIDA APÓS A MORTE
Se a questão da
vida além-morte estivesse fundamentada apenas em teorias e conjecturas
filosóficas, ela já teria desaparecido. Mas as provas da crença na imortalidade
estão impressas na experiência da humanidade.
Quando Jesus Cristo
aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, estava, de fato,
desfazendo a morte espiritual e concedendo a vida eterna, a imortalidade (2 Tm
1.10). A vida humana tem uma finalidade superior, uma razão de ser, um
desígnio.
Há um governador
moral dentro de cada ser humano chamado consciência que rege as suas ações. Sua
existência dentro do espírito humano, indica sua função interna, como um sensor
moral, aliado à soberania divina.
Os elementos
imateriais do ser humano, denunciam o sentido metafísico que compõe a sua alma
e espírito. Esses elementos são indissolúveis; portanto, como evitar a
realidade da vida além-morte? É impossível! A palavra imortalidade no grego é
athanasia e significa literalmente ausência de morte. No sentido pleno, somente
Deus possui vida total, imperecível e imortal (1 Tm 1.17). Ele é a Fonte da
vida eterna e ninguém mais pode dá-la. No sentido relativo, o crente possui
imortalidade conquistada pelos méritos de Jesus no Calvário (2 Tm 1.8-12).
3.
MORTE, O INÍCIO DA VIDA ETERNA.
A morte significa sempre separação. A
Bíblia fala de morte em vários sentidos, mas sempre a separação é o significado
principal. A morte no sentido espiritual é o estado de uma pessoa que vive sem
Deus, cujo espírito está morto, isto é, separado de Deus (Ef 2.1).
A morte física significa não somente que a
pessoa que morreu foi separada dos seus entes queridos, mas, principalmente,
que o seu espírito e a sua alma deixaram o corpo que já morreu (Tg 2.26); A
Bíblia fala também da segunda morte (Ap 2.1; 20.6), que significa uma eterna
separação de Deus.
Que acontece com o corpo na hora da morte?
Com a saída da alma (At 20.9,10) e do espírito (Tg 2.2; Lc 8.54,55), o corpo
morre e volta ao pó (Ec 12.7), ou seja, é sepultado e encontra a corrupção.
Porém, sendo o corpo uma obra de Deus, feito à sua imagem e semelhança (Gn
1.26), não será aniquilado, mas ressuscitará (1Cor 15.35,38) com uma forma
imortal (1Cor 15.53) e espiritual (1Cor 15.44,46).
Quando a Bíblia, ao falar da morte, usa a
palavra “dormir”, refere-se ao corpo e nunca à alma ou a espírito (At 13.36;
1Ts4.13,15). É o corpo que dorme o sono da morte até a manhã da ressurreição,
quando todos ouvirão a voz de Deus e se levantarão dos seus sepulcros (Dn
12.2).
Que acontece com a alma e o espírito na hora
da morte? Quando a Bíblia fala do espírito do homem, jamais se refere ao fôlego
(respiração) que se extingue na morte, conforme algumas doutrinas materialistas
querem afirmar. Com isso querem eles provar a inexistência de uma vida real
após a morte.
A alma e o espírito que deixam o corpo voltam
a Deus que os deu (Ec 12,7), isto é, ficam à disposição de Deus para serem
encaminhados ao lugar que corresponda à relação que tiveram com o Senhor, na
hora da morte, para ali aguardarem o dia da ressurreição. Existe uma casa de
ajuntamento destinada a todos os viventes (Jó 30.23), onde mais que qualquer
outro lugar, vê-se a diferença entre o justo o ímpio; entre o que serve a Deus
e o que não serve (Ml 3.18). Logo, rendendo o homem o espírito, então, onde
está? (Jó 14.10).
O espírito-alma do justo irá para o Paraíso
(Lc 23.43), onde gozarão descanso (Ap 14.13), consolação e felicidade (Lc
16.23,25). Por esse motivo é preciosa, à vista do Senhor, a morte dos seus
santos (Sl 116.15); Os espíritos dos injustos irão para o Hades, um lugar de
tormentos onde aguardarão a ressurreição para o julgamento final (Lc 16.22,23;
Ap 20.11,12). Esse lugar é de sofrimento e angústia. Foi para lá que foi Coré
com os seus companheiros de rebelião, quando a terra se abriu e os engoliu
vivos (Nm 16.3134).
CONCLUSÃO
Em toda a gama da experiência
humana, nada há de mais jubiloso e emocionante que ter em mente que somos seres imortais e eternos. Que
não podemos morrer. Seja lá o que aconteça com o nosso corpo, viveremos para
sempre. Aqueles dentre nós que têm Jesus como Senhor e Salvador viverão para
sempre, por toda a eternidade com Cristo. Os que viram as costas para a verdade
da Palavra de Cristo e de sua morte e ressurreição continuarão vivos por toda a
eternidade no inferno, separados de Deus. Se a história de Jesus é verídica, a
vida é bela, gloriosa, e comtempla diante de si um panorama infinito e
infinitamente belo.
Se, porém, a história de Jesus
fosse um mito, o mistério da existência seria um enigma sem solução e nada
sobraria para a raça humana senão o vazio e o desespero eterno.
Segundo todas as leis das evidências
históricas, trata-se de história verídica. Cristo existiu. Cristo existe. Ele é
uma pessoa viva. Está ao lado de seu povo, poderoso para orientá-lo e protege-lo,
e conduz os seus até o dia da própria ressurreição gloriosa deles.
Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior
(Conhecido: Ev. Junior França)
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Referência
Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições
Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE
e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários
Bíblicos, Coleção Ensino Teológico, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os
personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia
Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas,
entre outros.