sábado, 24 de março de 2012

Lição 1 - 2º Trimestre 2012 APOCALIPSE, A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO. 1 de Abril de 2012


LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 1.1-8
Neste livro estão escritas as coisas que Jesus Cristo revelou. Deus lhe deu esta revelação para mostrar aos seus servos o que precisa acontecer logo. Cristo enviou o seu anjo para que, por meio dele, o seu servo João soubesse dessas coisas. João contou tudo o que viu, e aqui está o que ele contou a respeito da mensagem de Deus e da verdade revelada por Jesus Cristo. Feliz quem lê este livro, e felizes aqueles que ouvem as palavras desta mensagem profética e obedecem ao que está escrito neste livro! Pois está perto o tempo em que todas essas coisas acontecerão. Eu, João, escrevo ás sete igrejas que estão na província da Ásia. Que a graça e a paz lhes sejam dadas da parte de Deus, aquele que é, que era e que há de vir; da parte dos sete espíritos que estão diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo, a testemunha fiel! Ele é o primeiro filho, que foi ressuscitado e que governa os reis do mundo inteiro. Ele nos ama, e pela sua morte na cruz nos livrou dos nossos pecados, e fez de nós um reino de sacerdotes a fim de servimos ao seu Deus e Pai. A Jesus Cristo sejam dados a glória e o poder para todo o sempre! Amém! Olhem! Ele vem com as nuvens! Todos o verão, até mesmo os que o atravessaram com a lança. Todos os povos do mundo chorarão por causa dele. Certamente será assim. Amém! Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que é, que era e que há de vir.

INTRODUÇÃO
Em apocalipse, livro da revelação de Jesus Cristo, Jesus é descrito como o Filho do Homem glorificado, o Leão da tribo de Judá, o Cordeiro que foi morto e reviveu e é digno de abrir o livro da vida, o Filho que regerá todas as nações, o Noivo, o vitorioso Rei dos reis e Senhor dos senhores, o justo Soberano do Reino milenial e do Reino eterno. Não deve ser esquecido nunca que o testemunho de Jesus é o espírito de profecia. A pessoa de Cristo, Sua vitória e Seu Reino resultam em adoração e louvor a Ele do começo ao fim desse livro.

1. O LIVRO DO APOCALIPSE.
Com a intensificação da perseguição aos cristãos, a Igreja do primeiro século também enfrentou problemas internos. Ela passou a batalhar contra o pecado, as doutrinas e práticas heréticas, bem como contra a apatia espiritual.

Cristo havia prometido voltar, mas quando e como? Além disso, o que Jesus faria em relação aos problemas pelos quais a Igreja passava quando Ele, de fato, retornasse? Em meio a essas circunstâncias, os primeiros leitores de Apocalipse precisavam ser encorajados e exortados. Por um lado, a mensagem se revelou uma promessa de proteção divina em relação ao juízo divino sobre o mundo. Por outro, aqueles que lessem deveriam guarda-la no coração, obedecendo reverentemente ao Senhor, à Palavra de Deus e atentando para o testemunho de Jesus, como fizera o apóstolo João, o qual, ao escrever Apocalipse, queria renovar a confiança de seus leitores de que Cristo tem o controle do curso da história.

O propósito primordial do Altíssimo em toda a história é o estabelecimento do Reino messiânico prometido. Associada a esse objetivo final está a oportunidade para os cristãos perseverarem na fé e na obediência. A expectativa desses vitoriosos é, no futuro, reinar com Cristo co-herdeiros de Seu reino.

É o último livro da Bíblia e, para a maioria dos cristãos, um dos lidos com menos frequência e um dos mais difíceis. Algumas poucas passagens do mesmo são bem conhecidas e amadas (exemplo 7.9-17); mas quanto à sua generalidade os leitores modernos acham o livro ininteligível. Isso se deve mais ao fato que o livro abunda em simbolismo de um tipo que já não usarmos, e para o qual já não possuímos mais a chave. No entanto, essa espécie de figura era imediatamente compreensível para os homens da época em que foi escrito o livro. De fato, isso explica parcialmente nossas dificuldades. O autor pode supor que seus leitores perceberiam suas alusões, e assim não sentiu necessidade de dar explicações.

O livro, conforme seu nome indica, pertence à classe de literatura conhecida como apocalíptica. É o único livro desse tipo no NT, ainda que existam passagens apocalípticas em outros livros(ex. MT 24), enquanto que as visões de Daniel pertencem à mesma espécie. Uma das características apocalípticas é que Deus é soberano, e que finalmente ele intervirá de modo catastrófico para fazer realizar-se sua boca e perfeita vontade. Há oposição contra Deus por parte de forças poderosas e variadas do mal, as quais são usualmente referidas de maneira simbólica, na forma de animais, chifres etc. Há visões; anjos falam; há choques entre forças poderosas; e, por fim, os santos perserguidos são vindicados. Muito disso é convencional (motivo pelo qual os primeiros leitores do livro poderiam entende-lo com bastante facilidade), ainda que nas mãos de muitos entusiastas isso tenha levado a fantasias absurdas e grotescas. O apocalipse bíblico é muito mais restringido. Outra diferença entre o nosso livro de apocalipse e a forma comum de escritos apocalípticos é que o nome do autor é dado naquele, enquanto que, nestes, seus autores são usualmente pseudônimos. Os escritores destes últimos aproveitaram os nomes de grandes personagens do passado, atribuindo suas obras aos mesmos. Para nosso propósito presente é importante notar que neste livro o Espírito Santo lançou mão de uma forma literária reconhecida, mas que o mesmo livro não é simplesmente um apocalipse convencional. Possui características próprias, e é profecia genuína, conforme o indicam os três primeiros versículos.

2. AUTORIA, DATA E LOCAL.
Historia:
Por volta de 70 d.C., o apóstolo João assumiu o trabalho pastoral em Éfeso, o qual incluía as igrejas da região circunvizinha, às quais Apocalipse 2-3 refere-se como as sete igrejas da Ásia Menor. Em Roma, Nero, imperador romano, iniciara a perseguição aos cristãos; contudo, ainda não se iniciara o “fogo ardente” de que Pedro fala em sua primeira carta (1 Pe 4.12ss). No entanto, Domiciano, quando se tornou imperador, intensificou a perseguição aos cristãos. Como ficará evidente nessas páginas da historia, Domiciano era um assassino frio. Ele instituiu a adoração do imperador e começava suas proclamações com as palavras: “Nosso Senhor e Deus Domiciano ordena”. Todas as pessoas tinham de se dirigir a ele como “Senhor e Deus”. Ele era implacável na forma de tratar os gentios e os judeus, e, por ordem dele, João foi exilado na ilha de Patmos, uma ilha rochosa, localizada no mar Egeu, com 16 quilômetros de extensão e 9,6 quilômetros de largura. Nessa ilha, havia um campo penal romano em que os prisioneiros trabalhavam em minas. Nesse ponto isolado do mundo, João recebeu as visões que compõem Apocalipse.

Autoria:
O autor do Apocalipse se refere a si mesmo como João. Ele está unido às sete igrejas na província romana da Ásia (atualmente sudoeste da Turquia) tanto no seu sofrimento quanto nas bênçãos e na perseverança. Seu posicionamento por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo (ap. 1.9) fez com que ele fosse exilado em Patmos, um pequena ilha localizada a cerca de 97Km a sudoeste de Éfeso, no mar Egeu. João era o discípulo amado. Ele era, no Novo Testamento, como o profeta Daniel no Antigo, um homem mui amado. Ele era o servo de Cristo; ele era apóstolo, um evangelista, um profeta; ele serviu a Cristo em todos os ofícios extraordinários da igreja.

A descrição do sofrimento em Apocalipse parece mais próxima do que se sabe sobre a perseguição sob o domínio de Domiciano. Existe também uma declaração de Irineu (de Lião, teólogo e escritor cristão), por volta de 185 d.C., dizendo que João escreveu o Apocalipse “ao fim do reinado de Domiciano”, o que seria por volta de 95 d.C.

Local e Data:
Quanto à época de sua escrita, o Apocalipse foi redigido durante um período no qual os cristãos estavam sofrendo dura perseguição. As datas mais amplamente sugeridas são uma mais antiga, antes de 70 d.C., e uma posterior, por volta de 95 d.C. O que reforça uma data no final de 60 d.C. é que, nessa época, os pagãos acreditavam que o irracional imperador Nero seria ressuscitado. Isso explicaria as representações no capítulo 13 de Apocalipse. A referência ao templo de Deus e ao altar (Ap 11.1) em Jerusalém, que só foram destruídos no ano 70 d.C., também apoiam a data mais antiga. Mas os fatos relativos ao fim do reinado de Domiciano como imperador (81-96 d.C.) sugerem que Apocalipse pode ter sido escrito por volta de 95 d.C.

3. APOCALIPSE, O LIVRO PROFÉTICO DO NT.
O livro tem início com uma visão do Senhor ressurreto, o qual envia mensagens a sete igrejas, localizadas em Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, um grupo de cidades que ficava na província romana da Ásia (1.1 – 3.22).

As mensagens repreendem essas igrejas nos pontos em que haviam falhado, e encorajam-nas a prosseguir na vereda do serviço cristão. A seguir, aparecem visões de Deus e do cordeiro (4.1 , 5.14), após as quais lemos acerca dos sete selos (8.1-17; 8.1). Isso conduz ás sete trombetas, com uma visão registrada após cada trombeta e tocada (8.2 – 9.21 – 11.15-19).

Entre o sexto e o sétimo há um interlúdio (7.1-17), e outro ainda entre a sexta e a sétima trombetas (10.1-11,14). João a seguir registra várias maravilhas no céu, uma mulher que dá a luz um menino e que sofre a oposição de Satanás (12.1-17), bestas que se opõem a Deus (13.1-18), o Cordeiro no monte Sião, junto com seus seguidores (14.1-20).

Após isso são relatadas as sete últimas pragas. João vê sete anjos com taças, e conforme cada qual as vai derramando sobre a terra, segue-se uma das citadas pragas (15.1 -16.21).Julgamentos anexos são então pronunciados contra a mulher vestida de escarlata e contra Babilônia (17.1 – 19,21), e o livro termina com visões sobre o milênio, e sobre novos céus e a nova terra (20.1 – 22.21).

4. A LEITURA DO APOCALIPSE.
Sendo o Apocalipse um livro profético, torna-se essencial conhecer as chaves que abrem, e as utilizemos para desvendar os acontecimentos e eventos que marcarão profundamente a vida de todo ser humano.

1. Estudar ligado em oração ao autor do livro. No estudo da Bíblia, encontramos três dimensões importantíssimas para o entendimento correto das Escrituras. São elas: inspiração. Iluminação e revelação.
2.Depender da iluminação do Espírito Santo. A clareza do texto sagrado acontece pelo trabalho que o espírito Santo realiza na vida de todas as pessoas que desejam aprender e crescer em Deus, tornando-se amadurecidas para serem utilizadas nas mão do Senhor.

Simbolizando como “rios de águas vivas” (Jo 7.38,39), assim como a água alcança todos os lugares onde lhe é permitido chegar, o Espírito Santo quer atingir todas as áreas da nossa vida com as verdades profundas da palavra de Deus, especialmente sobre as profecias bíblicas dos dias finais.

3.Utilizar sempre o método Contextual. O que é o Método Contextual? È considerar sempre um versículo à luz do seu versículos que precedem e os que o seguem. É examinar, estudar e considerar tudo o que vem antes e o que está depois do referido versículo. Tornar-se muito difícil a interpretação correta sem o uso do método contextual.

4.Observar o papel de Israel e da Igreja. Desde o primeiro livro da Bíblia até o último – o Apocalipse, observamos uma diferença bem clara entre a nação de Israel, os israelitas-judeus, e a Igreja formada em sua maioria pelos gentios.

O Messias profetizado nas Sagradas Escrituras, especialmente no Antigo Testamento, vem diretamente da nação de Israel. Ele veio de Judá, uma das tribos dos judeus(Gn 49.10). Ele procede da linhagem de Davi, o segundo rei de Israel (2 Sm 7.14). O Senhor Jesus, como o Messias Verdadeiro, cumpriu integralmente, oss padrões da Lei de Moisés dada por Deus à nação de Israel. No final dos tempos, o Messias voltará a este mundo para levar tanto gentios quanto judeus (Is 49.6) convertidos para o Seu reino.

5.Desejar aprender e nunca polemizar. O espírito de polêmica nunca deve ser a motivação maior no estudo das profecias bíblicas. Como dissemos, a palavra mistério na Teologia é “uma verdade parcialmente revelada”. Assim sendo, nunca podemos polemizar o texto bíblico (1 Co 11.16).

6.Nunca utilizar uma interpretação pessoal. O livro do apocalipse deve ser estudado em atitude de profunda oração, desprovida de ideias ou pensamentos pré-concebidos. Devemos estar totalmente abertos para o Espírito Santo e nos ater unicamente às regras da Hermenêutica (na língua grega hermeneutes, que significa intérprete). Arte de interpretar leis e/ou textos sagrados.

7.Jamais suprimir ou acrescentar nada ao texto bíblico. Finalmente, mais uma chave importante no estudo criterioso do Apocalipse. Nunca, absolutamente nunca, de nenhuma forma, acrescentar ou tentar suprimir algo de tudo que foi revelado pelo Senhor Jesus ao apóstolo João. Ele foi ordenado a registrar num livro e enviar às igrejas (Ap. 1.11).

CONCLUSÃO
O livro do Apocalipse registra detalhadamente o final de todas as coisas. Devemos obedecer todas as verdades declaradas pelo Senhor Jesus. Assim como o Senhor era completamente obediente aos ensinos e a vontade de Seu Pai, todos nós, sem exceção, devemos obedecer às advertências divinas ministradas pelo Senhor (Rm 6.17).

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

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