domingo, 30 de janeiro de 2011

Lição 6 - 1º Trimestre 2011 A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA NA IGREJA 06 de Fevereiro de 2011


LEITURA BÍBLICA:   Atos 5.1-11
1 Mas um homem chamado Ananias, casado com uma mulher que se chamava Safira, vendeu um terreno 2 e só entregou uma parte do dinheiro aos apóstolos, ficando com o resto. E Safira sabia disso. 3 Então Pedro disse a Ananias:
- Por que você deixou Satanás dominar o seu coração? Porque mentiu para o Espírito Santo? Por que você ficou com uma parte do dinheiro que recebeu pela venda daquele terreno? 4 Antes de você vende-lo, ele era seu, e, depois de vender, o dinheiro também era seu. Então por que resolveu fazer isso? Você mentiu para seres humanos – mentiu para Deus!
5 Assim que ouviu isso, Ananias caiu morto; e todos os que souberam do que havia acontecido ficaram com muito medo. 6 Então vieram alguns moços, cobriram o corpo de Ananias, levaram para fora e o sepultaram. 7 A mulher de Ananias chegou umas três horas depois, sem saber do que havia acontecido com o marido. 8 Aí Pedro perguntou a ela: - Me diga! Por este preço que você e o seu marido venderam o terreno? - Foi! – respondeu ela. 9 Então Pedro disse: - Por que você e o seu marido resolveram pôr à prova o espírito do Senhor? Os moços que acabaram de sepultar o seu marido já estão lá na porta e agora vão levar você também. 10 No mesmo instante ela caiu aos pés de Pedro. Os moços entraram e, vendo que ela estava morta, levaram o corpo dela e o sepultaram ao lado do marido. 11 E toda a igreja e todos aqueles que souberam disso ficaram apavorados.

OBJETIVOS
Reconhecer que a disciplina é uma prova do amor de Deus.
Explicar a necessidade da disciplina.
Saber que todo ato gera uma consequência.
Mentir é um ato abominável que não agrada a Deus.
Doar com generosidade é dom de Deus.

INTRODUÇÃO
Ananias e Safira tinham o desejo de ter uma reputação semelhante à reputação de Barnabé (At 4.36,37), mas o casal não era dotado do mesmo caráter que ele. Enquanto os outros cristãos buscavam servir aos companheiros de fé, Ananias e Safira buscavam certo status para serem servidos.  Ananias e Safira acreditaram no Senhor Jesus Cristo, porém acabaram por sucumbir às tentações da ganância e do orgulho. Note que a palavra grega encher aqui, usada para denotar a ação de Satanás em Ananias e Safira, é a mesma palavra usada em At 4.8 para se referir ao enchimento do Espírito Santo. O termo significa o mesmo que tomar posse ou deter o controle. Os filhos de Deus que foram libertados de toda tirania de Satanás têm a habilidade para escolher o que ou quem eles desejam que os controle. Quando escolhemos praticar o pecado, nós abrimos uma porta a Satanás. A influência maligna que tentou Ananias e Safira a terem maus desejos e pensamentos foi eficiente porque os levou a mentirem contra o Espírito Santo.
1.  A DISCIPLINA E SUA NECESSIDADE.   
O desejo de ser louvado por generosidade (fingida) e o amor pelo dinheiro geraram o primeiro pecado registrado na vida da igreja. É uma advertência de que “de Deus não se zomba” (Gn 6.7). Compare esse juízo divino no começo da era da igreja com os juízos divinos contra Nadabe e Abiú (Lv 10.2), contra Acã (Js 7.25) e contra Uzá (2 Sm 6.7).
Disciplina. O conjunto dos regulamentos destinados a manter a boa ordem em qualquer assembléia ou corporação; a boa ordem resultante da observância desses regulamentos: a disciplina militar. Submissão ou respeito a um regulamento. Cada uma das matérias ensinadas nas escolas.
O objetivo da disciplina é orientar e evitar que o erro torne a ser repetido. A falta de disciplina pode levar à morte (Pv 15.10).
Pitágoras, um filósofo e matemático grego, disse: “Eduque as crianças, para que não seja necessário punir os adultos”.
Disciplinar é, antes de tudo, ensinar, para depois cobrar o que foi ensinado. Tem-se por objetivo evitar que um erro seja repetido (e isto se faz sem se passar tempo e demostrar amor!). Uma pessoa sem disciplina não consegue entender seus próprios limites, nem a consequência de seus atos. “O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que ama, a seu tempo, o castiga”, Pv 13.24.
A disciplina de Deus não permite que o crente viva em atos de libertinagem, já que o Espírito Santo o corrigirá todo o tempo. Não menosprezes a Disciplina, pois isto mostra que estás sendo santificado em tua conduta.

2.  A OFERTA DE ANANIAS E SAFIRA
A origem do pecado de Ananias: Encheu Satanás o teu coração (v.3). O diabo não só lhe sugeriu o pecado e o colocou na cabeça, mas também o instigou firmemente que fizesse. Tudo que for contrário ao bom Espírito procede do mau espírito, e tais corações são cheios por Satanás nos quais a mundanalidade reina e tem ascendência. Certos estudiosos afirmam que Ananias era um dos que tinham recebido o espírito Santo e foi cheio dos seus dons. Contudo, tendo provocado o Espírito, este se retirou dele. Agora Satanás encheu o seu coração, semelhantemente o Espírito do Senhor se retirou de Saul, e assombrava um espírito mau, da parte do Senhor (1Sm 16.14).
Ananias desmentiu o Espírito Santo que nele estava. Esta é a opinião do Dr.Lightfoot ao supor que Ananias não era um crente leigo, mais um ministro, um dos cento e vinte que receberam o dom do Espírito Santo (pois ele é mencionado imediatamente depois de Barnabé). Todavia, ele ousa, por dissimulação, desmentir e envergonhar esse dom. Outra sugestão é que tinham vendido suas propriedades e depositado o dinheiro aos pés dos apóstolos, o fizeram por impulso especial do Espírito Santo, o qual os capacitou a agir de modo tão grandioso e generoso.
Ananias desmentiu o Espírito Santo que estava nos apóstolos, a quem ele levou o dinheiro. Ele deturpou o Espírito pelo qual eles eram movidos, quer por suspeita de que eles não seriam fiéis na distribuição das ofertas confiadas a eles (pensamento infame, como se eles fossem falsos à responsabilidade assumida), ou por certeza de que eles não descobriram a fraude. Ele desmentiu o Espírito Santo quando, pelo que fez, teria pensado que os que são dotados com os dons do Espírito Santo podem ser facilmente enganados com outros. Foi o que pensou Geazi, a quem seu senhor o convenceu do erro por esta palavra: Porventura, não foi o contigo meu coração? (2 Rs 5.26).
Os que fingem ter a inspiração do espírito, enganando a igreja com suas próprias fantasias, seja de opinião ou de prática, que afirmam que são movidos pelos céus quando na verdade agem por orgulho, cobiça ou simulação de poder, desmentem o espírito Santo.

3. O EXTREMO DA DISCIPLINA
Ananias morreu imediatamente: Ananias, ouvindo estas palavras (v.5), emudecido, no mesmo sentido que ficou sem fala aquele que foi acusado de adentrar a festa de casamento sem a roupa nupcial (Mt 22.12). Nada teve a dizer em sua defesa. Mas isso não foi tudo. Ele foi atacado de mudez, na presença de uma testemunha, porque foi ferido de morte: Ele caiu e expirou. Ao que parece, Pedro não intentou nem esperava que a morte sobreviesse a Ananias após proferir aquelas palavras. Mas é provável que intentasse e esperasse que Safira, a esposa de Ananias, morresse, pois lhe falou especificamente  de morte (v.9). certos estudiosos entendem que um anjo feriu Ananias, matando-lhe, como sucedeu  com Herodes (cap. 12.23). E talvez, quando permaneceu sob a convicção de ter mentido ao espírito Santo, a lembrança da imperdoabilidade da blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12.31) o golpeou como um punhal no coração. Veja o poder da palavra de Deus que havia na boca dos apóstolos. Como para algumas pessoas era cheiro de vida para vida, assim para outras era cheiro de morte para morte (2Co 2.16). Como há aqueles a quem o evangelho justifica, assim há aqueles a quem condena. Este castigo de Ananias pode parecer severo, mas estamos certos de que foi justo.
O castigo tinha o propósito de preservar a honra do Espírito Santo, que fora recentemente derramado sobre os apóstolos para estabelecer o reino do evangelho.
Pedro profere o destino de Safira: Eis aí à porta os pés (talvez ele tivesse ouvido os passos se aproximando ou soubesse que os jovens não estavam longe) dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti (v.9). Como Adão e Eva, que concordaram em comer o fruto proibido, foram expulsos juntos do paraíso, assim Ananias e Safira, que concordaram em tentar o Espírito do Senhor, foram afugentados juntos do mundo.
A própria sentença se executa a si mesma. Não houve necessidade de executor, pois um poder mortal apoiou a palavra de Pedro, como acontece às vezes com o poder curador. O Deus, em cujo nome o apóstolo falou, mata e faz viver, e da sua boca (neste momento, Pedro era sua boca) sai o mal e o bem (Dt 32.29; Lm 3;38). E logo Safira caiu aos seus pés e expirou (v.10).
De nada adianta tentarmos enganar a liderança da Igreja, pois ela é conduzida pelo Espírito Santo, o qual, através de sua Onisciência, contempla todas as coisas. Se não somos castigados, imediatamente, pelos graves erros que cometemos, é porque Ele espera o nosso arrependimento.

CONCLUSÃO
Veio sobre os que tinham se unido à igreja um grande temor de Deus e seus julgamentos e também uma reverência maior pela dispensação do Espírito na qual agora se encontravam. Não foi um desalento ou coibição à alegria que tinham, mas lhes ensinou a serem sérios na alegria e se alegrarem com tremor. Depois destes acontecimentos, todos os que depositaram o dinheiro aos pés dos apóstolos tinham temor de reter qualquer parte do preço.
A morte fulminante desse casal deve levar cada crente a refletir seriamente sobre a Igreja de Cristo. Os que trilham pelo mesmo caminho, e a justiça divina ainda não veio sobre ele, é porque Deus está dando a oportunidade para o arrependimento. A porta ainda está aberta. Que o Senhor possa livrar o seu povo dessa hipocrisia!

Pesquisado e Elaborado: Ev. Junior França - E-mail e MSN: junior.franca1@hotmail.com  Fones: (85) 3226-2753(Igreja)ADBV. Cel.(85)8884.4401
Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lição da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico SBB, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico Wycliffe e outros.





terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Lição 5 - 1º Trimestre 2011 SINAIS E MARAVILHAS NA IGREJA 30 de Janeiro de 2011




LEITURA BÍBLICA:   Atos 3.1-11

1 Certo dia de tarde, Pedro e João estavam indo ao Templo para a oração das três horas. 2 Estava ali um homem que tinha nascido coxo. Todos os dias ele era levado para um dos portões do Templo, chamado “Portão Formoso”, a fim de pedir esmolas às pessoas que entravam no pátio do Templo. 3 Quando o coxo viu Pedro e João entrando, pediu uma esmola. 4 Eles olharam firmemente para ele, e Pedro disse:
- Olhe para nós!
5 O homem olhou para eles, esperando receber alguma coisa. 6 Então Pedro disse:
- Não tenho nenhum dinheiro, mas o que tenho eu lhe dou: pelo poder do nome de Jesus Cristo, de Nazaré, levante-se e ande. 7 Em seguida Pedro pegou a mão direita do homem e o ajudou a se levantar. No mesmo instante os pés e os tornozelos dele ficaram firmes. 8 Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. Depois entrou no pátio do Templo com eles, andando, pulando e agradecendo a Deus. 9 Toda a multidão viu o homem pulando e louvando a Deus. 10 Quando perceberam que aquele era o mendigo que ficava sentado perto do Portão Formoso do Templo, ficaram admirados e espantados com o que havia acontecido. 11 O homem que havia sido curado acompanhou Pedro e João. Todas as pessoas estavam admiradas e correram para a parte do pátio do Templo chamada “Alpendre de Salomão”, onde eles estavam.

INTRODUÇÃO

O texto sacro nos informa que houve muitas maravilhas e sinais que se faziam pelos apóstolos (cap. 2.43). Tais milagres não estão escritos neste livro, mas temos aqui um exemplo. Os primeiros cristãos não faziam milagres em todos que tivessem ocasião de chegar à sua presença, mas conforme o Espírito Santo os orientava, a fim de explicar o propósito da comissão que tinham. Portanto, nem todos os milagres que fizeram estão escritos neste livro, mas estão registrados somente os que o Espírito Santo julgou necessário para explicar o propósito desta história sagrada.

1.  SINAIS E MARAVILHAS, A AÇÃO SOBRENATURAL DA IGREJA.   
  
Visto que o termo milagre é popularmente aplicado a ocasiões incomuns, até mesmo por aqueles que professam não acreditar no sobrenatural, nem sempre é fácil atribuir o verdadeiro significado bíblico à palavra. É provável que a definição mais simples seja: “uma interferência na natureza por um poder sobrenatural”. Outra definição também é útil. “Um milagre é um evento no mundo exterior, que é trabalhado pelo poder imediato de Deus”. Isso que dizer que uma obra divina é milagrosa quando Deus “não usa meios, mas utiliza o seu poder criativo, como o utilizou quando fez todas as coisas a partir do nada”. Em outras palavras, um milagre acontece quando Deus dá um passo para fazer algo além do que poderia ser realizado de acordo com as leis da natureza, do modo como a entendemos, e que na verdade pode estar em desacordo com elas e ser até uma violação delas. Além disso, um milagre está além da capacidade intelectual ou científica do homem.
A operação de milagres visa o aprofundamento da compreensão do homem sobre Deus. Essa é a maneira de Deus falar dramaticamente para aqueles que têm ouvidos para ouvir. As histórias de milagres estão intimamente envolvidas com a fé dos observadores e dos participantes (Êx 14.31) e com a fé daqueles que lerão ou ouvirão posteriormente  (Jo 20.30,31). Jesus esperava a fé como a reação correta para sua presença e feitos salvadores; tratava-se de uma fé que “curava”, que fazia a diferença entre a mera criação de uma impressão e uma comunicação salvadora de sua revelação de Deus.
Depois que o Senhor Jesus Cristo ascendeu ao céu, os discípulos começaram a pregar em seu nome, interpretando os acontecimentos de sua vida e especialmente de sua morte, escrevendo aos seus convertidos, mensagens que traziam em si a autoridade do Espírito Santo. Eles eram verdadeiros mensageiros de Deus, interpretando corretamente a mensagem e a obra de seu Filho? Os seus pronunciamentos deveriam ser tratados como se fossem inspirados? Os milagres ajudaram a responder estas perguntas de forma afirmativa.
O propósito dos milagres. Alguns tendem a ver os milagres como eventos isolados na vida dos profetas ou do Senhor Jesus Cristo. Presumivelmente, o desespero medonho de uma pessoa, a seriedade de uma situação ou a iniciativa de Elias ditou se um milagre deveria ou não ser realizado. Mas os milagres não estão espalhados em uma confusão geral ao longo da Bíblia Sagrada. Em cada caso, os milagres serviram para dar crédito à mensagem e ao mensageiro de Deus, em ligações importantes no desenvolvimento da tradição judaico-cristã. Eles também preservaram a verdade de Deus da extinção.

2.  O MILAGRE NA PORTA FORMOSA

Lugar freqüentado pelos mendigos. “Porta do Templo, chamada Formosa” (v.2). Segundo Josefo, havia no Templo nove portas cobertas de ambos os lados com ouro e prata. Uma estava fora da casa, feita do bronze de Corinto, ornada de ouro e prata, que reluziam à luz do Sol, conhecida como porta de Nicanor ou porta Oriental. A maioria dos expositores identifica essa porta com a do texto. Por essa razão, era “chamada Formosa”. Além disso, ela dava acesso ao “alpendre chamado de Salomão” (At 3.11).
A grandeza do milagre. Lucas afirma que o paralítico era conhecido, em virtude de haver nascido coxo e por ser frequentador da porta formosa, na mendicância (v.9). Isso para a magnitude do milagre bem como sua irrefutabilidade. Não se tratava de uma operação obscura, subjetiva e sem prova. Era uma realidade.
A mensagem de Jesus consistia na trilogia: ensinar, pregar e curar (Mt 4.23, 9.35). Isso Jesus mandou que seus discípulos fizessem (Mt 28.19,20). É essa a mensagem que pregamos na atualidade. A cura do coxo teve repercussão em toda Jerusalém, mas nos bastidores, estavam as autoridades, aguardando a oportunidade para investir contra a Igreja. O milagre da cura é de suma importância para a pregação do Evangelho.

3. O MILAGRE ABRE A PORTA DA PALAVRA

O milagre era a prova de que Jesus estava com seus discípulos. A cura foi instantânea e impressionante: “e, saltando ele, posse em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus” (v.8). Esse homem era conhecido dos adoradores do Templo, pois vivia pedindo esmola junto à porta Formosa (v.10). Imediatamente, entrou no Templo, glorificando e louvando a Deus, para surpresa e espanto dos presentes.
Jesus garantiu aos apóstolos que estaria com eles. Aí estava a prova. Cristo também afirmou que seus discípulos fariam obras maiores do que Ele (Jo 14.12). “Maiores obras” diz respeito à quantidade e não à qualidade. A palavra grega aqui é meizon, grau comparativo de megas, “grande”. Também significa quantidade.

CONCLUSÃO

Milagres não devem nortear a vida do crente. Sinais  e maravilhas são feitos pelo Senhor, que utiliza a instrumentalidade humana para esse fim, mas isso não significa que eles são o indicativo para orientação de Deus às nossas vidas.
Há pessoas que se colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco regulatória para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude na vida se não virem milagres à sua volta. Tais pessoas precisam  aprender a crer que os milagres são parte do Evangelho, mas que a Palavra de Deus é que deve nortear a vida do crente. Os sinais seguem aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os que crêem seguem os milagres. (E.C)

Pesquisado e Elaborado: Ev. Junior França - E-mail e MSN: junior.franca1@hotmail.com  Fones: (85) 3226-2753(Igreja)ADBV. Cel.(85)8884.4401
Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lição da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico SBB, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico Wycliffe e outros.




quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Lição 4 - 1º Trimestre 2011 O PODER IRRESISTÍVEL DA COMUNHÃO NA IGREJA 23 de Janeiro de 2011


 
   

LEITURA BÍBLICA

Atos 2.40-47

Pedro continuou a dar o seu testemunho e, com muitas outras explicações, procurou convencê-los, dizendo:
- Saiam do meio dessa gente má e salvem-se!
Muitos acreditaram na mensagem de Pedro e foram batizados. Naquele dia quase três mil se juntaram ao grupo dos seguidores de Jesus. E todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações.
Os apóstolos faziam muitos milagres e maravilhas, e por todas as pessoas estavam cheias de temor. Todos os que criam estavam juntos e unidos e repartiam uns com os outros o que tinham.
Vendiam as suas propriedades e outras coisas e dividiam o dinheiro com todos, de acordo com a necessidade de cada um. Todos os dias, unidos, se reuniam no pátio do templo. E nas suas casas partiam o pão e participavam das refeições com alegria e humildade. Louvavam a Deus por tudo e eram estimados por todos. E cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas.

INTRODUÇÃO

A vida comunitária da igreja primitiva visava ser exemplo extraordinário do que o Espírito de Cristo podia dizer em favor da humanidade. Era o tipo de vivência que Jesus ensinava e vivera seus apóstolos e seguidores durante seu ministério. Os discípulos já tinham aprendido que o Senhor os sustentaria se vivessem juntos como irmãos e irmãs em Cristo. Membros de um só corpo, tendo Cristo por cabeça. Vemos também que, embora os membros da igreja passassem boa parte do tempo juntos no templo, aprendendo os ensinos dos apóstolos, eles também participavam de refeições nas suas próprias casas (v.46). Por exemplo, Filipe, um dos sete que ministravam às mesas (At. 6.1-7), posteriormente residiu na sua propriedade em Cesaréia (At. 21.8)
A vida comunitária deixava espaço para atividades familiares e vocacionais individuais, bem como para períodos significativos passados juntos em comunhão. Os membros da igreja primitiva repartiam voluntariamente o que possuíam com os novos irmãos e irmãs em Cristo, a fim de suprir as necessidades básicas dos que não tinham condições financeiras para isso. Havia muitos cristãos pobres em Jerusalém; anos mais tarde, Paulo levantou ofertas das igrejas fora da Palestina a favor da igreja-mãe Jerusalém (At. 11.29; 24.17)

1.  A COMUNHÃO DOS SANTOS  
   
O que é comunhão. Comunhão significa companheirismo ou parceria com outros baseado em algo que se tenha em comum. A comunhão cristã pode ser considerada sob vários aspectos.
Participantes. A comunhão do cristão é em primeiro lugar com Deus (1Jo. 1.6); com Cristo (1Co. 1.9), com o Espírito Santo (Fp 2.1), com o Pai  o Filho (1Jo. 1.3). Em segundo lugar com os companheiros cristãos (Jo.15.12; 1Jo. 1.3,7).
A comunhão dos cristãos com os homens deve, porém, ser baseada, em primeiro lugar, em sua clara confissão de que Cristo é o messias prometido e que verdadeiramente teve um corpo humano de carne e ossos (1Jo 4.2,3; 2Jo 7-11); e em segundo lugar, o cristão não deve estar em comunhão com aqueles que vivem em pecados patentes abertos tais como fornicação, idolatria, cobiça e embriaguez (1Co. 5.11). contudo, o cristão pode se associar ou conviver com não salvos que tenham estes pecados, e terá de fazê-lo porque ele faz parte do mundo.
A comunhão (do grego Koinônia: “comunidade, comunalidade, comunhão”) inclui dois elementos: Cada um deles estimula o outro, como se explica adiante:
- Aprofundando a amizade, e
- Desenvolvendo visão, objetivos e prioridades em comum.
A igreja batizada em um corpo. É preciso esclarecer que a expressão “batizados em um Espírito”(1Cor.12.13) não é uma referência ao batismo com Espírito Santo, menos ainda ao batismo em águas. O apóstolo Paulo, aqui, está explicando que todos os que pertencem à igreja de Cristo foram mergulhados em uma essência espiritual, formando uma unidade, uma nova substância com ela.
Nós, os salvos em Cristo, fomos mergulhados no Espírito Santo, gerando, assim, um corpo espiritual: o Corpo de Cristo, a Igreja invisível.

2.  A COMUNHÃO CRISTÃ CARACTERIZA-SE PELA UNIDADE

O impressionante crescimento do número de convertidos criou novas necessidades e responsabilidades.
Os apóstolos tinham o dever de treinar esse grande grupo e conduzi-lo à comunhão com os outros cristãos.
O processo se dava em quatro etapas:
- Era ensinado aos novos convertidos que eles deveriam perseverar na doutrina dos apóstolos. A uniformidade da crença em relação à pessoa de Jesus, baseada no testemunho ocular de Seus seguidores, era essencial.
- Os novos convertidos eram incentivados a partilhar da comunhão da Igreja. A palavra grega traduzida por comunhão significa compartilhar sua vida com os outros cristãos.
- Os novos convertidos eram incentivados a partir o pão, provavelmente, uma referência à ceia do Senhor (1 Co 11.23,24). Alguns creem que essa é uma referência mais ampla à Festa do Amor, uma refeição de comunhão da Igreja primitiva.
- Os novos convertidos eram ensinados na disciplina da oração. As orações coletivas eram vistas como parte essencial do crescimento espiritual da Igreja.
A disposição e distribuição dos bens na Igreja primitiva eram feitas entre todos, segundo a necessidade de cada um. Quando uma carência física ou espiritual chegava ao conhecimento da Igreja, a ação era realizada, para que o problema fosse resolvido (1Jo 3.17).
3. OS FRUTOS DA COMUNHÃO CRISTÃ

- A comunhão na Ceia do Senhor (1Co.10.16-21), na qual o crente professa sua fé no sangue expiatório de Cristo e manifesta sua morte até que Ele volte (1Co. 11.23-26). Paulo dá instruções muito cuidadosas no que diz respeito a esta comunhão, e nos adverte a examinarmos a nós mesmos antes de participarmos da Mesa do Senhor 1Co. 11.27,28.
- A comunhão como membro da Igreja. O nosso Senhor estabeleceu sua igreja do NT, ou corpo dos chamados crentes, declarando-se como Salvador (Mt. 16.18). Ele estabeleceu tanto de judeus como de gentios um novo “homem” ou “corpo” (Ef.2.14-16). Ele amou a igreja como sua própria noiva, e deu a si mesmo por ela (Ef.5.25). Nas igrejas ou assembleias locais, os cristãos devem ser alimentados (Hb. 10.24,25) e desfrutar a comunhão na palavra e na oração (At. 2.42).
- Ministração aos santos tais como fundos de socorro para outras igrejas (At 11.29), ajuda a cristãos que estejam passando momentos de necessidades (Rm 12.13), suportando e compartilhando os fardos de outras pessoas (Rm 15.1).
- Dar; este é um mandamento (1Tm 6.18) que pode consistir de uma doação sistemática regular (Rm 15.26), ou pode ocorrer na doação de grandes somas ou até mesmo de tudo o que alguém possui em um determinado momento (At 4.36,37)
- Comunhão no sofrimento. Isto se refere ao sofrimento como membro do corpo de Cristo, da participação nos sofrimentos e aflições de Cristo (Fp 3.10).
- Doação. Os cristãos do Novo Testamento demonstravam seu amor uns para com os outros por meio da doação deles próprios como sacrifícios ao Senhor. Como expressão livre de amor em favor dos que eram pobres necessitados.
- Amor. Os cristãos da Igreja primitiva amavam uns aos outros e eram muito gentis. Suas obras de caridade eram tão valorosas quanto sua devoção. Suas reuniões nas santas ordenanças uniam os corações uns aos outros, tornando-os muito estimados e amados entre eles mesmos.

CONCLUSÃO

Esta comunhão abençoada atinge sua consumação na comunhão eterna dos crentes com o Deus Trino e uns com os outros (Sl 73.23-26). Esta comunhão constitui uma bênção suprema da glória dos céus (Ap 5.9-14). A verdadeira comunhão cristã gera frutos na vida da igreja, tornando-a verdadeiramente o corpo de Cristo.

Pesquisado e Elaborado: Ev. Junior França - E-mail e MSN: junior.franca1@hotmail.com  Fones: (85) 3226-2753(Igreja)ADBV. Cel.(85)8884.4401
Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lição da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico SBB, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico Wycliffe.





sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Esboço - As três cruzes no gólgota (lugar da caveira) Lc. 23.33-43



Introdução

O tema inicial da nossa fé esta em Isaías 9.6, pois com estes versículos poderemos verificar o grande amor de Deus através do seu filho pela humanidade, pois João tentou definir este amor e registrou que foi de uma tal maneira que Deus através do seu filho Jesus Cristo nos alcançou, pois através do seu sacrifício, foi rejeitado e humilhado conforme vemos em Isaías 53.2-8. Demonstrou o seu amor a cruz do arrependimento, pois através do seu sacrifício alcançou o ladrão na cruz. Is. 9.6; 53.2-8

A Cruz da Rebelião

Seus feitos: um homem rejeitado pela sociedade, devido os seus atos perversos de crueldade, um perturbador da paz, homicida, insensível a verdade, cego pelo pecado, seu coração estava cheio de ódio, amargurado, colocando a culpa de tudo em todos. Vazio, Indiferente, sem paz, quem saber procurou a solução em amigos e na força de seu braço, mas tudo isso fez com que ele se afastasse mas de Deus.
Seu erro: Cristo estava ao seu lado e ele o rejeitou não reconheceu o seu erro e continuou cego no pecado, pois ao seu lado estava o autor da vida, pois aquele a quem ele estava zombando era o salvador do mundo a solução para sua alma sem paz, mas ele o rejeitou.

A cruz do arrependimento

Seus feitos: Na mesma situação do outro malfeitor, pois ele mesmo diz que merecia esta ali.
Sua vitória: Reconheceu que estava errado v.40, reconheceu o senhorio de Cristo e creu na vida eterna.

A cruz da Redenção

Cheio de misericórdia, de perdão para dá, de amor, de paz, morrendo pelos nossos pecados, sendo zombando por muitos mas perdoando a todos v.34.
A sua compaixão era tanta, que ele disse ao ladrão: Hoje estarás comigo no paraíso. V.43

Rejeição e sofrimento

Jesus foi crucificado num local fora da cidade ( Hb 13.12). Porque o local era chamado A CAVEIRA. O termo grego para caveira corresponde ao latim Calvário.

A crucificação e a morte de Jesus são a essência e o fundamento do plano divino da redenção (1 Co 1.23,24).

 Jesus, que nunca pecou, morreu em lugar da humanidade pecadora. Mediante sua crucificação, foi paga a penalidade dos nossos pecados, e a obra de Satanás foi desfeita (Rm 3.25). Agora, todos podem voltar-se para Deus, com arrependimento e fé em Cristo, e receber o perdão, a salvação do pecado e a vida eterna.

Vejamos as últimas declarações de Cristo na cruz.

(1) Entre 9:00 horas e o meio-dia: (a) A palavra do perdão: Pai, perdoa-lhes (v. 34). (b) A palavra da salvação: hoje estarás comigo no Paraíso (v. 43). (c) A palavra do amor: Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe (Jo 19.26,27).
(2) As três horas de trevas: do meio-dia às 15:00 horas, nenhuma palavra registrada.
(3) Cerca das 15:00 horas: (a) A palavra do sofrimento espiritual: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mc 15.34). (b) A palavra do sofrimento físico: Tenho sede (Jo 19.28). (c) A palavra do triunfo: Está consumado (Jo 19.30). (d) A palavra da entrega: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (v. 46).

E O POVO ESTAVA OLHANDO

Uma das provas mais seguras da depravação do coração humano é o homem sentir prazer na violência, sangue derramado e morte. (1) Era o que acontecia nas arenas romanas e gregas, onde os espectadores sentiam prazer em ver os homens lutarem e morrerem. Foi isso que também aconteceu com os espectadores que passavam e olhavam vendo Cristo morrer de maneira horrível (vv. 35-37). O mesmo aconteceu nas perseguições aos fiéis. (2) Vemos esse fato repetido em nossa sociedade moderna, onde milhões de adultos e crianças comprazem-se e divertem-se no vídeo, no cinema, nas revistas e noutros meios de entretenimento, olhando a morte, a violência, o sangue e o sofrimento humano, quando os homens matam uns aos outros (ver Rm 1.32 nota). (3) Jesus morreu para mudar essa situação, trazendo o amor e a solicitude. Ele quer que vejamos com compaixão os terríveis efeitos provocados pelo pecado e que ouçamos os gemidos da humanidade sofredora (ver 13.16 nota). (4) Pesa sobre os pais a responsabilidade e o dever de se protegerem e às suas famílias das investidas e influências desses meios maléficos de passatempo no lar e fora dele, que leva o ser humano à insensibilidade ante a dor e a tragédia humanas (ver Mt 18.6 nota).

Conclusão

Ele disse àquele homem: “Hoje estarás comigo no paraíso”. Deus não tem filhos prediletos, o seu amor é imensurável. 

Ev. Junior França

A mensagem da Cruz de Cristo




Estamos indiferentes ao sofrimento da cruz de Cristo, ao pensarmos que o preço que Cristo pagou por nós foi pequeno e por está razão se esquecemos da grande missão que temos para fazer diante deste mundo que sofre com as ações malignas do inimigo. Precisamos nos despertar e analisamos que sofrimento foi este que Cristo passou na cruz que  nos fala tão alto, pois mesmo sendo rejeitado por muitos não deixou de cumprir a sua missão, pois o seu amor falava muito mas alto do que mil palavras.

A morte por crucificação tornou-se um dos mais infames e crueis métodos de tortura do mundo antigo. Cícero a chamava “a mais cruel e horrenda das torturas”. Will Durant escreveu que “até mesmo os ramanos se compadeciam de suas vítimas”. Flávio Josefo, o grande historiador judeu, chamava de a mais ignóbil das mortes.  O açoitamento, após o tribunal pronunciar o veredicto de crucificação, era costume amarrar o acusado a um poste no próprio local. O criminoso era despido de suas roupas e, então, severemaente chicoteado pelos encarregados do suplício. O chicote, conhecido como “flagrum”, tinha um cabo flexível ao qual eram atadas longas tiras de couro de vários comprimentos. Pedaços de ossos e chumbo, agudos e denteados, eram trançados entre elas.  O pesado açoite é descido com toda a força vez após outra nos ombros, costas e pernas da pessoa. No início as tiras grossoas cortam apenas a pele. Mas como os açoites continuam, elas cortam mais profundamente, atingindo os tecidos subcutâneos, produzindo primeiro um gotejamento de sangue dos vasos capilares e veias da pele, e finalmente jorros de sangue arterial das veias dos músculos subjacentes. As pequenas bolas de chumbo primeiro causam contusões grandes e profundas que vão se abrindo por causa dos açoites seguidos. Finalmente a pele das costas fica em tiras e toda a área torna-se uma massa irreconhecível de tecido ferido e sangrento. Poderiamos falar também da coroa que os seus acusadores fizeram para ele e da cruz e dos pregos que utrapassaram a sua carne, mas o que preciamos entender é que Ele fez tudo isso por nós e ao ressuscitar ao terceiro dia deu-nos a liberdade e a autoridade de falar deste homem que mudou as nossas vidas e quer mudar as vidas de muitos, se assim fizermos a Sua vontade.

O que nos impedi de enfrentarmos o que Cristo enfrentou, estamos nós paralíticos que não podemos caminhar, estamos nós cegos que não podemos ver, estamos nós mudos que não podemos falar, estar pois a palavra morta que não podemos da vida aos que estão precisando, ou estamos preocupado em galgar uma posição neste mundo, que se esquecemos do que Cristo passou para nos dar a verdadeira paz que tantos esperam e precisam.

É já a última hora, Deus precisa de homens e mulheres que possam entender o que Cristo passou na cruz e o que está mensagem significa, para que possamos transmitir aos que estão sedentos, famintos, cansado, tristes, para que possamos dar água ao sedento, comida ao faminto, alivio ao cansado, alegria ao triste.

Deixemos as coisas que nos impedi de prosseguir, e tomemos a nossa cruz e sigamos ao mestre amado, para que possamos levar por meio da sua santa palavra, muitas vidas a Ele.


Ev. Junior França

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Lição 3 - 1º Trimestre 2011 O DERRAMENTO DO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES 16 de Janeiro de 2011




LEITURA BÍBLICA
Atos 2.1-6,12

1 Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. 2 De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados.
3 E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles.
4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas , conforme o Espírito os capacitava. 5 Havia em Jerusalém judeus, tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo. 6 Ouvindo-se o som, ajuntou-se uma multidão que ficou perplexa, pois cada um os ouvia falar em sua própria língua. 12  Atônitos e perplexos, todos perguntavam uns aos outros: “Que significa isto?”

INTRODUÇÃO

O crescimento da Igreja, na atualidade, é ocasionado pela atuação do Espírito Santo em nossos dias. Se desejamos mais conversões e a manifestação do poder de Deus, devemos buscar, insistentemente, os dons espirituais, tão necessários neste momento de incredulidade total.
A promessa de batismo no Espírito Santo é uma das mais belas promessas das Escrituras, outorgada à Sua Igreja. Embora desprezada pelos cristãos históricos e tradicionais, podemos, á luz da Palavra, perceber a validade da promessa para os dias atuais, revestindo a Igreja de poder e ousadia na propagação do Evangelho.

1.  O BATISMO COM ESPÍRITO SANTO 
     
Ter o Espírito Santo não é o mesmo que ser batizado no Espírito Santo. Os discípulos, mesmo antes do Pentecoste, já tinham o Espírito Santo (Jo 20.22). O batismo no Espírito Santo é um revestimento de poder que capacita, principalmente, para fazer missões (At. 1.8, Luc 24.49).
A evidência desse batismo é o falar línguas. No dia de Pentecoste eles falaram línguas (V.4). Antes disso, ninguém tivera tal experiência. Na casa de Cornélio, como Pedro soube que o Espírito Santo desceu sobre eles? Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus (At. 10.46).
Há igrejas neopentecostais que não têm noção dessa evidência e confundem ter o Espírito Santo com o batismo no Espírito Santo. Ultimamente, estão inventando muitas práticas exóticas sem apoio bíblico.
 Precisamos deixar que Deus trabalhe em nossos corações, permitindo que toda mazela seja retirada de nossas vidas e que a nossa boca possa falar o que o nosso coração esta cheio, através do Espírito Santo.

2.  FUNDAMENTOS DO BATISMO NO O ESPÍRITO SANTO

Sim, embora sua atuação se desse de maneira esporádica no AT., não residindo em caráter permanente no crente como observado no N.T., as Escrituras nos deixam claro sua atuação nos homens por Ele escolhido, iluminando-os (Jó 32:8); concedendo-lhes sabedoria (Jz 3:10; 6:34); revelação (Nm 11:25; 2 Sm 23:2); instruções sobre a sabedoria, entendimento, conselho, poder, bondade e o temor de Deus (Is 11:2) e a administrar-lhes a sua graça (Zc 12:10).
No A.T. observamos textos como (Joel 2:28,29; Is 44:3; Ez 11:19,20; Zc 12:10) que fundamentam a promessa do Batismo no Espirito Santo.
Já no N.T. há uma maior diversidade de textos que corroboram com esta maravilhosa promessa:
•Os evangelhos sinóticos encerram essa promessa da descida do Espírito Santo quase que em seus primeiros lances, através da mensagem de João Batista (Mt 3:11,12; Mc 1:8; e Lc 3:16,17)
•A promessa da descida do Espírito Santo é mais amplamente desenvolvida no Evangelho de João, nas declarações do Senhor Jesus sobre o divino paracleto (Jo 14:15-17,25,26; 15:26,27 e 16:5- 11,11-15).
•Em Atos vemos o cumprimento da promessa no cap. 2, e a repetição desse mesmo derramamento em outras circunstâncias ( Atos 8:15-17; 9:17; 10:44-46; 19:6).
•Paulo em suas epistolas, ensina que o batismo no Espírito Santo outorga ao crente ousadia e poder para este realizar grandes obras em nome de Cristo (Rm 15:18,19; 1 Cor 2:4; 1 Cor 12:7).

3. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NA HISTÓRIA DA IGREJA

Pentecoste era uma das três moires festas judaicas. As outras duas festas eram Páscoa e a Festa dos Tabernáculos. Pentecostes é um nome advindo da palavra grega cinquenta, termo usado pelo fato de a festa ser celebrada no quinquagésimo dia após o Sábado de Páscoa. Essa celebração também era conhecida pelos nomes Festa das Semanas, Festa dos Primeiros Frutos ou das Primícias.
Durante essa celebração, os judeus levavam a Deus as primícias da terra em ação de graças, esperando que Ele desse ao resto da colheita a Sua bênção. Esse Dia de Pentecostes é o dia das primícias da Igreja de Cristo, o começo da grande colheita das almas que viriam a conhecer a Cristo e a unirem-se à Igreja por meio da obra do Espírito Santo.
Há também alguns estudiosos que acreditam que o Pentecostes era uma festa realizada em observância à entrega da Lei de Deus no monte Sinai. Esse dia, no livro de Atos dos Apóstolos, é significante porque marca quando Deus começou a escrever a Sua Lei em nosso coração pelo espírito Santo.
Não há qualquer indicação no novo testamento de que a promessa do batismo no espírito Santo seja algo meramente para o primeiro século, como defendem expositores antipentecostais. A promessa é para “tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar”. Há registros de que ao longo da história do cristianismo, diversos cristãos falaram línguas, Irineu, Agostinho, Lutero, Wesley e muitos outros. Com o avivamento do País de Gales, de Kansas e da rua azuza, quase simultaneamente, o fenômeno das línguas voltou a ser algo generalizado, e não meramente uma raridade.

Martinho Lutero (1483-1546)

A informação de que Lutero foi um defensor da atualidade do Batismo com (no) Espírito Santo com a evidência do falar em línguas, aparece na obra de Orlando Boyer, "Heróis da Fé":
"Encontra-se o seguinte na História da Igreja Cristã, por Souer, Vol. 3, pág. 406:' Martinho Lutero profetizava, evangelizava, falava línguas e interpretava; revestido de todos os dons do Espírito."
Boyer foi citado também por Andrade (Idem, p. 105):
"Com a Reforma Protestante, testemunhar-se-ia o advento de um gigante espiritual que haveria de abalar irresistivelmente os alicerces da civilização. Foi este titã um autêntico pentecostal. Segundo o historiador Sour (sic), Martinho Lutero falava línguas, interpretava-as, profetizava e achava-se revestido de todos os dons do Espírito Santo."


John Wesley (1703-1791)


Em seu livro "Batismo no Espírito Santo" (2000, p. 38), o pastor Enéas Tognini, líder do movimento de renovação nas igrejas batistas no Brasil, fala sobre Wesley: "João Wesley converteu-se a Cristo e, depois de mais ou menos dois anos após a sua conversão, foi batizado no Espírito Santo [...]".
"No século 18, temos a destacar os irmãos Wesley e o príncipe dos pregadores ao ar livre, George Withefield. De conformidade com um relato fidedigno da época, foram os três de tal maneira visitados pelo Senhor que, certa vez, rolaram pelo chão, tamanho era o poder e a graça experimentados".


Charles Finney (1792-1875)


O nome de Charles Finney é citado como alguém que vivenciou a experiência de Pentecoste por Andrade (Ibidem, p. 105) e Tognini (Ibidem, p. 38).
Um artigo no site da Igreja de Nova Vida, retirado do Jornal Tombeta de Sião, e intitulado "O Protestantismo e a Doutrina Pentecostal", confirma a declaração de que Finney, conforme escrevera em uma autobiografia, foi batizado com (no) Espírito Santo:
"Recebi um grande batismo no Espírito Santo [...] não sei se deveria dizer, mas não pude me conter e balbuciava palavras inexpressivas do meu coração [...]".
Discorrendo ainda sobre a evidência da manifestação de línguas na vida de Finney, o articulista cita James Gilchrist Lawson (1874-1946), que em seu livro "Profundas Experiências de Cristãos Famosos", escreveu :
"Em algumas ocasiões o poder de Deus se manifestava em tal grau nas reuniões de Finney, que quase todos presentes caíam de joelhos em oração, ou melhor, oravam com lamentos e queixumes inenarráveis pelo derramamento do Espírito de Deus".

4. OS OBJETIVOS DO BATISMO NO O ESPÍRITO SANTO

Esse batismo tem por objetivo nos habilitar de modo sobrenatural para o trabalho cristão. Quando o recebemos, tornamo-nos muito mais úteis à obra de Deus, passando a fazer o que antes não conseguíamos. Somos como uma lâmpada que, por mais bonita que seja, por mais limpa e tecnologicamente desenvolvida, não acenderá sem a ação da energia elétrica. Quando o Espírito Santo nos batiza, ele nos concede um ou mais dons, que são capacidades sobrenaturais que vêm sobrepujar nossa própria incapacidade (I Cor.12.1-11; Joel 2.28-29; Rm.8.26).Vemos, portanto, quão importante é o batismo com o Espírito Santo para que a igreja seja eficaz mediante a operação do poder de Deus.
Edificação espiritual – o crente, ao falar em línguas, é edificado espiritualmente (1 Cor 14:4,15);
Maior dinamismo espiritual - o crente passa a ter maior dinamismo e maior coragem na propagação do evangelho (Mc 14: 66-72; At 4;6-20);
Maior desejo de orar e resolução para orar e interceder – O crente cheio do Espírito Santo ora e intercede constantemente a favor dos filhos de Deus (At 3:1; 4:24-31; Rm 8:26);
Maior glorificação do nome do Senhor – isto é, na vida e nos atos dos servos de Deus que o adoram em “espírito e em verdade (Jo 16:13,14).

CONCLUSÃO

Sendo uma promessa bíblica, o batismo no Espírito Santo está à disposição daquele que o quiser buscar. Não há uma fórmula mágica para a sua obtenção, entretanto, todos os que o buscam precisam ter sede (Is 44:1), ser nascido de novo (Jo 3:3), pois o Espírito só é dado à Sua Igreja (Jo 14:17). É uma promessa contemporânea e que não deve ser ignorada por nenhum cristão, “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a tantos quanto Deus, o nosso Senhor, chamar”(At. 2:39).

Pesquisado e Elaborado: Ev. Junior França - E-mail e msn: junior.franca1@hotmail.com  Fones: (85) 3226-2753(Igreja)ADBV.
Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lição da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico SBB, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico Wycliffe.