domingo, 25 de março de 2012

Lição 2 - 2º Trimestre 2012 A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO. 8 de Abril de 2012


LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 1.9-18
Eu sou João, irmão de vocês; e, unido com Jesus, tomo parte com vocês no Reino e também em aguentar o sofrimento com paciência. Eu estava na ilha de Patmos, para onde havia sido levado por ter anunciado a mensagem de Deus e a verdade que Jesus revelou. No dia do Senhor fui dominado pelo Espírito de Deus e ouvi atrás de mim uma voz forte como o som de uma trombeta, que disse: Escreva num livro o que você vai ver e mande esse livro às igrejas que estão nestas sete cidades: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Eu virei para ver quem falava comigo e vi sete candelabros de ouro. No meio deles estava um ser parecido com um homem, vestindo uma roupa que chegava até os pés e com uma faixa de ouro em volta do peito. Os seus cabelos eram brancos como a lã ou como a neve, e os seus olhos eram brilhantes como o fogo. Os seus pés brilhavam como o bronze refinado na fornalha e depois polido, e a sua voz parecia o barulho de uma grande cachoeira. Na mão direita ele segurava sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada dos dois lados. O seu rosto brilhava como o sol do meio-dia. Quando eu o vi, caí aos pés, como morto. Porém ele pôs a mão direita sobre mim e disse: Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último. Eu sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo sempre. Tenho autoridade sobre a morte e sobre o mundo dos mortos.

INTRODUÇÃO
Cristo está voltando para a grande consumação da história universal. Virá nas nuvens, em poder e glória, visível a todos os habitantes da terra. Será um dia de aflição e terror para quem o rejeitou. Um dia de alegria indizível para os que lhe pertencem. O próprio Jesus disse essas coisas repetidas vezes (Mt 13.42,50; 24.30,51;25.30). E em Atos dos Apóstolos lemos, depois da ascensão de Jesus numa nuvem, que foi ouvida a promessa do anjo; “voltará da mesma forma” (At 1.9,11). Quase 2 mil anos se passaram, e Jesus ainda está para vir. Mas, no contexto da eternidade, mil anos são como um só dia. Jesus veio ao mundo no tempo determinado. Sua segunda vinda será na ocasião escolhida pelo Pai. Um dia, ele virá, num repente catastrófico.
O tempo está próximo. Assim começa o livro (1.3). E assim termina (22.10). Talvez esteja mais próximo do que imaginamos. E, juntamente com João, dizemos: “Amém. Vem, Senhor Jesus!”

Entre os trezentos símbolos, títulos, figuras e tipos encontrados no Livro do Apocalipse, descobrimos o Senhor Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra (Ap 1.5).

1. O CRISTO ENCARNADO.
Por qual ato, ou meio, o Filho de Deus veio a ser Filho do homem? Que milagre pôde trazer ao mundo ”o segundo homem” que é o “Senhor do céu”? (1 Cor 15.57.) A resposta é que o Filho de Deus veio ao mundo como Filho do homem sendo concebido no ventre de Maria pelo Espírito Santo, e não por um pai humano.

E a qualidade da vida inteira de Jesus está em conformidade com a maneira do seu nascimento. Ele que veio através de um nascimento virginal, viveu uma vida virginal (inteiramente sem pecado), sendo essa última característica um milagre tão grande como o primeiro. Ele que nasceu milagrosamente, viveu milagrosamente, ressuscitou dentre os mortos milagrosamente e deixou o mundo milagrosamente.

Sobre o fato do nascimento virginal está baseada a doutrina da encarnação. (João 1.14.) A seguinte declaração dessa doutrina é da pena do erudito Martin J. Scott: Como todos os cristãos sabem, a encarnação significa que Deus (isto é, o Filho de Deus) se fez homem. Isso não quer dizer que Deus se tornou homem, nem que Deus cessou de ser Deus e começou a ser homem; mas que, permanecendo como Deus, ele assumiu ou tomou uma natureza nova, a saber, a humana, unindo esta à natureza divina no ser ou na pessoa – Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Na festa das bodas de Caná, a água tornou-se em vinho pela vontade de Jesus Cristo, o Senhor da Criação (João 2.1-11). Não aconteceu assim quando Deus se fez homem, pois em Caná a água deixou de ser água, quando se tornou em vinho, mas Deus continuou sendo Deus, quando se fez homem.

Um exemplo que nos poderá ajudar a compreender em que sentido Deus se fez homem, mas ainda não ilustra de maneira perfeita a questão, é aquele de um rei que por sua própria vontade se fizera mendigo. Se um rei poderoso deixasse seu trono e o luxo da corte, e vestisse os trapos de um mendigo, vivesse com seu trono e o luxo da corte, e vestisse os trapos de um mendigo, vivesse com mendigos, compartilhasse seus sofrimentos, etc., e isto, para poder melhorar-lhes as condições de vida, diríamos que o rei se fez mendigo, porém ele continuaria sendo verdadeiramente rei. Seria correto dizer que o que o mendigo sofreu era o sofrimento de um rei; que, quando o mendigo expiava uma culpa, era o rei que expiava, etc.

Visto que Jesus Cristo é Deus e homem, é evidente que Deus, de alguma maneira, é homem também. Agora, como é que Deus é homem? Está claro que ele nem sempre foi homem, porque o homem não é eterno, mas Deus o é. Em um certo tempo definido, portanto, Deus se fez homem tomando a natureza humana. Que queremos dizer com a expressão “tomar a natureza humana”? Queremos dizer que o Filho de Deus, permanecendo Deus, tomou outra natureza, a saber, a do homem, e a uniu de tal maneira com a sua, que constituiu uma Pessoa, Jesus Cristo.

A encarnação, portanto, significa que o Filho de Deus, verdadeiro Deus desde toda a eternidade, no curso do tempo se fez verdadeiro homem também, em uma Pessoa, Jesus Cristo, constituída de duas naturezas, a humana e a divina. Isso, naturalmente é um mistério. Não podemos compreendê-lo , assim como tampouco podemos conceber a própria Trindade. Há mistérios em toda parte. Não podemos compreender como a erva a água, que alimentam o gado, se transformam em carne e sangue. Uma análise química do leite não demonstra conter ele nenhum ingrediente de sangue, entretanto, o leite materno se torna em sangue e carne da criança. Nem a própria mãe sabe como no seu corpo se produz o leite que dá a seu filho.

Nenhum dentre os sábios do mundo pode explicar a conexão exitente entre o pensamento e a expressão desse pensamento, ou seja, as palavras. Não devemos, pois, estranhar se não podemos compreender a encarnação de Cristo. Cremos nela porque aquele que a revelou é o próprio Deus, que não pode enganar nem ser enganado.

2. O CRISTO HUMILHADO E FERIDO DE DEUS.
O evento mais importante e a doutrina central do Novo Testamento resumem-se nas seguintes palavras: “Cristo morreu (o evento) por nossos pecados (a doutrina)” (1 Cor 15.3). A morte expiatória de Cristo é o fato que caracteriza a religião cristã. Martinho Lutero declarou que a doutrina cristã distingue-se de qualquer outra, e mui especialmente daquela que apenas parece ser cristã, pelo fato de ser ela a doutrina da Cruz. Todas as batalhas da Reforma travaram-se em torno da correta interpretação da Cruz. O ensino dos reformadores era este: quem compreende perfeitamente a Cruz, compreende a Cristo e a Bíblia!

Ao morrer por nossos pecados, Jesus removeu a barreira; levou o que devíamos ter levado; realizou por nós o que estávamos impossibilitados de fazer por nós mesmos; isso ele fez porque era a vontade do Pai. Essa é a essência da expiação de Cristo.

3. O CRISTO GLORIFICADO.
1.A ressurreição de Cristo é o grande milagre do cristianismo. Uma vez que estabelecida a realidade desse evento, torna-se desnecessário procurar provar os demais milagres dos Evangelhos. Ademais, é o milagre com o qual a fé cristã está em pé ou cai, isso em razão de ser o Cristianismo uma religião histórica que baseia seus ensinos em eventos definidos que ocorreram na Palestina há mais de dois mil anos. Esses eventos, são: o nascimento e a ministério de jesus Cristo. Culminando na sua morte, sepultamento e ressurreição. Desses, a ressurreição é a pedra angular, pois se Cristo não tivesse ressuscitado, então não seria o que ele próprio afirmou ser; e sua morte não seria expiatória. Se Cristo não houvesse ressuscitado, então os cristãos estariam sendo enganados durante séculos; os pregadores estariam proclamando um erro; e os fiéis estariam sendo enganados por uma falsa esperança de salvação. Mas graças a Deus, que, em vez de ponto de interrogação, podemos colocar o ponto de exclamação após ter sido exposta essa doutrina: “Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem!”

2.Sua Ascensão. Jesus deixou o mundo porque havia chegado o tempo de regressar ao Pai. Sua partida foi uma “subida”, assim como sua entrada ao mundo havia sido uma “descida”. Ele que desceu agora subiu para onde estava antes. E assim como sua entrada no mundo foi sobrenatural, assim o foi sua partida.

Consideremos a maneira de sua partida. Suas aparições e desaparições depois da ressurreição foram instantâneas; a ascensão foi, no entanto, gradual – “vendo-o eles” (At 1.9). Não foi seguida por novas aparições, nas quais o Senhor surgiu entre eles em pessoa para comer e beber com eles; as aparições dessa classe terminaram com a sua ascensão. Sua retirada da vida terrenal que vivem os homens aquém da sepultura foi de uma vez por todas. Dessa hora em diante os discípulos não deveriam pensar nele como o “Cristo segundo a carne”, isto é, como vivendo uma vida terrenal, e sim, como o Cristo glorificado, vivendo uma vida celestial na presença de Deus e tendo contacto com eles por meio do Espírito Santo. Antes da ascensão, o Mestre aparecia, desaparecia e reaparecia de tempos em tempos para fazer com que paulatinamente os discípulos perdessem a necessidade de um contacto visual e terreno com ele, e acostumá-los a uma comunhão espiritual e invisível com ele.

Deste modo, a ascensão vem a ser a linha divisória entre dois períodos da vida de Cristo: Do nascimento até à ressurreição, ele é o Cristo da história humana, aquele que viveu uma vida humana perfeita sob condições terrenas. Desde a ascensão, ele é o Cristo a experiência espiritual, que vive no céu e tem contacto com os homens por meio do Espírito santo.

3.O Cristo exaltado. Afirma certa passagem que cristo “subiu”, e outra diz que foi “levado acima”. A primeira representa a Cristo como entrando na presença do Pai por sua própria vontade e direito; a segunda acentua a ação do Pai pela qual ele foi exaltado em recompensa por sua obediência até à morte.

Sua lenta ascensão ante os olhares dos discípulos trouxe-lhes a compreensão de que Jesus estava deixando sua vida terrenal, e os fez testemunhas oculares de sua partida. Mas uma vez fora do alcance de sua vista, a jornada foi consumada por um ato de vontade. O Dr. Swete assim comenta o fato: Nesse momento toda a glória de Deus brilhou em seu derredor, e ele estava no céu. Não lhe era a cena inteiramente nova; na profundidade do seu conhecimento divino, o Filho do homem guardava lembranças das glórias que, em sua vida anterior à encarnação, gozava com o Pai “antes que o mundo existisse” (João 17.5). Porém , a alma humana de Cristo até o momento da ascensão, não experimentara a plena visão de Deus que transbordou sobre ele ao ser levado acima. Esse foi o alvo de sua vida humana, o gozo que lhe estava proposto (He. 12.2), que foi alcançado no momento da ascensão.

A separação entre Cristo e sua igreja na terra, separação ocasionada pela ascensão, não é permanente. Ele subiu como um precursor a preparar o caminho para aqueles que o seguem. Sua promessa foi: “Onde eu estiver ali estará também o meu servo” (João 12.26). O termo “precursor” é primeiramente aplicado a João Batista como aquele que prepararia o caminho de Cristo (Luc. 1.76). Como João preparou o caminho para Cristo, assim também o Cristo glorificado prepara o caminho para a igreja. Esta esperança é comparada a uma “âncora da alma segura e firme, e que penetra até ao interior do véu; onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós” (He. 6.19,20).

CONCLUSÃO
Ao contemplarmos o Senhor Jesus exaltado, glorificado e majestoso, João, o apóstolo do amor, que foi um dos discípulos chamados por ele, tendo convivido com o Senhor, visto os milagres, as maravilhas, tendo participado do sofrimento e da morte cruenta do Ungido de Deus, agora profundamente emocionado, prostra-se aos pés do Senhor em reverência e adoração! (Ap. 1.17).

Uma das maiores e incontestáveis provas que chancelam, confirmam e fortalecem a ressurreição do Senhor Jesus é a Palavra de Deus (Hb 4.12). Ela não é uma palavra morta, obsoleta, sem valor algum, Ela é viva, porque a vida de cristo está nela. O Senhor Jesus é o Verbo, a própria Palavra de Deus (Jo. 1.1).

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

sábado, 24 de março de 2012

Lição 1 - 2º Trimestre 2012 APOCALIPSE, A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO. 1 de Abril de 2012


LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 1.1-8
Neste livro estão escritas as coisas que Jesus Cristo revelou. Deus lhe deu esta revelação para mostrar aos seus servos o que precisa acontecer logo. Cristo enviou o seu anjo para que, por meio dele, o seu servo João soubesse dessas coisas. João contou tudo o que viu, e aqui está o que ele contou a respeito da mensagem de Deus e da verdade revelada por Jesus Cristo. Feliz quem lê este livro, e felizes aqueles que ouvem as palavras desta mensagem profética e obedecem ao que está escrito neste livro! Pois está perto o tempo em que todas essas coisas acontecerão. Eu, João, escrevo ás sete igrejas que estão na província da Ásia. Que a graça e a paz lhes sejam dadas da parte de Deus, aquele que é, que era e que há de vir; da parte dos sete espíritos que estão diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo, a testemunha fiel! Ele é o primeiro filho, que foi ressuscitado e que governa os reis do mundo inteiro. Ele nos ama, e pela sua morte na cruz nos livrou dos nossos pecados, e fez de nós um reino de sacerdotes a fim de servimos ao seu Deus e Pai. A Jesus Cristo sejam dados a glória e o poder para todo o sempre! Amém! Olhem! Ele vem com as nuvens! Todos o verão, até mesmo os que o atravessaram com a lança. Todos os povos do mundo chorarão por causa dele. Certamente será assim. Amém! Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que é, que era e que há de vir.

INTRODUÇÃO
Em apocalipse, livro da revelação de Jesus Cristo, Jesus é descrito como o Filho do Homem glorificado, o Leão da tribo de Judá, o Cordeiro que foi morto e reviveu e é digno de abrir o livro da vida, o Filho que regerá todas as nações, o Noivo, o vitorioso Rei dos reis e Senhor dos senhores, o justo Soberano do Reino milenial e do Reino eterno. Não deve ser esquecido nunca que o testemunho de Jesus é o espírito de profecia. A pessoa de Cristo, Sua vitória e Seu Reino resultam em adoração e louvor a Ele do começo ao fim desse livro.

1. O LIVRO DO APOCALIPSE.
Com a intensificação da perseguição aos cristãos, a Igreja do primeiro século também enfrentou problemas internos. Ela passou a batalhar contra o pecado, as doutrinas e práticas heréticas, bem como contra a apatia espiritual.

Cristo havia prometido voltar, mas quando e como? Além disso, o que Jesus faria em relação aos problemas pelos quais a Igreja passava quando Ele, de fato, retornasse? Em meio a essas circunstâncias, os primeiros leitores de Apocalipse precisavam ser encorajados e exortados. Por um lado, a mensagem se revelou uma promessa de proteção divina em relação ao juízo divino sobre o mundo. Por outro, aqueles que lessem deveriam guarda-la no coração, obedecendo reverentemente ao Senhor, à Palavra de Deus e atentando para o testemunho de Jesus, como fizera o apóstolo João, o qual, ao escrever Apocalipse, queria renovar a confiança de seus leitores de que Cristo tem o controle do curso da história.

O propósito primordial do Altíssimo em toda a história é o estabelecimento do Reino messiânico prometido. Associada a esse objetivo final está a oportunidade para os cristãos perseverarem na fé e na obediência. A expectativa desses vitoriosos é, no futuro, reinar com Cristo co-herdeiros de Seu reino.

É o último livro da Bíblia e, para a maioria dos cristãos, um dos lidos com menos frequência e um dos mais difíceis. Algumas poucas passagens do mesmo são bem conhecidas e amadas (exemplo 7.9-17); mas quanto à sua generalidade os leitores modernos acham o livro ininteligível. Isso se deve mais ao fato que o livro abunda em simbolismo de um tipo que já não usarmos, e para o qual já não possuímos mais a chave. No entanto, essa espécie de figura era imediatamente compreensível para os homens da época em que foi escrito o livro. De fato, isso explica parcialmente nossas dificuldades. O autor pode supor que seus leitores perceberiam suas alusões, e assim não sentiu necessidade de dar explicações.

O livro, conforme seu nome indica, pertence à classe de literatura conhecida como apocalíptica. É o único livro desse tipo no NT, ainda que existam passagens apocalípticas em outros livros(ex. MT 24), enquanto que as visões de Daniel pertencem à mesma espécie. Uma das características apocalípticas é que Deus é soberano, e que finalmente ele intervirá de modo catastrófico para fazer realizar-se sua boca e perfeita vontade. Há oposição contra Deus por parte de forças poderosas e variadas do mal, as quais são usualmente referidas de maneira simbólica, na forma de animais, chifres etc. Há visões; anjos falam; há choques entre forças poderosas; e, por fim, os santos perserguidos são vindicados. Muito disso é convencional (motivo pelo qual os primeiros leitores do livro poderiam entende-lo com bastante facilidade), ainda que nas mãos de muitos entusiastas isso tenha levado a fantasias absurdas e grotescas. O apocalipse bíblico é muito mais restringido. Outra diferença entre o nosso livro de apocalipse e a forma comum de escritos apocalípticos é que o nome do autor é dado naquele, enquanto que, nestes, seus autores são usualmente pseudônimos. Os escritores destes últimos aproveitaram os nomes de grandes personagens do passado, atribuindo suas obras aos mesmos. Para nosso propósito presente é importante notar que neste livro o Espírito Santo lançou mão de uma forma literária reconhecida, mas que o mesmo livro não é simplesmente um apocalipse convencional. Possui características próprias, e é profecia genuína, conforme o indicam os três primeiros versículos.

2. AUTORIA, DATA E LOCAL.
Historia:
Por volta de 70 d.C., o apóstolo João assumiu o trabalho pastoral em Éfeso, o qual incluía as igrejas da região circunvizinha, às quais Apocalipse 2-3 refere-se como as sete igrejas da Ásia Menor. Em Roma, Nero, imperador romano, iniciara a perseguição aos cristãos; contudo, ainda não se iniciara o “fogo ardente” de que Pedro fala em sua primeira carta (1 Pe 4.12ss). No entanto, Domiciano, quando se tornou imperador, intensificou a perseguição aos cristãos. Como ficará evidente nessas páginas da historia, Domiciano era um assassino frio. Ele instituiu a adoração do imperador e começava suas proclamações com as palavras: “Nosso Senhor e Deus Domiciano ordena”. Todas as pessoas tinham de se dirigir a ele como “Senhor e Deus”. Ele era implacável na forma de tratar os gentios e os judeus, e, por ordem dele, João foi exilado na ilha de Patmos, uma ilha rochosa, localizada no mar Egeu, com 16 quilômetros de extensão e 9,6 quilômetros de largura. Nessa ilha, havia um campo penal romano em que os prisioneiros trabalhavam em minas. Nesse ponto isolado do mundo, João recebeu as visões que compõem Apocalipse.

Autoria:
O autor do Apocalipse se refere a si mesmo como João. Ele está unido às sete igrejas na província romana da Ásia (atualmente sudoeste da Turquia) tanto no seu sofrimento quanto nas bênçãos e na perseverança. Seu posicionamento por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo (ap. 1.9) fez com que ele fosse exilado em Patmos, um pequena ilha localizada a cerca de 97Km a sudoeste de Éfeso, no mar Egeu. João era o discípulo amado. Ele era, no Novo Testamento, como o profeta Daniel no Antigo, um homem mui amado. Ele era o servo de Cristo; ele era apóstolo, um evangelista, um profeta; ele serviu a Cristo em todos os ofícios extraordinários da igreja.

A descrição do sofrimento em Apocalipse parece mais próxima do que se sabe sobre a perseguição sob o domínio de Domiciano. Existe também uma declaração de Irineu (de Lião, teólogo e escritor cristão), por volta de 185 d.C., dizendo que João escreveu o Apocalipse “ao fim do reinado de Domiciano”, o que seria por volta de 95 d.C.

Local e Data:
Quanto à época de sua escrita, o Apocalipse foi redigido durante um período no qual os cristãos estavam sofrendo dura perseguição. As datas mais amplamente sugeridas são uma mais antiga, antes de 70 d.C., e uma posterior, por volta de 95 d.C. O que reforça uma data no final de 60 d.C. é que, nessa época, os pagãos acreditavam que o irracional imperador Nero seria ressuscitado. Isso explicaria as representações no capítulo 13 de Apocalipse. A referência ao templo de Deus e ao altar (Ap 11.1) em Jerusalém, que só foram destruídos no ano 70 d.C., também apoiam a data mais antiga. Mas os fatos relativos ao fim do reinado de Domiciano como imperador (81-96 d.C.) sugerem que Apocalipse pode ter sido escrito por volta de 95 d.C.

3. APOCALIPSE, O LIVRO PROFÉTICO DO NT.
O livro tem início com uma visão do Senhor ressurreto, o qual envia mensagens a sete igrejas, localizadas em Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, um grupo de cidades que ficava na província romana da Ásia (1.1 – 3.22).

As mensagens repreendem essas igrejas nos pontos em que haviam falhado, e encorajam-nas a prosseguir na vereda do serviço cristão. A seguir, aparecem visões de Deus e do cordeiro (4.1 , 5.14), após as quais lemos acerca dos sete selos (8.1-17; 8.1). Isso conduz ás sete trombetas, com uma visão registrada após cada trombeta e tocada (8.2 – 9.21 – 11.15-19).

Entre o sexto e o sétimo há um interlúdio (7.1-17), e outro ainda entre a sexta e a sétima trombetas (10.1-11,14). João a seguir registra várias maravilhas no céu, uma mulher que dá a luz um menino e que sofre a oposição de Satanás (12.1-17), bestas que se opõem a Deus (13.1-18), o Cordeiro no monte Sião, junto com seus seguidores (14.1-20).

Após isso são relatadas as sete últimas pragas. João vê sete anjos com taças, e conforme cada qual as vai derramando sobre a terra, segue-se uma das citadas pragas (15.1 -16.21).Julgamentos anexos são então pronunciados contra a mulher vestida de escarlata e contra Babilônia (17.1 – 19,21), e o livro termina com visões sobre o milênio, e sobre novos céus e a nova terra (20.1 – 22.21).

4. A LEITURA DO APOCALIPSE.
Sendo o Apocalipse um livro profético, torna-se essencial conhecer as chaves que abrem, e as utilizemos para desvendar os acontecimentos e eventos que marcarão profundamente a vida de todo ser humano.

1. Estudar ligado em oração ao autor do livro. No estudo da Bíblia, encontramos três dimensões importantíssimas para o entendimento correto das Escrituras. São elas: inspiração. Iluminação e revelação.
2.Depender da iluminação do Espírito Santo. A clareza do texto sagrado acontece pelo trabalho que o espírito Santo realiza na vida de todas as pessoas que desejam aprender e crescer em Deus, tornando-se amadurecidas para serem utilizadas nas mão do Senhor.

Simbolizando como “rios de águas vivas” (Jo 7.38,39), assim como a água alcança todos os lugares onde lhe é permitido chegar, o Espírito Santo quer atingir todas as áreas da nossa vida com as verdades profundas da palavra de Deus, especialmente sobre as profecias bíblicas dos dias finais.

3.Utilizar sempre o método Contextual. O que é o Método Contextual? È considerar sempre um versículo à luz do seu versículos que precedem e os que o seguem. É examinar, estudar e considerar tudo o que vem antes e o que está depois do referido versículo. Tornar-se muito difícil a interpretação correta sem o uso do método contextual.

4.Observar o papel de Israel e da Igreja. Desde o primeiro livro da Bíblia até o último – o Apocalipse, observamos uma diferença bem clara entre a nação de Israel, os israelitas-judeus, e a Igreja formada em sua maioria pelos gentios.

O Messias profetizado nas Sagradas Escrituras, especialmente no Antigo Testamento, vem diretamente da nação de Israel. Ele veio de Judá, uma das tribos dos judeus(Gn 49.10). Ele procede da linhagem de Davi, o segundo rei de Israel (2 Sm 7.14). O Senhor Jesus, como o Messias Verdadeiro, cumpriu integralmente, oss padrões da Lei de Moisés dada por Deus à nação de Israel. No final dos tempos, o Messias voltará a este mundo para levar tanto gentios quanto judeus (Is 49.6) convertidos para o Seu reino.

5.Desejar aprender e nunca polemizar. O espírito de polêmica nunca deve ser a motivação maior no estudo das profecias bíblicas. Como dissemos, a palavra mistério na Teologia é “uma verdade parcialmente revelada”. Assim sendo, nunca podemos polemizar o texto bíblico (1 Co 11.16).

6.Nunca utilizar uma interpretação pessoal. O livro do apocalipse deve ser estudado em atitude de profunda oração, desprovida de ideias ou pensamentos pré-concebidos. Devemos estar totalmente abertos para o Espírito Santo e nos ater unicamente às regras da Hermenêutica (na língua grega hermeneutes, que significa intérprete). Arte de interpretar leis e/ou textos sagrados.

7.Jamais suprimir ou acrescentar nada ao texto bíblico. Finalmente, mais uma chave importante no estudo criterioso do Apocalipse. Nunca, absolutamente nunca, de nenhuma forma, acrescentar ou tentar suprimir algo de tudo que foi revelado pelo Senhor Jesus ao apóstolo João. Ele foi ordenado a registrar num livro e enviar às igrejas (Ap. 1.11).

CONCLUSÃO
O livro do Apocalipse registra detalhadamente o final de todas as coisas. Devemos obedecer todas as verdades declaradas pelo Senhor Jesus. Assim como o Senhor era completamente obediente aos ensinos e a vontade de Seu Pai, todos nós, sem exceção, devemos obedecer às advertências divinas ministradas pelo Senhor (Rm 6.17).

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.