quinta-feira, 22 de maio de 2014

O falar Demais
No capítulo três, versículos de um a doze, alerta seus leitores sobre o perigo de falar demais e causar males irreparáveis. Para ilustrar esse ensinamento, o autor afirma que a língua, um pequeno membro, cujo poder ninguém controla, pode causar efeitos desproporcionais ao seu tamanho e está propensa a falar mal:
“Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incedeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno”  (Tg 3.5-6).
O autor acrescenta que, diante desse poder indomável da língua de causar o mal, é necessário policiar os sentimentos que motivam tanto as ações quanto as palavras e que isso é alcançado somente mediante sabedoria divina,a qual é pura, pacífica, moderada, tratável e misericordiosa. É esse tipo de sabedoria que, de acordo com Tiago, pode impedir que o egoísmo, a inveja, a perversão e a hipocrisia tomem conta do cristão.
O ensino de Tiago sobre o controle da língua foi sabiamente retratada no poema de Beth Day, citada pelo teólogo R.N. Champlim (2002), que utiliza o poema para explicar a necessidade de avaliarmos minuciosamente todas as palavras antes de dizê-las:
“... Faça-a passar,
Antes de falar, por três portões de ouro:
Esses estreitos portões. Primeiro: “É verdade?”.
Então: “É necessário?”. Em sua mente
Responda com honestidade. E o seguinte
É o último e mais estreito: “É amávell?”
E se para finalmente alcançar seus lábios
Ela passar por esses três portões,
Então você poderá contar a história, sem ter medo
Do resultado do seu falar.

As palavras proferidas por um cristão autêntico são dotadas de verdade, por isso ele não compartilha mentiras. Ademais, suas palavras não podem ser ditas como um ato de tagarelice, sem quaisquer importâncias. E, finalmente, as palavras do cristão devem ser eivadas de amor e altruísmo, e não trazerem consigo raízes de amargura, ódio que produzam dissensões e guerras (Tg. 4.1). Portanto, a palavra do cristão que possui uma fé genuína deve ser verdadeira, necessãria e amável, cujo fruto é a paz. IBAD.

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