O falar Demais
No capítulo três, versículos de
um a doze, alerta seus leitores sobre o perigo de falar demais e causar males
irreparáveis. Para ilustrar esse ensinamento, o autor afirma que a língua, um
pequeno membro, cujo poder ninguém controla, pode causar efeitos
desproporcionais ao seu tamanho e está propensa a falar mal:
“Assim também a língua é um
pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um
pequeno fogo incedeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a
língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama
o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno” (Tg 3.5-6).
O autor acrescenta que, diante
desse poder indomável da língua de causar o mal, é necessário policiar os
sentimentos que motivam tanto as ações quanto as palavras e que isso é
alcançado somente mediante sabedoria divina,a qual é pura, pacífica, moderada,
tratável e misericordiosa. É esse tipo de sabedoria que, de acordo com Tiago,
pode impedir que o egoísmo, a inveja, a perversão e a hipocrisia tomem conta do
cristão.
O ensino de Tiago sobre o
controle da língua foi sabiamente retratada no poema de Beth Day, citada pelo
teólogo R.N. Champlim (2002), que utiliza o poema para explicar a necessidade
de avaliarmos minuciosamente todas as palavras antes de dizê-las:
“... Faça-a passar,
Antes de falar, por três portões
de ouro:
Esses estreitos portões.
Primeiro: “É verdade?”.
Então: “É necessário?”. Em sua
mente
Responda com honestidade. E o
seguinte
É o último e mais estreito: “É
amávell?”
E se para finalmente alcançar
seus lábios
Ela passar por esses três
portões,
Então você poderá contar a
história, sem ter medo
Do resultado do seu falar.
As palavras proferidas por um
cristão autêntico são dotadas de verdade, por isso ele não compartilha
mentiras. Ademais, suas palavras não podem ser ditas como um ato de tagarelice,
sem quaisquer importâncias. E, finalmente, as palavras do cristão devem ser
eivadas de amor e altruísmo, e não trazerem consigo raízes de amargura, ódio
que produzam dissensões e guerras (Tg. 4.1). Portanto, a palavra do cristão que
possui uma fé genuína deve ser verdadeira, necessãria e amável, cujo fruto é a
paz. IBAD.
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