A
peregrinação de Israel no Deserto Até o Sinai
Introdução
Depois de três meses de
jornada, chegou o povo de Israel ao monte Sinai. O nome Sinai, noutras partes
também chamado Horeb, significa “monte de Deus” ou “monte de Jeová” Êx. 3.1.
Deus manifestou-se ao seu povo, por meio de Moisés. Êx. 19.3. Deu ao Seu povo
uma legislação, que, ainda hoje, serve como padrão para todas as leis em todos
os países.
Quem subiu no monte de Deus?
Só Moisés, porque só ele foi chamado por Deus. O Senhor tem sempre os Seus, em
quem possa confiar. Na epístola aos Hebreus, lemos que Moisés, como servo, foi
fiel, em toda casa de Deus. Heb. 3.5.
Qual foi a primeira palavra
que Deus deu ao Seu povo, por meio de Moisés? Lembrou-lhe do que tinha feito no
Egito. Êx. 19.4. Mandou que o povo ouvisse a Sua voz. Êx. 19.5 e que guardasse
os seus mandamentos. Êx. 19.5. Deu-lhe, também, a promessa de ser o Seu rei.
Isso foi para Israel como que a introdução dos benditos 10 mandamentos.
O
deserto em miniatura
Êxodo 15.22-25 nos apresenta
o deserto em miniatura. Durante quarenta anos o povo hebreu passou por ciclo de
eventos ilustrado nesses poucos versículos.
Em
primeiro lugar está o ciclo da abundância,
No qual o povo de Deus olha
para o alto. Deus prova ser abundantemente fiel, e eles o contemplam em louvor.
Essa é a primeira parte do capítulo 15, em que Israel canta louvores e grita:
“Ele nos fez atravessar o mar Vermelho!” Eles estão olhando para o alto.
Em
segundo lugar vem à expectativa.
Quando o povo de Deus desfruta da abundância
contínua. A guarda onda após de bênçãos. Tenho a certeza de que quando Israel
deixou o mar Vermelho e seguiu para o deserto, o povo esperava contínua
abundância e milagres que mantivesse confortável, seguro e satisfeito. Estavam
viajando no trem da glória para Canaã e ninguém imaginava que ele fosse frear
ao longo do caminho. Olhavam para frente, esperando abundância.
Isso
nos leva ao terceiro passo no ciclo, desapontamento.
Aqui, o povo de Deus olha
para baixo. Sinta o desapontamento descrito no versículo 22:
Aí Moisés levou o povo de
Israel do mar Vermelho (abundância) para o deserto de Sur (expectativa;
aguardavam passar por outra experiência semelhante à do mar Vermelho). Eles
caminharam três dias no deserto e não acharam água (desapontamento).Os
israelitas começaram a olhar para baixo e não encontraram água. Eles fixaram os
olhos nas circunstâncias. Até a água que finalmente localizaram era amarga e
impotável. “Por isso chamou-se-lhe Mara” (v.23). Isso piorou a situação. Os
hebreus acabaram achando água, mas ela era desagradável e amarga ao paladar.
Por mais que tentassem, não conseguiram bebê-la. Era como morrer de sede no
meio do oceano, tendo em volta apenas água salgada a qual não se podia beber. A
frustração deles os desapontou.
Esse
desapontamento leva ao quarto passo, reclamação.
O versículo 24 nos diz “E o
povo murmurou”. Presos nas garras do arrependimento mesclado com ressentimento,
eles olharam para trás. Quando você se queixa e reclama como filho de Deus,
geralmente é porque está relembrando dias melhores do passado.
Isso
nos faz chegar ao quinto passo, provisão,
Que é denominado graça.
Compreenda que você não merece; mas, quando nos queixamos e reclamamos, Deus
intervém para nos dar aquilo de que precisamos. Foi o que aconteceu ao povo de
Israel. Eles olharam em volta e, subitamente, Deus interferiu e bondosamente
satisfez a necessidade deles. “Então Moisés, em voz alta, pediu socorro ao Deus
Eterno, e o Eterno lhe mostrou um pedaço de madeira. Moisés jogou a madeira na
água, e a água ficou boa de beber. Foi nesse lugar que o Deus Eterno deu leis
aos israelitas e os pós à prova. (v.25).
No
capítulo dezenove de Êxodo,
Tem início à sobra do monte Sinai, no lugar
onde os filhos de Israel se reuniram diante do Senhor. Mas antes de o povo
poder encontrar-se com Deus, antes de Moisés subir essa montanha para ouvir e
receber a revelação de Deus, Israel precisava ser adequadamente preparado. Uma
parte significativa da preparação estava ligada ao lugar onde se reuniram: “No
terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia
desse mês, vieram ao deserto do Sinai. Tendo partido de Refidim, vieram ao
deserto do Sinai, no qual se acamparam; ali, pois, se acampou Israel em frente
do monte” (VV 1-2).
Uma
foto da zona mais ao sul da cadeia montanhosa do Sinai tem a seguinte legenda
“Os picos de granito altaneiros, na extremidade sul da península do Sinai,
parecem formar um dedo gigantesco de Deus proclamando: ‘Aqui! Aqui! As cores das montanhas nessa parte do
Sinai, em constante mudança, cada vez mais intensas, dão a essa região
indescritivelmente bela uma aura de santidade, e pode-se até acreditar que foi
aqui que Deus apareceu a Moisés”.
“Os
eruditos de Israel que exploraram a península no breve período da ocupação de
Israel sentiram a atmosfera de santidade que impregnava as montanhas do Sinai,
e acreditaram que foi nessa região que os israelitas acamparam quando a Lei foi
entregue”.
Como
imaginar a majestade de tal lugar?
É uma cadeia maciça de
montanhas escarpadas, formadas de granito sólido, na cor cinza, variando até o
vermelho-escuro, a escuridão da noite e o silêncio do espaço. Foi ali, contudo,
com a tinta ainda úmida em seus documentos oficias, que Israel levantou suas
tendas. O Sinai era um ponto importante no plano de Deus. Os Israelitas se
reuniram como povo, cerca de dois milhões de homens, para ouvir a voz de Deus à
sombra desses enormes picos que elevavam a não menos que oito mil pés, como um
dedo gigantesco erguido para o céu.
Conclusão
Deus, não corre a presença
de alguém, nem devemos nos apresentar impensadamente diante dele. Não há espaço
para uma atitude negligente ao entrar em contato e comunicar-se com Deus vivo.
Devemos preparar-nos para isso. Os israelitas certamente precisavam adotar esse
conceito. Lembre-se que eles haviam resmungado e murmurado durante a viagem
pelo deserto até esse ponto.
Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical,
Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as
escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, S. Heróis da fé, Coleção
Ensino Teológico, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia
de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas,
entre outros.
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