A
travessia do Mar Vermelho
Introdução
Qual foi a primeira dificuldade
que o povo de Israel encontrou, depois da saída do Egito? O Mar Vermelho, a sua
frente. Ao lado as montanhas e o rei Faraó com seu exercito atrás de si, para levá-los
novamente ao Egito. O povo de Deus estava cercado de dificuldades e dos
obstáculos dos inimigos. No meio de todos esses obstáculos, porém, Moisés
recebeu a ordem de marcha: Dize aos filhos de Israel que marchem. Essa ordem
veio como resposta da oração de Moisés, porque o povo estava desanimado. O povo
de Deus tem sido provado, em todos os tempos; mas, em todas as dificuldades, o
Senhor tem dado uma saída.
Deus não só deu ordem ao seu povo
para marchar, como também, lhe deu possibilidade de obedecer as Suas ordens.
Assim, ordenou a Moisés para estender a vara e, quando este obedeceu a essa
ordem, o mar se dividiu. Deus abriu, então, um caminho pelo meio do mar.
A travessia do mar
Porque Moisés usou a vara? Para
fortalecer a fé. O que era a vara para Moisés é hoje o azeite para o ancião,
quando vai orar pelos doentes. Tiago 5.13-15.
Depois de aberto o caminho por
Deus, que tinha o povo de Deus de fazer? Entrar por meio do caminho que Deus
abriu. Continuar a jornada, para a outra banda. Dar graças a Deus, pelo
livramento.
O povo de Deus obedeceu à ordem de
marchar e salvou a sua vida, das garras de Faraó. Há muitos, neste mundo, que
conhecem o caminho de Jeová; mas não querem obedecer, antes, pretendem
prosseguir nos seus próprios caminhos, que os levam para a infelicidade e
perdição. Há outros que começam bem no caminho do senhor, mas, depois, fazem
como a esposa de Ló: param no caminho e morrem, espiritualmente. Outros finalmente
recebem a salvação, mas são ingratos e, ainda blasfemam dos que louvam o Seu
santo nome.
Que fez Faraó e seu exercito,
quando o povo de Israel marchou pelo Mar Vermelho? Começaram a seguir, no mesmo
caminho. No meio do mar, ficaram com
medo e fugiram da face de Israel. Morreram todos, quando o mar voltou ao seu
lugar, pela ordem de Moisés.
O povo de Israel, porém, estava
salvo, noutra banda. Assim, o Senhor pode e quer salvar cada um que nele
confia; mas, castiga os rebeldes, que perseguem o povo de Deus.
Ele mudou a nuvem da frente para
trás deles:
As escrituras nos dizem: “Então o
Anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se retirou, e passou para trás deles; também
a coluna de nuvem se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles” (v.19).
O registro bíblico nos explica
então por que Deus fez isso: “e ia entre o campo dos egípcios e o campo de
Israel; a nuvem era escuridade para aqueles, e para este esclarecia a noite; de
maneira que toda a noite este e aqueles não puderam aproximar-se” (v.20).
O que isso significa? Significa
que a nuvem se movia da frente para trás dos hebreus, separando-os dos
egípcios. Essa formação enorme e maciça de nuvens não só desceu do céu para a
terra e bloqueou a visão dos egípcios, como também impediu que os hebreus
olhassem para trás e tremessem de medo. A nuvem impedia que um visse o outro,
de modo que os hebreus pudessem ouvir a Deus.
Foi então que Deus realizou um poderoso milagre.
Ele abriu caminho no mar:
“Então Moisés estendeu a mão
sobre o mar, e o Senhor, por um forte vento oriental que soprou toda aquela
noite, fez retirar-se o mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas.”
Êx. 14.21
Você sabe por que o vento soprou
a noite toda? Se as águas tivessem se partido repentinamente, os israelitas
teriam caminhado na direção de um lodaçal. Qualquer leito de rio, cujas águas
tenham sido recentemente drenadas, transforma-se em pântano por vários dias ou
mesmo semanas. Leva tempo para secarem. Essa é a razão do vento leste. Assim,
quando o mar se partiu em dois e suas ondas formaram enormes paredes verticais
maciças, o vento leste soprou e fez secar a terra.
Imagine os israelitas lá,
observando o vento divino soprar sobre o leito do oceano, secando-o até a lama
virar pó. Deus preparou tudo para seu povo. No momento em que Deus fez cessar o
vento, os israelitas passaram.
É claro que os egípcios também
fizeram isso. Aqueles pagãos ingênuos! Caíram como patinhos na armadilha de
Deus. Pensaram: “Se eles podem caminhar por entre as águas, nós também podemos!
Vamos!” As Escrituras dizem: “Os egípcios, que os perseguiam, entraram atrás
deles, todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavalarianos, até ao
meio do mar” (v.23).
Ele criou confusão entre os
egípcios:
Na vigília da manhã, o Senhor, na
coluna de fogo e de nuvem, viu o acampamento dos egípcios, e alvorotou o
acampamento dos egípcios; emperrou-lhes as rodas dos carros, e fê-los andar
dificultosamente. Então disseram os egípcios: fujamos da presença de Israel,
porque o Senhor peleja por eles contra os egípcios. Êx. 14.24-25
Lembra-se do que o Senhor tinha
dito? “Quando isso acabar, eles saberão que eu sou Senhor.” Mas nem todos
estariam presentes para se lembrar de coisa alguma.
“Disse o Senhor a Moisés: Estende
a mão sobre o mar, para que as águas se voltem sobre os egípcios, sobre os seus
carros e sobre os seus cavalarianos” (v.26). Foi então exatamente isso que
Moisés fez. Ele se voltou e estendeu a mão para
mar. Ao nascer do dia o mar voltou com força esmagadora ao seu estado
normal. Os egípcios foram apanhados em meio à torrente impetuosa, e as
Escrituras dizem: “E o Senhor derribou os egípcios no meio do mar” (v.27).
Que contraste notável! Os
hebreus, por outro lado, “caminhavam a pé enxuto pelo meio do mar; e as águas
lhes eram quais muros, à sua direita e à sua esquerda” (v.29). No momento em
que os hebreus deixaram o leito e águas, os egípcios o invadiram. Foi quando
Deus disse a Moisés: “Agora! Entre em ação. Faça as águas voltarem.” E elas
retornaram co toda a força.
Naquele dia, então, um massacre
ocorreu em Ball-Zefom, mas os israelitas não foram as vítimas. No final do dia
, não havia um soldado egípcio vivo dentre o grupo que perseguira os hebreus.
Nenhum soldado egípcio sobreviveu à emboscada de Deus e nenhum hebreu se feriu.
O versículo 30 nos conta que
posteriormente os hebreus passearam pela praia e “Israel viu os egípcios mortos
na praia do mar”.
Os historiadores e arqueólogos
incrédulos os ajudaram a ter novas suposições sobre esse evento memorável. Descobertas
arqueológicas em obeliscos e outros registros indicam que os egípcios não
voltaram a esse lugar durante dezessete anos depois que o milagre
aconteceu. Tinham medo dele. De fato,
não tentaram recuperar sua influência sobre a Síria durante os vinte e dois
anos seguintes ao incidente. Só depois do vigésimo terceiro ano tentaram
restabelecer sua autoridade sobre a região ocidental da Síria. A mensagem que
havia chegado ao Egito era de que Deus tinha visitado o mar Vermelho e que o
lugar tornara-se então um lugar pouco amistoso para os egípcios e se manteria assim
durante longo tempo.
Conclusão
A travessia do mar Vermelho é
para o Antigo testamento o que a Ressurreição é para o Novo. Quando os profetas
e escritores do Antigo Testamento queriam referir-se à mão milagrosa de Deus,
eles retomavam mais esse evento do qualquer outro. Do mesmo modo, quando um
escritor do Novo Testamento queria ilustrar o poder de Deus, na maioria das
vezes se referia à Ressurreição. O que a Ressurreição é para o Novo, a travessia
do mar Vermelho é para o Antigo. Embora as cenas sejam completamente diferente
ambos são milagres estupendos de redenção pela mão de Deus.
Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal,
Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow,S. Heróis da Fé Examinem as
escrituras – J. Sidlow Baxter;Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e
Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena
Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre
outros.