domingo, 25 de março de 2012

Lição 2 - 2º Trimestre 2012 A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO. 8 de Abril de 2012


LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 1.9-18
Eu sou João, irmão de vocês; e, unido com Jesus, tomo parte com vocês no Reino e também em aguentar o sofrimento com paciência. Eu estava na ilha de Patmos, para onde havia sido levado por ter anunciado a mensagem de Deus e a verdade que Jesus revelou. No dia do Senhor fui dominado pelo Espírito de Deus e ouvi atrás de mim uma voz forte como o som de uma trombeta, que disse: Escreva num livro o que você vai ver e mande esse livro às igrejas que estão nestas sete cidades: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Eu virei para ver quem falava comigo e vi sete candelabros de ouro. No meio deles estava um ser parecido com um homem, vestindo uma roupa que chegava até os pés e com uma faixa de ouro em volta do peito. Os seus cabelos eram brancos como a lã ou como a neve, e os seus olhos eram brilhantes como o fogo. Os seus pés brilhavam como o bronze refinado na fornalha e depois polido, e a sua voz parecia o barulho de uma grande cachoeira. Na mão direita ele segurava sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada dos dois lados. O seu rosto brilhava como o sol do meio-dia. Quando eu o vi, caí aos pés, como morto. Porém ele pôs a mão direita sobre mim e disse: Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último. Eu sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo sempre. Tenho autoridade sobre a morte e sobre o mundo dos mortos.

INTRODUÇÃO
Cristo está voltando para a grande consumação da história universal. Virá nas nuvens, em poder e glória, visível a todos os habitantes da terra. Será um dia de aflição e terror para quem o rejeitou. Um dia de alegria indizível para os que lhe pertencem. O próprio Jesus disse essas coisas repetidas vezes (Mt 13.42,50; 24.30,51;25.30). E em Atos dos Apóstolos lemos, depois da ascensão de Jesus numa nuvem, que foi ouvida a promessa do anjo; “voltará da mesma forma” (At 1.9,11). Quase 2 mil anos se passaram, e Jesus ainda está para vir. Mas, no contexto da eternidade, mil anos são como um só dia. Jesus veio ao mundo no tempo determinado. Sua segunda vinda será na ocasião escolhida pelo Pai. Um dia, ele virá, num repente catastrófico.
O tempo está próximo. Assim começa o livro (1.3). E assim termina (22.10). Talvez esteja mais próximo do que imaginamos. E, juntamente com João, dizemos: “Amém. Vem, Senhor Jesus!”

Entre os trezentos símbolos, títulos, figuras e tipos encontrados no Livro do Apocalipse, descobrimos o Senhor Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra (Ap 1.5).

1. O CRISTO ENCARNADO.
Por qual ato, ou meio, o Filho de Deus veio a ser Filho do homem? Que milagre pôde trazer ao mundo ”o segundo homem” que é o “Senhor do céu”? (1 Cor 15.57.) A resposta é que o Filho de Deus veio ao mundo como Filho do homem sendo concebido no ventre de Maria pelo Espírito Santo, e não por um pai humano.

E a qualidade da vida inteira de Jesus está em conformidade com a maneira do seu nascimento. Ele que veio através de um nascimento virginal, viveu uma vida virginal (inteiramente sem pecado), sendo essa última característica um milagre tão grande como o primeiro. Ele que nasceu milagrosamente, viveu milagrosamente, ressuscitou dentre os mortos milagrosamente e deixou o mundo milagrosamente.

Sobre o fato do nascimento virginal está baseada a doutrina da encarnação. (João 1.14.) A seguinte declaração dessa doutrina é da pena do erudito Martin J. Scott: Como todos os cristãos sabem, a encarnação significa que Deus (isto é, o Filho de Deus) se fez homem. Isso não quer dizer que Deus se tornou homem, nem que Deus cessou de ser Deus e começou a ser homem; mas que, permanecendo como Deus, ele assumiu ou tomou uma natureza nova, a saber, a humana, unindo esta à natureza divina no ser ou na pessoa – Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Na festa das bodas de Caná, a água tornou-se em vinho pela vontade de Jesus Cristo, o Senhor da Criação (João 2.1-11). Não aconteceu assim quando Deus se fez homem, pois em Caná a água deixou de ser água, quando se tornou em vinho, mas Deus continuou sendo Deus, quando se fez homem.

Um exemplo que nos poderá ajudar a compreender em que sentido Deus se fez homem, mas ainda não ilustra de maneira perfeita a questão, é aquele de um rei que por sua própria vontade se fizera mendigo. Se um rei poderoso deixasse seu trono e o luxo da corte, e vestisse os trapos de um mendigo, vivesse com seu trono e o luxo da corte, e vestisse os trapos de um mendigo, vivesse com mendigos, compartilhasse seus sofrimentos, etc., e isto, para poder melhorar-lhes as condições de vida, diríamos que o rei se fez mendigo, porém ele continuaria sendo verdadeiramente rei. Seria correto dizer que o que o mendigo sofreu era o sofrimento de um rei; que, quando o mendigo expiava uma culpa, era o rei que expiava, etc.

Visto que Jesus Cristo é Deus e homem, é evidente que Deus, de alguma maneira, é homem também. Agora, como é que Deus é homem? Está claro que ele nem sempre foi homem, porque o homem não é eterno, mas Deus o é. Em um certo tempo definido, portanto, Deus se fez homem tomando a natureza humana. Que queremos dizer com a expressão “tomar a natureza humana”? Queremos dizer que o Filho de Deus, permanecendo Deus, tomou outra natureza, a saber, a do homem, e a uniu de tal maneira com a sua, que constituiu uma Pessoa, Jesus Cristo.

A encarnação, portanto, significa que o Filho de Deus, verdadeiro Deus desde toda a eternidade, no curso do tempo se fez verdadeiro homem também, em uma Pessoa, Jesus Cristo, constituída de duas naturezas, a humana e a divina. Isso, naturalmente é um mistério. Não podemos compreendê-lo , assim como tampouco podemos conceber a própria Trindade. Há mistérios em toda parte. Não podemos compreender como a erva a água, que alimentam o gado, se transformam em carne e sangue. Uma análise química do leite não demonstra conter ele nenhum ingrediente de sangue, entretanto, o leite materno se torna em sangue e carne da criança. Nem a própria mãe sabe como no seu corpo se produz o leite que dá a seu filho.

Nenhum dentre os sábios do mundo pode explicar a conexão exitente entre o pensamento e a expressão desse pensamento, ou seja, as palavras. Não devemos, pois, estranhar se não podemos compreender a encarnação de Cristo. Cremos nela porque aquele que a revelou é o próprio Deus, que não pode enganar nem ser enganado.

2. O CRISTO HUMILHADO E FERIDO DE DEUS.
O evento mais importante e a doutrina central do Novo Testamento resumem-se nas seguintes palavras: “Cristo morreu (o evento) por nossos pecados (a doutrina)” (1 Cor 15.3). A morte expiatória de Cristo é o fato que caracteriza a religião cristã. Martinho Lutero declarou que a doutrina cristã distingue-se de qualquer outra, e mui especialmente daquela que apenas parece ser cristã, pelo fato de ser ela a doutrina da Cruz. Todas as batalhas da Reforma travaram-se em torno da correta interpretação da Cruz. O ensino dos reformadores era este: quem compreende perfeitamente a Cruz, compreende a Cristo e a Bíblia!

Ao morrer por nossos pecados, Jesus removeu a barreira; levou o que devíamos ter levado; realizou por nós o que estávamos impossibilitados de fazer por nós mesmos; isso ele fez porque era a vontade do Pai. Essa é a essência da expiação de Cristo.

3. O CRISTO GLORIFICADO.
1.A ressurreição de Cristo é o grande milagre do cristianismo. Uma vez que estabelecida a realidade desse evento, torna-se desnecessário procurar provar os demais milagres dos Evangelhos. Ademais, é o milagre com o qual a fé cristã está em pé ou cai, isso em razão de ser o Cristianismo uma religião histórica que baseia seus ensinos em eventos definidos que ocorreram na Palestina há mais de dois mil anos. Esses eventos, são: o nascimento e a ministério de jesus Cristo. Culminando na sua morte, sepultamento e ressurreição. Desses, a ressurreição é a pedra angular, pois se Cristo não tivesse ressuscitado, então não seria o que ele próprio afirmou ser; e sua morte não seria expiatória. Se Cristo não houvesse ressuscitado, então os cristãos estariam sendo enganados durante séculos; os pregadores estariam proclamando um erro; e os fiéis estariam sendo enganados por uma falsa esperança de salvação. Mas graças a Deus, que, em vez de ponto de interrogação, podemos colocar o ponto de exclamação após ter sido exposta essa doutrina: “Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem!”

2.Sua Ascensão. Jesus deixou o mundo porque havia chegado o tempo de regressar ao Pai. Sua partida foi uma “subida”, assim como sua entrada ao mundo havia sido uma “descida”. Ele que desceu agora subiu para onde estava antes. E assim como sua entrada no mundo foi sobrenatural, assim o foi sua partida.

Consideremos a maneira de sua partida. Suas aparições e desaparições depois da ressurreição foram instantâneas; a ascensão foi, no entanto, gradual – “vendo-o eles” (At 1.9). Não foi seguida por novas aparições, nas quais o Senhor surgiu entre eles em pessoa para comer e beber com eles; as aparições dessa classe terminaram com a sua ascensão. Sua retirada da vida terrenal que vivem os homens aquém da sepultura foi de uma vez por todas. Dessa hora em diante os discípulos não deveriam pensar nele como o “Cristo segundo a carne”, isto é, como vivendo uma vida terrenal, e sim, como o Cristo glorificado, vivendo uma vida celestial na presença de Deus e tendo contacto com eles por meio do Espírito Santo. Antes da ascensão, o Mestre aparecia, desaparecia e reaparecia de tempos em tempos para fazer com que paulatinamente os discípulos perdessem a necessidade de um contacto visual e terreno com ele, e acostumá-los a uma comunhão espiritual e invisível com ele.

Deste modo, a ascensão vem a ser a linha divisória entre dois períodos da vida de Cristo: Do nascimento até à ressurreição, ele é o Cristo da história humana, aquele que viveu uma vida humana perfeita sob condições terrenas. Desde a ascensão, ele é o Cristo a experiência espiritual, que vive no céu e tem contacto com os homens por meio do Espírito santo.

3.O Cristo exaltado. Afirma certa passagem que cristo “subiu”, e outra diz que foi “levado acima”. A primeira representa a Cristo como entrando na presença do Pai por sua própria vontade e direito; a segunda acentua a ação do Pai pela qual ele foi exaltado em recompensa por sua obediência até à morte.

Sua lenta ascensão ante os olhares dos discípulos trouxe-lhes a compreensão de que Jesus estava deixando sua vida terrenal, e os fez testemunhas oculares de sua partida. Mas uma vez fora do alcance de sua vista, a jornada foi consumada por um ato de vontade. O Dr. Swete assim comenta o fato: Nesse momento toda a glória de Deus brilhou em seu derredor, e ele estava no céu. Não lhe era a cena inteiramente nova; na profundidade do seu conhecimento divino, o Filho do homem guardava lembranças das glórias que, em sua vida anterior à encarnação, gozava com o Pai “antes que o mundo existisse” (João 17.5). Porém , a alma humana de Cristo até o momento da ascensão, não experimentara a plena visão de Deus que transbordou sobre ele ao ser levado acima. Esse foi o alvo de sua vida humana, o gozo que lhe estava proposto (He. 12.2), que foi alcançado no momento da ascensão.

A separação entre Cristo e sua igreja na terra, separação ocasionada pela ascensão, não é permanente. Ele subiu como um precursor a preparar o caminho para aqueles que o seguem. Sua promessa foi: “Onde eu estiver ali estará também o meu servo” (João 12.26). O termo “precursor” é primeiramente aplicado a João Batista como aquele que prepararia o caminho de Cristo (Luc. 1.76). Como João preparou o caminho para Cristo, assim também o Cristo glorificado prepara o caminho para a igreja. Esta esperança é comparada a uma “âncora da alma segura e firme, e que penetra até ao interior do véu; onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós” (He. 6.19,20).

CONCLUSÃO
Ao contemplarmos o Senhor Jesus exaltado, glorificado e majestoso, João, o apóstolo do amor, que foi um dos discípulos chamados por ele, tendo convivido com o Senhor, visto os milagres, as maravilhas, tendo participado do sofrimento e da morte cruenta do Ungido de Deus, agora profundamente emocionado, prostra-se aos pés do Senhor em reverência e adoração! (Ap. 1.17).

Uma das maiores e incontestáveis provas que chancelam, confirmam e fortalecem a ressurreição do Senhor Jesus é a Palavra de Deus (Hb 4.12). Ela não é uma palavra morta, obsoleta, sem valor algum, Ela é viva, porque a vida de cristo está nela. O Senhor Jesus é o Verbo, a própria Palavra de Deus (Jo. 1.1).

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

2 comentários:

  1. MUITÍSSIMO OBRIGADO PELO RELEVANTE CONTEÚDO DA EBD, MUITO IMPORTANTE PRINCIPALMENTE PARA PESSOAS COMO EU QUE NÃO CONSEGUIRAM OBTER A REVISTA. UM GRANDE ABRAÇO. IRMÃO EVALDO, EM CATALÃO GO.

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