terça-feira, 3 de abril de 2012

Lição 3 - 2º Trimestre 2012 ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO. 15 de Abril de 2012


LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 2.1-7
Ao anjo da igreja de Éfeso escreva o seguinte: Esta é a mensagem daquele que está segurando as sete estrelas na mão direita e que anda no meio dos sete candelabros de ouro. Eu sei o que vocês têm feito. Sei que trabalharam muito e aguentaram o sofrimento com paciência. Sei que vocês não podem suportar pessoas más e sei que puseram à prova os que dizem que são apóstolos, mas não são, e assim vocês descobriram que eles são mentirosos. Vocês aguentaram a situação com paciência e sofreram por minha causa, sem desanimarem. Porém tenho uma coisa contra vocês; é que agora vocês não me amam como me amavam no princípio. Lembrem do quanto vocês caíram! Arrependem-se dos seus pecados e façam o que faziam no princípio. Se não se arrependerem, eu virei e tirarei o candelabro de vocês do seu lugar. Mas. Mas vocês têm a seu favor isto: odeiam o que os nicolaítas fazem, como eu também odeio. Portanto, se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o Espírito de Deus diz às igrejas. Aos que conseguirem a vitória eu darei o direito de comerem da fruta da árvore da vida, que cresce no jardim de Deus.

INTRODUÇÃO
O mistério que envolve a igreja de Éfeso foi o abandono do primeiro amor. A igreja não “perdeu” o amor, ela simplesmente deixou de praticá-lo. Ela foi censurada pelo Senhor e foi exortada a voltar a praticar as primeiras obras. Não podemos deixar de trabalhar. Este é o nosso tempo. (Rm 13.10-14). Praticando as primeiras obras em amor Ágape, amor divino, puro, verdadeiro, que liberta, recebe, perdoa, edifica e abençoa, a igreja cresce, amadurece, tornando-se fortalecida para realizar a obra de Deus, exaltando a pessoa bendita do Senhor Jesus (At 2.42-45).

1. ÉFESO, UMA IGREJA SINGULAR.
Éfeso era uma cidade com quase 250 mil habitantes. Era uma verdadeira metrópole e o centro comercial da Ásia Menor. O templo de Ártemis em Éfeso era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Ali, 40 anos antes, Paulo realizara sua obra mais bem-sucedida. Tantas pessoas se converteram a Cristo que, quase da noite para o dia, a igreja se tornou uma influência mais poderosas na cidade e não demorou para se tornar uma das igrejas mais famosas do mundo inteiro. Veio a ser a igreja-mãe da Ásia Menor.

Especula-se ter sido ali que Timóteo, depois da morte de Paulo, gastou a maior parte de seu tempo e foi martirizado, durante o governo de Domiciano, na mesma perseguição que exilou João em Patmos.

João passou a velhice em Éfeso e, se já não era um pastor ativo, devido à idade, continuou, por certo, como o último apóstolo de Cristo ainda com vida, uma influência dominante entre os pastores. Enquanto estava em Éfeso, João escreveu seu Evangelho, três cartas, e possivelmente o Apocalipse (depois de seu regresso de Patmos).

Três das cartas de Paulo dizem respeito a Éfeso: Efésios e 1 e 2 Timóteo. Talvez as duas cartas de Pedro e a de Judas tiveram sua origem naquela região.

Éfeso, quase a meio-caminho entre Jerusalém e Roma, era o centro geográfico do Império Romano. E, ainda estando João com vida, tornara-se o centro geográfico e numérico da população cristã mundial.

Cerca de dez anos depois da morte de João, o imperador Trajano enviou Plínio à região da Ásia Menor a fim de investigar se os cristãos deviam ser perseguidos. Plínio mandou um relatório para Trajano, dizendo que os cristãos se tornaram tão numerosos que os templos pagãos estavam quase totalmente desertos.

Em muitas cidades da região, as igrejas cristãs abrigavam elementos importantes e influentes da população, e Éfeso tornou-se sua igreja principal.

Passou-se 65 anos desde o Pentecoste, o aniversário da igreja de Jerusalém. A igreja, em todos os lugares, experimentara o crescimento fenomenal. Entretanto, sinais de corrupção começavam a aparecer e foi essa, conforme pensamos uma das coisas que tornaram necessário o Apocalipse.

2. O PROBLEMA DE ÉFESO.
Aquele que tem as sete estrelas em sua mão direita (v.1). As sete estrelas são o emblema de seu poder. Talvez essa figura de linguagem visasse ser uma advertência sugestiva de que a igreja estava se orgulhando demasiadamente do próprio prestígio, e se gloriasse nas coisas que pouco proveito tinham para sua verdadeira missão.

Os falsos apóstolos (v.2). Estes, segundo parece, eram homens que alegavam ter conhecido a Cristo e recebido da parte dele autorização para seus ensinos, no esforço para harmonizar a permissividade imoral da adoração idolátrica com fé cristã.

Você abandonou o seu primeiro amor (v.4,5). Essa era a falha deles. Esfriara-se o zelo que antes tiveram por Cristo. Já não o amavam como antes. Tornaram-se indiferentes, menos animados, mas não mornos como a igreja de Laodicéia. Encaminhavam-se, porém, àquela direção. Receberam uma repreensão fustigante e uma advertência para que se arrependessem (v.5), senão, Jesus “tiraria o seu candelabro do lugar dele”. Foi mesmo removido. O sítio arqueológico de Éfeso agora está abandonado.

Os nicolaítas (v.6) eram uma seita que promovia a licenciosidade como o modo correto de viver. Esses falsos mestres tinham provocado muitos problemas na igreja. Os pastores efésios, segundo parece, tinham resistido juntos, de modo paciente e sólido, aos ensinos deles e por isso foram louvados (v.2,3).

A árvore da vida (v.7). Os que vencessem a sedução dos falsos ensinos e das tentações naturais à permissividade carnal e à vida mundana fácil tinham a promessa do acesso à árvore da vida.

Embora a igreja de Éfeso tenha perecido como instituição, a promessa do acesso à árvore da vida ainda é válida para os membros individuais de qualquer igreja, se vencerem.

A árvore da vida é mencionada pela primeira vez como uma árvore especial no jardim do Éden (Gn 3.2,22,25). Essa árvore aparece de novo em Apocalipse 22.2 como uma árvore que produz frutos perpétuos, bons para a saúde.

3. VOLTANDO AO PRIMEIRO AMOR
Éfeso: a igreja que voltou (2.1-7). Essa passagem exalta as mãos e os pés de Cristo: ele conserva as estrelas (os mensageiros das igrejas) e anda em meio às igrejas em julgamento (candeeiros). Ele inicia com Éfeso, a cidade mais próxima de Patmos e grande centro comercial. O imperador libertara Éfeso, e esta recebeu o título de “metrópole suprema da Ásia”. Sua construção mais importante era o grande templo de Diana, Ele tinha 129,5 metros de comprimento por 67 de largura e 18 de altura, com grandes portas duplas e 127 pilares de mármore, alguns cobertos com ouro. A adoração a Diana era a “imoralidade religiosa” em seu pior aspecto. Leia Atos 19-20.

A igreja efésia tinha obras, trabalho e paciência, mas faltava-lhe amor por Cristo. Em contraste a isso, a igreja tessalonicense foi recomendada pela “operosidade da sua fé, pela abnegação do seu amor e pela firmeza da sua esperança” (1 Ts 1.3). O que conta não é o que fazemos para Cristo, mas o motivo e o incentivo que nos impulsionam. A igreja efésia era ativa e tinha padrões espirituais elevados. Seus membros não suportavam “homens maus” e não escutavam os falsos mestres. O trabalho fora difícil, mas eles não esmoreceram. Do ponto de vista humano, era uma igreja bem-sucedida sob todos os aspectos. Algumas igrejas ativas de hoje, com sua programação intensa e seus trabalhadores fatigados, se encaixam nessa descrição.

Todavia, o Homem que estava no meio das igrejas viu o que faltava à igreja efésia: ela abandonara (não perdera) seu primeiro amor (Jr. 2.2). A igreja local é casada com Cristo (2 Cor. 11.2), e sempre há o risco do amor esfriar. Ás vezes, ficamos, como Marta, tão ocupados com o trabalho para Cristo que não temos tempo para amá-lo (Lc 10.38-42). Cristo preocupa-se mais com o que fazemos com ele do que com o que fazemos por ele. O trabalho não substitui o amor. A igreja efésia era bem-sucedida para o público, mas falhara para Cristo.

4. LEMBRANDO-SE DO PRIMEIRO AMOR
Ele aconselha-a: “Lembra-te [...], arrepende-te e volta à prática das primeiras obras” (v.5). Se voltarmos ao nosso primeiro amor, repetiremos nossas primeiras obras, aquelas obras de amor que marcaram nosso primeiro encontro com Cristo. O candeeiro da igreja será removido, se ela não voltar à condição de coração correta. A igreja local deve brilhar como uma luz no mundo. A luz se apaga sem amor verdadeiro por Cristo.

Jesus elogia essa igreja por odiar as obras dos nicolaítas. ““O nome grego “Nicolau” significa” conquistar o povo”. Ele se refere ao desenvolvimento da classe sacerdotal (clerical) na igreja que deixa de lado os crentes comuns. Ao mesmo tempo em que deve haver liderança pastoral na igreja, não deve haver distinção entre “clérigos” e “leigos”, em que os primeiros assumem ares arrogantes e dominam os últimos.

CONCLUSÃO
Éfeso era uma igreja que se ocupava com o trabalho do Senhor, mas não tinha amor sincero por Ele. Programa sem paixão. Essa é a igreja ocupada que tem estatísticas excelentes, todavia desvia-se da devoção sincera a Cristo.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

Um comentário:

  1. A questão é. Para quem está fazendo a obra? porque está fazendo a obra? Será que estamos fazendo realmente a obra de Deus? quais os objetivos que nos impulsiona a trabalhar na obra de Deus? Esta lição é muito importante para refletirmos nesses e em outros temas. um forte abraço, (irmão Evaldo - Catalão-GO)

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