quarta-feira, 30 de maio de 2012

Lição 11 - 2º Trimestre 2012 O EVANGELHO DO REINO NO IMPÉRIO DO MAL. 10 de Junho de 2012




LEITURA BÍBLICA: 
Apocalipse 14.1-7
Depois olhei e vi o cordeiro em pé no monte Sião. Com ele estavam cento e quarenta e quatro mil pessoas que tinham o nome dele e o nome do Pai dele escritos na testa delas. Então ouvi uma voz do céu, que parecia o barulho de uma grande cachoeira ou o som de um forte trovão. A voz que ouvi era como a música de harpistas tocando as suas harpas. O cento e quarenta e quatro mil estavam diante do trono, e dos quatro seres vivos, e dos líderes e cantavam uma nova canção, que somente eles podiam aprender. De toda a humanidade eles eram os únicos que tinham sido comprados por Deus. Eram os que se conservaram puros porque não haviam tido relações com mulheres. Seguem o Cordeiro aonde ele vai. Entre todos os seres humanos eles foram comprados e foram os primeiros a serem oferecidos a Deus e ao Cordeiro. Eles nunca mentiram, nem cometeram nenhuma falta. Então vi outro anjo voando muito alto, com uma mensagem eterna do evangelho para anunciar aos povos da terra, a todas as raças, tribos, línguas e nações. Ele disse com voz forte: Temam a Deus e louvem a sua glória, pois já chegou a hora de Deus julgar a humanidade. Adorem aquele que fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas!
  
INTRODUÇÃO
Há discórdia em relação a esse monte Sião ser um ponto de referência celestial (Hb 12.22,23) ou o monte físico. Parece mais provável que se trata de um cenário terrestre, um retrato do reino vindouro. O fato de, no versículo 2, João ouvir “uma voz do céu” sugere que ele está na terra. O “novo cântico” dá a entender que eles vivem uma nova experiência, ou seja, que passaram pela tribulação e, agora, reinam com Cristo. Todavia, mesmo que essa seja uma cena celestial, ela antecipa a vinda do reino para a terra. O versículo 3 indica que a igreja (anciões) reinará, na terra, com Cristo.

1. A PALAVRA DE DEUS APÓS O ARREBATAMENTO.
O evangelho é a boa nova de que Jesus Cristo morreu na cruz de Gólgota pelo pecado do mundo e que aquele que aceita isso pessoalmente na fé, é justificado pela ressurreição de Jesus Cristo. Esse é o chamado “evangelho de Deus” (Rm 1.1) e “evangelho e Cristo” (2 Cor 10.14). Trata-se também do “evangelho da graça de Deus” (At 20.24), porque salva os que são malditos pela lei. Além disso, a Escritura fala também do “evangelho da glória” (1 Tm 1.11) e do “evangelho da vossa salvação” (Ef 1.13).
Mas a boa nova é também o “evangelho do reino”. O próprio Senhor Jesus pregou o evangelho do reino, antes de ir para Gólgota: “Percorria Jesus a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino” (Mt 4.23). O evangelho do reino é a mensagem de que Deus vai estabelecer nesta terra o reino do Cristo, do Filho de Davi, como cumprimento da aliança com Davi. Por isso João Batista anunciava: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3.2). Essa maravilhosa mensagem já era anunciada no Antigo Testamento, por exemplo, em Isaías 9.5-6. Mas especialmente, como já dissemos, ela foi anunciada pelo próprio Senhor Jesus: “E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 9.35). Se naquele tempo todo o Israel se tivesse convertido, o reino dos céus teria sido estabelecido na terra e o Messias teria iniciado seu reinado. 

Aqui em Apocalipse 14.6 temos agora o “evangelho eterno”. Esse é o anúncio do juízo divino sobre todo o mal que é feito durante a Grande Tribulação. Mas ao mesmo tempo trata-se também de uma boa nova para os crentes que então estiverem sofrendo: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (v.12).

A palavra “evangelho” engloba, portanto, diferentes resultados da boa nova. Mas o fato de que Deus fez anunciar tanto a boa nova do evangelho da graça, além do evangelho do reino futuro e do evangelho do juízo divino, não significa que existe mais que um evangelho da salvação. Pois a graça é o fundamento de todas as dispensações, e em todas as circunstâncias é o único caminho para a salvação do pecador. Chama a atenção que não está escrito que o anjo que voa pelo meio do céu prega “o” evangelho eterno, mas “um evangelho eterno”. Poderia-se também dizer: um evangelho do único evangelho da graça de Deus em Jesus Cristo.

2. A PROCLAMAÇÃO DOS MÁRTIRES.
João vê uma grande multidão de pessoas no céu depois de estarem completos os sete anos da Grande Tribulação. Um dos anciões no céu revela a João a identidade das multidões e o modo como chegaram ao céu: “Estes são os que vieram da grande tribulação, pois no capítulo 6 diz que muitos martirizados durante a Tribulação lavaram suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (v.14). A grande multidão, finalmente em segurança na casa do Pai, é a resposta ao clamor dos mártires referidos no quinto selo.

Existe diferença de opinião entre os estudiosos da Bíblia quanto ao serem os 144 mil e a grande multidão dois grupos separados ou mesmíssimo grupo sob aspectos diferentes. Parece que “Israel” no versículo 4 foram um contraste com “todas as nações” no versículo 9 e que “Israel” se refere aos cristãos judeus, ao passo que o versículo 9 se refere a cristãos “de todas as nações, tribos, povos e línguas”. Muitos acreditam que os 144 mil selados por Deus e protegidos durante a Tribulação eram os evangelistas desse período. Mediante os esforços deles, grande multidões dentre os povos aceitaram a Cristo e morreram como mártires durante a Tribulação. São esses que João vê no céu. 

3. A PROCLAMAÇÃO DOS 144 MIL.
Quem são os 144 mil? São provavelmente os mesmos citados em 7.4. Conforme consideração anterior, a maioria dos intérpretes acredita que são os eleitos de Israel (mais provavelmente judeus) selados por Deus no meio do período dos sete anos de Tribulação. São as “primícias” (v.4), em contraste com a “colheita” geral (v.15,16). Podem ser referidos como primícias porque foram os primeiros a ser salvos durante a Tribulação. Outros acreditam que isso confirma que eles são judeus, a noiva de Deus, as primícias, de modo semelhante à igreja, que é noiva de Cristo.

No início desse capítulo vemos o Cordeiro (Cristo) em pé no monte Sião. Com ele estão os 144 mil. O monte Sião é outro nome de Jerusalém. Existem muitas passagens na Bíblia, especialmente nos salmos, que designam Sião como o lugar escolhido por Deus na terra: “O Senhor escolheu Sião, com o desejo de fazê-la sua habitação”: “Este será o meu lugar de descanso para sempre...” (Sl 132.13,14). Embora essa seja a única referência a Sião no Apocalipse, parece confirmar várias passagens do AT que sugerem que Jerusalém será o centro do Reino terrestre de Cristo na sua Segunda Vinda (Is. 2.3,4; Sl 48.2).

As expressões “não se macularam com mulheres” e “castos” (v.4) devem ser vistas no sentido espiritual, não no físico. Nessa época, o pecado dos habitantes da terra será a prostituição espiritual (Ap 14.8; Tg 4.4). Esses crentes judeus, marcados com o nome do Pai, não com o da besta, serão separados, do ponto de vista espiritual, e totalmente dedicados a Cristo. Eles seguem o Cordeiro, em vez de adorar a besta. Eles se tornarão o núcleo do reino judeus, as “primícias” da colheita futura.

4. A PROCLAMAÇÃO DAS DUAS TESTEMUNHAS.
No capítulo 11 de apocalipse versículos de 3-13, declara que as duas testemunhas profetizam em pano de saco durante o mesmo período em que a Cidade Santa será pisoteada pelas nações (1 260 dias, ou 42 semanas, ou três anos e meio). São identificadas como “as duas oliveiras e os dois candelabros”. Trata-se de uma referência a Zacarias 4.1-14, onde é explicado que o candelabro é o templo de Deus e as oliveiras representam o Espírito, por meio de quem Zorobabel, da família messiânica, concluiria a obra do templo que, havia muitos anos, estava em ruínas. 

Quem são as duas testemunhas? São muitas as respostas, mas nenhuma delas está isenta de dificuldades. Alguns diriam Pedro e Paulo, cujos corpos jaziam, naqueles tempos, na cidade de Roma. Outros entendem que são a igreja verdadeira, que dará testemunho de Cristo no decurso de toda a era cristã. O intérprete futurista acredita, geralmente, que serão duas pessoas literais que voltarão à terra e testificarão com poder sobrenatural nos dias do Anticristo. Existe bastante especulação a respeito da identidade dessas testemunhas. As teorias mais comuns sugerem Elias e Enoque ou Elias e Moisés. Em Malaquias 3.1 e 4.5, vemos uma profecia específica segundo o qual Elias será enviado “antes do grande e terrível dia do Senhor”. Em certo sentido, isso foi cumprido em João Batista (Mt 11.13,14), mas é possível que ainda exista outro cumprimento, no futuro. É interessante, notas que Elias não passou pela morte física, mas foi levado ao céu num redemoinho (2Rs 2). Elias era um profeta de Israel. Muitos acreditam que Moisés seria a outra testemunha. Ele apareceu com Elias durante a Transfiguração (Mt 17.1-8) aprovando assim com testemunha a nova aliança em Cristo. Seu corpo foi protegido por Deus (Jd 9). Enoque também é lembrado porque, de modo semelhante a Elias, não morreu, mas foi levado por deus. 

Embora a identidade das testemunhas seja questão não esclarecida no presente momento, um dia será desvendado. O âmago da questão é que Deus providenciará testemunhas (profetas) que falarão em nome, mesmo durante o período mais terrível da história humana.

Deus protegerá de forma sobrenatural as testemunhas durante os 1 260 dias (três anos e meio) durante os quais profetizarão. Muitos as odiarão e rejeitarão suas mensagens de advertência. Os que procurarem lhes causar dano serão devorados por fogo proveniente da boca das próprias testemunhas. As testemunhas também terão poder para provocar uma seca (como Elias), bem como para transformar água em sangue e dar início a qualquer tipo de praga (como Moisés).

Depois dos três anos e mio, “a besta” que vem do abismo os atacará e matará na mesma cidade onde Cristo foi crucificado. Essa é a primeira vez que a besta é mencionada no Apocalipse, e fica claro que é um ser demoníaco. 

Os cardáveis das testemunhas ficarão jogados na rua principal durante três dias e meio, e “gente de todos os povos, tribos, línguas e nações comtemplarão os seus caldáveis e não permitirão que sejam sepultados”. As comunicações globais de hoje facilmente possibilitarão a qualquer pessoa no mundo inteiro ver os cadáveres das testemunhas. Haverá até mesmo pessoas celebrando a morte delas. 

Depois dos três dias e meio (note a semelhança com o período que Cristo passou no túmulo), Deus lhe dará o sopro da vida. A ressurreição delas aterrorizará o mundo inteiro. Pouco depois de voltar à vida, serão chamadas para subir ao céu e subirão numa nuvem enquanto o mundo observa. Em seguida, haverá um terremoto violento que matará 7 mil pessoas. 

5. A PRCLAMAÇÃO DO ANJO.
Hoje, Deus usa pessoas para transmitir sua mensagem, mas ele também usará anjos no último período do julgamento. O termo “evangelho eterno” apresenta Deus como o Criador, não como Salvador, e adverte que o julgamento está chegando. É um chamado para que o homem tema e glorifique a Deus, em vez da besta e de Satanás. A sugestão é que serão salvos todos os que honrarem ao Senhor. Infelizmente, os homens adoram e servem à criatura, não ao Criador (Rm 1.25). Esse é o chamado final do Senhor para um mundo iludido por Satanás. 

Os 144 mil eram as primícias. Aqui o quadro simboliza a evangelização geral do mundo inteiro. A arma do Cordeiro ao comandar seu exército contra a besta é a pregação do simples evangelho. Para alguns, essa figura representa o evangelho sendo levado aos gentios depois de ter sido pregado a Israel. Para outros, tipifica a era das missões mundiais moderna, antes da queda da “Babilônia”, proclamada no versículo seguinte. Para outros, ainda, é o aviso de o Reino milenar de Cristo está próximo.

De qualquer forma, o anjo está avisando aos habitantes da terra sobre um tipo de última chamada, para os que ainda precisam se arrepender, de que Cristo virá sem demora. 

CONCLUSÃO
Quero na minha conclusão deste tema frisar que não concordo com a opinião do pastor Donald Stamps, comentarista da Bíblia pentecostal, onde relata que “após o arrebatamento da igreja o Espírito Santo será afastado”. ... “O espírito Santo, todavia, agirá na terra durante a tribulação, convertendo-as a Cristo e dando-lhes poder”, deixando assim alguns versículos para meditação e base no que ele relata do Espírito Santo (Ap 7.9,14; 14.6,7). Entendo que o Espírito Santo subirá com a igreja, conforme 2 Ts 2.7, e que o evangelho eterno que é a palavra de Deus converterá muitos a Cristo.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev. Junior França) 
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros. 

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