LEITURA BÍBLICA: Atos 2.1-4,14-17
1. Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2. e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 3. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 14. Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. 15. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. 16. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: 17. E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;
INTRODUÇÃO
Israel é descrito como uma igreja no sentido de ser uma nação chamada dentre as outras nações a ser um povo de servos de Deus. (Atos 7.38.) Quando o Antigo Testamento foi traduzido para grego, à palavra “congregação” (de Israel) foi traduzida “ekklesis” ou “igreja”. Israel, pois, era congregação ou a igreja de Jeová. Depois de a igreja judaica o ter rejeitado, Cristo predisse a fundação duma nova congregação ou igreja, uma instituição divina que continuaria sua obra na terra (Mat. 16.18). Essa é a igreja de Cristo, que veio a ter existência no dia de Pentecoste.
1. A ORIGEM DO PENTECOSTES CRISTÃO.
A igreja de Cristo veio a existir, como igreja, no dia de Pentecoste, quando foi consagrada pela unção do Espírito. Assim como o tabernáculo foi construído e depois consagrado pela descida da glória divina (ex. 40.34), assim os primeiros membros da igreja foram congregados no cenáculo e consagrados como igreja pela descida do Espírito Santo. É muito provável que os cristãos primitivos vissem nesse evento o retorno da “Shekinah” (a glória manifesta no tabernáculo e no templo) que, havia muito, partira do templo e cuja ausência era lamentada por alguns rabinos.
Davi juntou os materiais para a construção do templo, mas a construção foi feita por seu sucessor, Salomão. Da mesma maneira, Jesus, durante seu ministério terrenal, havia juntado os materiais da sua igreja, por assim dizer, mas o edifício foi erigido por seu sucessor, o Espírito Santo. Realmente, essa obra foi feita pelo Espírito, operando mediante os apóstolos que lançaram os fundamentos e edificaram a igreja por sua pregação, ensino e organização. Portanto, a igreja é descrita como sendo “edificados sobre o fundamento dos apóstolos...” (Efes. 2.2)
2. A TRAJETORIA DO PENTECOSTALISMO.
Durante os dias que se seguiram ao Pentecoste , os crentes praticamente não tinham nenhuma organização, e por algum tempo faziam os cultos em suas casas e observavam as horas de oração no templo (Atos 2.46.) Isso foi completado pelo ensino e comunhão apostólico. Ao crescer numericamente a igreja, a organização originou-se das seguintes causas: primeira, oficiais da igreja foram escolhidos para resolver as emergências que surgiam, como, por exemplo, em Atos 6.1-5; segunda, a possessão de dons espirituais separava certos indivíduos para a obra do ministério.
As primeiras igrejas eram democráticas em seu governo – circunstância natural em uma comunidade onde o dom do Espírito Santo estava disponível a todos, e onde toda e qualquer pessoa podia ser dotada de dons para um ministério especial. É verdade que os apóstolos e anciãos presidiam às reuniões de negócios e à seleção dos oficias; mas tudo se fez em cooperação com a igreja. (Atos 6.3-6; 1522; 1 Cor 16.3; 2 Cor 8.19; Fil. 2.25.)
Pelo que se lê em Atos 14.23 e Tito 1.5, poderá entender-se que Paulo e Barnabé nomearam anciãos sem consultar a igreja; mas historiadores eclesiásticos de responsabilidade afirmam que eles os “nomearam” da maneira usual pelo voto dos membros da igreja.
Vemos claramente que no Novo Testamento não há apoio para fusão das igrejas em uma “máquina eclesiástica” governada por uma hierarquia.
Nos dias primitivos não havia nenhum governo centralizado abrangendo toda a igreja. Cada igreja local era autônoma e administrava seus próprios negócios com liberdade. Naturalmente os “Doze Apóstolos” eram muito respeitados por causa de suas relações com Cristo, e exerciam certa autoridade. Atos 15. Paulo exercia certa supervisão sobre as igrejas gentílicas; entretanto, essa autoridade era puramente espiritual, e não uma autoridade oficial tal como se outorga numa organização.
Embora que cada igreja fosse independente da outra, quanto à jurisdição, as igrejas do Novo Testamento mantinham relações cooperativas umas com as outras. (Rom. 15.26, 27; 2Cor 8.19; Gal. 2.10; Rom. 15.1; 3 João 8.)
Nos séculos primitivos as igrejas locais, embora nunca lhes faltasse o sentimento de pertencerem a um só corpo, eram comunidades independentes e com governo próprio, que mantinham relações umas com as outras, não por uma organização política que as reunisse todas elas, mas por uma comunhão fraternal mediante visitas de delegados, intercâmbio de cartas, e alguma assistência recíproca indefinida na escolha e consagração de pastores.
3. O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO.
No princípio, praticamente todos os membros da igreja eram verdadeiramente regenerados. “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (Atos 2.47). Entrar na igreja não era uma questão de unir-se a uma organização, mas de tornar-se membro de Cristo, assim como o ramo é enxertado na árvore. No transcurso do tempo, entretanto, conforme a igreja aumentou em número e em popularidade, o batismo nas águas e a catequese tomaram o lugar da conversão. O resultado foi um influxo na igreja de grande número de pessoas que não eram cristãs de coração. E desde então, essa tem sido mais ou menos a condição da cristandade. Assim como nos tempos do Antigo Testamento havia um Israel dentro dum Israel, israelitas de verdade, bem como israelitas nominais, assim também no transcurso da história da igreja vemos uma igreja, dentro da igreja, cristãos verdadeiros no meio de cristãos apenas de nome.
Portanto, devemos distinguir entre a igreja invisível, composta dos verdadeiros cristãos de todas as denominações, e a igreja visível, constituída de todos os que professam ser cristãos - a primeira, composta daqueles cujo nomes estão escritos no céu; a segunda, compreendendo aqueles cujos nomes estão registrados no rol de membros das igrejas. Nota-se a distinção em Mateus 13, onde o Senhor fala dos “mistérios do reino dos céus” – expressão essa que corresponde à designação geral “cristandade”. As parábolas nesse capítulo esboçam a história espiritual da cristandade entre o primeiro e o segundo advento de Cristo, e nelas aprendemos que haverá uma mistura de bons e maus na igreja, até a vinda do Senhor, quando a igreja será purificada e se fará separação entre o genuíno e o falso. (Mat. 13.36-43, 47-49) O apóstolo Paulo expressa a mesma verdade quando compara a igreja a uma casa na qual há muitos vasos, uns para honra e outros para desonra. (2 Tm 2.19-21).
É a igreja sinônimo do reino de Deus? Que a igreja seja uma fase do reino entende-se pelo ensino de Mat. 16.18,19, pelas parábolas em Mat. 13, e pela descrição de Paulo da obra cristã como sendo parte do reino de Deus (Col. 4.11). Sendo “o reino dos céus” uma expressão extensa, podemos descrever a igreja como uma parte do reino. William Evans assim escreveu: “A igreja pode ser considerada como uma parte do reino de Deus, assim como o Estado de Illinois é parte dos Estados Unidos”. A igreja prega a mensagem que trata do novo nascimento do homem, pelo qual se obtém entrada no reino de Deus (João 3.3-5; 1 Ped. 1.23).
CONCLUSÃO
A igreja é “a luz do mundo”, que afasta a ignorância moral: é o “sal da terra”, que a preserva da corrupção moral. A igreja deve ensinar aos homens como viver bem, e a maneira de se preparar para morte. Deve proclamar o plano de Deus para regularizar todas as esferas da vida e sua atividade. Contra as tendências para a corrupção da sociedade, deve ela levantar a sua voz de admoestação. Em todos os pontos de perigo deve colocar uma luz como sinal de perigo.
Dicionário:
Catequese (Explicação metódica da doutrina cristã, por meio de perguntas e respostas)
Influxo Ato ou efeito de influir.
Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.
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