terça-feira, 28 de junho de 2011

Lição 1 - 3º Trimestre 2011 O PROJETO ORIGINAL DO REINO DE DEUS 03 de julho de 2011


LEITURA BÍBLICA: Marcos 4.1-3, 10-12:
1. Jesus começou a ensinar outra vez na beira do lago da Galileia. A multidão que se ajuntou em volta dele era tão grande, que ele entrou e sentou-se num barco perto da praia, onde o povo estava. 2. Jesus usava parábolas para ensinar muitas coisas. Ele dizia: 3. — Escutem! Certo homem saiu para semear. 10. Quando a multidão foi embora, as pessoas que ficaram ali começaram, junto com os doze discípulos, a fazer perguntas a Jesus sobre parábolas. 11. Jesus disse a eles: — A vocês Deus mostra o segredo do seu Reino. Mas para os que estão fora do Reino tudo é ensinado por meio de parábolas, 12. para que olhem e não enxerguem nada e para que escutem e não entendam; se não, eles voltariam para Deus, e ele os perdoaria.
Lucas 17.20,21
{20. Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando ia chegar o Reino de Deus. Ele respondeu: — Quando o Reino de Deus chegar, não será uma coisa que se possa ver. 21. Ninguém vai dizer: “Vejam! Está aqui” ou “Está ali”. Porque o Reino de Deus está dentro de vocês.

INTRODUÇÃO
O reino dos céus ou o reino de Deus é o tema central da pregação de Jesus, segundo os evangelhos sinóticos. Enquanto Mateus que se dirige aos judeus, na maioria das vezes fala em “reino dos céus”, Marcos e Lucas falam sobre o “reino de Deus”, expressão essa que tem o mesmo sentido daquela, ainda que mais inteligível para os que eram judeus.
João Batista estava cercado por uma multidão animada quando clamou no deserto: “O reino dos céus está próximo”. E a expectativa aumentou quando, um pouco depois, Jesus repetiu as palavras de João, ao iniciar o seu ministério na Galiléia. “O tempo está cumprido”, disse ele, “e o reino de Deus está próximo”.

1. CONCEITO BÍBLICO DE REINO DE DEUS.
João Batista apareceu primeiramente, anunciando que o reino dos céus estava próximo (Mt 3.2), e Jesus deu prosseguimento a essa sua mensagem depois que João Batista foi aprisionado (Mt 4.17). A expressão “reino dos céus”, em hebraico malkhut shamayim, se originou com a posterior expectativa judaica sobre o futuro, na qual denota a intervenção decisiva de Deus, ardentemente aguardada por Israel, a qual restauraria a sorte de seu povo e os livraria do poder dos seus inimigos. A vinda do reino era a grande perspectiva do futuro, preparada pela vinda do Messias, que pavimentaria o caminho para o reino de Deus. Era de importância vital para ele. Quando ensinou seus discípulos a orar, disse-lhe que pedissem a Deus: “Venha o teu reino”. Quando enviou seus discípulos nas suas primeiras expedições de pregação, o reino de Deus estava no centro das boas novas que deviam anunciar (Mt 10.7).
Jesus fez o dramático anúncio de que o reino de Deus estava próximo. Não é de admirar que todos tenham parado para ouvir! Será que o grande momento da intervenção real de Deus, previsto com tanta ênfase pelos profetas do AT, estava prestes a chegar? Estava. Na verdade, com a chegada de Jesus no cenário mundial, ele já havia chegado. Como Gabriel disse a Maria pouco antes de ela engravidar: “Deus, O Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai. O seu reinado não terá fim”. Mais tarde, Jesus disse a seus seguidores que o reino de Deus era o reino “dele”, e Paulo não via maior problema em escrever sobre o “reino de Cristo e de Deus” (Ef 5.5).
Em Jesus, o reino de Deus se tornara uma realidade viva. “Se eu expulso os demônios pelo dedo de Deus”, disse Jesus, “certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós” (Lc 11.20).
No entanto, os esperançosos ouvintes de Jesus estavam prestes a levar um choque. Ele sem dúvida era o rei prometido, mas virou a noção de reino de Deus que eles tinham de pernas para o ar. Eles esperavam uma demonstração de poder, mas Jesus ensinou que o ponto principal do reino de Deus era o fortalecimento gentil e misericordioso dos membros fracos e debilitados da sociedade. Ele esmagou os poderes do mal com uma série de milagres deslumbrantes, mas o propósito destes “sinais” era trazer cura divina e libertação para pessoas comuns que haviam sido enfraquecidas por enfermidades físicas, psicológicas, sociais ou espirituais.
Ele ensinou aos seus discípulos que o reino dos céus pertence aos pobres, angustiados e sofredores, não aos ricos, poderosos e auto-suficientes (Mt 5.3,10).
Com Jesus, reino de Deus passa a ser um conceito dinâmico, e não um conceito meramente espacial. Trata-se do reinado de Deus em ação no mundo. É um exercício de poder, e não um espaço geográfico. O requisito para entrar não é a certidão de nascimento correta, mas um estilo de vida radicalmente mudado, caracterizado por arrependimento e fé.

2. O REINO DE DEUS NAS ESCRITURAS.
Entende-se por “reino de Deus” a esfera do governo de Deus (Sl 22.28; 145.13). A criação inteira retrata o reino de Deus. Onde o Rei se faz presente, ali está o seu reino (Lc 17.20,21). Isso pode ser interpretado em um sentido espiritual.
Todas as coisas sobre as quais Deus exerce o seu poder. Tanto o mundo, como tudo o que nele existe, a vida dos homens (Sl 24.1), como também os céus (Sl 148.13). O direito que Deus tem de ser Rei é proveniente do fato de ser o Criador de todas as coisas (Sl 95.3-5). Seu governo caracteriza-se pela verdade e pela retidão.
Em um sentido bem particular a nação de Israel é denominada por “reino de Deus”, um reino sacerdotal (Ex 19.6). A glória do Rei manifestava-se no tabernáculo, na peregrinação do povo pelo deserto (Ex 40.32,34) e no tempo em Jerusalém quando passaram a habitar na terra de Canaã (2Cr 7.1); No sentido espiritual o reino de Deus pode ter um significado moral ou espiritual, indicando salvação ou vida eterna (Jo 3.3-5). Nesse texto, a referência está ligada à vida eterna que o homem não pode alcançar sem o novo nascimento.
Este Reino estava muito próximo porque foi oferecido a Israel na pessoa do Messias. Em nenhum outro lugar do Novo Testamento está escrito que o Reino havia chegado. A verdadeira vinda e o surgimento do reino dependem da resposta de Israel ao Messias (At 3.29-23), e essa dependência perdura até os dias de hoje (Zc 12.10-14). O Reino havia chegado porque estava sendo oferecido a Israel pelo Messias.
A pregação de João pressupunha que o juízo aconteceria antes da vinda do Reino, algo que foi ensinado pelos profetas do Antigo Testamento (Is 4.4,5; 5.15,16; 42.1; Jr 33.14-16; Ez 20.33-38; Dn 7.26,27; Jl 1.14,15; 3.12-17; Sf 1.2-18; 3.8-13; Zc 13.2,9; Ml 3.1-5; 4.1-6). A essa altura, João pensava que a nação de Israel se arrependeria e o Reino viria. João disse aos judeus da sua geração que se arrependessem a fim de poder entrar no Reino de Cristo.

3. AS MANIFESTAÇÕES DO REINO DE DEUS.
De que consiste o reino de Deus. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Nesse caso o reino de Deus está representado pela vida cristã. Isto provém do homem interior. É o resultado da operação do Espírito Santo em cada cristão. É o que vai gerar paz, alegria, justiça, retidão, santidade (Gl 5.22). Ainda que os conceitos “reino de Deus” e “reino dos céus” sejam por vezes, idênticos, há de se notar que, quando se trata de “reino de Deus” conclui-se um aspecto mais abrangente.
Porém, na sua esfera final, eles se tornarão idênticos e um só (Ap 11.15; 12.10; 19.1,6).
Em Apocalipse 11.15, temos mais uma referência ao período milenar. Essa expressão é mais abrangente do que “Reino do Pai” e “Reino do Filho do Homem”, pois inclui tanto o poder como a glória do reino, como ensinou Jesus em Mateus 6.13: “porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém”. O poder é o poder do reino, e a glória é a glória do reino.
Ao final do milênio, todas as esferas particulares ou secundárias do reino serão absorvidas no reino de Deus.
O grande privilégio dos membros da igreja, como participantes “da vocação celestial” (hb 3.1; Ap 20.4-6), é o de reinar com Cristo naquele reino que será sobre todos os “reinos debaixo de todo o céu” (Dn 7.27). A igreja que agora está aqui no mundo esperando pelo “prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14), aguarda a vinda do reino de Cristo, que ainda não está aqui, porque o Rei não está aqui, e “ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas” (Hb 2.8), porquanto esse reino se refere ao final dos tempos.
Finalmente, o reino é o grande objetivo das profecias e a esperança final de todos os redimidos pelo sangue de Jesus.

CONCLUSÃO
O Reino de Deus tem que ser primazia em nossos corações, mostrando assim as qualidades deste reino ao próximo, para que desta forma possa viver o sacerdócio real que Cristo nos confiou como bom embaixador do Seu Reino que é Eterno.


Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.


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