quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Lição 7 - 3º Trimestre 2011 A BELEZA DO SERVIÇO CRISTÃO. 14 de Agosto de 2011


LEITURA BÍBLICA:

João 13.12-17.
12 Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? 13 Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. 14 Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, a vós deveis também lavar os pés uns aos outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. 16 Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. 17 Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.

Atos 2.42-47.
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo nem comum. 45 Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. 46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, 47 louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

INTRODUÇÃO
Jesus lava os pés dos discípulos. A ocasião foi à contenda entre os discípulos sobre quais deles exerceriam as funções mais importantes no Reino. Tratava-se de um problema que surgiu em várias ocasiões entre eles. A despeito de Jesus declarar repetidas vezes que estava para ser crucificado, declarações que eles entenderam até o fim como parábolas ou metáforas, e não como fatos concretos, eles pareciam imaginar que a entrada triunfal, cinco dias antes, indicava que estava quase na hora de ele levantar em Jerusalém o trono de um império mundial.

No fim, Jesus precisou colocar-se de joelhos e lavar-lhes os pés. O serviço de um escravo a fim de deixar inculcado nas suas mentes que ele os vocacionara para servir, e não para mandar. A igreja sofre por causa de líderes que se deixaram consumir pela mania de grandeza! Organizações poderosas e altos cargos são criados para satisfazer as ambições mundanas e egoístas dos homens. Grandes líderes eclesiásticos, em vez de servir a Cristo com humildade, usando o nome dele para proveito próprio.

1. AS CARACTERÍSTICAS DO SERVO DE CRISTO.
Alguns dizem que o Senhor instituiu a ordenança de lavar os pés nesse episódio de lavar os pés. Entretanto, lavar os pés não era uma ordenança judaica; Jesus só queria mostrar aos discípulos que aquela era uma atitude comum.

A lavagem dos pés era uma cortesia demonstrada aos convidados de uma casa, tipicamente realizada por um servo da esposa do anfitrião, quando os convidados entravam nas casas ou quando estavam reclinados à mesa (Lc 7.44, Mc 1.7). Aqui Yeshua (Jesus) demonstra o seu ensino de Mc 10.43-44, de que o maior deve ser um servo.

Jesus não disse que eles deveriam fazer o que Ele fez, mas como ou do mesmo modo que Ele fez. Eles não precisavam de uma ordenança, e sim de alguém que fizesse o que todos sabiam que precisava ser feito, embora ninguém o tivesse feito porque não estava disposto a servir, mas a ser servido.

Jesus não estava instituindo uma ordenança aqui, mas usando uma atitude prática para dar um exemplo de amor ao Seus discípulos (Jo. 13.1). Cristo não estava sugerindo que um ritual de lava-pés fosse estabelecido, mas que Seu exemplo de humildade em sacrificar-se e em perdoar fosse seguido. Aquele que praticar essas coisas será abençoado.

Quatro razões são aqui sugeridas de por que Cristo fez isso: 1) Para que pudesse afirmar seu amor por seus discípulos, vv.1,2. 2) Para que pudesse dar exemplo de sua própria humildade e condescendência voluntárias, vv.3-5. 3) Para que pudesse lhes passar a ideia de uma lavagem espiritual, a qual é referida em sua conversa com Pedro, vv. 6-11. 4) Para que pudesse dar a eles um exemplo, vv. 12-17. E o esclarecimento dessas quatro razões levará à exposição de toda a história.

Cristo lavou os pés de seus discípulos para que pudesse dar uma prova do grande amor com o qual Ele os amou, amou-os até o fim. O fato de nosso Senhor Jesus ter “amado os seus que estavam no mundo”, amando-os “até o fim”, é estabelecido aqui como uma verdade indubitável.
Isto é verdadeiro para os discípulos que eram seus seguidores imediatos, em especial os doze. Eles eram os seus no mundo, sua família, sua escola, seus amigos íntimos. Ele não teve filhos para chamar de seus, mas adotou os discípulos, e os recebeu como se fossem seus. Ele tinha aqueles que eram seus no outro mundo, mas os deixou, durante certo tempo, para cuidar dos seus neste mundo. Esses Ele amou, chamou-os para fazer parte de sua comunhão, conversava amigavelmente com eles, sempre cuidava deles, e de seu conforto e honra. Ele permitia-lhes ficar muito à vontade com Ele, era paciente com suas fraquezas. Ele os amou até o fim, e seu amor por eles permaneceu enquanto viveu, e após sua ressurreição. Ele nunca retirou sua bondade. Embora houvesse algumas pessoas de qualidade que aderiram à sua causa, Ele nunca abandonou seus velhos amigos para abrir espaço para novos, mas continuou apegado a seus pobres pescadores. Eles eram fracos e falhos em conhecimento e graça, tolos e esquecidos, e, embora os censurasse com frequência, Ele nunca deixou de amar e de cuidar deles.

2. O SERVIÇO CRISTÃO.
Os apóstolos tinham o dever de treinar esse grande grupo e conduzi-los à comunhão com os outros cristãos. O processo se dava em quatro etapas: 1) Era ensinado aos novos convertidos que eles deveriam perseverar na doutrina dos apóstolos. A uniformidade da crença em relação à pessoa de Jesus, baseada no testemunho ocular de Seus seguidores, era essencial. 2) Os novos convertidos eram incentivados a partilhar da comunhão da Igreja. A palavra grega traduzida por comunhão significa compartilhar sua vida com outros cristãos. 3) Os novos convertidos eram incentivados a partir o pão, provavelmente, uma referência à ceia do Senhor. Alguns creem que essa é uma referência mais ampla à festa do Amor, uma refeição de comunhão da Igreja primitiva. 4) Os novos convertidos eram ensinados na disciplina da oração. As orações coletivas eram vistas como parte essencial do crescimento espiritual da Igreja.

A disposição e distribuição dos bens na Igreja primitiva eram feitas entre todos, segundo a necessidade de cada um. Quando uma carência física ou espiritual chegava ao conhecimento da Igreja, a ação era realizada, para que o problema fosse resolvido.

Os cristãos do Novo Testamento demonstravam seu amor uns para com os outros por meio da doação deles próprios como sacrifício ao Senhor. Era essa uma forma de comunismo primitivo? Definitivamente, não! O comunismo ensina que os bens ou propriedades devem ser distribuídos igualmente entre todos, para que ninguém tenha mais que o outro. Aqui, a disposição e distribuição dos bens na Igreja primitiva eram baseadas na necessidade. No comunismo, o Estado utiliza-se da força para obter o resultado desejado. Aqui, a associação entre os irmãos não era obrigatória, mas, sim, uma expressão livre de amor em favor dos que eram pobres e necessitados. O comunismo objetiva uma constante reestruturação da sociedade; aqui, a distribuição foi pontual e temporária, ou seja, até que a severa crise decorrente do grande fluxo de convertidos em Jerusalém fosse resolvida. Perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. Eles se faziam presentes na comunidade e não se isolavam.

3. A MISSÃO DA IGREJA NESTE MUNDO.
Como um corpo, um organismo vivo, a Igreja deveria crescer para a maturidade, “à medida da estatura completa de Cristo” (Ef.4.13). Como ajuda para esse desenvolvimento, Cristo deu alguns dons à sua Igreja, sob a forma de homens que realizariam várias tarefas. Alguns eram apóstolos, e outros eram profetas, evangelistas e pastores-doutores, para equipar os santos para a obra do ministério (Ef. 4.11,12). Como os membros da Igreja eram batizados no Espírito Santo, cada um tinha um dom espiritual, ou mais, para edificar os outros na comunidade de crentes (1 Cor 12.4-13). Cada um deveria servir de acordo com sua chamada e com sua habilidade (1 Ped 4.10,11).

A Igreja também deveria crescer no sentido de expansão. Cada crente deveria ser uma testemunha de Cristo por meio do poder do Espírito Santo (At.1.8), levando o evangelho a todas as criaturas, e fazendo discípulos em todas as nações (Mc 16.15)

Embora todos os crentes tivessem uma posição igual perante Cristo, o cabeça, a Igreja organizou-se com a finalidade de assegurar seu funcionamento prático e ordenado aqui na terra. De certo modo, os apóstolos e os profetas eram sua fundação (Ef. 2.20), os representantes autorizados por Jesus Cristo para completar a revelação de sua Palavra para seu povo.

Qualquer que fosse a função na qual cada crente servisse, é importante observar que ele era escolhido e então guiado e capacitado pelo Espírito, pois o principal ministério da Igreja consistia em servir ao Senhor, adorá-lo como sacerdotes por meio do Espírito que habita dentro de cada um e fazer sua vontade na terra, realizando sua obra por meio do poder do seu Espírito.

CONCLUSÃO
Deus nos ajude a por em prática os exemplos que Cristo nos deu, e cumprir a missão que Ele colocou em nossos corações, fazendo assim, obedeceremos aos seus ensinamentos e cumpriremos a grande missão da Igreja. “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.

Glossário:
Portentoso - Que tem caráter de portento; raro, extraordinário.
Contemplação - Ação de contemplar: contemplação dos astros. Concentração do espírito sobre assuntos intelectuais ou religiosos; meditação: viver na contemplação.
Indubitável - De que não se pode duvidar; certo.
Condescendência - Ação de condescender. Qualidade de quem é condescendente. Ceder por complacência ou bondade; transigir: condescender aos desejos de alguém.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

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