quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Lição 8 - 3º Trimestre 2011 IGREJA – AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE. 14 de Agosto de 2011


LEITURA BÍBLICA:

Marcos 2.13-17.
13 E tornou a sair para o mar, e toda a multidão ia ter com ele, e ele os ensinava. 14 E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na alfândega e disse-lhe: Segue-me. E, levantando-se, o seguiu. 15 E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores, porque eram muitos e o tinham seguido. 16 E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? 17 E Jesus, tendo ouvido isso, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.
Atos 2.37-41.
37 Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? 38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. 39 Porque a promessa vos diz respeito a vós, ia vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar. 40 E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. 41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.

INTRODUÇÃO
Transformar a sociedade por meio do Evangelho é a função da Igreja como agência do Reino de Deus. E nesse particular, ela tem desenvolvido bem sua missão na recuperação de pessoas que viviam nas drogas, delinquência, idolatria, etc, e que agora foram ressocializadas, tornando-se cidadãos de bem.

1. A IGREJA E A SOCIEDADE.

Em Sociologia, uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. A sociedade é objeto de estudo comum entre as ciências sociais, especialmente a Sociologia, a História, a Antropologia e a Geografia.
Em Biologia, sociedade é um grupo de animais que vivem em conjunto, tendo algum tipo de organização e divisão de tarefas, sendo objeto de estudo da Sociobiologia. Um exemplo ótimo de sociedade são as formigas trabalhando nas colônias, cada qual com sua função.
Uma sociedade é um grupo de indivíduos que formam um sistema semi-aberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada.
A origem da palavra sociedade vem do latim societas, uma "associação amistosa com outros". Societas é derivado de socius, que significa "companheiro", e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado àquilo que é social. Está implícito no significado de sociedade que seus membros compartilham interesse ou preocupação mútuas sobre um objetivo comum. Como tal, sociedade é muitas vezes usado como sinônimo para o coletivo de cidadãos de um país governados por instituições nacionais que lidam com o bem-estar cívico.
Pessoas de várias nações unidas por tradições, crenças ou valores políticos e culturais comuns, em certas ocasiões também são chamadas de sociedades (por exemplo, Judaico-Cristã, Oriental, Ocidental etc.). Quando usado nesse contexto, o termo age como meio de comparar duas ou mais "sociedades" cujos membros representativos representam visões de mundo alternativas, competidoras e conflitantes.
Também, alguns grupos aplicam o título "sociedade" a eles mesmos, como a "Sociedade Americana de Matemática". Nos Estados Unidos, isto é mais comum no comércio, em que uma parceria entre investidores para iniciar um negócio é usualmente chamada de uma "sociedade". No Reino Unido, parcerias não são chamadas de sociedade, mas cooperativas.
Margaret Thatcher não foi a única a dizer que não existe sociedade. Ainda há um debate em andamento nos círculos antropológicos e sociológicos sobre se realmente existe uma entidade que poderíamos chamar de sociedade. Teóricos marxistas como Louis Althusser, Ernesto Laclau e Slavoj Zizek argumentam que a sociedade nada mais é do que um efeito da ideologia dominante e não deveria ser usada como um conceito sociológico.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade - acesso em 17-08-2011)

I - O QUE É UMA SOCIEDADE?
Segundo o sociólogo Pérsio Santos de Oliveira, em seu livro Introdução à Sociologia, sociedade é “uma reunião de indivíduos para um determinado fim; todo grupo ou agregado social que vive submetido às mesmas leis e cujas instituições fundamentais são determinadas por padrões culturais comuns” (Santos, 2001, p.250). Deus criou o homem um ser gregário, ou seja, tendente a se relacionar com o outro, constituindo-o em família (Gn 1.28), que definida pela socióloga Eva Lakatos, é “considerada o fundamento básico e universal das sociedades, por se encontrar em todos os agrupamentos humanos, embora variem as estruturas e o funcionamento” (Lakatos, 1999, p. 171).
II - QUAL FOI O PROJETO ORIGINAL DE DEUS PARA SOCIEDADE?
Deus, ao criar o homem, institui a família e projeta a sociedade “…enchei a terra…” (Gn 1.28b); estabelece o princípio da relação de trabalho e meios de produção “… e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15), do governo “… domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra”(Gn 1.26b); e a constituição que regeria a sociedade, a lei moral “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”(Gn 2.17). Portanto, o projeto de Deus sempre foi alcançar o homem em todos os seus aspectos (físico, emocional, social e espiritual).
O Senhor Jesus nasceu em uma família judaica (Lc 2.1-7), em uma sociedade politicamente dominada pelos romanos (Mt 2.1; Lc 2.1-3). Entretanto o evangelista Lucas registra que “E crescia Jesus em sabedoria (intelectualmente), e em estatura (fisicamente), e em graça para com Deus (espiritualmente) e os homens (socialmente).Lucas registra o que Deus realizou na vida de Jesus e tencionava realizar na vida de todos. Todas as coisas deveriam convergir para glorificação do Senhor (Rm 11.36), porém a presença do pecado desorganizou o projeto original, por isso, nos diz Paulo:
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). A cultura e as relações sociais tornaram-se vítimas da lei do pecado.
III - A IGREJA COMO AGENTE TRANSFORMADORA DEVE ASSUMIR O PAPEL DO ESTADO?
Não! Infelizmente, ao longo da história da Igreja surgiram algumas falsas analogias sobre a missão integral da Igreja e o seu papel de agente transformador da sociedade, levando alguns segmentos “considerados cristãos” a assumirem posições antibíblicas do conceito original.

2. A IGREJA E A PROTEÇÃO SOCIAL.

Evangelização e Responsa¬bilidade Social
O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano, criado por DEUS. E DEUS não o criou como uma alma sem corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma (para que pudéssemospreocupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico), nem tampouco um corpo-alma em isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele vive). Não! DEUS fez o homem um ser espiritual, físico e social. Como ser humano, o nosso próximo pode ser definido como 'um corpo-alma em sociedade'. Portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Se amamos o nosso próximo como DEUS o criou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total, o bem-estar do seu corpo, da sua alma e da sua sociedade. [...] É verdade que o Senhor JESUS ressurreto deixou a Grande Comissão para a sua Igreja: pregar, evangelizar e fazer discípulo. E esta comissão é ainda a obrigação da Igreja. Mas a comissão não invalida o mandamento, como se "amarás o teu próximo" tivesse sido substituído por "pregarás o Evangelho". Nem tampouco reinterpreta amor ao próximo em termos exclusivamente evangelísticos" (STOTT, John R. W. Cristianismo Equilibrado. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 60,61).

3. A IGREJA E A ASSISTÊNCIA À SOCIEDADE.

"Apesar de vivermos em uma sociedade pluralista, servimos a um DEUS que é soberano sobre todas as coisas, e todos os aspectos da vida pessoal e social atingirão a sua melhor forma quando refletirem o seu caráter. Todos cidadãos viverão melhor em um mundo que mais proximamente se conforme à realidade e à ordem que DEUS criou. Fazer tal argumentação prudente é uma maneira muito mais efetiva de reconstruir a cultura do que montar campanhas políticas públicas. Mudar as leis de modo a ajustá-las aos padrões bíblicos de justiça é uma tarefa crucial, claro, mas somente elas não podem transformar o coração ou mudar o comportamento. A maneira como as pessoas vivem é determinada mais por seus valores compartilhados, e isso por sua vez é mudado através de persuasão paciente e exemplo.
Quando apresentarmos a perspectiva bíblica em debate público, deveremos interpretar a verdade das Escrituras de maneira tal que atraia o senso comum. Embora acreditemos que as Escrituras sejam a revelação infalível de DEUS, não temos que tornar os nossos argumentos uma repetição de versículos bíblicos.
Por exemplo, quando defendo em câmaras estaduais que criminosos deveriam ser obrigados a pagar restituição às suas vítimas, não digo: 'Faça isso porque a Bíblia diz'. Antes, apresento a tese como uma saudável política pública. (Quase sempre, alguém me pergunta de onde veio a idéia, e então respondo: 'Vá em casa e investigue a sua Bíblia. Leia Êxodo 22 ou a história de Zaqueu no Novo Testamento'.)
Ainda assim, sempre quando escrevo sobre a necessidade de se utilizarem argumentos razoáveis em cena pública tenho certeza de que uma montanha de cartas de leitores chocados chegará, perguntando: 'Não é a Bíblia adequada para a salvação? Não nos diz a Bíblia que a Palavra de DEUS não volta vazia?' A resposta é que de fato a Palavra de DEUS é suficiente para a salvação — para a graça salvadora. Mas estamos aqui falando de graça comum — isto é, levar adiante o trabalho de DEUS de manter a criação através da promoção da justiça e retenção do mal. Para tanto, devemos traduzir a revelação de DEUS para a linguagem do mundo. Devemos ser capazes de falar ao cientista na língua da ciência, ao artista na linguagem da arte, ao político na linguagem da política" (COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E Agora, Como Viveremos? 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.54).

CONCLUSÃO
Para que a igreja seja uma verdadeira agente do reino, primeiramente ela precisa refletir sobre a sua relação com Deus, fazer disso a sua prioridade máxima, identificar-se com os seus propósitos, associar-se a ele em sua obra de restauração da criação. A igreja precisa ser teocêntrica, a começar do seu culto. Quando o culto e a vida da igreja são voltados em primeiro lugar para a satisfação de necessidades humanas, e não para a glória e o louvor de Deus, a igreja deixa de ser teocêntrica, e em assim fazendo, não pode ser agente do reino de Deus no mundo.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) ADBV. Cel. 8816.7122.
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Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

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