domingo, 28 de agosto de 2011

Lição 10 - 3º Trimestre 2011 A ATUAÇÃO SOCIAL DA IGREJA. 04 de Setembro de 2011


LEITURA BÍBLICA:

Isaias 58.6-8,10,11.
Não! Não é esse o jejum que eu quero. Eu quero que soltem aqueles que foram presos injustamente, que tirem de cima deles o peso que os faz sofrer, que ponham em liberdade os que estão sendo oprimidos, que acabem com todo tipo de escravidão. O jejum que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos, que recebam em casa os pobres que estão desabrigados, que deem roupas aos que não têm e que nunca deixem de socorrer os seus parentes. Então a luz da minha salvação brilhará como o sol, e logo vocês todos ficarão curados. O seu salvador os guiará, e a presença do Senhor Deus os protegerá por todos os lados.

Tiago 2.14-17.
Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé se ela não vier acompanhada de ações? Será que essa fé pode salvá-lo? Por exemplo, pode haver irmãos ou irmãs que precisam de roupa e que não têm nada para comer. Se vocês não lhes dão o que eles precisam para viver, não adianta dizer: “Que Deus os abençoe! Vistam agasalhos e comam bem”. Portanto, a fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta.

INTRODUÇÃO
Neste mundo, onde há tanto ricos quanto pobres, frequentemente os que têm abastança material tiram proveito dos que nada têm, explorando-os para que os seus lucros aumentem continuamente (Isaias 3.14,15; Jeremias 2.34). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados.

1. POBREZA: UMA REALIDADE SEMPRE PRESENTE.
A verdadeira adoração é mais que o ritual religioso de ir ao templo todos os dias, jejuar e ouvir a leitura das Escrituras. As pessoas se esqueceram da necessidade de terem um relacionamento vivo e real com Deus. Ainda hoje, Ele não quer que tenhamos uma atitude de aparente fidelidade, mantendo em nosso coração pecados não perdoados, continuando com o nosso estilo de vida pecaminoso. A genuína compaixão pelos oprimidos, pobres e indefesos é tão importante quanto a correta adoração e doutrina.

Não podemos ser salvos sem a fé em Cristo, mas a nossa fé não será sincera se não for estendida aos nossos semelhantes. O jejum pode ser espiritual e fisicamente benéfico, mas ajuda apenas a quem faz. Deus expressou o desejo de que o nosso jejum vá além de nosso crescimento pessoal, e revele-se através de atos de bondade, caridade, justiça e generosidade. Isto será verdadeiramente agradável a Ele, pois o jejum que Deus aprova é acompanhado de amor por Ele e por sincero cuidado pelos oprimidos. O crente deve compreender que a entrega de ofertas e dízimos à igreja não o exime da responsabilidade de dar aos pobres. Devemos ajudar os famintos com comida e fornecer roupas aos que estão necessitados.

2. QUESTÕES SOCIAIS NO ANTIGO TESTAMENTO.
Amos 5.12-14 “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejetais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis”.

O zelo de Deus pelos pobres e necessitados. Deus tem expressado de várias maneiras seu grande zelo pelos pobres, necessitados e oprimidos.

1) O Senhor Deus é o seu defensor. Ele mesmo revela ser deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl 40.17), o libertador (1Sm 2.8) e provedor (Sl 10.14).
2) Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (Dt 15.7-11). Declarou-lhe, em seguida, seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o Senhor abundantemente te abençoará na terra que o Senhor, teu Deus te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso Deus, na sua Lei, proíbe a cobrança de juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25). Se o pobre entregasse algo como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo, o credor era obrigado a devolver-lhe o penhor (uma capa ou algo assim) antes do pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este era obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos a si mesmo e à sua família (Dt 24.14,15). Durante a estação da colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados no chão para que os pobres os recolhessem (Lv 19.10; Dt 24.19-21) e mais: os cantos das searas de trigo, especialmente, deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era o mandamento divino de se cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres (Dt 15.1-6). Além disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao necessitado, simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). Deus, além de prover o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução de propriedades, o ano do jubileu, que ocorria a cada cinquenta anos. Todas as terras que tivessem mudado de dono desde o ano do Jubileu anterior teriam de ser devolvidas à família originária. E, mais importante de tudo: a justiça haveria de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber qualquer favoritismo (Êx 23.2,3.6; Dt 1.17). Desta maneira, Deus impedia que os pobres fossem explorados pelos ricos, e garantia um tratamento justo aos necessitados.

3) Infelizmente, os israelitas nem sempre observavam tais lei. Muitos ricos tiravam vantagens dos pobres, aumentando-lhes a desgraça. Em consequência de tais ações, o Senhor proferiu, através dos profetas, palavras severas de juízo contra os ricos (Is 1.21-25; Jr 17.11).

3. O NOVO TESTAMENTO E A AÇÃO SOCIAL DA IGREJA.
Quando alguém reivindica ter fé, o que ele ou ela podem ter é um consentimento intelectual, uma concordância com um conjunto de ensinos cristãos, o que como tal seria uma fé incompleta. A verdadeira fé transforma nossa conduta como também nossos pensamentos. Se as nossas vidas permanecerem inalteradas, estaremos demonstrando que não cremos verdadeiramente nas verdades em que reivindicamos crer.

No Novo testamento, Deus também ordena a seu povo que evidencie profunda solicitude pelos pobres e necessitados, especialmente pelos domésticos na fé.
1) Boa parte do ministério de Jesus foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica, dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser Jesus )Lc 4.18,19). Ele condenava durante os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25).

2) Jesus espera que seu povo contribua generosamente com os necessitados. Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres. Em mais de uma ocasião, ensinou aos que queriam seguir a se importarem com os marginalizados econômica e socialmente. As contribuições não eram consideradas opcionais. Uma das exigências de Cristo para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os irmãos e irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (Mt 25.31-46).

3) O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demostravam igualmente profunda solicitude pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e barnabé, representando a igreja em Antioquia da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta aos irmãos carentes da Judéia (At 11.28-30). Quando o concílio reuniu-se em Jerusalém, os anciãos recusaram-se a declarar a circuncisão como necessária à salvação, mas sugeriram a Paulo e aos seus companheiros “que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência” (Gl 2.10). Um dos alvos de sua terceira viagem missionária foi coletar dinheiro “para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na Galácia e em Corinto a contribuir para esta causa (1 Cor 16.1-4). Como a igreja em Corinto não contribuísse conforme se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos seus membros a respeito da ajuda aos pobres e necessitados (2Cor 8.9). Elogiou as igrejas na Macedônia por lhe terem rogado urgentemente que lhes deixasse participar da coleta (2Cor 8.1-4;9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de contribuir. Na epístola aos Romanos, ele arrola, como dom do Espírito Santo, a capacidade de se contribuir com generosidade às necessidades da obra de Deus e de seu povo (rm 12.8).

CONCLUSÃO
Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e necessitados, são os irmãos em Cristo. Jesus equiparou as dádivas repassadas aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio. A igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros. Quando o crescimento da igreja tornou impossível aos apóstolos cuidar dos necessitados de modo justo, procedeu-se a escolha de sete homens, cheios do Espírito Santo, para executar a tarefa. Paulo declara explicitamente qual deve ser o princípio da comunidade cristã: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé (Gl 6.10). Deus quer que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja igualmente entre o seu povo. Resumindo, a Bíblia não nos oferece outra alternativa senão tomarmos consciência das necessidades materiais dos que se acham ao nosso redor, especialmente de nossos irmãos em Cristo.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica:
Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.




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