quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Lição 6 - 4º Trimestre 2011 NEEMIAS LIDERA UM GENUÍNO AVIVAMENTO. 06 de Novembro de 2011

Neemias, integridade e coragem em tempos de crise.

LEITURA BÍBLICA:

Neemias 8.1-3,5,6,9,10.
Já no sétimo mês, todo o povo de Israel estava morando nas suas cidades. No dia primeiro desse mês, todos se reuniram em Jerusalém na praça em frente ao Portão das Águas. Então pediram a Esdras, o sacerdote e mestre da Lei, que trouxesse o Livro da Lei que o Senhor Deus tinha dado ao povo de Israel por meio de Moisés. Esdras levou o livro para o lugar onde o povo estava reunido: os homens, as mulheres e as crianças que já tinham idade para entender. E ali, na praça em frente ao portão. Esdras leu a Lei para o povo, desde o nascer do sol até o meio-dia. E todos ouviram com atenção. Esdras ficou ali no estrado acima do povo, e todos olhavam para ele. Quando abriu o livro, todos se levantaram, e Esdras disse: Louvem ao Senhor, o grande Deus! Todo o povo levantou os braços e respondeu: Amém! Amém! Aí se ajoelharam e, com o rosto encostado na terra, adoraram a Deus, o Senhor. Quando ouviram a leitura da Lei, eles ficaram tão comovidos, que começaram a chorar. Então Neemias, o governador, e Esdras, o sacerdote e mestre da Lei, e os levitas que estavam ali explicando a Lei disseram a todo o povo: Este dia é sagrado para o Senhor, nosso Deus, e por isso vocês não devem se lamentar nem chorar. Vão agora para casa e faça uma festa. Repartam a sua comida e o vinho com quem não tiver nada preparado. Este dia é sagrado para o nosso Deus; portanto, não fiquem tristes. A alegria que o Senhor dá fará com que vocês fiquem fortes.

INTRODUÇÃO
Depois de construído o muro, Neemias e Esdras congregaram o povo a fim de organizar a vida nacional. Durante sete dias, desde o raiar do sol até o meio-dia, Esdras e os instrutores levitas abriam o livro da Lei e o interpretavam e explicavam, a fim de que o povo entendesse o que estava sendo lido. Essa leitura e exposição pública do Livro de Deus ocasionou uma grande onda de arrependimento entre o povo, um grande reavivamento e uma aliança solene no sentido de observarem a Lei, conforme registram os capítulos 9 e 10.

Deve ser observado que foi a descoberta do Livro da Lei que deu origem à grande reforma de Josias (2Rs 22). Foi a redescoberta da Bíblia por Martinho Lutero que levou à Reforma e trouxe liberdade religiosa ao mundo moderno. A fraqueza de muitas igrejas em nossos dias é que negligenciam a própria Bíblia que professam seguir. A grande necessidade do púlpito hoje é a simples pregação expositiva da Bíblia.

1. O POVO SE AJUNTOU NA PRAÇA PARA OUVIR A LEITURA DA LEI.
Esdras retornou a Jerusalém a fim de ajudar Neemias na dedicação do muro e na santificação das pessoas. È relevante o fato de que se reuniram na Porta das Águas, já que essa porta simboliza a Palavra do Senhor (3.26). O povo tinha fome da Palavra, pois pediu que Esdras trouxesse o Livro e o lesse. O 1º dia do sétimo mês marca a Festa das trombetas; o 10º dia é o dia da Expiação; do 15º ao 22º dia, a Festa dos Tabernáculos (Lv 23.23-44). Esdras leu a Palavra e explicou-a durante muito tempo com o auxilio dos levitas. O versículo 8 descreve uma perfeita assembleia da igreja: todo o povo reunido para ouvir; a Palavra exaltada; o pregador lê e explica a Palavra para que o povo possa entende-la. O povo chora ao ouvir a Palavra, sem dúvida dominado pelo pesar acerca de seus pecados. Contudo, esse era para ser um dia de regozijo. Eles podiam chorar no Dia da Expiação! Esdras disse-lhes que celebrassem e regozijassem; Ec. 3.4.

A frase “todo povo” indica a reunião de todas as cidades e da zona rural de Judá. A praça, provavelmente, localizava-se entre a área sudeste do templo e o muro oriental. O líder nesse caso, o escritor era Esdras. Essa é a primeira vez que o escriba é mencionado no livro de Neemias. O povo instruiu Esdras a pegar o Livro da Lei, o qual ele havia levado para Jerusalém 13 anos antes. O que era restrito ao estudo particular entre homens instruídos tornou-se público para todos.

Nos dias de Esdras e Neemias, lemos que quando o povo voltou do cativeiro, um grande avivamento espiritual teve lugar entre os israelitas. Esse despertamento teve origem numa intensa disseminação da Palavra de Deus e incluiu um vigoroso ministério de ensino bíblico. É dessa época que temos o relato do primeiro movimento de ensino bíblico metódico popular similar ao da nossa Escola Dominical de hoje.

O capítulo 8 do livro de Neemias dá um relato de como era a escola bíblica popular de então, ou como chamamos hoje: Escola Dominical. Esdras era o superintendente (Ne 8.2); o livro-texto era a Bíblia (v.3); os alunos eram homens, mulheres e crianças (v. 3; 12.43). Treze auxiliares ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos (v.4) e outros treze serviam como professores ministrando o ensino (vv 7,8). O horário ia da manhã ao meio dia (v.3). Afirma o versículo 8 que os professores liam a Palavra de Deus e explicavam o sentido para que o povo entendesse. É certo que aí há um problema linguístico envolvido (o povo falando o aramaico ao retornar do exílio), mas o que sobressai mesmo é o ensino da Palavra patente em todo o capítulo. Por certo, o leitor gostaria de ter pertencido a uma escola assim, espiritualmente avivada.

O resultado desse movimento de ensino da Palavra foi a operação do Espírito Santo em profundidade no meio do povo, conforme atesta todo o capítulo 9 e os subsequentes do livro de Neemias. É o cumprimento da promessa de Deus em Isaías 55.11.

2. . O ENSINO BÍBLICO.
No dia seguinte, os líderes encontraram-se com Esdras a fim de descobrir a lei referente à Festa dos Tabernáculos. Eles proclamaram essa lei por toda a terra, e o povo obedeceu, houve “mui grande alegria” (v.17). Há alegria em ouvir a Palavra, mas alegria maior em obedecer a ela. Como resultado dessa conferência bíblica (todos os dias por uma semana, v.18), no 24º dia do mês houve uma grande convocação das pessoas condenadas. Durante três horas, Esdras e os levitas ensinaram a Palavra e, depois, as pessoas confessaram e oraram por três horas e assim por diante durante todo o dia.

Nas escrituras, geralmente as mulheres estão implicitamente presentes nas reuniões de grupos; aqui, elas são mencionadas explicitamente. Crianças com mais idade, assim como adultos, reuniram-se no primeiro dia do sétimo mês. O muro havia sido concluído no vigésimo quinto dia do sexto mês (Ne 6.15); então, esse evento aconteceu apenas pouco dias após a conclusão da obra.

Quando Esdras abriu o livro, todo o povo se pôs em pé, representando sua reverência pela Palavra. Esse gesto, tempos depois, tornou-se característico dos judeus nas cerimônias realizadas nas sinagogas.

Antes de ler o Livro da Lei, Esdras guiou o povo em oração. Louvou significa que Esdras identificou Deus como fonte de bênçãos para o povo (Sl 103.1). O povo respondeu amém e levantou as mãos, indicando participação com Esdras na oração. Então, os judeus inclinaram a cabeça e adoraram o Senhor com o rosto em terra, um ato de submissão voluntária ao Senhor e Criador.

Por meio de Esdras e dos levitas, vemos o que deve acontecer sempre que a Palavra de Deus for ministrada aos fiéis. Muitos dos que voltaram do exílio, já não entendiam o hebraico, uma vez que seu idioma era agora o aramaico. Por isso, quando as Escrituras eram lidas em hebraico, um grupo de homens dedicados fazia a interpretação para o aramaico, de tal maneira que os fiéis pudessem compreendê-las a aplica-las à sua vida.

3. O ENTENDIMENTO DA PALAVRA GEROU O AVIVAMENTO.
Os levitas explicaram completamente o significado da Lei de Deus, eles explicaram a Lei de forma que o povo depreendesse o sentido e obtivesse o discernimento do que estava sendo lido. Uma vez que o povo compreendeu a Palavra de Deus, chorou. Ouvindo os altos padrões da Lei e reconhecendo sua baixa posição diante do Senhor, os judeus se converteram. Neemias, Esdras e os levitas estavam, sem dúvida, alegres em ver a convicção do povo. Mas, mesmo assim, encorajaram-no a parar de chorar e lembraram que aquele dia era consagrado ao Senhor.

No primeiro dia do sétimo mês (v.2), era realizada a Festa das Trombetas. Não era tempo de chorar, mas de celebrar. O povo foi instruído a celebrar a festa comendo, bebendo e compartilhando. A alegria do Senhor podia referir-se à alegria que Deus tem, mas o contexto indica que é algo que o povo experimentou. Esse é o sentimento que brota em nosso coração por meio de nosso relacionamento com Altíssimo. É um contentamento dado por Deus, sentido apenas quando estamos em comunhão com Ele. Quando nosso objetivo é conhecer mais acerca do Senhor, o que obtemos é a Sua alegria. Força significa lugar de segurança, refúgio ou proteção. O lugar seguro do povo era o todo-poderoso. Os judeus tinham construído um muro e carregado lanças e espadas, mas Deus era a sua proteção.

O povo foi à suas casas para comer e beber, compartilhar e regozijar-se, porque levara no coração as palavras de Neemias, Esdras e dos levitas (v 1-9). Ele obedeceu à Palavra do Senhor e celebrou a Festa das Trombetas.

Os cabeças dos pais de todo o povo, os sacerdotes e os levitas voltaram no dia seguinte para ouvirem mais ensinamentos da Palavra de Deus. Até mesmo os líderes se reuniram para entender o sentido das escrituras e saber como deveriam agir.

Verdadeiros líderes apreciam o valor de celebrar os grandes feitos de Deus em suas organizações e por meio delas. Quando a tarefa é terminada, os resultados são alcançados e o povo é servido, então, é apropriado separar um tempo para celebrar essas bênçãos.

Foi isso que Neemias fez quando o povo terminou a reconstrução do muro (Ne 8.1,10). Primeiro, ele fez Esdras ler a Lei, a motivação da missão de Neemias, em primeiro lugar. As palavras despertaram não só tristeza (Ne 9.1-3), como também alegria genuína (Ne 8.10-12). Então, com louvor sincero, comida e, até mesmo, um coro dizendo amém (Ne 8.6), a comunidade alegrou-se no Senhor pelo trabalho realizado.

Mais uma informação interessante para a celebração foi a instrução de Neemias: enviai porções aos que não têm nada preparado para si (Ne 8.10). Em outras palavras: “tragam os pobres à festa: compartilhem a riqueza!”. Ninguém deveria ser privado de tamanha alegria.

O povo se arrepende. (Ne 9.1-37). Aqui, invertendo a ordem normal, a festa foi seguida por jejum, e alegria, por tristeza. O arrependimento da nação foi genuíno. Erros foram corrigidos e o povo se voltou a Deus com confissão e adoração. Na oração, que foi o prelúdio para a renovação a aliança, o povo mencionou, em primeiro lugar, a obra da criação de Deus. Depois, passa a recordar suas demonstrações de amor e fidelidade para com uma nação rebelde, desde a época de Abraão até aquele momento, quando se achegam de Deus na condição de escravos em sua própria terra, por causa do sei pecado.

CONCLUSÃO
“Vale apena observar, que uma reprodução do que Neemias fez em Jerusalém, na metade do quinto século a.C., é extremamente necessário no Ocidente moderno. Os pais já não ensinam a Bíblia aos filhos em casa; os pregadores, na igreja, são geralmente temáticos e superficiais, em vez de expositivos e teológicos; o ensino da Escola dominical é muitas vezes rudimentar no que diz respeito à Bíblia; o sistema educacional público e a mídia, tanto popular quanto a acadêmica, tratam o cristianismo como uma letra morta, sobrevivente apenas como um hobby para pessoas de um estilo singular. “Assim, não há em nossa cultura o menor encorajamento para se tornar biblicamente literato, e o resultado é uma geração assustadora e nenhum movimento significativo em direção a Deus enquanto as coisas permanecerem como estão”. (J.I Packer). “Maranata“.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.



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