domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lição 10 - 1º Trimestre 2011 O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS. 06 de Março de 2011


LEITURA BÍBLICA: Atos 10.44-48; 11.15-18
10.44 E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. 45 E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
46 Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus. 47 Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados estes que também receberam, como nós, o Espírito Santo? 48 E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então, rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias. 11.15 E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio. 16 E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo. 17 Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era, então, eu, para que pudesse resistir a Deus? 18 E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.

INTRODUÇÃO
O Espírito Santo desceu sobre os gentios. Segundo parece, os primeiros cristãos judeus não conseguiram compreender que o evangelho fosse para gentios tanto quanto para judeus, e que aqueles teriam igual participação nos benefícios da redenção. Os prosélitos gentios ao judaísmo, no entanto, eram aceitos. Os gentios tinham recebido o mesmo dom dos crentes judeus; falaram em línguas da mesma forma que os cristãos judeus no Dia de Pentecostes. Essa era evidência irrefutável de que o reino estava aberto a gentios também.

1. OS GENTIOS NO ANTIGO TESTAMENTO.
Gentios é uma palavra que foi aplicada a todas as nações não judaicas, sem necessariamente refletir qualquer antipatia; ao contrário do termo “pagão”, que reflete uma forte antipatia (2 Rs 16.3; Ed 6.21).
A palavra “gentios” ou “nações foi aplicada sem distinção para as divisões entre os descendentes de Sem, Cam e Jafé (Gn 10.5,20,31). O contexto para essas distinções aparecia-nos ideias espirituais para Israel, e eram sustentados pelo próprio Senhor. A promessa relativa à semente de Abraão (Gn 12.3) foi interpretada pela primeira aliança no Sinai como sendo a transformação dos verdadeiros crentes de Israel em uma nação eleita, escolhida com reino de sacerdotes para ensinar outras nações a respeito do Senhor (Êx 19.4-6). Esses ideais serviam como uma garantia para a descrição dos israelitas que “mantinham a justiça” e “agiam com justiça” como “sua nação”, isto é, a nação do Senhor (Sl 106.5), enquanto as outras nações eram simplesmente chamadas de “as nações”, isto é, os gentios (Is 60.3, At 13.47).
A perversão dos relacionamentos ideais levou a uma ênfase no fato de as “nações” serem identificadas com idolatria e corrupção (Lv 18.24). Os israelitas, por sua vez, muitas vezes esqueciam de ser os sacerdotes do Senhor. Esses israelitas sem memória consideravam os gentios meramente como “pagãos” (Sl 9.5; 10.16).
A amargura, de ambos os lados, foi marcada para remoção por meio das missões. O ódio é contrário ao coração de Deus (Jo 4.10,11). As nações dos gentios também devem fazer parte da herança do Messias (Sl 2.8; Is 42.1,6). Os israelitas e os gentios devem ser aceitos como co-líderes no reino messiânico (Is 66.12, 19-23). Os seguidores de Jesus, judeus ou gentios, receberam ordens de fazer discípulos de todos os povos (Mt 28.19,20).

2. OS GENTIOS EM O NOVO TESTAMENTO.
Cornélio foi o primeiro cristão gentio. Até essa altura, o evangelho tinha sido pregado somente aos judeus, aos prosélitos e aos samaritanos, todos guardavam a Lei de Moisés. Os apóstolos devem ter entendido que, segundo a Grande Comissão de Jesus (Mt 28.19), deviam pregar o evangelho a todas as nações. Mas ainda não lhes fora revelado que os gentios deviam ser acolhidos como gentios. Segundo parece, achavam que, antes de os gentios poderem ser acolhidos como cristãos na família de Deus, precisavam tornar-se prosélitos, circuncidados e observantes da lei de Moisés.
Havia judeus espalhados entre todas as nações, e os apóstolos podem ter imaginado que sua missão era alcançar os compatriotas da Diáspora. Durante algum tempo, pregaram somente aos judeus (11.19). Foi então que Deus lhes mostrou o próximo passo. A Judéia, a Samaria e a Galiléia tinham sido evangelizadas e chegara a hora de oferecer o evangelho aos gentios.
Cornélio era oficial do exército romano em Cesaréia, capital romana da Palestina, residência do governo romano e quartel-general da província. Cornélio era o oficial comandante do regimento Italiano, que parece ter sido uma tropa de elite. Talvez fosse o guarda do próprio governador. Nesse caso, Cornélio foi um dos homens mais importantes e conhecidos de toda a região.
Cornélio era bom e piedoso. Deve ter sabido alguma coisa a respeito do Deus dos judeus e dos cristãos possivelmente porque era em Cesaréia que Felipe morava. Mas, embora orasse ao Deus dos judeus, Cornélio continuava sendo um gentio.
Foi Deus quem escolheu Cornélio para ser o primeiro gentio a entrar pela porta do evangelho. O próprio Deus dirigiu a sequencia dos eventos, ordenando que Cornélio mandasse buscar Pedro. Esse fato deve ter ocorrido entre cinco e dez anos após a fundação da igreja de Jerusalém, talvez por volta de 40 d.C. Certamente as notícias do que acontecera em Cesaréia deram ímpeto à fundação da igreja gentílica em Antioquia (11.20).

3. JUDEUS E GENTIOS UNIDOS POR DEUS MEDIANTE A CRUZ.
Paulo descreveu a redenção de Cristo e a fé em sua obra como o resultado da ruptura da “parede de separação que estava no meio” (Ef 2.14). Esta é uma referência ao muro da separação que isolava os gentios dos átrios internos do Templo de Herodes.
Cristo derrubou todas as barreiras que havia entre judeus e gentios quando morreu na cruz. O templo judeu tinha um muro que separava o pátio dos gentios do resto do complexo; além disso, havia um sinal no muro que avisava que qualquer gentio que ultrapassasse aquele limite seria morto. Jesus Cristo derrubou esse muro! Ele derrubou o muro físico porque, em Cristo, todos nos tornamos um (Gl 3.28,29). Ele derrubou o muro espiritual e aproximou os gentios. Ele derrubou o muro legal, pois nele cumpriu-se a lei e terminou o reinado da Lei mosaica que separava judeus e gentios. Cristo também fez paz entre os judeus e os gentios, e não apenas entre os pecadores e Deus (Rm 5.1). Ele tomou os pecadores judeus e os pecadores gentios e, por meio da cruz, criou um “novo homem”, a igreja.
Paulo revelou o ministério da igreja, e que os judeus cristãos levaram um tempo para compreender o novo desígnio de Deus. Durante séculos, o Senhor manteve os judeus e os gentios separados, e os judeus aprenderam que o gentio só podia se aproximar de Deus ao tornar-se judeus. Agora, revela-se a verdade de que a cruz de Cristo condena tanto judeus quanto gentios como pecadores, mas também reconcilia com Deus, em um corpo, os que crêem em Jesus.
O que os judeus e os gentios são agora. No Espírito, os dois têm acesso ao Pai. Na organização judaica, apenas o sumo sacerdote podia, uma vez por ano, entrar na presença de Deus. Todavia, na nova criação, todo crente tem privilégio de entrar no Santo dos Santos (Hb 10.1925). Os judeus não podem mais afirmar que têm mais privilégios, pois, agora, os judeus e os gentios pertencem à família do Senhor. Os judeus e os gentios são justificados pela fé no sangue de Cristo.

CONCLUSÃO
Deus não faz acepção de pessoas. Por isso, ama todo o ser humano, sem se importar com a sua procedência racial: amarela, branca ou escura. O importante é que cada um reconheça a sua condição de pecador, aceite a Jesus como Salvador, e reserve, por este intermédio, a sua salvação eterna. Cornélio foi primeiro gentio a se converter a Cristo. Enquanto Pedro, que visitou a casa deste general, por ordem divina, pregava-lhe o Evangelho, o Espírito Santo foi derramado profundamente sobre todos os que se encontravam naquela residência. Então o apóstolo entendeu que a salvação era para todos e não só para os judeus. Desde aquele momento em que Cornélio, seus familiares, criados e amigos se converteram a Cristo, o Evangelho é pregado maciçamente a todos os povos. E o resultado está patente aos nossos olhos. Milhões de gentios têm aceitado a Jesus como Salvador de suas almas, como prova de que a salvação era para eles também.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.



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