sexta-feira, 4 de março de 2011

Lição 11 - 1º Trimestre 2011 O PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA DE CRISTO. 13 de Março de 2011


LEITURA BÍBLICA: Atos 15.6-12
6. Então os apóstolos e os presbíteros se reuniram para estudar o assunto. 7. Depois de muita discussão, Pedro se levantou e disse: — Meus irmãos, vocês sabem que há muito tempo Deus me escolheu entre vocês para anunciar o evangelho aos não judeus a fim de que eles pudessem ouvir e crer. 8. E Deus, que conhece o coração de todos, mostrou que aceita os não judeus, pois deu o Espírito Santo também a eles, assim como tinha dado a nós. 9. Deus não fez nenhuma diferença entre nós e eles; ele perdoou os pecados deles porque eles creram. 10. Então por que é que vocês estão querendo pôr Deus à prova, colocando uma carga nas costas dos que agora estão crendo? E essa carga nem nós nem os nossos antepassados pudemos carregar. 11. Pelo contrário, por meio da graça do Senhor Jesus, nós, judeus, cremos e somos salvos do mesmo modo que os não judeus. 12. Então todos os que estavam ali ficaram calados e escutaram Barnabé e Paulo contarem todos os milagres e maravilhas que Deus tinha feito por meio deles entre os não judeus.

INTRODUÇÃO
Ao retornar da primeira viagem, Paulo deparou com um problema sério no meio dos judeus cristãos. Ele havia descoberto a fórmula da transculturação, ou seja, evangelizar os gentios sem judaizar. Os radicais que permeavam a Igreja, os judaizantes, queriam que esses novos crentes seguissem os costumes, desejavam impor uma carga muito pesada aos gentios, a qual nem os seus próprios pais suportaram. Por isso, o Espírito Santo atuou naquelas decisões, em prol dos novos conversos, e nós, hoje, somos também beneficiados por elas.
Calcula-se que esta reunião em Jerusalém aconteceu em 49 d.C. Era assunto sério. Se os membros do partido dos fariseus (v. 5 ) estivessem com a razão, muitos cristãos de Antioquia, que não eram judeus, não poderiam ser salvos, e todo o trabalho ( At 14.26 ) de Paulo e Barnabé entre os não judeus teria sido em vão e até mesmo contra a vontade de Deus.

1. O QUE É UM CONCÍLIO.
[Do lat. concilium, reunião, assembléia] Reunião convocada pelos representantes de uma igreja para deliberar acerca de uma linha de ação comum e pugnar pela ortodoxia doutrinária. Em qualquer concílio eclesiástico, a Palavra de Deus deve ter em tudo a primazia. Caso contrário: o primado humano sufocará e acabará por extinguir a influência do Espírito Santo.
Concílio. Assembléia magna para deliberar sobre aspectos de doutrina ou de costumes da vida cristã. Porque vos entregarão aos c, Mc 13.9 (ARC).
Concílio de Jerusalém. Esse é o nome comumente dado à reunião efetuada por delegados enviados pela igreja de Antioquia (liderados por Paulo e Barnabé) com os apóstolos e anciãos da igreja de Jerusalém, a fim de discutir os problemas originados pelo grande influxo de convertidos gentios na igreja (At 15.2-29). Muitos comentaristas identificam essa reunião com aquela que é descrita em Gl 2.1-10; o ponto de vista apresentado neste artigo, porém, é que em Gl 2.1-10 Paulo se refere a uma reunião particular que ele mesmo e Barnabé tiveram com Tiago, o justo, Pedro, e João (provavelmente por ocasião de sua visita para levar alivio aos crentes de Jerusalém, que passavam por período de fome, visita essa mencionada em At 11.30), e na qual reunião os lideres da igreja de Jerusalém deram as destras de comunhão, isto é, reconheceram a chamada e a posição de Paulo e Barnabé para o apostolado entre os gentios.

2. A IMPORTÂNCIA DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM.
Motivo. O rápido progresso do evangelho entre os gentios, em Antioquia da Síria (At 11.19s) e em Chipre e na Ásia Menor (At 13.4-14) confrontou os crentes judaicos conservadores da Judéia com um sério problema. Os apóstolos haviam aquiescido (Consentir) com a evangelização da família de Cornélio, pelo ministério de Pedro, devido a mesma haver sido acompanhada por sinais evidentes da aprovação divina (At 10.1-11), porém se a propagação do evangelho entre os gentios prosseguisse no mesmo ritmo, dentro em pouco haveria mais gentios do que judeus dentro da igreja, o que parecia ameaçar, consequentemente, a manutenção do padrão moral do cristianismo. Para esse problema, muitos cristãos judeus apresentaram uma solução simplista. Que os convertidos dentre os gentios fossem aceitos na mesma igreja da mesma maneira que os prosélitos (pagão convertido à doutrina dos judeus) dentre os gentios vinham sendo aceitos na comunidade de Israel: mediante a circuncisão e a aceitação da obrigação de observar a lei mosaica.
Até então tais condições não haviam sido imposto as aos convertidos dentre os gentios. Evidentemente nenhuma palavra sobre a circuncisão foi dita a Cornélio e seus familiares, e quando Tito, um crente gentio, visitou Jerusalém em companhia de Paulo e Barnabé, em ocasião anterior, a questão de sua circuncisão nem ao menor foi abordada (Gl 2.3). Agora, entretanto, alguns elementos extremamente zelosos pela lei, na igreja de Jerusalém, decidiram fazer pressão sobre os crentes de Antioquia e das igrejas das circunvizinhanças, apresentando-lhes a necessidade de se submeterem à carga da lei. Tal pressão se mostrou tão persuasiva nas igrejas recém-fundadas da Galácia que Paulo teve de enviar a tais igrejas um urgente e violento protesto, atualmente conhecido como Epístola aos Gálatas. Na própria igreja de Antioquia tais judaizantes (como são chamados aqueles elementos) causaram tal controvérsia que os líderes da igreja finalmente resolveram que a questão inteira fosse estabelecida pelas autoridades espirituais superiores, os apóstolos.
O debate foi aberto pelo partido farisaico da igreja de Jerusalém, o qual insistia que os convertidos entre os gentios tinham de ser circuncidados e obrigados a guardar a lei. Depois de muita disputa, Pedro relembrou ao “concilio” que Deus já havia demonstrado qual sua vontade em relação à questão ao conceder seu Espírito a Cornélio e sua família, baseando-se exclusivamente em sua fé. Paulo e Barnabé sustentaram o argumento de Pedro relatando como Deus havia semelhantemente abençoado grande número de crentes gentios por intermédio de seu ministério. A seguir, Tiago, o justo, evidentemente reconhecido como líder da igreja de Jerusalém, sumarizou o debate e expressos seu parecer de que nenhuma condição deveria ser imposta aos convertidos dentre os gentios, além da condição de fé em Cristo, com a qual Deus já se tinha declarado plenamente satisfeito.

3. A CARTA DE JERUSALÉM.
Atos 15.22-29 narra o resultado dessa importante reunião. Os gentios deveriam abster-se das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue e da prostituição. Essas recomendações foram iniciais. Nos anos que se seguiram, Paulo, em suas cartas, trouxe outras ordens aos gentios, de acordo com a necessidade das igrejas às quais escreveu. Em cada carta paulina Deus usa o apóstolo a fim de trazer orientações divinas aos crentes gentios, explicando, em algumas delas, que a guarda da Lei não salva o gentio, e sim a fé em Jesus Cristo. (E.C).
Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos. Esse preceito diz respeito às restrições que se referem aos alimentos sacrificados aos ídolos. Essa matéria foi aprofundada posteriormente por Paulo (Rm 14.13-16).
Proibição do sangue. A proibição de se alimentar de sangue está prevista na Lei de Moisés (Lv 3.17). No entanto, ele era usado como alimento ou bebida pelos gentios.
Abstenção da carne sufocada. Esse preceito está na Lei de Moisés (Gn 9.5; Dt 12.16,23-25). Era muito comum entre os gentios, e ainda hoje, abater animais sem derramamento de seu sangue.
Abstenção da prostituição. O padrão moral deles estava muito aquém do judaico-cristão. Era grande o risco de os gentios convertidos naufragarem nessas práticas licenciosas. Havia nos templos a chamada “prostituição sagrada”.

CONCLUSÃO
Causa-nos estranheza, hoje, quando alguém levanta questões sobre usos e costumes, que, às vezes, sequer aparecem na Bíblia (exceto com interpretações subjetivas de certas passagens isoladas da Bíblia e fora do contexto), como condição para a salvação. Vivemos os bons costumes, porque somos salvos e não para sermos santificados. Tudo o que a consciência acusa, corrompe os bons costumes, viola a santidade e causa escândalo, é pecado.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) ADBV. Cel. 8884.4401
E-mail, Orkut e MSN: junior.franca1@hotmail.com Twitter: http://twitter.com/#!/Juniorfranca2
Blog: http://joseaugustodefranca.blogspot.com/
Face book: www.facebook.com/profile.php?id=100001877051805

Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário