sábado, 26 de março de 2011

Lição 1 - 2º Trimestre 2011 QUEM É O ESPÍRITO SANTO. 03 de Abril de 2011


LEITURA BÍBLICA: João 14.16,17, 26.
16 Eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Auxiliador, o Espírito da verdade, para ficar com vocês para sempre. 17 O mundo não pode receber esse Espírito porque não o pode ver, nem conhecer. Mas vocês o conhecem porque ele está com vocês e viverá em vocês. 26 Mas o Auxiliador, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e fará com que lembrem de tudo o que eu disse a vocês. João 6.13-15: {1313 Eles ajuntaram os pedaços e encheram doze cestos com o que sobrou dos cinco pães. 14 Os que viram esse milagre de Jesus disseram: — De fato, este é o Profeta que devia vir ao mundo! 15 Jesus ficou sabendo que queriam levá-lo à força para o fazerem rei; então voltou sozinho para o monte.

INTRODUÇÃO
O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade por cujo poder o universo foi criado. Ele pairava por sobre a face das águas e participou da glória da criação. (Gen. 1.2; Jó 26.13; Sal. 33.6). O Dr. Denio escreveu: O Espírito Santo, como divindade inseparável em toda a criação, manifesta sua presença pelo que clamamos as leis da natureza. Ele é o princípio da ordem e da vida, o poder organizador da natureza criada. Todas as forças da natureza são apenas evidências da presença e operação do Espírito de Deus. As forças mecânicas, a ação química, a vida orgânica nas plantas e nos animais, a energia relativa à ação nervosa a inteligência e a conduta moral são apenas evidências da imanência (Que existe sempre num dado objeto e é inseparável dele) de Deus, da qual o Espírito Santo é o agente.

1. A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO.
A Paracletologia divide-se, no estudo da Bíblia, em dois períodos: o do Antigo e do Novo Testamento. No primeiro, as atividades e as manifestações do Espírito Santo eram esporádicas, específicas e em tempos distintos. No segundo, começa no dia de pentecoste, quando suas atividades se concretizam direta e continuamente, através da Igreja. No Antigo Testamento, Ele se manifestava em circunstâncias especiais. No Novo Testamento, veio para morar nos corações dos crentes e enchê-los do seu poder. No Antigo Testamento, tinha-se um conhecimento limitado do Espírito Santo, pois o viam como um poder impessoal vindo da parte de Deus. Porém, no Novo Testamento, essa idéia foi aclarada quando Ele se manifestou de modo pessoal, racional e direto, ainda que invisível.
O Espírito Santo é revelado no antigo testamento de três maneiras: primeira, como Espírito criador ou cósmico, por cujo poder o universo e todos os seres foram criados: segunda, como Espírito dinâmico ou doador de poder; terceira como Espírito regenerador, pelo qual a natureza humana é transformada.
O Espírito é executivo da Divindade, operando tanto na esfera física como na moral. Por intermédio do Espírito, Deus criou e preserva o universo. Por meio do Espírito – “o dedo de Deus” (Lc 11.20) – Deus opera na esfera espiritual, convertendo os pecadores, santificando e sustentando os crentes.
O Espírito Santo é divino. Prova-se sua divindade pelos seguintes fatos: Atributos divinos lhe são aplicados; ele é eterno, onipresente, onipotente, e onisciente ( Heb. 9.14; Sal 139.7-10; Luc 1.35; 1Cor. 2.10,11). Obras divinas lhe são atribuídas, como sejam: criação, regeneração e ressurreição (Gen.1.2; Jó 33.4; João 3.5-8; Rm 8.11). É classificado junto com o Pai e o Filho ( 1Cor. 12.4-6; 2Cor. 13.13; Mat. 28.19; Apoc. 1.4).

2. A ASSEIDADE DO ESPÍRITO SANTO.
A palavra “asseidade” é pouco usada na linguagem cotidiana das nossas igrejas. Trata-se de um termo especial com um significado singular, pois refere-se a Deus. Definem os dicionários bíblicos que se trata de um atributo de Deus pelo qual Ele existe por si mesmo. Portanto, “asseidade” atribui-se exclusivamente ao Ser divino, e o Espírito Santo é a manifestação da divindade.
A existência do Espírito Santo (Hb. 9.14). Se o Espírito Santo existe como ser divino, ele não é uma parte deste, mas é o próprio Deus espírito (Jo. 4.24). Ele tem existência própria, mas isto não significa que esteja separado da divindade. As pessoas da Trindade são distintas em suas manifestações, mas pertencem à mesma essência indivisível e eterna. O Espírito Santo não se originou em nada e em ninguém, pois tem origem em si mesmo. Ele é a expressão da unicidade de Deus. Nós e os anjos fomos criados e, por isso, dependemos do Criador. Mas o espírito Santo não depende e nem precisa de alguém, embora queira e possa livremente relacionar-se com sua criação. Jesus declarou que o Pai tem vida em si mesmo (Jo. 5.26). Se o Pai pertence à mesma essência divina do Filho, o Espírito Santo também possui existência própria e total independência de todas as coisas.
Os atributos do Espírito Santo. Quando nos referimos ao termo “atributos”, falamos de algo que também pertence ao Espírito Santo. De fato, são propriedades qualitativas, jamais adquiridas ou acrescentadas, mas pertencentes a Ele eternamente. Destacaremos essencialmente dois atributos:
A imutabilidade. Ela é própria do Espírito Santo. Significa que Ele está livre de toda mudança (Mt.3.6). Tudo o que se diz a respeito dele, como Deus Espírito, é perfeito e imutável. Este atributo não é exclusivo de uma pessoa da Trindade, mas pertence às três (Rm. 1.23; Hb. 1.11).
Eternidade (Hb. 9.14). Ela é um atributo intrínseco divino. Por isso, o autor da Carta aos Hebreus identifica o Espírito Santo como “Espírito Eterno”. Ele transcende a todas as limitações temporais. Dois outros termos ligados à eternidade ilustram e aclaram ainda mais este atributo. O Espírito Santo é infinito e imenso. Por infinidade, entende-se que sua existência não tem fim. Nada confina o Espírito Santo no espaço, nem o retém no tempo. Por imensidade, compreende-se que o espírito é total, pleno e completo. Ele não se divide, mas pode estar presente em toda parte com todo o seu Ser (Sl 139.7-12).

3. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO.
Um dos atributos da deidade é a personalidade que cada uma das três pessoas divinas possui. Às vezes, atribuímos à personalidade uma forma corpórea. Entretanto, Deus é Espírito, sem necessidade de corpo material. Identifica-se como pessoa alguém que manifeste qualidades, como o falar, o sentir e o fazer alguma coisa racional. Já provamos que o Espírito Santo é um Ser divino e pessoal, e não meramente uma coisa, uma força ou uma energia cósmica.
O Espírito Santo é uma pessoa ou apenas uma influência? Muitas vezes descreve-se o Espírito duma maneira impessoal - como o Sopro que preenche a Unção que unge, e o Fogo que ilumina e aquece a Água que é derramada e o Dom do qual todos participam. Contudo, esses nomes são meramente descrições das suas operações. Descreve-se o Espírito duma maneira que não deixa dúvida quanto à sua personalidade. Ele exerce os atributos de personalidade: mente (Rom. 8.27); vontade (1Cor. 12.11); sentimento (Efés 4.30). Atividades pessoais lhe são atribuídas: Ele revela (2 Ped. 1.21); ensina (João 14.26); clama (Gál. 4.6); intercede (Rom. 8.26); fala (Apoc. 2.7); ordena (Atos 16.6,7); testifica (João 15.26). Ele pode ser entristecido (Efés. 4.30); contra ele pode mentir (At 5.3), e blasfemar (Mat. 12.31,32).
Sua personalidade é indicada pelo fato de que se manifestou em forma visível de pomba (Mat. 3.16) e pelo fato de que ele se distingue dos seus dons (1Cor. 12.11).
Alguns talvez tenham negado a personalidade do Espírito porque ele é descrito como tendo corpo ou forma. Mas é preciso distinguir a personalidade e a forma corpórea (possuir corpo). A personalidade é aquilo que possui inteligência, sentimento e vontade: ela não requer necessariamente um corpo. Além disso, a falta duma forma definida não é argumento contra a realidade. O vento é real apesar de não possuir forma. (João 3.8).
Não é difícil formar um conceito de Deus Pai ou do Senhor Jesus Cristo, mas alguns têm confessado certa dificuldade em formar um conceito claro do Espírito Santo. A razão é dupla: Primeiro, nas Escrituras as operações do Espírito são invisíveis, secretas, e internas; segundo, o Espírito Santo nunca fala de si mesmo nem se apresenta si mesmo. Ele sempre vem em nome de outro. Ele se oculta atrás do Senhor Jesus Cristo e nas profundezas do nosso homem interior. Ele nunca chama a atenção para si própria, mas sempre para a vontade de Deus e para obra salvadora de Cristo. “Não falará de si mesmo” (João 16.13).
O Espírito Santo é uma personalidade distinta e separada de Deus, o Espírito procede de Deus, é enviado de Deus, é dom de Deus aos homens, No entanto, o Espírito não é independente de Deus. Ele sempre representa o único Deus operando nas esferas do pensamento, da vontade. O fato de o Espírito poder ser um com Deus e ao mesmo tempo ser distinto de Deus é parte do grande ministério da Trindade.

CONCLUSÃO
O Espírito veio para habitar em Cristo, não somente para suas próprias necessidades, mas também para que ele o derramasse sobre todos os crentes. Depois da ascensão o Senhor Jesus exerceu a grande prerrogativa messiânica que lhe foi concedida, enviar o Espírito sobre outros. Portanto, ele concede a bênção que ele mesmo recebeu e desfruta, e nos faz coparticipantes com ele mesmo. Assim é que não somente lemos acerca do dom, mas também da “comunhão” do Espírito Sano, isto é, participando em comum do privilégio e da bênção de ser o Espírito de Deus concedido a nós. Não somente comunhão dos crentes uns com os outros mas também com Cristo; eles recebem a mesma unção que ele recebeu. É como a unção preciosa sobre a cabeça de Arão, que desceu sobre a barba e até à orla de seus vestidos. Todos os membros do corpo de Cristo, como reino de sacerdotes, participam da unção do Espírito que mana da sua cabeça, nossos grande Sumo Sacerdote que subiu aos céus.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Junior França)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.

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