sábado, 28 de abril de 2012

Lição 7 - 2º Trimestre 2012 SARDES, A IGREJA MORTA. 13 de Maio de 2012



LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 3.1-6
Ao anjo da igreja de Sardes escreva o seguinte: Esta é a mensagem daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Eu sei o que vocês estão fazendo. Vocês dizem que estão vivos, mas, de fato, estão mortos. Acordem e fortaleçam aquilo que ainda está vivo, antes que morra completamente; pois sei que o que vocês fizeram não está ainda de acordo com aquilo que o meu Deus exige. Portanto, lembrem do que aprenderam e ouviram. Obedeçam e se arrependam. Se não acordarem, eu os atacarei de surpresa, como um ladrão, e vocês não ficarão sabendo nem mesmo a hora da minha vinda. Mas alguns de vocês de Sardes têm conservando limpas as suas roupas. Vocês andarão comigo vestidos de roupas brancas, pois merecem esta honra. Aqueles que conseguirem a vitória serão vestidos de branco, e eu não tirarei o nome dessas pessoas do livro da vida. Eu declararei abertamente, na presença do meu Pai e dos seus anjos, que elas pertencem a mim. Portanto, se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o Espírito de Deus diz às igrejas.

INTRODUÇÃO
Sardes era uma igreja morta que só nominalmente tinha vida, embora existissem uns poucos que não contaminaram suas vestes. A semelhante igreja, Cristo apresentou-se como o Poderoso que tem os sete espíritos de Deus e pode remover do Livro da Vida no céu os membros impuros. Existem pessoas, em todas as espécies de igreja hoje, denominadas cristãs, mas não sabem o que significa ser uma nova criatura em Cristo Jesus, Talvez seja por isso que milhares de pessoas estejam deixando as igrejas mortas nos dias de hoje e voltando às que se baseiam na Bíblia, que pregam o evangelho e que estão vivificadas com o Espírito de Cristo.

1. A IGREJA EM SARDES.
Sardes era cidade existente desde o século XIII a.C., e era Capital do reino de Lídia, que foi o maior poder encontrado pelos gregos em sua missão conquistadora, durante a colonização da Ásia Menor. Estava situada 50 milhas ao nordeste de Esmirna e 30 milhas ao noroeste de Filadélfia, na falda meridional do Monte Tmolus, à margem oriental do rio Pactolus, numa fertilíssima região da Ásia Menor. Sua acrópole, que sempre compreendia a parte mais alta da cidade antiga daquela região, coroava um monte de aproximadamente 300 m de altura, dando-lhe um aspecto de rara beleza urbanística.

Dos monarcas que dominaram em Sardes, o mais notável de todos é Creso, que se distinguiu de seus antecessores pela fabulosa riqueza que possuía parte da qual era oriunda do ouro de aluvião encontrado nas areias do rio Pactolus que bordejava a cidade.

O reino de Creso caiu em poder de Ciro, rei da Pérsia, em 546 a.C., que tomou a cidade de Sardes e transformou o reino numa satrapia da Pérsia, para onde foi transportada toda a riqueza de Creso.

Em 499 a.C., houve a invasão macedônia do reino da Pérsia. Em 334 a.C. Sardes foi oficialmente conquistada por Alexandre, o Grande, em consequência de sua vitória sobre os persas na batalha de Grânico.

Em 214 a.C., Antíoco, o Grande, a conquistou e saqueou; mas, já em 190 a.C., os romanos a conquistaram na Batalha de Magnésia e a tornaram numa das  cidades que integravam a Província Romana da Ásia.

Em 17 a.D., ela foi destruída por um terremoto, quando o Imperador Tibério, num ato de generosidade, dispensou todos os impostos devidos pelos cidadãos sardenses ao Império, a fim de eles reconstruírem a cidade, o que foi feito. Atualmente, porém, ali existe sob o poder dos turcos, a mais das ruínas da antiga cidade, apenas uma pequena aldeia, denominada KALESSI, em nada comparável à cidade do passado.

A vida religiosa dos sardenses girava principalmente em torno de Ártemis, melhor conhecida por Diana dos efésios, At 19.28 e de Zeus, propalado pelos sacerdotes pagãos de deus salvador. Diz a história que um templo dedicado a Zeus foi erigido sobre as ruínas do palácio de Creso, o extinto e fabuloso rei de Sardes; templo este, localizado ao lado do templo dedicado a Ártemis, ali anteriormente existente. Ao mesmo tempo, como era comum em seus dias, os sacerdotes adoravam a Cíbile e a vários outros deuses da mitologia grega e por suposto, também adoravam ao Imperador romano, resultado da ocupação de Sardes por Roma, que era um rito exportado de Roma, com a Águia Romana, a todos os países conquistados.

De acordo com o livro das Antiguidades judaicas, de Flávio Josefo, historiador judeus do primeiro século a.D., havia em Sardes uma colônia judaica que, à semelhança de outras existentes noutros lugares, dedicava-se a atividades comerciais e financeiras, o que lhe assegurava, de certo modo, grande influência ante a sociedade ambiente e os poderes políticos.

2. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA.
A igreja em Sardes encontrava-se numa posição insustentável, semelhante àquela da população israelita quando do reinado de Acabe e Jezabel, conforme denunciada pelo profeta Elias em 1Rs 18.21; pois, enquanto os israelitas coxeavam entre dois pensamentos, a saber, entre Jeová e Baal, a igreja em Sardes tinha o nome de que estava espiritualmente viva, quando em verdade estava espiritualmente morta, Ap 3.1. A ela, por este motivo, Jesus se apresenta possuindo os sete Espíritos de Deus, a saber, a plenitude da espiritualidade perfeita e santa; e, portanto, em condições ideias para perscrutar as profundezas do coração de cada membro daquela igreja, Ap 3.1; 1Cr 2.10.

Deste modo, estava também à altura para exortá-la à vigilância, afirmando-lhe: Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Esta igreja devia de imediato consolidar o restante de seus membros que estavam para morrer. Isto significa que nem tudo estava perdido, porque nem todos os membros da igreja estavam completamente mortos. Ainda havia um restante que não estava cem por cento conformado com as más obras da igreja e talvez fosse isto o que lhe dava a aparência de vida. Este restante ainda poderia ser recuperado mediante um sincero arrependimento, a fim de estarem vigilantes, aguardando o momento da visitação celestial, Apo 3.2-3; Mc 13.32-37.

Sim, havia em Sardes umas pessoas que não se haviam contaminado com as más obras da igreja, e por este motivo receberam a promessa de andar com Cristo, vestidos de vestiduras brancas, por serem dignas disto, Apo 3.5; e, se eles de fato se tornassem vencedores, a mais dessas vestimentas desejáveis, teriam também seus nomes permanentes no rol dos escolhidos inscritos no Livro da Vida do Cordeiro, e seriam por Jesus confessados como seus seguidores perante Deus e seus anjos, apo 3.5,6.

Cremos que a igreja em Sardes representa a Igreja Universal com sua liturgia, com seus clericalismos tradicionais idólatra, que lhe dão aparência de vida espiritual, mas realmente representam morte. Essa igreja vem existindo desde os fins do terceiro século a.D. e ainda perdura atualmente, com diferentes nomes no mundo; havendo sido de certo modo sacudida pela Reforma Protestante do século XVI, continua sendo sacudida pela pregação do Cristo vivo, mediante a mensagem evangélica proclamada por fiéis testemunhas de Cristo, desde então aos nossos dias. Ela ainda permanece dormindo o sono da letargia idolatria, e agora esforçando-se oficialmente por atrair os modernistas ao seu seio, mediante um ecumenismo diabólico, sem base bíblica. Os argumentos que evoca em favor de sua pretensão, consiste em textos isolados, em que não se pode basear uma doutrina bíblica, pois a única possibilidade de comunhão fraternal está em Cristo e não nos sortilégios duma organização de caráter mundial.

3. A DOENÇA E A MORTE DE UMA IGREJA.
O corpo dessa carta. Nela podemos observar que, ao passo que nas outras cartas Cristo começa com o elogio do que é bom nas igrejas, e depois prossegue para lhes dizer o que está faltando, aqui (e na carta a Laodicéia) Ele começa:

Com uma repreensão, e uma repreensão muito séria: “Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto”. A hipocrisia, é um declínio lamentável na religião, são os pecados de que essa igreja é acusada, por alguém que a conhecia bem, como também conhecia todas as suas obras. 1) Essa igreja tinha obtido uma grande reputação; tinha um nome, e um nome muito honroso, como igreja florescente, um nome de religião viva, de pureza de doutrina, de unidade entre os membros, de uniformidade na adoração, decência e ordem. Não lemos de nenhuma divisão infeliz entre eles. Tudo parecia bem, ao menos no que concerne à observação dos homens. 2) Essa igreja na verdade não era o que aparentava  na sua reputação. Tinham o nome de que estavam vivos, mas estavam mortos; havia uma forma de piedade, mas não o poder, um nome para viver, mas não o princípio da vida. Se não havia uma privação total de vida, mesmo assim havia um grande entorpecimento na sua alma e nos seus cultos, um grande entorpecimento do espírito dos seus ministros, e um grande entorpecimento nas suas ministrações, nas suas orações, nas suas pregações, nas suas conversas, e um grande entorpecimento no povo para ouvir, em oração, e em conversas; o pouco que ainda havia de vida entre eles estava, por assim dizer, expirando, prestes a morrer.

O nosso Senhor prossegue em dar a essa igreja em degeneração o melhor dos conselhos: “Sê vigilante e confirma o restante...”. 1) Ele os aconselha a redobrarem a guarda. A causa de seu entorpecimento pecaminoso e de seu declínio era que tinham baixado a guarda. Sempre que baixamos a guarda, perdemos terreno, e por isso precisamos voltar novamente à vigilância contra o pecado, e Satanás, e contra tudo que é destrutivo para a vida e o poder da piedade. 2) Ele os aconselha a fortalecer as coisas que restaram, e que estão prestes a morrer. Alguns entendem isso como uma referência a pessoas; há alguns que haviam mantido a sua integridade, mas estavam em perigo de entrar em declínio com os outros. E difícil manter-nos à altura da vida e do poder da piedade quando vemos um entorpecimento e um declínio gerias prevalecendo à nossa volta. Ou pode ser entendido acerca de práticas, como as seguintes: “... não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus”, não estão à altura; há algo que falta nelas; há a casca, mas não o cerne; há o esqueleto, mas não a alma, a sombra, mas não a substância. Está faltando a coisa interior, suas obras são ocas e vazias; as orações não estão repletas de desejos santos, as esmolas e boas ações não estão repletas de verdadeira caridade; os cultos não estão repletos de devoção adequada da alma a Deus; não há afeições interiores correspondentes a atos e expressões exteriores. Agora, quando falta algo ao espírito, a forma não pode subsistir por muito tempo.

CONCLUSÃO
A exigência de atenção universal conclui a mensagem. Toda palavra de Deus merece atenção dos homens; aquilo que talvez pareça mais particularmente dirigido a um grupo de pessoas tem algo em si que é instrutivo a todos.

Glossário:
Falda - Sopé, abas de montanha, serra ou monte; encostas.
Acrópole - A parte mais elevada das cidades gregas, que servia de cidadela.
Satrapia - Cargo, governo, dignidade de um sátrapa.
Perscrutar - Indagar, investigar, averiguar minuciosamente, penetrar, escrutar.
Clericalismos - Conjunto de opiniões favoráveis à intervenção do clero nos negócios públicos e privados; sistema de apoio incondicional ao clero.
Letargia - Espécie de sonolência mórbida profunda, contínua, sem febre nem infecção: cair em letargia.
Sortilégios - Malefício ou artimanhas de feiticeiro: recorrer aos sortilégios da macumba. / Trama, combinação, maquinação.
Entorpecimento - Ação ou efeito de entorpecer; torpor. Paralisia momentânea duma parte do corpo.
Gerias - Administrar, governar, dirigir, regular. / Administrar por conta própria ou de outrem: gerir a propriedade da família.
Cerne - Camada concêntrica de uma árvore cortada transversalmente: o número de cernes serve para que se conheça a idade de uma árvore.

Pesquisado e Elaborado: Ev. José Augusto de França Junior (Conhecido: Ev.Junior França)
Fones: (85) 3226-2753(Igreja) - Celular: 8616.7122(Oi), 9940.0893(Tim), 55*97*2635(Nextel)
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Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lições Bíblicas da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Glow, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico: SBB e Halley, Todos os personagens da Bíblia de A - Z, História dos Hebreus, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico: Wycliffe e J. D. Douglas, entre outros.


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