segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Lição 3 - 1º Trimestre 2011 O DERRAMENTO DO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES 16 de Janeiro de 2011




LEITURA BÍBLICA
Atos 2.1-6,12

1 Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. 2 De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados.
3 E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles.
4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas , conforme o Espírito os capacitava. 5 Havia em Jerusalém judeus, tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo. 6 Ouvindo-se o som, ajuntou-se uma multidão que ficou perplexa, pois cada um os ouvia falar em sua própria língua. 12  Atônitos e perplexos, todos perguntavam uns aos outros: “Que significa isto?”

INTRODUÇÃO

O crescimento da Igreja, na atualidade, é ocasionado pela atuação do Espírito Santo em nossos dias. Se desejamos mais conversões e a manifestação do poder de Deus, devemos buscar, insistentemente, os dons espirituais, tão necessários neste momento de incredulidade total.
A promessa de batismo no Espírito Santo é uma das mais belas promessas das Escrituras, outorgada à Sua Igreja. Embora desprezada pelos cristãos históricos e tradicionais, podemos, á luz da Palavra, perceber a validade da promessa para os dias atuais, revestindo a Igreja de poder e ousadia na propagação do Evangelho.

1.  O BATISMO COM ESPÍRITO SANTO 
     
Ter o Espírito Santo não é o mesmo que ser batizado no Espírito Santo. Os discípulos, mesmo antes do Pentecoste, já tinham o Espírito Santo (Jo 20.22). O batismo no Espírito Santo é um revestimento de poder que capacita, principalmente, para fazer missões (At. 1.8, Luc 24.49).
A evidência desse batismo é o falar línguas. No dia de Pentecoste eles falaram línguas (V.4). Antes disso, ninguém tivera tal experiência. Na casa de Cornélio, como Pedro soube que o Espírito Santo desceu sobre eles? Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus (At. 10.46).
Há igrejas neopentecostais que não têm noção dessa evidência e confundem ter o Espírito Santo com o batismo no Espírito Santo. Ultimamente, estão inventando muitas práticas exóticas sem apoio bíblico.
 Precisamos deixar que Deus trabalhe em nossos corações, permitindo que toda mazela seja retirada de nossas vidas e que a nossa boca possa falar o que o nosso coração esta cheio, através do Espírito Santo.

2.  FUNDAMENTOS DO BATISMO NO O ESPÍRITO SANTO

Sim, embora sua atuação se desse de maneira esporádica no AT., não residindo em caráter permanente no crente como observado no N.T., as Escrituras nos deixam claro sua atuação nos homens por Ele escolhido, iluminando-os (Jó 32:8); concedendo-lhes sabedoria (Jz 3:10; 6:34); revelação (Nm 11:25; 2 Sm 23:2); instruções sobre a sabedoria, entendimento, conselho, poder, bondade e o temor de Deus (Is 11:2) e a administrar-lhes a sua graça (Zc 12:10).
No A.T. observamos textos como (Joel 2:28,29; Is 44:3; Ez 11:19,20; Zc 12:10) que fundamentam a promessa do Batismo no Espirito Santo.
Já no N.T. há uma maior diversidade de textos que corroboram com esta maravilhosa promessa:
•Os evangelhos sinóticos encerram essa promessa da descida do Espírito Santo quase que em seus primeiros lances, através da mensagem de João Batista (Mt 3:11,12; Mc 1:8; e Lc 3:16,17)
•A promessa da descida do Espírito Santo é mais amplamente desenvolvida no Evangelho de João, nas declarações do Senhor Jesus sobre o divino paracleto (Jo 14:15-17,25,26; 15:26,27 e 16:5- 11,11-15).
•Em Atos vemos o cumprimento da promessa no cap. 2, e a repetição desse mesmo derramamento em outras circunstâncias ( Atos 8:15-17; 9:17; 10:44-46; 19:6).
•Paulo em suas epistolas, ensina que o batismo no Espírito Santo outorga ao crente ousadia e poder para este realizar grandes obras em nome de Cristo (Rm 15:18,19; 1 Cor 2:4; 1 Cor 12:7).

3. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NA HISTÓRIA DA IGREJA

Pentecoste era uma das três moires festas judaicas. As outras duas festas eram Páscoa e a Festa dos Tabernáculos. Pentecostes é um nome advindo da palavra grega cinquenta, termo usado pelo fato de a festa ser celebrada no quinquagésimo dia após o Sábado de Páscoa. Essa celebração também era conhecida pelos nomes Festa das Semanas, Festa dos Primeiros Frutos ou das Primícias.
Durante essa celebração, os judeus levavam a Deus as primícias da terra em ação de graças, esperando que Ele desse ao resto da colheita a Sua bênção. Esse Dia de Pentecostes é o dia das primícias da Igreja de Cristo, o começo da grande colheita das almas que viriam a conhecer a Cristo e a unirem-se à Igreja por meio da obra do Espírito Santo.
Há também alguns estudiosos que acreditam que o Pentecostes era uma festa realizada em observância à entrega da Lei de Deus no monte Sinai. Esse dia, no livro de Atos dos Apóstolos, é significante porque marca quando Deus começou a escrever a Sua Lei em nosso coração pelo espírito Santo.
Não há qualquer indicação no novo testamento de que a promessa do batismo no espírito Santo seja algo meramente para o primeiro século, como defendem expositores antipentecostais. A promessa é para “tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar”. Há registros de que ao longo da história do cristianismo, diversos cristãos falaram línguas, Irineu, Agostinho, Lutero, Wesley e muitos outros. Com o avivamento do País de Gales, de Kansas e da rua azuza, quase simultaneamente, o fenômeno das línguas voltou a ser algo generalizado, e não meramente uma raridade.

Martinho Lutero (1483-1546)

A informação de que Lutero foi um defensor da atualidade do Batismo com (no) Espírito Santo com a evidência do falar em línguas, aparece na obra de Orlando Boyer, "Heróis da Fé":
"Encontra-se o seguinte na História da Igreja Cristã, por Souer, Vol. 3, pág. 406:' Martinho Lutero profetizava, evangelizava, falava línguas e interpretava; revestido de todos os dons do Espírito."
Boyer foi citado também por Andrade (Idem, p. 105):
"Com a Reforma Protestante, testemunhar-se-ia o advento de um gigante espiritual que haveria de abalar irresistivelmente os alicerces da civilização. Foi este titã um autêntico pentecostal. Segundo o historiador Sour (sic), Martinho Lutero falava línguas, interpretava-as, profetizava e achava-se revestido de todos os dons do Espírito Santo."


John Wesley (1703-1791)


Em seu livro "Batismo no Espírito Santo" (2000, p. 38), o pastor Enéas Tognini, líder do movimento de renovação nas igrejas batistas no Brasil, fala sobre Wesley: "João Wesley converteu-se a Cristo e, depois de mais ou menos dois anos após a sua conversão, foi batizado no Espírito Santo [...]".
"No século 18, temos a destacar os irmãos Wesley e o príncipe dos pregadores ao ar livre, George Withefield. De conformidade com um relato fidedigno da época, foram os três de tal maneira visitados pelo Senhor que, certa vez, rolaram pelo chão, tamanho era o poder e a graça experimentados".


Charles Finney (1792-1875)


O nome de Charles Finney é citado como alguém que vivenciou a experiência de Pentecoste por Andrade (Ibidem, p. 105) e Tognini (Ibidem, p. 38).
Um artigo no site da Igreja de Nova Vida, retirado do Jornal Tombeta de Sião, e intitulado "O Protestantismo e a Doutrina Pentecostal", confirma a declaração de que Finney, conforme escrevera em uma autobiografia, foi batizado com (no) Espírito Santo:
"Recebi um grande batismo no Espírito Santo [...] não sei se deveria dizer, mas não pude me conter e balbuciava palavras inexpressivas do meu coração [...]".
Discorrendo ainda sobre a evidência da manifestação de línguas na vida de Finney, o articulista cita James Gilchrist Lawson (1874-1946), que em seu livro "Profundas Experiências de Cristãos Famosos", escreveu :
"Em algumas ocasiões o poder de Deus se manifestava em tal grau nas reuniões de Finney, que quase todos presentes caíam de joelhos em oração, ou melhor, oravam com lamentos e queixumes inenarráveis pelo derramamento do Espírito de Deus".

4. OS OBJETIVOS DO BATISMO NO O ESPÍRITO SANTO

Esse batismo tem por objetivo nos habilitar de modo sobrenatural para o trabalho cristão. Quando o recebemos, tornamo-nos muito mais úteis à obra de Deus, passando a fazer o que antes não conseguíamos. Somos como uma lâmpada que, por mais bonita que seja, por mais limpa e tecnologicamente desenvolvida, não acenderá sem a ação da energia elétrica. Quando o Espírito Santo nos batiza, ele nos concede um ou mais dons, que são capacidades sobrenaturais que vêm sobrepujar nossa própria incapacidade (I Cor.12.1-11; Joel 2.28-29; Rm.8.26).Vemos, portanto, quão importante é o batismo com o Espírito Santo para que a igreja seja eficaz mediante a operação do poder de Deus.
Edificação espiritual – o crente, ao falar em línguas, é edificado espiritualmente (1 Cor 14:4,15);
Maior dinamismo espiritual - o crente passa a ter maior dinamismo e maior coragem na propagação do evangelho (Mc 14: 66-72; At 4;6-20);
Maior desejo de orar e resolução para orar e interceder – O crente cheio do Espírito Santo ora e intercede constantemente a favor dos filhos de Deus (At 3:1; 4:24-31; Rm 8:26);
Maior glorificação do nome do Senhor – isto é, na vida e nos atos dos servos de Deus que o adoram em “espírito e em verdade (Jo 16:13,14).

CONCLUSÃO

Sendo uma promessa bíblica, o batismo no Espírito Santo está à disposição daquele que o quiser buscar. Não há uma fórmula mágica para a sua obtenção, entretanto, todos os que o buscam precisam ter sede (Is 44:1), ser nascido de novo (Jo 3:3), pois o Espírito só é dado à Sua Igreja (Jo 14:17). É uma promessa contemporânea e que não deve ser ignorada por nenhum cristão, “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a tantos quanto Deus, o nosso Senhor, chamar”(At. 2:39).

Pesquisado e Elaborado: Ev. Junior França - E-mail e msn: junior.franca1@hotmail.com  Fones: (85) 3226-2753(Igreja)ADBV.
Referência Bibliográfica: Ensinador Cristão, Lição da Escola Dominical, Bíblia Pentecostal, Aplicação Pessoal, NVI, DAKE e NTLH, Examinem as escrituras – J. Sidlow Baxter; Comentários Bíblicos, Manual Bíblico SBB, Pequena Enciclopédia Bíblica e Dicionário Bíblico Wycliffe.





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